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Como conheceu as bandas das quais gosta?

Melian

Período composto por insubordinação.
Olá, pessoas!

Eu estava respondendo ao tópico do Desafio Musical, e senti vontade de criar este tópico, para falarmos sobre como foi a nossa "primeira vez" (e segunda, e terceira, etc.) com nossas bandas/artistas preferidas (os). Vou começar contando como foi o meu primeiro contato com minha banda preferida, Pixies, depois falo sobre outras. E "primeiro contato" e "Pixies" parece uma união vitoriosa, já que a temática dos OVNIs se faz presente, de um jeito ou de outro, nas canções dessa banda.

Eu estava em um ponto de ônibus. Tinha um carinha com um discman, empolgadíssimo, ouvindo e cantando uma música que, mais tarde, eu descobri que era "velouria".

Como ele era afinado, e eu estava gostando do que ele cantava, quando chegou em : "say to me Where have you been Finally through the roof and how does lemur skin reflect the sea?" eu já estava quase gritando para que ele parasse de cantar e me dissesse que música era aquela e de que banda que era.

Parece que ele adivinhou meus pensamentos- o que não era difícil, porque eu olhava fixamente para ele - e, antes que eu pudesse perguntar, me disse: "Velouria, esse é o nome da música, o nome da banda é Pixies".

Agora vem a parte bizarra, um cara, que eu nunca vi, me perguntou: "Quer ouvir?" Eu, como já tinha gostado da "droga", não resisti, peguei o discman, e ouvi. :lol:

Não preciso nem dizer que me apaixonei, né?

Muitas pessoas que eu conheço, ouviram Pixies, pela primeira vez, em "Clube da luta" (sim, a velha história do "Conhece Pixies?" e a pessoa "Sim, eu conheço, ouvi aquela 'Where is my mind?'"), eu, quando vi o filme, já conhecia a banda, a música, etc.

Enfim, postem. Compartilhem suas experiências...
 
Eu conheci a minha banda preferida através da revista Playboy. :dente: :oops:

Sabe, nunca fui muito de ouvir música, tirando uma breve fase do início da adolescência que ouvi um tanto de rap (facepalm) e (pop) rock nacional. Nunca tive o hábito, e isso veio de casa mesmo, onde ninguém ouvia música, nem nas radios. Eu só tinha em mente que gostava de rock porque curtia mais quando ouvia em algum lugar.

Minha descoberta (sem mais sentidos da palavra) inusitada aconteceu porque tinha uma matéria na revista sobre uma eleição dos 100 melhores discos da história do rock. Fui pegando algumas músicas daquelas bandas pra ver qual era mesmo. Aí cheguei em The Clash, cujo disco London Calling estava classificado em primeiro. Até hoje, tirando algumas músicas do disco eu até que concordo, é um disco bastante alinhado na qualidade.

Mas é sempre complicado isso de banda preferida...
Pra mim "The Clash" está quase no mesmo nível de preferência que "Rise Against" e "The Beatles", por exemplo. Mas essas duas últimas eu conheci por indicação de amigo e por mainstream, respectivamente. Ou seja, a história delas não tem a mesma graça....

Prontoconfessei. Playboy também é cultura. :dente:
E como sempre dizemos, lemos pelas excelentes matérias que elas contém...
 
Melian, você é mesmo vidente, eu estava pensando num tópico assim justamente hoje de manhã (não me lembro da hora, mas se for a mesma da criação desse post, eu quero um palpite para a Mega Sena), eu conheci o Guns n' Roses quando fui na casa da minha mãe e lá tinha um CD com músicas de vários artistas (pode ser que eu já tivesse ouvido alguma coisa deles antes, mas não ficou na memória), e entre essas músicas estava Sweet Child O' Mine, eu comecei a ouvir aquela música e no início não levei muito a sério, mas depois de algumas vezes comecei a gostar, e a partir daí, virou a minha banda preferida, como disse lá no tópico dos 40 Dias de música, eu gosto de quase todas as músicas deles, tirando uma,a última do Use Your Illusion II, My World.
 
