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Skinheads colam cartazes com ameaças a estudantes na USP

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
"Atenção drogado: se o convênio USP-PM acabar, nós que iremos patrulhar a Cidade Universitária!"

Cartazes como esses, com ameaças contra usuários de maconha e frases anticomunistas, foram afixados anteontem por skinheads na USP.

Os panfletos foram colados em pontos de ônibus na Cidade Universitária, à tarde.

A Folha encontrou restos dos papéis em dois pontos: na entrada da Faculdade de Educação e no portão principal da universidade.

A PM diz ter apreendido os cartazes com dois jovens. Eles foram abordados e tiveram os dados registrados para apuração, segundo o coronel Wellington Venezian, que comanda o policiamento na região oeste de SP.

Não foi confirmado se eles são ou não alunos da USP. Nos dias de semana, o campus tem acesso livre.

A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) afirma investigar o caso e ter identificado os responsáveis.

Segundo a delegada Margarette Barreto, o grupo foi identificado como sendo um dos "movimentos de intolerância" que atuam na cidade.

Em um dos cartazes, um grupo de skinheads aparece sobre a frase:
"maconheiro, aqui você não terá paz".

No segundo, uma referência ao CCC (Comando de Caça aos Comunistas, organização de extrema-direita que atuou no regime militar) aparece com a imagem do jornalista Vladimir Herzog, morto nos porões da ditadura. Na versão dos militares, divulgada à época, Herzog se matou.

Estudantes relataram que foram ameaçados por dois skinheads anteontem, diante da Faculdade de Educação.
"Vieram querendo intimidar, perguntaram se éramos contra a polícia",
afirma o aluno H., 30.

A crise da USP foi deflagrada após três alunos serem pegos com maconha. Colegas tentaram impedir a prisão. Houve confronto com a PM e os prédios da FFLCH e da reitoria foram invadidos.

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Fonte
 
Pouca coisa me irrita mais do que esse povinho neo nazista, e o pior de tudo é que tem muito mais do que aparenta espalhado por ai, pessoas que fazem questão de serem ignorantes e ainda tem orgulho disso. Por outro lado, quando acontece esse tipo de coisa parece que a grande maioria dos estudantes se cala, dessa forma é só isso que eles vão conseguir, opressão.

P.S. E não cobre o cartaz do Matanza com essa p*rra não c*r*lho!
 
A impressão que eu tenho é que a questão da prisão dos usuários foi só um estopim, um motivo para gerar uma massa crítica e alimentar protestos de uma liderança estudantil que reclamava de outras coisas, inclusive de problemas na gestão do atual reitor, o Rodas. A mídia não está nada imparcial nessa.
 
Dados os ânimos atuais no DCE da USP (a chapa da situação, apoiada pelos pirralhos que invadiram a reitoria, cancelou as eleições recentemente; a oposição afirma que foi uma estratégia ilícita para evitar uma derrota) não duvido que isso seja obra de um agente-provocador ou só alguém trollando para ver o circo pegar fogo. Tudo isso é absurdo demais para ser real.

Agora, Comando de Caça aos Comunistas?! Se isso for real é coisa do pessoal da Física: aqueles que andam estudando wormholes e outras possíveis abordagens para viagens no tempo :D :D

E esses universitários de hoje... no meu tempo de universidade eu estudava :think:
 
A impressão que eu tenho é que a questão da prisão dos usuários foi só um estopim, um motivo para gerar uma massa crítica e alimentar protestos de uma liderança estudantil que reclamava de outras coisas, inclusive de problemas na gestão do atual reitor, o Rodas. A mídia não está nada imparcial nessa.

Burros então foram os estudantes, que usaram como estopim esse fato. Quem nem deveria ser usado como bandeira. Afinal, os três carinhas estavam usando drogas ilícitas.

E eu acho que estudante tinha que estudar. Ainda mais usando o MEU dinheiro (e o seu, mesmo a USP sendo estadual), claro que os grêmio são válidos e importantes, mas a politização dos estudantes, no sentido de participantes de partidos políticos, é altamente danoso. Não precisamos de militantes do PCO, PSTU, PRONA (falecido!) dentro da universidade.

E eu sou um pouco cético quanto à imparcialidade da mídia. Do jeito que falam há um complô contra a revolução estudantil da USP, o que nem de longe é verdade. Também interessante notar que veículos de mídia declaradamente de esquerda (como a Carta Capital) nunca são criticados.
 
