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Música Erudita - Interpretações

Amon_Gwareth

Paragon
Bom pessoas, abri este tópico pois não encontrei nenhum equivalente. Sou bastante fã de metal (assim como outros estilos). Mas como o assunto já está muito bem explorado no fórum, segue a minha proposta:


Como sabemos, a interpretação faz toda a diferença. Pense num orador absolutamente apático e com ritmo monótono descrevendo a cavalgada de Fingolfin....Postem links para streamings (youtube?) de interpretações que te agradaram. Comentários não são obrigatórios, mas definitivamente são um diferencial :)


Mas, não confunda; quando eu digo interpretação, não refiro isso:




Mas sim isso:




Ambas são ÓTIMAS; mas numa temos um maestro, digamos, "excêntrico". na outra temos uma imagem estática. ambas tem igual valor para o tópico :)


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Outra versão do Prelúdio em sol menor (op 23 no 5) de Rachmaninoff, por Valentina Lisitsa. Muito boa, de vez em vez até prefiro esta em relação a todas as outras.

essa loirinha simpática manda muito! :D
 
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Bom, como tenho uma tendencia a jamie_marsters, vai mais uma:


Música muito famosa, amplamente conhecida também como o concerto do Tom & Jerry (sim, o desenho).

Essa música tem uma melodia muito fácil de "digerir", apesar de reconhecidamente ser uma das peças, tecnicamente falando, mais difíceis de serem reproduzidas. ou como alguns chamam: virtuosa

Liszt - Rapsódia Húngara #2 (por Rachmaninoff)

denovo esse cara...sim, adoro ele..e veja, não é sempre que você tem a oportunidade de ouvir um mestre interpretando um mestre. apesar da odiosa qualidade (limitações das gravações da época, e pode falar o quanto quiser q isso dá um estilo extra ao som, ou qualquer outro bla bla bla, q fica bem pior assim), temos aí uma quase incomparável interpretação. no final tem um bonus :)

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Verdi - Nabucco - Va Pensiero

Não tenho muita certeza sobre qual orquestra fez essa versão, mas é muito boa anw


Esse é pra quem curte mais um trabalho vocal consistente (típico de Verdi?)

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Bom, falando em Verdi, não dá pra deixar o Dies Irae passar em branco.

Condução por Claudio Vandelli


Dies Irae é uma das partes das tradicionais missas fúnebres da igreja. Ele representa o dia do julgamento, então geralmente é um movimento carregado e violento.

Assim como não dá pra falar de Verdi sem falar do Dies Irae, não dá pra falar de Dies Irae sem falar sobre o do Dvorak


Bom, por hj é só
 
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Amon_Gwareth evite fazer posts em seguida em curtos períodos de tempo, pois isso é caracterizado como flood.

Você pode usar a tecla editar e incluir tudo em um único post. Caso queira separar os vídeos, por serem de artistas diferentes, você tem várias maneiras de fazê-lo, como colocando dentro de algum "quote" ou fazendo alguma linha divisória.

Caso prefira você pode criar tópicos para esses artistas, assim falando um pouco de cada. Isso vai deixar tudo separadinho e mais fácil para conhecê-los.
 
yay, meu primeiro esporro \o/

então, a minha intenção inicial não era falar sobre um artista especificamente, mas sim criar um "diálogo de interpretações" (mesmo pq eu sei que tem gente nesse fórum que gosta deste tipo de música, mas ainda assim por um motivo ainda desconhecido elas não se manifestam). mas, fail :(

longe de mim querer ser uma "postcount bitch" :D (apesar de postar relativamente muito)

anw, nada a ver com requiem:


outra interpretação muito boa de uma outra música (apesar de um pouquinho imperfeita, ainda assim arrisco dizer uma das melhores que já ouvi)

 
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Dies Irae é linda demais, apesar de não gostar mais tanto de canto gregoriano como antigamente. Vozes profundas a cantar o hino do Fim dos Dias, letra belíssima, no belíssimo latim. Adoro.
 
mas aí vc apela haha a nona é um dos maiores trabalhos da história

das sinfonias, gosto bastante também da 25 do mozart


conduzida por Neville Marriner

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do Beethoven, gosto muito das interpretações do Kempff. tem um lugarzinho especial guardado pra essa aqui:

sonata tempestade, beethoven, interpretação por wilhelm kempff (por via de regra, pode pegar _qualquer_ interpretação do kempff que ela garantidamente será godlike)


a curiosidade é que o próprio beethoven não escreveu a sonata declaradamente como "tempestade"... alguns críticos associaram-na com a peça "tempestade" do shakespeare, e é por isso que ela ganhou este nome

mas o motif é muito tempestade hehe. ouça o 01:57, aquilo definitivamente é um fucking trovão

bom, falando em beethoven, sinfonias e tempestade, segue:

Beethoven - Pastoral - Tempestade (conduzida por Claudio Abbado num exemplo de como é colocar intensidade numa música)


vou dormir. amanhã floodo posto mais :P
 
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Rachmaninoff, prelude op 23. no. 5! É genial! Principalmente interpretada pela Valentina Lisitsa (Minha pianista favorita). Estudo para ser um bom intérprete de Rachmaninoff e Franz Liszt, tarefa particularmente muito complexa.

