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Um dos japoneses mais procurados no país se entrega em Tóquio

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
[h=2]Makoto Hirata, de 46 anos, colaborou no atentado no Metrô de Tóquio.
Ele estava foragido há 16 anos e se entregou por estar cansado de fugir.[/h]

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Makoto Hirata esconde o rosto no banco traseiro de um carro da polícia, enquanto de delegacia em Tóquio. (Foto: Kyodo News / AP Photo)​

Makoto Hirata, antigo integante da seita "Verdade Suprema", responsável pelo atentado com gás sarin em 1995, no metrô de Tóquio, no Japão, se entregou à polícia no sábado (31), poucos minutos antes de fim do ano, informou nesta segunda-feira (2) a imprensa local.

Hirata, de 46 anos, se entregou em uma delegacia do distrito de Marunochi, em Tóquio, e foi reconhecido e detido por sua suposta colaboração no atentado perpetrado pela seita em 1995, o pior na história do japão, no qual morreram 13 pessoas e mais de 6.000 foram intoxicados.

O fugitivo, que estava na lista de pessoas mais procuradas do país, assegurou que se entregou porque estava cansado de fugir e levava uma mochila com dezenas de milhares de ienes, segundo informou a agência local de notícias "Kyodo".

O atentado foi executado por cinco integrantes da seita, entre os quais estava Hirata. O grupo perfurou com guarda-chuvas vários pacotes de sarin colocados em cinco trens do metrô de Tóquio, em plena hora do rush, da manhã do dia 20 de março de 1995.

Com a detenção de Hirata, ainda permanecem fugitivos dois suspeitos de participar do ataque no metrô de Tóquio: Naoko Kikuchi, de 40 anos, e Katsuya Takahashi, 53.

Hirata também estaria envolvido no sequestro de Kiyoshi Kariya, que averiguava o desaparecimento de sua irmã, crente da "Verdade Suprema", após abandonar a seita por causa das pressões para ceder ao guru do grupo, Shoko Asahara, vários milhões de ienes e propriedades imobiliárias de sua família.

Kariya morreu durante seu cativeiro, no quartel-general da seita, como resultado de uma overdose de drogas que lhe administraram médicos da organização. A polícia acredita que Hirata era o motorista durante o sequestro.

Nos últimos 15 anos, os tribunais japoneses processaram 189 integrantes da seita, emitiram cinco penas de prisão perpétua e confirmaram 13 penas de morte, entre elas a de Asahara.

Por enquanto, nenhuma das execuções foi realizada porque a lei japonesa estabelece que todas as sentenças dos cúmplices do delito devem ser confirmadas antes de poder se aplicar a pena capital.

A seita "Verdade Suprema" (Aum Shinrikyo, em japonês) foi criada em 1984, quando seu líder Asahara, cujo nome real é Chizuo Matsumoto, abriu um pequeno seminário de ioga no bairro de Shibuya, em Tóquio.

Asahara conseguiu coaptar vários jovens da elite universitária japonesa, o que impulsionou o crescimento da estrutura e transformou a seita em uma poderosa organização subdividida em ministérios, com capacidade para produzir agentes químicos e armas leves, e que inclusive chegou a adquirir um helicóptero militar russo.

Fonte
 
Tem muito a ver com o que vivemos hoje no Brasil.

O Japão, nos anos 90, foi varrido por um fenômeno social radical de massas que tendia a produzir ostracismo e isolacionismo extremos que ainda estão sendo estudados e analisados pelos japoneses. Coincidiu de ser também o fim da bolha econômica em que muitos ricos perderam tudo da noite para o dia.

Tanto que isso aparece nos animes da época como Cowboy Bebop, Serial Experiments Lain, Boogiepop Phantom (Evangelion também pegou um pouco), que denunciavam mentalidade coletiva alienada como Perfect Blue ou manipulação direta da memória pública como Ghost in The Shell na criação de fantoches humanos sem vontade própria ou que obedeciam a um "grande líder". Ao fim dessa época o fenômeno reapareceu nos Eua sob o símbolo dos zumbis (uma nova roupagem da alienação).

