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A dádiva dos Homens para os Elfos

E realmente esse texto é muito bonito, principalemte essa parte da lembrança de algo que não se sabe o que é. Acho que é essa a essencia do amor Humano, gostar de alguma coisa por que ela lhe lembra alguma coisa que vc não sabe o que é. Acho que todo mundo aqui sentiu isso quando se apaixonou por alguem, porque lhe lembra alguma coisa, por isso alguns de nós quando se apaixonam tendem mesmo com os erros e defeitos do amado continuar o amando e o perdoar, pq aquela lembrança e aquele sentimento que ninguem consegue descrever continua permanecendo.
 
Sempre achei, tanto a presença do Haldir no Abismo, quanto sua morte ali uma das coisas de que menos gostei nos filmes (que são poucas); mas, desse jeito que o Gerbur considerou... ficou mesmo bonito!




É mais que bonita! (Como disse o Elring mais acima, esse diálogo deveria estar no Silmarillion...)
Fiquei com a impressão de que, nesse diálogo, Tolkien colocou reverência pelos homens no olhar dos elfos (representados pelo m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o Finrod); como se, aqui, Tolkien descortinasse (ou afirmasse) a grandeza dos edain frente a tão triste e revoltante Dádiva. Mas nesse diálogo também tem uma esperança incrível ao apontar que essa Dádiva pode ser (e talvez deva ser) a Recompensa. Os elfos, por outro lado, estão fadados a existir até o fim de Arda (mesmo uma "reabilitada" pelos homens); mas e depois?

(Quem ainda não conhece, leiam o Athrabeth na íntegra! o Valatan colocou o link – fui literalmente às lágrimas com o trecho a respeito da memória dos homens, da lembrança humana de algo que não se sabe o que é, mas que deixa uma profunda saudade... )

Conheça também "O Conto De Adanel": http://www.valinor.com.br/107/
 
Sempre achei, tanto a presença do Haldir no Abismo, quanto sua morte ali uma das coisas de que menos gostei nos filmes (que são poucas); mas, desse jeito que o Gerbur considerou... ficou mesmo bonito! É mais que bonita! (Como disse o Elring mais acima, esse diálogo deveria estar no Silmarillion...) Fiquei com a impressão de que, nesse diálogo, Tolkien colocou reverência pelos homens no olhar dos elfos (representados pelo m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o Finrod); como se, aqui, Tolkien descortinasse (ou afirmasse) a grandeza dos edain frente a tão triste e revoltante Dádiva. Mas nesse diálogo também tem uma esperança incrível ao apontar que essa Dádiva pode ser (e talvez deva ser) a Recompensa. Os elfos, por outro lado, estão fadados a existir até o fim de Arda (mesmo uma "reabilitada" pelos homens); mas e depois? (Quem ainda não conhece, leiam o Athrabeth na íntegra! o Valatan colocou o link – fui literalmente às lágrimas com o trecho a respeito da memória dos homens, da lembrança humana de algo que não se sabe o que é, mas que deixa uma profunda saudade... )
Tenho grande simpatia pela família de Indis. Sinto que eles (pela influência Vanyar) entendiam bem mais de cultivo de relações entre os seres que todos os outros elfos das outras casas. Uma das maiores sacadas que Finrod teve foi descobrir que Eru colocava sentimentos nos corações dos filhos por um propósito profundo. No final do diálogo a descoberta da felicidade dele e um pouco mais tímida de Andreth (mas ainda assim visível) demonstram que ambos os povos não seriam desamparados em caso de necessidade (que era o futuro) pois foram sentimentos plantados com um propósito final no desejo do coração de elfos e homens e não imaginados por Melkor ou outro Vala. Para Eru os filhos mais velhos e os filhos mais novos eram de fato irmãos com um futuro pela frente em que um devia cobrir as costas do outro. É uma das coisas mais bonitas já concebidas e também profética, a de que uma beleza nova e não corrompida chegaria para o bem de todos.
 