Última edição:
Achei legal o "só não adianta depois ligar 190" :lol:

Pra mim a extra direita e a extra esquerda (leia-se "invasores de reitoria") estão no mesmo baixo nível. Eles que se resolvam.

Hmm, sei.
E os que (como a maioria) não são nem de uma extremidade nem de outra, como ficam aí no meio?
E os que não lêem Veja e muito menos Carta Capital (como eu) e frequentam a USP pra estudar?
 
Vou com o Deriel nessa. É claro que existe uma politicagem enorme nessa história toda, mas não desisto desses pontos:

1-não houve manifestação, houve baderna, destruição de patrimônio público

2-a mídia manipula sim, mas se formos falar de mídia, falemos de toda a mídia e não só da Folha e da Veja, please

3-o uso da baderna para justificar ideologia de extrema-direita é uma merda. Portanto não coloquem todos os críticos da esquerda fanática no barco dos neo-nazistas. Isso se chama infantilidade.

Enfim, a situação é mais confusa por causa desses jogos ideológicos.
 
Hmm, sei.
E os que (como a maioria) não são nem de uma extremidade nem de outra, como ficam aí no meio?
E os que não lêem Veja e muito menos Carta Capital (como eu) e frequentam a USP pra estudar?

Nesses momentos, Clara, manter o silêncio é conivir com a minoria barulhenta. A solução é invalidar o movimento revoltista derrotando nas assembléias :|
 
Burros então foram os estudantes, que usaram como estopim esse fato. Quem nem deveria ser usado como bandeira. Afinal, os três carinhas estavam usando drogas ilícitas.

E eu acho que estudante tinha que estudar. Ainda mais usando o MEU dinheiro (e o seu, mesmo a USP sendo estadual), claro que os grêmio são válidos e importantes, mas a politização dos estudantes, no sentido de participantes de partidos políticos, é altamente danoso. Não precisamos de militantes do PCO, PSTU, PRONA (falecido!) dentro da universidade.

E eu sou um pouco cético quanto à imparcialidade da mídia. Do jeito que falam há um complô contra a revolução estudantil da USP, o que nem de longe é verdade. Também interessante notar que veículos de mídia declaradamente de esquerda (como a Carta Capital) nunca são criticados.

Não estopim para a organização de uma manifestação, eu quis dizer estopim para sua massificação.

Já recebi opiniões diversas sobre o ocorrido (tanto sobre natureza como também juízo de valor pelo mesmo) - lembrando que eu sequer moro em São Paulo. Nunca estive em tal cidade. E há gente dizendo que não foi só isso. Lembro-me de meses antes dos protestos ler reportagens sobre os imbroglios envolvendo o Rodas, a Faculdade de Direito e o resto da USP. Tem muita coisa que a imprensa está deixando de focar.

E não há críticas à Carta Capital ou ao quase-finado (definhando até na internet) JB? Eu já as li em certa quantidade, e até concordo com elas. E não suporto petista chato que lê Viomundo, Conversa Fiada, Tijolaço, Sader e a Carta Capital e vem pregar a isenção destes. Até porque eles são muito sinceros, como você bem disse, quanto ao contrário. Para a Carta eles usam o argumento de que há colunistas de direita. Mas o que interessa: o editorial é sim, de esquerda.
 
Nesses momentos, Clara, manter o silêncio é conivir com a minoria barulhenta. A solução é invalidar o movimento revoltista derrotando nas assembléias :|

Mas e se a minoria tiver razão? Ou pelo menos alguns motivos bastante justos pra fazer o que faz (fez)?

Não fumo maconha mas sou contra a presença da PM no campus.
(Porque não contratar segurança privada? com certeza porque deve custar os tubos já que aquilo tudo, a cidade universitária, é gigantesco.)
Isso posto, lembro que, quando os alunos que tomaram o prédio da FFLCH (protestando contra a PM que havia prendido três alunos fumando maconha no campus) fizeram uma votação pra decidir se deixavam ou não o prédio, a maioria votou por deixar o prédio; então, aquela minoria que votou contra abandonar o prédio, decidiu invadir a reitoria e aí foi aquilo tudo que ouvimos.

Eu estava, então, como todas as manhãs ouvindo a rádio Estadão-ESPN que é, claro, do grupo d´O Estado de S. Paulo, e, sério, só pude achar graça na indignação dos locutores da rádio perguntando várias vezes: "mas pra que teve a votação, então?" .
Se esquecendo totalmente de uma notícia de três anos atrás, que tem como fonte o mesmo grupo O Estado (e o grifo é meu).