Em partes conheci Queen quando bem criança, lá pelos 4 e 6 anos de idade. Graças as minhas duas irmãs, bem mais velhas que eu.

Mas foi só aos 11 anos que me tornei fã e consegui ouvir um álbum deles. Tocou "Love Of My Life" na antiga 89 FM, me apaixonei pela música, pela banda (e foi aí também que decidi aprender a tocar violão). O engraçado é que aos 11 nos eu era a única da minha idade a gostar de Queen, a corrida por materiais era algo engraçado até - cheguei a torrar só em CDs uma grana que meus padrinhos me deram de presente e outra proveniente da venda dos meus longos cabelos na época. :dente:

Sou a única que é fã de Queen na minha família. Minha irmã do meio costuma ouvir vez e outra alguma coisa deles, hoje em dia não mais. O engraçado é que uns dois anos antes de eu virar fã deles, ela tinha uma fita K7 com o GH1 deles e nunca prestei muita atenção nisso, nenhuma curiosidade de pegar e ouvir. Ah, ela quase me matou quando peguei a fita uma vez a desgravei (sem querer e sem perceber que se tratava do único material do Queen que tínhamos na época). Essa cagada acidental da minha parte me deu uma raiva exatos dois anos depois, quando eu queria ouvir "Love Of My Life" e não achava CD com a música, nada - e fui lembrar que no encarte da K7 estava escrito o nome desta música. :lol:
 
No meu caso, está tudo interligado!

Começou com o rádio. Na época a Maria Rita estava se lançando no mercado e eu me interessei pela música dela. Após ouvir bastante percebi que gostava muito da parte instrumental (especialmente a formação piano, baixo acústico e bateria). Por acaso, nessa época, tocava uma música da Norah Jones em uma das novelas da Globo e, ela utilizava esse tipo de formação instrumental na música [Come Away With Me]. Fui pesquisar sobre a cantora e, foi "paixão à primeira música". Durante essas pesquisas, os sites sempre me recomendavam uma lista de artistas relacionados (quase sempre jazzistas) a qual eu não dava muita atenção, no entanto, eu sempre via um nome [Diana Krall]. Era constante e, certo dia, eu enfim resolvi checar as sugestões tão insistentes. Com tantas opções de música pra eu fazer download, eu fui baixar logo uma música que não era dela. Tinha o nome dela, mas não era. Tratava-se de outra cantora: Paula Cole, que mais tarde me levou a conhecer Madeleine Peyroux. Ahhh... a Maria Rita também me levou em outro caminho diferente: Jamie Cullum (estava assistindo televisão e vi ela num dueto com ele). :hihihi:

Desse ponto em diante, eu percebi que gostava de Jazz. Nessa época conheci minhas bandas preferidas e só conheci mais e mais sobre o gênero.
 
Última edição:
Tópico interessante, vou fazer uma breve análise de minha experiência com a música.
Comecei me interessar por música lá com uns 2 ou 3 anos de idade quando minha mãe colocava música clássica para relaxar. É óbvio que nessa época eu não tinha a mínima noção de quem eram aquelas músicas e o que tinha de bom, mas tais sinfonias me marcam até hoje. Lá pros meus 10 anos comecei a ouvir U2 e gostei muito daquilo. A fase 80's deles era impecável e até hoje sou um grande fã. Aí comecei a me interessar por rock e consequentemente tive contato com bandas como Beatles, Rolling Stones, Titãs, The Who, Eric Clapton entre outros. Com o aumento de interesse meu pai me apresentou ao Rock Progressivo que me marcaria muito, assim como a música clássica. De Pink Floyd a Yes, herdei dele um grande gosto pelo rock progressivo que tenho contato até hoje. Mas o melhor estava por vir. Com uns meses fui conhecendo cada banda, cada integrante e cada música da música em geral, mas um dia um raio entrou na minha cabeça e tomei o maior impacto musical que eu poderia. Talvez não seja a minha banda preferida (ainda assim gosto muitíssimo) mas com certeza foi a que mais me marcou. Assistindo a MTV começou o clipe mais surreal para mim na época. Um som revolucionário, guitarras estridentes, bateria pesada, baixo altíssimo e é claro um vocal que eu jamais havia pensado que existia. Era o Black Sabbath com sua aclamada música '' Iron Man ''. Daí surgiu em mim um grande gosto pelo Heavy Metal e o Hard Rock que crescia cada vez mais com Led Zeppelin, Deep Purple, KISS, Aerosmith entre outros. Somente uma banda (Rush) me marcaria quase tanto quanto o Sabbath e mesmo assim apenas alguns anos depois. Depois de uma fase mais pesada me tornei mais eclético, ouvindo de Bossa Nova á Power Metal. Posso dizer que todos esses estilos me marcaram muito e até hoje escuto todos (Alguns com menos frequência). Graças a esses estilos acabei me tornando músico e hoje toco música de boa qualidade para todos os gostos, Blues, Rock, Metal, MPB, Bossa Nova, Country enfim um pouco de tudo. Depois desse histórico musical enorme vou escutar um pouco de Bob Dylan :mrgreen:
 