Última edição:
Sim , pena que os nossos irmãos mais velhos não estão aqui mais :dente:

É esse o espírito da coisa. Originalmente, os amigos dos elfos (3 casas edain, Elendil, Hurin, Turin, Aragorn) sentiam muita falta dos amigos e sempre os visitavam. Essa falta que os elfos faziam no mundo dos homens foi um desdobramento da desfiguração acelerada de Arda capitaneada por Melkor. Em razão disso os Valar reuniram os elfos precocemente em Aman sem haver o tempo necessário para que os elfos ensinassem de uma forma menos traumática e limitada o segundo povo (os homens).

Essa decisão precoce pelos Valar parece não ser do agrado de Eru no diálogo de Manwe e Eru em que se evidencia os problemas de música dos Valar e o medo de Manwë.
 
É esse o espírito da coisa. Originalmente, os amigos dos elfos (3 casas edain, Elendil, Hurin, Turin, Aragorn) sentiam muita falta dos amigos e sempre os visitavam. Essa falta que os elfos faziam no mundo dos homens foi um desdobramento da desfiguração acelerada de Arda capitaneada por Melkor. Em razão disso os Valar reuniram os elfos precocemente em Aman sem haver o tempo necessário para que os elfos ensinassem de uma forma menos traumática e limitada o segundo povo (os homens).

Essa decisão precoce pelos Valar parece não ser do agrado de Eru no diálogo de Manwe e Eru em que se evidencia os problemas de música dos Valar e o medo de Manwë.

É do HOME, certo? Tem link? Pode ser em inglês. Thanx.
 
Tipo todo os elfos se reunem em valinor ( polo norte) pra lembrar das duas arvores e comemorar o nascimento do filho de Eru (jesus) e Manwë sai disfarçado de velhinho e distribui presente a todos :dente:
Brincadeira a parte apesar da partida dos elfos ser triste e traumatica acho que foi o melhor pra eles já que o ritmo de vida dos humanos e seu jeito de viver era muito diferente e acabaria causando problemas no futuro se eles continuassem.
 
De nada, cara!

Tipo todo os elfos se reunem em valinor ( polo norte) pra lembrar das duas arvores e comemorar o nascimento do filho de Eru (jesus) e Manwë sai disfarçado de velhinho e distribui presente a todos :dente:
Brincadeira a parte apesar da partida dos elfos ser triste e traumatica acho que foi o melhor pra eles já que o ritmo de vida dos humanos e seu jeito de viver era muito diferente e acabaria causando problemas no futuro se eles continuassem.

Ah sim, acabou sendo por conseqüência uma vez que semelhante a Sauron, Melkor conseguia torturar as próprias colinas do mundo, envelhecendo e deteriorando as características nítidas do mesmo. De modo que a cor verde das folhas passou rapidamente do viço e juventude para uma aparência cinza e sem graça e esse processo de apodrecimento da beleza os Valar conseguiram estancar em Aman. Se não fosse Melkor o mundo seria belo por mais tempo, em conseqüência a vontade de sair da terra-média dos elfos seria menor forçando os Valar a não chamá-los para lá até que o tempo correto se cumprisse.
 
Bom, há mais palavras do Christopher Tolkien do que do próprio Tolkien, mas achei bem legal a passagem sobre Mandos abarrotado de almas élficas esperando para ver o que seria feito delas. Afinal, no "projeto inicial" do mundo, não havia previsões dos assassinatos em massa de elfos cometidos por Melkor e muito menos "provisões" para sanar este mal. De resto, é encheção de linguiça.
 
Última edição:
E realmente esse texto é muito bonito, principalemte essa parte da lembrança de algo que não se sabe o que é. Acho que é essa a essencia do amor Humano, gostar de alguma coisa por que ela lhe lembra alguma coisa que vc não sabe o que é. Acho que todo mundo aqui sentiu isso quando se apaixonou por alguem, porque lhe lembra alguma coisa, por isso alguns de nós quando se apaixonam tendem mesmo com os erros e defeitos do amado continuar o amando e o perdoar, pq aquela lembrança e aquele sentimento que ninguem consegue descrever continua permanecendo.