Para contribuir com a qualidade já existente deste tópico, vos deixo este:

Franz Liszt - Mephisto Walzer (Fabulosa interpretação de Economou Nicolas)

 
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Hum, Mephisto...Somehow, ele me lembra de 'fortuna' #faustofeelings

segue uma das músicas eruditas mais reproduzidas do nosso tempo


e também o segundo "movimento" que não é conhecido, mas é ótimo (na minha opinião, até melhor). a história dele todo mundo deve conhecer: um jovenzinho chamado Carl Orff juntou alguns poemas medievais e os compilou em uma obra musical. A obra fala sobre, basicamente, a sorte (de um ponto de vista até trágico). pode-se notar isso em um dos trechos:
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite
tradução ( fonte: http://www.classical.net/music/comp.lst/works/orff-cb/carmlyr.php )
since Fate
strikes down the strong man,
everyone weep with me

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já que estamos no trágico, mais uma missa de réquiem de alguém com uma história supostamente trágica (digo suposto pois desconheço qualquer documento histórico que comprove qualquer coisa):

Salieri, um excelente músico contemporâneo de mozart. Porém, hoje, as pessoas normalmente lembram do nosso amigo austríaco (até justificadamente) no lugar de outros nomes da época, como foi o caso deste. Da parte suposta, Salieri, apesar do seu gigantesco nome na época, invejava Mozart pois sabia que a capacidade do garoto irreverente era infinitamente superior a qualquer uma que ele jamais havia visto (inclusive a própria). Como resultado, dizem rumores, Salieri envenenou Mozart e o matou.

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ok, suficiente de tragédia por hoje. voltando o ânimo com ninguém menos que Bach, na missa em si menor

 
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Depois que eu fiquei maravilhado em assistir 7 vezes a épica peça Macumba Antropófoga no Teatro Oficina em São Paulo na temporada que se encerrou no último dia 02/11 a música mais tocada na peça que eu adorei é essa que nos remete a essa composição do grande Heitor Villa-Lobos.

 
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Já que gostaram do tópico e de fato achei muito bom o Amon ter aberto mesmo, vou deixar mais uma contribuição nacional: Carlos Gomes e sua maior e mais consagrada obra O Guarani

Quando todos ouvem a introdução dessa música a primeira lembrança que vem a cabeça é a abertura daquele programa de noticias que muitos odeiam chamado "A hora do Brasil"

Mas é a obra daquele que é considerado um grande precursor das marchinhas de Carnaval e pra muitos o mais importante compositor de ópera do Brasil. Rendo aqui então a minha homenagem

 
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Citei essa área no tópico dos cachorros, e notei que de verdade abandonei o tópico D:

Bom, vou colocar aqui a música que to ouvinvo agora:


Essa é a sonata patética (1o mov) do beethoven tocada por Freddy Kempf (tinha que ter kempf no nome, né? :lol:)

Beethoven é um músico do período romântico, o que significa que ele não escreve músicas naturalmente abstratas, mas sim que em sua essência ele tenta representar algo com as obras - seja um sentimento, seja algo tangível, seja alguma memória.

Essa sonata, assim como as outras, não foi nominada pelo Beethoven. Porém, dá pra notar claramente como, dentre pesados acordes dissonantes, uma harmonia tímida e leve tenta pateticamente ganhar espaço. e "falha"
 
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Eu também gosto muito das valsas, principalmente essa executada por Andre Rieu


e essa novamente por Andre Rieu, eu gosto muito do estilo dele, deixando a música clássica mais próxima do público sem (a meu ver) estragar a música como pode parecer no uso do termo: popularizar a música erudita.

 
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Eu sou fanático por Música Erudita, principalmente pelo período Barroco. J.S. Bach, Vivaldi, Buxtehude, etc, estão entre meus favoritos. Do Bach, uma das minhas favoritas é a BWV 1060. Deliciem-se:



 
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Das valsas, tem umas do Chopin muito boas! Tem a famosa interpretação do Horowitz (Chopin - Op 64 no 2):

Mas eu como um fã incorrigível de Rachmaninoff:

Sobre Bach, n tem nem o que falar hehe. Gosto excepcionalmente das paixões. Música de câmara igualmente excelente. Anyway, outro trecho de uma das paixões (BWV 245, Paixão segundo São João, Ruht wohl, ihr heiligen Gebeine por Philippe Herreweghe)

Adoro igualmente Villa-Lobos. Chegando em casa posto algumas interpretações dele que me agradam.
 