O caso é que isso tem começado a afetar o Brasil, adquirindo uma roupagem local diferente das duas anteriores.

No mangá Vagabond, Takehiko Inoue se baseia no livro Musashi, um livro do qual os japoneses indicam para aquela pessoa que deseja sair da infância para se tornar um homem de verdade. Na história, o monge Takuan, melhor amigo do suserano, captura um selvagem chamado Takezo sem precisar da polícia e sem usar uma única espada. A definição que Takuan dá para Takezo é que ele era "Grande como um tigre por fora, mas pequeno como um gatinho por dentro". Ele acrescenta ainda que por dentro Takezo era o mais fraco de todos da vila dele.

Dada a natureza tropical do Brasil, coberto de formas e florestas exuberantes e ofuscantes, podemos esperar um comportamento ofuscante de seus habitantes, sufocantemente ofuscante, produzindo cegueira e surdez de um lado e inibição extrema de outro. Vistoso e forte por fora, mas imaturo por dentro. Quer dizer, zumbis de países frios são diferentes de zumbis de países quentes. Com os pecados do gelo diferentes dos pecados do fogo nós temos homens e mulheres bonitos e sarados por fora, com aparência adulta, mas confusos e frágeis por dentro.

No mangá, se escreve que Takezo nesse ponto não sabia o que era alguém forte de verdade, ele sabia apenas que seriam necessários vários embates épicos com gente muito forte para que ele se tornasse capaz de reconhecer os outros.
 
A definição que Takuan dá para Takezo é que ele era "Grande como um tigre por fora, mas pequeno como um gatinho por dentro". Ele acrescenta ainda que por dentro Takezo era o mais fraco de todos da vila dele.

Dada a natureza tropical do Brasil, coberto de formas e florestas exuberantes e ofuscantes, podemos esperar um comportamento ofuscante de seus habitantes, sufocantemente ofuscante, produzindo cegueira e surdez de um lado e inibição extrema de outro. Vistoso e forte por fora, mas imaturo por dentro. Quer dizer, zumbis de países frios são diferentes de zumbis de países quentes. Com os pecados do gelo diferentes dos pecados do fogo nós temos homens e mulheres bonitos e sarados por fora, com aparência adulta, mas confusos e frágeis por dentro.

No mangá, se escreve que Takezo nesse ponto não sabia o que era alguém forte de verdade, ele sabia apenas que seriam necessários vários embates épicos com gente muito forte para que ele se tornasse capaz de reconhecer os outros.

Isso é parecido (para mim pelo menos) com dizer que os brasileiros são os mais felizes do mundo, talvez seja alienação e não felicidade plena.
 
Com certeza alienação. O exterior exuberante aparece como mecanismo de defesa em animais tropicais frágeis e venenosos como sapos pequenos e coloridos. Como diz o ditado chinês "As pessoas ficam parecidas com as terras que as cercam".

No Japão e no Brasil a criação de uma bolha constrói um muro que separa e afasta o indivíduo de si mesmo ocasionando a perda do contato com a realidade. Muitos fenômenos sociais no Brasil hoje ocorrem decorrentes da perda de identidade como a bolha do Orkut ou pesquisas que demonstram que o Brasileiro fala mais sobre sexo do que realmente pratica.

Pude comparar isso com estrangeiros. Na europa e nos Eua é mais difícil se aproximar e se tornar íntimo de uma pessoa que no Brasil (são menos exuberantes que as pessoas de climas tropicais) mas depois do entendimento a quantidade de tabus sexuais que elas têm é menor que no Brasil, famoso por ter pessoas conservadoras mas que publicamente escondem a fraqueza com muita lábia sobre loucuras na cama e na sedução.

O Brasil hoje é um dos primeiros lugares do mundo em produção de comerciais e propagandas, criando um mercado gordo de "bolhificação" de pessoas. Seguindo outro ditado chinês que é "amigos que andam juntos ficam parecidos" acabamos presenciando verdadeiras competições de exuberância e vaidade em território nacional, cada um desejando ofuscar mais que o outro.
 

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