É, acho que sim...

O trecho é esse daí:

(...) “Se quereis dizer que os Homens são os Estrangeiros”, disse Andreth.
“Dissestes a palavra”, disse Finrod, “esse nome o demos a vós”.
“Altivamente, como sempre”, disse Andreth. “Mas se somos apenas estrangeiros numa terra em que tudo é vosso, meus senhores, como afirmais, dizei-me: que outra terra ou coisas conhecemos?”
“Não, dizei-me!”, disse Finrod. “Pois se não o sabeis, como podemos sabê-lo? Mas sabeis que os Eldar dizem dos Homens que estes não olham para coisa alguma pelo que ela é; que se eles a estudam, é para descobrir algo mais; que se eles a amam, é somente [assim parece] por que ela lhes lembra de outra coisa mais cara? Mas com o que fazem tal comparação? Onde estão essas outras coisas?
Todos, Elfos e Homens, estamos em Arda e dela somos; e qualquer conhecimento que os Homens possuam é derivado de Arda [ou assim pareceria]. De onde então vem essa memória que tendes convosco, mesmo antes que comeceis a aprender?
Não vem de outras regiões em Arda das quais viestes. Nós também viemos de longe. Mas se vós e eu fôssemos até vossos antigos lares no leste, eu reconheceria as coisas lá como parte de meu lar, mas veria em vossos olhos a mesma admiração e comparação que vejo nos olhos dos Homens em Beleriand, que nasceram aqui”.
“Falais palavras estranhas, Finrod”, disse Andreth, “que eu não ouvi antes. Contudo, meu coração se comove como se por alguma verdade que ele reconhece, mesmo que não a entenda. Mas passageira é essa memória, e parte antes que possa ser agarrada; e então nos tornamos cegos. (...)

Essa “memória” ou lembrança ou saudade, para mim, tem a ver com aquele Mundo Ideal do Platão, sabe? Ou do Reino dos Céus cristão. Não pertenceríamos a este mundo, mas a um outro e isso estaria, de alguma forma, plantado em nós, escrito na alma. Para além de discussões filosóficas e talz, quando cheguei nesse trecho me emocionei, involuntariamente.
 
O texto é muito bonito como um todo mas essa parte em especial é muito emocianante. Sim algumas vezes esse texto lembra o mito da caverna de platão (acho que esse é o nome).
 
não sei se vcs jogaram o jogo do senhor dos aneis: third age, nele tambem aborda essa questão quando a elfa serva de galadriel ou arwen se apaixona pelo soldado gondoriano, personagem principal do jogo. No entanto ela se apaixonando por ele mesmo assim ela escolhe partir pra Aman, pelo fato de não ter o privilegio de arwen de escolher ser mortal ou imortal.
 
Mas a morte para os elfos assassinados não é a mesma para os homens mortais. Elfos não morrem de fato, estão presos aos Círculos do Mundo, e mesmo "morto" viverão em Arda nos Salões de Mandos (e ainda podem voltar). Então Haldir (do filme) não experimentou a dádiva que Iluvátar concedeu aos homens. Essa dádiva não é para os elfos.
 
Acho que aqui é o local mais apropriado para pedir isso.

Tem uma frase que li certa vez a respeito de como os elfos vêem a vida dos homens. Jurava de pé junto que era em 1 dos livros que tenho, mas não achei. Tampouco achei no Google ou na pesquisa aqui do fórum mesmo.

Era uma frase que falava mais ou menos assim: que para os elfos a vida dos homens era como a chama de uma vela que logo se apaga. Quando eles começavam a se apegar e se acostumar com a pessoa, sua vida logo acabava.