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*Revivendo o tópico*

Mas então, música clássica é a minha paixão desde pequeno... Antigamente eu gostava mais do período barroco (Bach inclusive foi quem me fez começar a ouvir música clássica, e até hoje é o meu favorito), mas lentamente fui expandindo meus horizontes e hoje em dia até me arrisco a escutar alguns compositores modernistas.

Mas enfim, vamos à música! A que eu vou postar aqui é um dos Estudos de execução Transcendental, do Franz Liszt. Sim, aquele Franz Liszt, famoso pelo virtuosismo e pelas peças muitíssimo refinadas tecnicamente. Não bastasse isso, os estudos são REALMENTE transcendentais, você fica se perguntando como a pessoa consegue tocar aquilo sem a mão sangrar ou quebrar ou rasgar ou algo assim... E esse é o estudo número 4 (Mazeppa), reconhecidamente um dos mais difíceis dos 12... O que só me dá mais admiração por quão bem o Berezovsky consegue tocar. No final ele ainda tem que pedir um pano pra se secar, fica com o rosto completamente encharcado de suor, de tão difícil...

 
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@Sano
eu acho incrível como liszt consegue, nessas obras, mesmo jogando um flood gigantesco de notas nos nossos ouvidos, manter uma harmonia refinada no "conjunto". não sou profundo fã de virtuosismo por si só, mas esse conjunto de obras é ótimo!

@tópico
bom, vou dar um ctrl+c & ctrl+v aqui no tópico de um pm que mandei pra Ceinwyn ao covnersar um pouco com ela sobre interpretações.

então, sobre as interpretações ruins ou boas, esse é um assunto bastante delicado. geralmente quem toca música erudita estudou o próprio instrumento por pelo menos um tempinho...elas não vão ser "ruins", mas sim "sem alma", "rápidas demais", "lentas demais", etc

vou tentar dar um exemplo com música utilizando uma das que postei (e que inclusive possui uma reprodução muito imperfeita)

a interpretação que me agrada:
pode notar que nesta as notas estão "mais ligadas", "conectadas" e a sonoridade é mais "redonda"

agora as interpretações que eu não acho tão boas, e os motivos
Esse vídeo ficou relativamente famoso entre alguns que curtem esse genero de musica..minha aposta é pq a moça é bonitinha e não pelo que ela toca. dá pra notar uma diferença clara no tempo da música. essa interpretação da raíssa, apesar de ter as notas certinhas, tem o tempo muito "quadrado". pensa num compasso. cada nota sendo tocada exatamente em uma fração dele - e interrompida na fração seguinte.

Esse cara tem uma técnica surpreendente, mas na minha opinião isso n serve pra nada. poucos conseguem tocar violão tão rapidamente e precisamente quanto ele. no caso dessa música, pra que acelerar tanto?! pra mostrar o quao rapido vc é com os dedos?

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é muito mais complicado qdo estamos falando de orquestras inteiras....veja, tem 2 interpretações de um coro de bach que são completamente diferentes


eu particularmente gosto mais da segunda, mas gosto é gosto né, cada um tem o teu.

a diferença entre essas duas é mais gritante pq novamente estamos falando de tempo, então fica mais óbvio como elas foram idealizadas cada uma em sua particularidade. para orquestras, pode-se dizer que a responsabilidade integral pela interpretação é do maestro. ele n é só o idiota que fica fazendo gestos aleatórios durante apresentações - ele molda toda a orquestra durante os ensaios, em cada mísero detalhe, para que a obra seja reproduzida exatamente como ele idealizou. Um ótimo exemplo de maestro muito competente e famoso é o karajan.

uma curiosidade é que hj em dia as notações de partituras estão mais evoluídas, então o compositor pode definir detalhes de como espera que a peça seja reproduzida. porém, por exemplo, no período barroco, essa não era a realidade...as partituras não continham muitos detalhes restritivos; portanto, reproduzir hoje em dia uma peça daquela época é praticamente uma roleta da sorte haha. Mas existe luz no fim do túnel: um cara chamado Fabio Biondi estudou muito este período e executou algumas performances que estão, dentro do que ele acredita, mais próximas da idealização dos compositores/estilo da época. um exemplo com a também muito famosa "inverno", do vivaldi


compare com uma versão aleatória que encontrei no youtube:


bom, pra finalizar, vou mandar um exemplo onde uma interpretação transcrição ficou mais famosa que a original

 
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