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Brasil ultrapassa Reino Unido e é a sexta maior economia do mundo

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
O Brasil deixou o Reino Unido para trás e se tornou a sexta maior economia do planeta. A informação é do Centro de Economia e Pesquisa de Negócios. A crise financeira de 2008 e a recessão foram as principais causas do recuo britânico. É a primeira vez que eles são ultrapassados por um país latino-americano no ranking.

O topo segue com os Estados Unidos, seguidos de China, Japão, Alemanha e França. O jornal The Guardian ainda alerta que os crescimentos previstos para Índia e China nesta década podem deixar os ingleses ainda mais pra baixo. A estimativa para a França para os próximos anos é ainda pior.

Fonte
 
É, pena que a distribuição de renda seja uma porcaria, o IDH igualmente ruim. Mas é um começo, superado os problemas econômicos, falta resolver os problemas políticos que impedem um país de economia forte como o nosso de ser um lugar bom pra se viver.
 

Pois é eu só vou pensar em soltar rojão quando ver o Brasil bem no ranking do IDH. Enquanto formos campeões de corrupção e desvio de verba pública não adianta nem o Brasil ser a maior economia do mundo.

E hoje ouvindo o rádio quando saiu essa notícia paralelamente saiu também que o Brasil chegou ao Top 5 de acidentes no trânsito. Mais uma subida de ranking só que desta vez é negativa e não dá pra comemorarmos.
 
Última edição:
O padrão de vida do inglês é imensamente superior ao dos brasileiros. Temos muito que avançar no social (em todas as dimensões) e isso levará anos e mais e mais boa vontade política alinhada a cobraça dos cidadãos brasileiros.

Entretanto, a melhoria na economica do país já se torna um ponto a favor, pois significa (em tese) que dinheiro o governo tem para melhorias nos segmentos da sociedade, como a saúde, educação, infraestrutura, segurança pública dentre outros.

Basta apenas o governo agir com eficiência bem como gerenciar melhor os recursos públicos, porque impostos existem aos milhares.
 
É, pena que a distribuição de renda seja uma porcaria, o IDH igualmente ruim. Mas é um começo, superado os problemas econômicos, falta resolver os problemas políticos que impedem um país de economia forte como o nosso de ser um lugar bom pra se viver.

E não existe nenhum conto de fadas para gerar distribuição de renda: uma coisa a ser feita é melhorar a educação, o que gera maior oferta de mão-de-obra especializada e menos gente fazendo trabalho braçal, e a consequente aproximação do rendimento entre as diferentes ocupações, além, é claro, de uma agregação de valor maior na indústria, tecnologia maior e blá blá blá.

A outra coisa é diminuir a tributação indireta e adotar uma direta, fortemente progressiva: Diminui os ICMS's e IPI's da vida e bota o Eike Batista para pagar 50% ou mais de imposto de renda. Os países nórdicos tem um Gini de 25%, mais ou menos, mas calcula-se que 10 pontos são cortados por essa circulação forçada de renda.

E eu acho que compensa. O custo para se comprar no Brasil anda muito absurdo por conta de nossos problemas logísticos e tributários. Um sistema mais progressivo favoreceria o consumo, o que faria a produção ganhar dinheiro em detrimento do capital puramente financeiro.
 
E não existe nenhum conto de fadas para gerar distribuição de renda: uma coisa a ser feita é melhorar a educação, o que gera maior oferta de mão-de-obra especializada e menos gente fazendo trabalho braçal, e a consequente aproximação do rendimento entre as diferentes ocupações, além, é claro, de uma agregação de valor maior na indústria, tecnologia maior e blá blá blá.

A outra coisa é diminuir a tributação indireta e adotar uma direta, fortemente progressiva: Diminui os ICMS's e IPI's da vida e bota o Eike Batista para pagar 50% ou mais de imposto de renda. Os países nórdicos tem um Gini de 25%, mais ou menos, mas calcula-se que 10 pontos são cortados por essa circulação forçada de renda.