Estou adorando os depoimentos.
Bem, lá vai mais uma: Raul Seixas, como você entrou na minha vida?

O meu padrinho de batismo é, provavelmente, a pessoa mais apaixonada por Raul que eu conheci. Quando era bem pequena, eu costumav ir, bastante, a casa dele, porque a filha mais velha dele me adorava. Pois é, antes de ser uma adulta rabugenta, eu fui uma criança adorável. E também fui a mais curiosa das crianças. Eu era Cleonice, a curiosa. Em toda a casa do meu padrinho tinha coisa do Raul. Eu lembro de uns quadros lindos, feitos com lã. Outros trabalhados no estilo de marchetaria, etc. E aí, no canto da sala, tinha uma estante cheia de discos do Raul.

Eu ficava louca para olhar todos, de perto, mas não mexia em nada, e nem tinha coragem de pedir ao meu padrinho. Desde nova aprendi que as pessoas ficam irracionais quando se trata de coleções. Aí, um dia, meu padrinho me perguntou se eu queria ver. Aí eu sorri. Pronto. Ele pegou todos os discos, um por um, me mostrou, contou histórias, cantarolou pedaços de canções e eu fiquei fascinada.

Cheguei em casa, pedi aos meus irmãos uma fita, e pedi ao meu padrinho para fazer uma seleção de músicas do Raul para mim. Ele fez, e colocou, entre as músicas aquela que, ainda hoje, é a minha música preferida "Canto para minha morte". Aí eu nunca mais parei de me interessar pelo Maluco Beleza. Algumas pessoas até costumavam brincar: "você conseguiu fazer a Cléo virar fã do Raul mas não conseguiu fazer com que ela torcesse pelo Cruzeiro". Mas não vamos falar sobre futebol hoje, né, gente? :lol:
 
Meu artista favorito, apesar das gradações, ou épocas em que variei muito meu gosto, foi Raul. Hoje, por exemplo, estou numa vibe bem indie: Camera Obscura, Death Cab for Cutie, Beirut, Jonquill, Fleet Foxes, Decemberists. Ainda assim sempre ouço Raul Seixas e sempre ouvirei. É uma das poucas coisas certas que posso afirmar da minha vida, tão cheia de indecisões sobre tudo. Sempre ouvirei o Mestre Seixas, ele é meu porto seguro, cujas canções falam de mim, sobre mim, para mim e que me desvendam, me completam.

Quando eu tinha meus 8 anos, costumava ficar brincando com meu primo de 3, ouvindo músicas e dançando, pulando, quebrando coisas pela casa, essas coisas. O engraçado é que nunca era música infantis, mas MPB geralmente, minha madrinha (mãe dele) nos cultivou na boa música brasileira. Era direto Cassia Eller, Legião, Caetano e, pela primeira vez, em uma tarde de sábado, a Sociedade Alternativa do grande Raul. Não sei bem o que fazia a gente, duas crianças, cantar e pular daquele jeito, acho que era a sucessão de histórias, de situações se alternando tendo aquele rock muito brasileiro, muito gostoso, como pano de fundo.