Eu queria MUITO por a frase exata na assinatura. Alguém sabe qual é / onde encontrar? Pessoal que conhece os livros de cor, tipo Akira, Gerbur, Ilmarinen, Meneldur... por favor!
Tenho pensado muito nela ultimamente, embora não lembre completamente...
 
Acho que aqui é o local mais apropriado para pedir isso.

Tem uma frase que li certa vez a respeito de como os elfos vêem a vida dos homens. Jurava de pé junto que era em 1 dos livros que tenho, mas não achei. Tampouco achei no Google ou na pesquisa aqui do fórum mesmo.

Era uma frase que falava mais ou menos assim: que para os elfos a vida dos homens era como a chama de uma vela que logo se apaga. Quando eles começavam a se apegar e se acostumar com a pessoa, sua vida logo acabava.

Eu queria MUITO por a frase exata na assinatura. Alguém sabe qual é / onde encontrar? Pessoal que conhece os livros de cor, tipo Akira, Gerbur, Ilmarinen, Meneldur... por favor!
Tenho pensado muito nela ultimamente, embora não lembre completamente...

Não vou ser de muita ajuda, mas só pode ter sido nos que eu li, já que também me lembro dessa frase, eu li O Senhor dos Anéis muito recentemente e não me lembro de ter visto, então só pode ser n'O Silmarillion ou nos Contos, mas tenho quase certeza que é no Silma.

Como eu disse, não fui de muita ajuda.
 
Elriowiel Aranel disse:
Acho que aqui é o local mais apropriado para pedir isso.

Tem uma frase que li certa vez a respeito de como os elfos vêem a vida dos homens. Jurava de pé junto que era em 1 dos livros que tenho, mas não achei. Tampouco achei no Google ou na pesquisa aqui do fórum mesmo.

Era uma frase que falava mais ou menos assim: que para os elfos a vida dos homens era como a chama de uma vela que logo se apaga. Quando eles começavam a se apegar e se acostumar com a pessoa, sua vida logo acabava.

Eu queria MUITO por a frase exata na assinatura. Alguém sabe qual é / onde encontrar? Pessoal que conhece os livros de cor, tipo Akira, Gerbur, Ilmarinen, Meneldur... por favor!
Tenho pensado muito nela ultimamente, embora não lembre completamente...

Acho que sei que parte que é, mas estou sem o Contos para confirmar. Aparece na morte de Beor quando os elfos descobrem a curta vida dos homens.

Falando em Vela, tem uma parte do Athrabeth que eu acho muito bonita também.

Athrabeth disse:
Não faleis de nenhuma para mim!”, disse Andreth. “Não desejo nenhuma. Eu era jovem e olhei para a chama dele, e agora estou velha e perdida. Ele era jovem, e sua chama saltou na minha direção, mas ele se afastou, e é jovem ainda. Velas se compadecem de mariposas?”

“Ou mariposas de velas, quando o vento as apaga?”, disse Finrod. “Adaneth, eu te digo, Aikanár, a Chama Afiada, te amava. Por tua causa ele jamais tomará a mão de qualquer noiva de sua própria gente, mas viverá sozinho até o fim, lembrando-se da manhã nos montes de Dorthonion. Mas cedo demais no Vento Norte a chama dele apagar-se-á! Previsão é dada aos Eldar em muitas coisas que não estão distantes, embora raramente de alegria, e digo a ti que viverás muito na medida de tua gente, e ele sairá diante de ti e não desejará retornar”.
 
Acho que sei que parte que é, mas estou sem o Contos para confirmar. Aparece na morte de Beor quando os elfos descobrem a curta vida dos homens.


Estranho :think: pq não tenho, nem nunca li Contos... mas pode ser que tenha lido aqui na Valinor ou que tenha esse trecho repetido / semelhante em outro livro.

De qualquer forma, obrigada. Obrigada Morfs também pela tentativa. Acho que tais dicas podem me ajudar a achar.
 

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