E eu acho que compensa. O custo para se comprar no Brasil anda muito absurdo por conta de nossos problemas logísticos e tributários. Um sistema mais progressivo favoreceria o consumo, o que faria a produção ganhar dinheiro em detrimento do capital puramente financeiro.
Por outro lado medidas socialistas como essa tornariam o cenário brasileiro menos interessante para investimento.
 
Eu não vejo medidas socialistas aí. Vejo formas de contenção, de controle, de investimento em infraestrutura, investimentos necessários ao desenvolvimento. E tomar as rédeas do sistema financeiro, de forma reguladora. Não vejo porque os investidores teriam medo de investir no país pelo fato dele tomar medidas que assegurem seu desenvolvimento, medidas que países capitalistas tomam sem serem considerados, por isso, socialistas.
 
Por outro lado medidas socialistas como essa tornariam o cenário brasileiro menos interessante para investimento.

Investimento estrangeiro, talvez. Entretanto, essas medidas podem oportunizar o surgimento de mais investimentos nacionais. É preciso superar em maior medida a dependência de investimentos internacionais - que sempre serão importantes, mas não podem ser o termômetro definitivo.

Se pretendemos realmente nos tornar um país desenvolvido, precisamos superar esse conformismo com nossa dinâmica interna e nossa posição econômica no cenário internacional. Devemos superar aquela ideologia de 4, 5 décadas atrás - que ainda é, em alguma medida, incrustada no nosso contexto - de que salários baixos são interessantes para atrair investimentos. De fato são, mas sempre ao custo de concentrar mais a renda.

Por outro lado, as medidas mencionadas acertadamente pelo ExtraTerrestre dariam um forte impulso ao mercado interno que, por sua vez, refletiriam positivamente nos investimentos produtivos internos. E é importante salientar a parte de penalizar a mera especulação financeira, e canalizar esses recursos para a produção, via incentivos fiscais.

O problema em que sempre esbarramos é a força mantenedora do status quo que, ainda que possa ser até beneficiada no médio/longo prazo por tais medidas, jamais admitiria perder no curto prazo.
 
Correto, não estou dizendo que sou contra (mesmo pq politicamente falando sou simpatizante de marx), mas sim que essa definitivamente não é uma medida simples e isoladamente não apresenta nenhuma solução.

Estamos crescendo no cenário atual, correto? Uma radical mudança de postura deste naipe muito dificilmente será bem vista nos momentos iniciais, e precisará de um rigoroso planejamento longo prazo para apresentar resultados positivos. Como a tendência atual está apresentando bons resultados, que reação esperar?

Temos que lembrar que ainda somos reféns de grandes corporações internacionais. Pegue a recente medida do aumento do IPI contra a importação dos produtos da JAC Motors carros fabricados lá fora. Todos concordamos quando eu digo que, idealmente falando, seria ótimo deixar o produto com custo abusivamente baixo entrar no mercado pra dar uma forçada no preço ridiculamente alto que pagamos pelos automóveis, né? Mesmo que em pouco tempo fosse colocada uma outra medida (até mesmo a do IPI é válida) para forçar fabricação nacional (e consequente contratação de engenheiros, funileiros, pintores, etc etc etc; brasileiros).

Em contraponto, o governo defende o "mercado nacional" com o aumento imediato do IPI. E como fazer diferente? De um lado eu tenho uma Ford da vida com seus sei lá quanto mil brasileiros empregados pedindo pro IPI aumentar. Do outro eu tenho uns chineses doidos trazendo carro novo pro nosso mercado. Quem se fode nessa briga é o consumidor que continua pagando absurdos por carros, mas e esse cenário? O estado realmente tem algum poder de argumentação perante a situação?

Concordamos totalmente, temos que focar a nossa produção interna! Mas uma medida radical dessas, IMO, só ia complicar o desenvolvimento que já atingimos e consequentemente nos atrasaria em alguns anos.

@Pagz
Eu digo que é socialista pois se trata de um caso do estado classificando o fluxo de recursos do mercado interno utilizando critérios sociais. Isso vai diretamente contra os ideais liberalistas, certo?
 
Concordamos totalmente, temos que focar a nossa produção interna! Mas uma medida radical dessas, IMO, só ia complicar o desenvolvimento que já atingimos e consequentemente nos atrasaria em alguns anos.