Quando fui crescendo, fui ouvindo outras músicas dele, me apaixonando por várias. Não vou nem dizer quais, porque senão vai ser um post enorme. Todas eram demais, eram divertidas, irreverentes e apaixonantes. Sofri até certo bullying (:lol:) com isso: "Po, Raul Seixas, que estranho, cara, kkkk!". Mas nunca deixei de ouvir, até... por volta dos meus 16 anos fui irresistivelmente conquistado por Beatles e pelo rock progressivo e clássico. Isso durou alguns anos.

Por volta de 2009 (quando entrei pro fórum, inclusive), parei pra escutar uma música chamada 'Eu acho graça' que amei de verdade. Eu havia saído de uma época de crise existencial, desilusões e a música meio que acompanhava isso, muito as mais melancólicas do Legião e essa música me deu uma super levantada no meu astral. Olhem esse trecho: "Passo pela praça, e acho graça; falam mal de mim, e acho graça". Achei isso um hino ao desprezo pelas convenções, pelo modismo, pelo sofrimento a que eu era submetido, e voltei a ouvir, e muito as que eu mais desconhecia (cerca de 80% das músicas dele) e fui vendo, com olhar e ouvido mais filosófico, fui entendo Raul seixas, seu lado místico (Gita, Trem das 7), seu lado niilista e imoralista (Eu sou egoísta, Rockixe, álbum Panela do Diabo), crítico da sociedade e da religião (Pastor João e a Igreja Invisível, Al Capone, Sapato 36, Meu pai, Mamãe eu não queria), romântico (álbum Raulzito e os Panteras, Maçã), seu lado debochado, desprezador, super-homem a la Nietzsche (Maluco Beleza, No fundo do quintal da escola, Eu acho graça) e outras excentricidades tão profundas e ao mesmo tempo tão simples que fui enxergando o Raul como autêntico filósofo e guia da minha vida, mais como um guru.

Esse fanatismo diminuiu um pouco, mas ainda hoje tenho uma relação intelectual e emocional muito forte com o Maluco Beleza e sei que isso é tão parte de mim que é algo que não posso arrancar, mesmo que quisesse. TOCA RAUL!!!
 
Pra quem leu a minha lista das 5 mais, então nada mais justo que começar a escrever a respeito de como comecei a gostar deles.

Raul Seixas - Eu nasci numa época em pleno regime ditatorial quando justamente ele estava despontando e como meu pai já gostava dele, fui ouvindo desde recém nascido logo de cara todos os LP´s que ele lançou na época e aí passei a minha infância e adolescência praticamente inteira apreciando quem pra mim é o Rei do Rock nacional.

Só sei que em 1989 quando então eu tinha meus 15 anos tive um dos dias mais tristes de minha vida, pois até então poucos meses antes eu estava muito feliz de ter conseguido finalmente assistir um show dele no estúdio da Rádio Transamérica FM de Sampa em dueto com Marcelo Nova do Camisa de Vênus, um show inesquecível e pouco depois ele partiu.

Roupa Nova - Até o final dos anos 80 eu ainda tinha interesse em assistir novelas e se tem uma banda que é campeã nacional em mandar bem em trilhas de novelas Roupa Nova é a banda. As músicas deles caem como luva e "Whisky a Go Go" foi a música que despertou minha admiração por essa granda banda nacional que pra mim é melhor banda pop brasileira.

Legião Urbana - É a banda que sem desmerecer ninguém só quem teve infância e/ou adolescência nos anos 80 sentiu no coração e na alma o que realmente essa banda representa pra milhões de brasileiros que cresceram e se tornaram adultos ouvindo e indo aos shows deles. Canções que tinham tudo haver com o momento que o Brasil e Brasília passavam naquele período emblemático de transição política (Diretas Já, morte do Tancredo Neves). Foi paixão logo de cara nas primeiras execuções das músicas deles nas FM´s.