Serra escolhe Rodas, o 2º da lista, para reitoria da USP
Governador não tem muitas informações sobre Glaucius Oliva, primeiro colocado no pleito
12 de novembro de 2009 | 22h 38


Julia Duailibi e Renata Cafardo, de O Estado de S. Paulo

O jurista e diretor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, João Grandino Rodas, é o novo reitor da Universidade de São Paulo (USP). Ele ficou em segundo lugar nas eleições realizadas quarta-feira, 11, na instituição, atrás do cientista Glaucius Oliva, mas era o candidato preferido de José Serra. Essa foi a primeira vez desde a ditadura militar que um governador não escolheu o primeiro da lista tríplice para reitor. A escolha está publicada no Diário Oficial de sexta-feira, 13. A lista tríplice tinha sido entregue oficialmente ao governador no início da noite desta quinta-feira pela reitora Suely Vilela e pelo secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt. Desde o fim das eleições na USP, Serra vinha sendo aconselhado a escolher Rodas, que é bem visto por secretários e assessores do governo. A avaliação no governo é de que a decisão não traria grande prejuízo político, já que o cientista Glaucius Oliva venceu o pleito, mas não teve a maioria dos votos na instituição. Serra não conhece bem o cientista e tinha poucas informações sobre sua experiência administrativa. O terceiro da lista foi o pró-reitor de pós-graduação e físico Armando Corbani.

Veja também: Glaucius Oliva vence eleição na USP Cientista é o preferido da reitora, mas não de Serra Professores da USP ficam revoltadas com cancelamento de eleição
Veja mais informações na edição de sexta-feira, 13, do jornal O Estado de S. Paulo

Em uma instituição na qual o processo de eleição do reitor é complexo e (extremamente) restritivo, saber de uma coisa dessas é frustrante.
E se alguém tiver mesmo que um pouco de espírito crítico (e não for aluno do Mackenzie :hihihi: ) irá ao menos parar pra pensar no que significa essa invasão e protesto dos estudantes, mesmo que não concorde com a invasão e depredação do prédio público e aquela coisa toda.
 
Dados os ânimos atuais no DCE da USP (a chapa da situação, apoiada pelos pirralhos que invadiram a reitoria, cancelou as eleições recentemente; a oposição afirma que foi uma estratégia ilícita para evitar uma derrota) não duvido que isso seja obra de um agente-provocador ou só alguém trollando para ver o circo pegar fogo. Tudo isso é absurdo demais para ser real.

Agora, Comando de Caça aos Comunistas?! Se isso for real é coisa do pessoal da Física: aqueles que andam estudando wormholes e outras possíveis abordagens para viagens no tempo :D :D

E esses universitários de hoje... no meu tempo de universidade eu estudava :think:

Na maioria dos cursos os alunos estudam. Esses que invadiram a USP são uns desocupados. Querem ser como os estudantes de outras épocas que tinhas motivos válidos para lutar. Estudo na UFRGS e aqui também tem uma turminha dessas. Só são mais queitos. Me irrita muito os partidos políticos por trás dos estudantes. Já me basta tolerá-los nas eleições para o governo. Teve eleições recentes pro DCE da UFRGS. Imagino que os estudantes envolvidos não passem nas cadeiras. Via os caras todo dia fazendo campanha e disribuindo panfletos. Eu não teria tempo para isso com a quantidade de coisas que tenho pra estudar...
A grande maioria dos estudantes não se envolve porque se preocupa em estudar. Então eu concordo com o Deriel, esses extremistas de esquerda e direita que se resolvam - de preferência que desapareçam. Os demais estudantes querem tranquilidade pra estudar.
 
Agora, Comando de Caça aos Comunistas?! Se isso for real é coisa do pessoal da Física: aqueles que andam estudando wormholes e outras possíveis abordagens para viagens no tempo :D :D

E esses universitários de hoje... no meu tempo de universidade eu estudava :think:

E você com esse avatar faz todo sentido o seu comentário, ser politizado é uma coisa (eles não são), mas maconheiro é uma coisa completamente diferente.

(Porque não contratar segurança privada? com certeza porque deve custar os tubos já que aquilo tudo, a cidade universitária, é gigantesco.)

Os PMs já são pagos pelo Estado, porquê pagar 2 vezes a mesma coisa?
 