Assim como toda medida que seja tomada repentinamente/rapidamente, levando as expectativas dos agentes à incerteza, o que sempre é danoso. Reformas são sim necessárias, mas não podem ser tomadas do dia para a noite: precisam superar os entraves pouco a pouco, e buscar vencer a resistência com um passo de cada vez, o que também permite que os indivíduos, instituições e empresas possam estar a par do que ocorre e moldarem suas ações conforme o cenário caminha gradativamente para uma nova situação.

No Brasil, toda medida político-econômica que vá em alguma medida, por menor que seja, de encontro aos interesses dos poderes estabelecidos será radical e polêmica. E, no entanto, são necessárias. Mas nada que se possa - e se deva - fazer de maneira brusca.
 
Eu sei que vou ser apedrejado, mas até to gostando de como o núcleo PT tá executando algumas mudanças fortes em pequenas doses.

Tem muita coisa errada ainda, e sempre vai ter, mas cá estamos nós - economia maior que o reino unido, sendo que há 200~300 anos éramos obrigados a mandar todas as nossas riquezas pra eles e pra outros. CHUPA ATLANTICO NORTE :lol:
 
Pois é. De nada adianta ter uma economia forte se a nossa educação é deficiente e não está disponível a todos, se milhões de pessoas ganham menos de 1000 reais e alguns poucos ganham BILHÕES explorando estes milhões de pessoas, e se esta educação se preocupa em servir ao mercado ao invés de servir à sociedade e ao desenvolvimento humano como um todo.

Medidas social-democratas de diminuir a concentração de renda, programas sociais, correção do salário mínimo, PAC, etc., são boas a curto prazo, servem para atenuar os efeitos da exploração da força de trabalho. Estaríamos numa situação bem mais deplorável se continuássemos seguindo o neoliberalismo tucano, provavelmente continuaríamos a quebrar com qualquer surto de capital especulativo e estaríamos no buraco com Espanha, Itália, Grécia e outros.

Mas todas essas medidas são mero reformismo. Não há medida dentro de um sistema capitalista que evite crises, elas apenas alongam um pouco o período entre uma crise e outra. Não vou me alongar no assunto pois exige uma análise e uma explicação mais profundas, mas digo que uma revolução é o meio que pode encaminhar o Brasil a uma transformação social mais profunda.
 
O problema do neoliberalismo é exatamente essa falta de controle sobre o poder do capital especulativo. De resto, tenho fé nele e em todo tipo de reformas viáveis dentro do capitalismo. Ou mesmo um retorno ao conservadorismo com certas medidas de contenção das injustiças sociais, expansão e fortalecimento da classe média etc. Esse conservadorismo é bem aplicado pelo PT, apesar da incompetência lulista nas reformas mais profundas, principalmente política, no combate à corrupção e no peso gigantesco desse Estado inchado e, pior, inchado por causa de jogos políticos e apadrinhagem da 'companheirada'. Nenhum populismo esconde isso.

Em outras palavras, nem tucanos nem petistas tem sangue no olho pra levar em frente reformas sérias, seja a níveis estaduais em São Paulo, seja a nível federal.
 
É aquele negócio de primeiro fazer o bolo inchar para depois dividir, precisamos melhorar IDH, combate a corrupção, acesso a saúde, a educação, segurança nas estradas e nas cidades, não adianta ter dinheiro que escorre por causa da corrupção ou de má gestão do dinheiro público.

superado os problemas econômicos, falta resolver os problemas políticos que impedem um país de economia forte como o nosso de ser um lugar bom pra se viver.

Ah, só isso? Pensei que ia ser mais complicado.
 
Tem sido uma característica marcante do atual século a perda de relação entre bem estar da população e o tamanho da economia.

Como costuma ser o problema não é exatamente ganhar dinheiro e acumulá-lo, mas ganhá-lo do jeito certo e usá-lo bem e é possível que o maior crápula do mundo seja também o mais rico. Cabe a população se auto-fiscalizar para que não crie uma nação distorcida baseada em padrões distorcidos.
 

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