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Bob Esponja pode causar déficit de atenção e aprendizagem em crianças

renyar

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A pesquisa deu-se da seguinte forma: 60 crianças foram divididas em três grupos. Um deles assistiu a animação Caillou (exibido aqui no Brasil pela TV Cultura), outro realizou a simples atividade de desenhar e o restante acompanhou nove minutos de Bob Esponja. Após isso, os voluntários realizaram alguns testes de função mental, os quais concluíram o estudo. Aqueles que assistiram à série da Nickelodeon se saíram piores daqueles que assistiram o outro desenho ou desenharam, chegando a uma diferença de 12 pontos. Apesar do resultado, Bob Esponja não deve necessariamente ganhar destaque dentre demais animações.
A idealizadora do projeto Angeline Lillard explica que a causa está na velocidade em que as imagens aparecem na tela. A Nickelodeon se pronunciou sobre o assunto e disse que sua atração é indicada para crianças de 6 a 11 anos, e não de 4 anos como utilizadas na pesquisa.
Diante dos dados coletados, a antiga tese de que a televisão pode causar problemas de atenção e aprendizagem ganha mais reforço. De qualquer forma, o estudo em questão não é indicado para servir de base aos pais e nem consegue determinar se crianças de outras idades também sofreriam o mesmo sintoma.
 
O texto, que saiu escuro:

A pesquisa deu-se da seguinte forma: 60 crianças foram divididas em três grupos. Um deles assistiu a animação Caillou (exibido aqui no Brasil pela TV Cultura), outro realizou a simples atividade de desenhar e o restante acompanhou nove minutos de Bob Esponja. Após isso, os voluntários realizaram alguns testes de função mental, os quais concluíram o estudo. Aqueles que assistiram à série da Nickelodeon se saíram piores daqueles que assistiram o outro desenho ou desenharam, chegando a uma diferença de 12 pontos. Apesar do resultado, Bob Esponja não deve necessariamente ganhar destaque dentre demais animações.

A idealizadora do projeto Angeline Lillard explica que a causa está na velocidade em que as imagens aparecem na tela. A Nickelodeon se pronunciou sobre o assunto e disse que sua atração é indicada para crianças de 6 a 11 anos, e não de 4 anos como utilizadas na pesquisa.

Diante dos dados coletados, a antiga tese de que a televisão pode causar problemas de atenção e aprendizagem ganha mais reforço. De qualquer forma, o estudo em questão não é indicado para servir de base aos pais e nem consegue determinar se crianças de outras idades também sofreriam o mesmo sintoma.
Vocês não acharam essa metodologia de pesquisa um pouco insuficiente? :eh:
 
Última edição:
tbm acho insuficiente
uma vez li numa revista uma pesquisa que fizeram testes de função menta em 2 grupos, um tinha ficado durante 2 horas seguidas na frente do computador jogando e o outro fumou maconha, o grupo que ficou jogando no computador se saiu pior do que o outro que fumou maconha
achei ridiculo o teste
no meu ponto de vista não prova nada
 
Engraçado, estava assistindo Bob Esponja hoje na hora do almoço e pensando o quanto o desenho é inocentemente genial.
 
Se você prestar atenção, vai ver que o que mais tem ultimamente é pesquisa feita com metodologia falha. Quero saber que tipo de pesquisador tem se formado lá fora ultimamente, porque isso é simplesmente triste. Temo pelo futuro mundo acadêmico se continuar assim. Eu vi uma faz um tempo, em que o pesquisador dizia que pessoas bonitas são mais egoístas, e tanto a metodologia quanto a esplicação que ele deu são completamente falhas. Não consegui achar o artigo aqui, mas eu achei ridiculo. Me envergonha que o biólogo tenha escrito tal besteira.
 
Tem razão. Não é a toa que na faculdade uma das pesquisadoras que tinha mais citações a seu nome em trabalhos era justamente a professora de estatística. Todos os outros professores faziam uma visita na sala dela para consultar sobre as exigências de um trabalho cientificamente e estatisticamente significativo em que ela acabava por receber os créditos em todos eles (todo mundo queria saber se os grupos amostrais eram o bastante para fazer as pesquisas). Muitas notícias têm aparecido hoje na mídia dando conta de que são descobertas científicas mas na verdade se enquadrariam mais como indicadores, sinais ou tendências obtidas em certas condições de laboratório, isso quando o pesquisador não falseia dados como ocorreu na notícias que li no OI com aquele professor da Universidade de Colúmbia que recebeu 85 mil para dizer que a economia da Islândia estava indo bem em 2006 e em 2008 o país entrou em crise.
 
Os cientistas tem sua culpa.
Mas infelizmente de fato é o mundo hoje em dia globalizado e espetacular.
O que a mídia quer e divulga são as coisas que fogem do padrão e chamam a atenção. Mesmo que cientificamente sejam duvidosos.

Quem escreve artigos pra revistas técnicas e revistas de divulgação sabe o que eu to falando.
No segundo se você escreve tecnicamente com tudo correto, nunca é aceito. Sem contar que muitas vezes o que você escreve é modificado pela edição da revista pra ficar mais chamativa, e normalmente muda completamente o sentido do que era pra ter sido dito.

Mas são justamente nessas revistas que está a possibilidade de abocanhar interesses de ricaços mecenas ou politicos desavisados para financiar a sua pesquisa séria de fato.
 
Então, toda pesquisa que se preze precisa da assinatura de um estatístico. E, aqui no Brasil, esse estatístico tem que ter registro no CONRE (assim como médico precisa de CRM e advogado de carteirinha da OAB) e pode ser processado se divulgar coisa errada.

Mas os jornais e sites de notícia mais populares SEMPRE "deturpam"* os resultados na hora de escrever a matéria, pra chamar mais a atenção talvez. Daí a pessoa tem que ir até a fonte e ver se é isso mesmo.

*"deturpam" = interpretam de maneira equivocada e não são tão felizes na hora de escrever a notícia, dando espaço para várias interpretações.

Dica: http://www.atireiopaunografico.com.br/
 
Engraçado, estava assistindo Bob Esponja hoje na hora do almoço e pensando o quanto o desenho é inocentemente genial.

(y) Bob Esponja é um dos poucos desenhos bem feitos e engraçados de hoje.
 
Mais uma coisa: será que houve permutação dos individuos nos três grupos? É natural e óbvio que as crianças independentemente das atividades que praticaram antes da submissão aos testes responderiam de forma diferente, ou seja, alguns obteriam resultados melhores que os outros. Esse fator não parece ter sido levado em consideração.
 

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