Só uma coisa: até agora eu não vi nenhuma reportagem entrevistando um líder dos protestos. Sou levado a criticá-los - vá estudar, vagabundo! -, mas não sei se existem outras coisas por trás. E eu falo isso com alguma vivência: quando o meu irmão participou de alguns protestos na UFBA, os motivos e objetivos eram muito maiores do que o que se publicava, e só o que saía no jornal era "Estudantes invadem universidade" etc. A imprensa, naquele caso, procurou criar uma opinião pública desfavorável para desincentivar o movimento, porque não atendia aos interesses de quem a controlava (a motivação era em grande parte política, e ACM era dono dos jornais da Bahia - até hoje sua família controla um dos maiores). Isso ficou muito claro na época.

Também interessante notar que veículos de mídia declaradamente de esquerda (como a Carta Capital) nunca são criticados.
A mídia de esquerda é alternativa e assumida. O resto (a mídia forte) pinta-se de imparcial. Aí é que está o problema.

No ano passado, próximo às eleições presidenciais, assisti a uma palestra de Mino Carta (fundador e editor-chefe da Carta Capital, e fundador da própria Veja, anos e anos de experiência editorial), em que lhe perguntaram se a revista apoiaria alguém. Sem devaneios, ele disse: "Claro. Dilma" - e aí disse algo que vou levar para a vida toda: "Nunca esperem que qualquer veículo de imprensa seja imparcial. A única coisa que se pode pedir, e que deveria ser um dever ético, é que sejam honestas: que o leitor saiba que tipo de opinião ele vai encontrar ali". Virei fã.
 
Última edição:
Mas e se a minoria tiver razão? Ou pelo menos alguns motivos bastante justos pra fazer o que faz (fez)?

No momento em que o movimento se diz democrático e coloca as decisões na mão de uma assembléia maior o resultado da assembléia é a razão. Não há mais minoria com razçao, a razão fica sendo o resultado da assembléia.


Não fumo maconha mas sou contra a presença da PM no campus.
(Porque não contratar segurança privada? com certeza porque deve custar os tubos já que aquilo tudo, a cidade universitária, é gigantesco.)

Porque a gente já tem uma força de segurança que faz isso, porque temos que dar um privilégio adicional aos alunos públicos (que estudam com o nosso dinheiro?). E segurança particular não resolve nada, dá na mesma que polícia. Pode ter os mesmos potenciais abusos e omissões, inerente ao poder pelo que tudo indicam os estudos, como o Experimento de aprisionamento de Stanford
 
O movimento do DCE não é democrático justamente por ser "aberto" a qualquer um se manifestar na teoria, e na prática ser totalmente fechado.
Ir dar uma opinião contrária ao ME (Movimento Estudantil) é ser reaça, pelego e outros nomes legais.
Mas a questão não se resume ao DCE, é relevante à USP e deve ser discutida em toda a sociedade.

O que acontece é que a PM está incomodando um ambiente universitário pelo simples motivo deles estarem atuando com a sua tradicional e histórica humildade e comprometimento com a segurança.
Ou seja: estão revistando qualquer um que é negro, barbado ou comunista, parando qualquer motoqueiro (meu companheiro de sala teve a moto danificada porque o policial o sacaneou. E ele não é drogado - e mesmo se fosse, justificaria?). E intencionalmente, estão provocando os estudantes ao revistarem qualquer um que esteja perto do prédio da geografia e história. No dia que os estudantes foram pegos fumando maconha, a polícia ficou o dia inteiro abordando todos, de professores aposentados, a estudante da pós e da graduação, justamente pra procurar o enfrentamento. Porque sabe que justamente no meu prédio (sou estudante de geografia) o pessoal não iria deixar barato e devido ao grande número de pessoas com posições políticas claras (e não vou entrar no juízo de valor delas) o enfrentamento iria ocorrer.

E quem esteve lá no momento, viu que criou-se uma multidão amorfa de estudantes, funcionários, professores, outros(?) e policiais que fizeram o que sabem fazer e são pagos pra isso.
Importante dizer que o comandante da PM se esforçou ao máximo pra conter seus comandandos. Mas assim como a multidão ficou descontrolada, os PMs também ficaram. Pressão dos dois lados.

O problema é que a PM atua assim em qualquer lugar, na USP, no Capão Redondo, em Higienópolis...

Além disso, como a Clara V. lembrou, o nosso querido reitor tem uma posição política bem clara também: reprimir qualquer manifestação política contrária ou de reinvindicação.
Reivindicação por mais professores (já tive aula com + de 200 alunos), melhor estrutura (meu curso já teve que ser paralisado por goteiras na sala de aula, se alguém quiser verificar pesquisa "geografia" "fflch" "cachoeira" no youtube), entre outras coisas.