Laura Pausini Ela tem uma voz maravilhosa. Antes de virar sucesso internacional eu estava assistindo ao acaso num canal de TV por assinatura a apresentação do Festival de San Remo e lá ela cantou La Solitudine, canção maravilhosa que a tornaria conhecidíssima no mundo todo. Logo que ouvi me interessei e assim que o primeiro CD dela chegou aqui comprei e desde então não paro de acompanhar a carreira dela.

Maná Eu nunca estive no México, mas já estive na Argentina algumas vezes e antes da banda se tornar conhecida aqui, eu tomei meu primeiro contato com a música deles justamente no país vizinho, numa época de férias e o Maná foi fazer um show em Buenos Aires. Adorei a banda e logo de cara quando voltei pra cá eu comprei o CD Donde Jugaran Los Niños e passei a ser fã deles.
 
Última edição:
Muitas pessoas que eu conheço, ouviram Pixies, pela primeira vez, em "Clube da luta" (sim, a velha história do "Conhece Pixies?" e a pessoa "Sim, eu conheço, ouvi aquela 'Where is my mind?'"), eu, quando vi o filme, já conhecia a banda, a música, etc.

Houve uma época, anterior a essa, em que o pessoal conheceu Pixies ouvindo "Here Comes Your Man" no rádio ou na balada. Eu, particularmente, comprei Surfer Rosa & Come on Pilgrim (uma edição com o EP incluso) para saber se o hype que a revista Bizz fazia era justificado (em boa parte sim, é um excelente debut). Os outros álbuns acabei escutando bem mais tarde, já que não virei fã roxo da banda (meu irmão, ao contrário, tem todos os álbuns, inclusive os do Frank Black e das Breeders, o que significa que ouvi, involuntariamente e por várias vezes, trechos desses discos). Faz tempo que não os escuto, mas acho que meus favoritos são o Surfer Rosa e o Bossanova, com os outros dois logo atrás.

tirando uma breve fase do início da adolescência que ouvi um tanto de rap (facepalm)

Nem acho embaraçoso, há muito rap de qualidade por aí (OutKast, De La Soul, CunninLynguists, Beastie Boys, Public Enemy, A Tribe Called Quest, The Roots e outros tantos).

Roupa Nova - Até o final dos anos 80 eu ainda tinha interesse em assistir novelas e se tem uma banda que é campeã nacional em mandar bem em trilhas de novelas Roupa Nova é a banda. As músicas deles caem como luva e "Whisky a Go Go" foi a música que despertou minha admiração por essa granda banda nacional que pra mim é melhor banda pop brasileira.

Em termos de pop brasileiro dos anos 80, Lulu Santos e Guilherme Arantes são fortíssimos concorrentes (e favoritos meus também). Quanto ao Roupa Nova, as mais antigas que eu lembro de gostar deles são "Canção de Verão", "Clarear" e "Sapato Velho", embora ache que só a partir de "Anjo" eu tenha realmente começado a prestar atenção na banda. E, como já disse antes, no seu Top 5, o disco de 85 é o meu predileto do Roupa Nova.
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Em casa, meu pai praticamente não escutava música e minha mãe só gostava de música japonesa, mas não tínhamos nenhum vinil ou fita cassete. Para ouvir música, só através do rádio AM ou da TV. O curioso é que, mesmo assim, eu e meu irmão nos interessamos muito por música, a ponto de uma tia minha ficar preocupada quando, ao visitá-la, a gente ficava no quarto ouvindo discos por muito tempo (devo dizer que minhas primas tinham um aparelho em que o vinil caía sozinho no prato, algo que me fascinava muito).

Foi lá que ouvi algumas coisas que marcaram minha infância: compactos ou LPs de historinhas, cantigas de roda, coletâneas e as primeiras bandas internacionais (Dez Anos, do ABBA; The Art of Control, do Peter Frampton; Spirits Having Flown, dos Bee Gees; Grease etc.).