A questão da PM no campus é muito maior que a questão da maconha.
Fica fácil apelar pra uma questão moral pra desqualificar qualquer reinvindicação estudantil. A mídia e o Rodas sabem muito bem como manipular isso.

E as cartas dos professores e alunos (grevistas e não grevistas) se manifestando sobre o problema?
Foram enviadas à mídia, mas ela NÃO PUBLICA. A grande mídia (tivemos espaço na TvT, alguém conhece?) blinda os olhos e ouvidos das informações e opiniões que não interessam.

O ME dá tiro no pé a alimentar os urubus que procuram problemas e direcionam as camêras pra o que dá audiência.
 
Eu percebo deficiência no serviço (ou perda de qualidade de serviço) oferecido na área universitária da Usp. A falta de segurança e caos é sinal de defasagem que já vem corroendo o ensino superior em vários centros universitários. A economia universitária anda desregulada, desregrada, indisciplinada.

Se não existe compromisso na faculdade de levar a cabo um programa de redimensionamento da infra-estrutura (que é baseado na demanda e inclui policiamento) começam a aparecer acidentes e instabilidades que tiram o foco do mais importante que é a aula dos alunos e a produção de ciência.

A questão do ressurgimento do nazismo e de correntes extremistas no cenário brasileiro ganhou visibilidade com esse atrito da Usp porque a escalada do radicalismo vem acontecendo no mundo e na internet. A Islândia saiu dos canais de notícias mas não deveria ter saído, uma vez que o futuro europeu pode ser uma caça às bruxas após a crise do Euro colocando nazistas (o pesadelo dos atuais governantes alemães) contra desempregados em programas sociais apoiados em ideais sindicais e sociais da união soviética(socialismo/assitencialismo/comunismo).

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A faculdade é uma miniatura do mundo, com gente de todo tipo, e a Usp é uma miniatura do Brasil em que os jovens de hoje na economia não digeriram muito bem a multipolaridade mundial e há chances de a multipolaridade se tornar numa multifragmentação. Se não houver polícia para segurar os atritos pode virar uma zona sem lei.

O dinheiro é uma força da natureza ("dinheiro na mão é vendaval") quando ele é bem tratado ele trata bem as pessoas, mas se for tratado mal acontece igual as enchentes de São Paulo que é a revanche da natureza. De modo que quando (neo)nazistas, (neo)comunistas e universidades tratam mal o dinheiro o que se vê é a terra vazia, queimada e salgada.
 
Acho que os estudantes que invadiram a reitoria deslegitimaram seus pares, que haviam optado em assembléia pela desocupação do prédio da faculdade de letras e ciências humanas (acho que é isso). Meteram os pés pelas mãos, se precipitaram e cometeram um grave erro político ao depredar o patrimônio. Por outro lado, como alguns dos colegas colocaram... há um processo de desgaste entre parte da comunidade acadêmica e a reitoria (parece que o Rodas está enfrentando até algumas investigações acusado de corrupção). Não sou estudante da USP, mas acho que pelas suas dimensões, o policiamento se faz necessário. De que adianta seguranças particulares se estes não possuem o vínculo que os liga ao monopólio da violência, representado pelo Estado? É verdade que outras questões que merecem apreciação, como problemas de iluminação e infra-estrutura. São extremamente necessárias para a garantia da segurança dos estudantes... e a própria ação dos policiais deve ser muito bem pensada, evitando e punindo excessos e ações discriminatórias. Talvez caiba o debate: "Qual o real sentido da presença da PM no campus? Dar batida em estudante e prender maconheiro ou garantir a segurança do alunado?"
Um outro ponto que me assustou foi a onda de "reacionarismo" que os eventos na USP gerou. Do dia pra noite, quantos indivíduos proclamando-se defensores da ordem, promoveram elogios da violência policial, reafirmaram estigmas e reforçaram no senso comum o sentido de descaracterização e deslegitimação de todo e qualquer movimento social contestatório?

Acho que invasão de reitoria é uma medida política válida quando os canais de diálogo são fechados ou mostram-se ineficientes. Eu mesmo participei de uma em 2008 na Universidade Federal de São João del Rei, em razão da precariedade da assistência estudantil. Eu vi o que é perseguição política dentro de uma Universidade, coação de centros acadêmicos e todo tipo de arbitrariedade. E conseguimos ao fim o compromisso de construção de um Restaurante Universitário (em andamento, mas atrasado), Moradia Estudantil (em construção, mas atrasada) e medidas paliativas para aqueles colegas que comprovassem carência. Mas a invasão da reitoria da USP foi uma sucessão de erros políticos.
 

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