Era interessante, mas era uma experiência limitada. Só depois de ganharmos uma vitrolinha e, mais tarde, um gravador de K7, é que pudemos, por assim dizer, desenvolver nosso gosto pela música. Por um bom tempo, porém, não costumava escutar álbuns, só coletâneas ou trilhas sonoras (Arcas de Noé, Hit Parades, trilhas de novela etc.). Acho que os primeiros álbuns (de um só artista) que compramos foram Purple Rain (do meu irmão) e Like a Virgin (meu).

Prince foi o primeiro artista do qual a gente começou a comprar todos os discos que saíam (revezávamos, eu e meu irmão - o próximo, Around the World in a Day, por exemplo, era meu). "1999" foi a primeira música dele que ouvi e gostei, tocou muito em rádio e na televisão, e "Little Red Corvette" fazia parte de uma coletânea minha, Video Hits 2, mas foram "When Doves Cry" e "Let's Go Crazy" que levaram à compra de Purple Rain. Posso dizer que, passados mais de 25 anos e inúmeras audições, o álbum se mantém como um dos meus favoritos dos anos 80, só sendo superado pelo magnífico Sign "☮" the Times. Aliás, embora Sign seja meu álbum favorito do Prince, gosto muito de todos os trabalhos dessa época: cada lançamento era uma nova surpresa, em que ele não se limitava a tentar repetir o sucesso anterior, mas procurava trazer novos elementos à música dele. Foi só a partir do fraco Batman que Prince começou a mostrar sinais de cansaço criativo (Diamonds and Pearls foi o último grande álbum da carreira dele, IMO).
 
Houve uma época, anterior a essa, em que o pessoal conheceu Pixies ouvindo "Here Comes Your Man" no rádio ou na balada. Eu, particularmente, comprei Surfer Rosa & Come on Pilgrim (uma edição com o EP incluso) para saber se o hype que a revista Bizz fazia era justificado (em boa parte sim, é um excelente debut). Os outros álbuns acabei escutando bem mais tarde, já que não virei fã roxo da banda (meu irmão, ao contrário, tem todos os álbuns, inclusive os do Frank Black e das Breeders, o que significa que ouvi, involuntariamente e por várias vezes, trechos desses discos). Faz tempo que não os escuto, mas acho que meus favoritos são o Surfer Rosa e o Bossanova, com os outros dois logo atrás.
Verdade, verdade. Tem uma galera que também conheceu Pixies por causa de Here comes your man. E eu me lembro dessa música em um filme (não, não é 500 dias com ela), mas não recordo qual. Sei que não gosto do filme, mas sempre que ele está passando, vejo só a parte que toca Here Comes Your Man. Surfer Rosa é meio que o álbum mais conhecido da banda, e eu vejo lógica, coerência e coesão na gritaria insana do Francis, na suavidade do backing da Kim, etc. É foda, mas não é o meu preferido.

Bossanova tem minha preferência por causa de Velouria, minha preferida da banda. E tem “Cecilia Ann”, nome da minha futura gata (ainda terei uma, acreditem. O nome do gato vocês já sabem, né? Lúcifer Sam, ué.), e que tem “Alisson”, hey, quem não ama essa música, levante o dedo (se alguém levantar o dedo, ficará sem ele! XD), e que tem... ok, parei, ou eu cito todas as músicas do álbum. Mas Doolittle tem aquela história de ser tão bom que até parece uma coletânea. Eu já devo ter falado isto umas mil vezes, mas é interessante saber que Smell Like Teen Spirit foi uma tentativa do Kurt Cobain de fazer algo como Debaser. E todo mundo sabe que Debaser fala sobre o clássico, e insólito, “Um cão andaluz”, de Buñel. Aliás, esse filme me deixou numa espécie de transe.

Come on Pilgrim é bem o estilo de "álbum para fã". Eu adoro o peso de Tromp Le Monde também, mas tenho um sério problema com a capa dele. Não consigo olhar para aquele tanto de olhos juntos, me dá uma agonia indizível. Etc.

Enfim, Pixies é minha oração diária. Sabe, eu sempre digo aos meus amigos, “vocês podem odiar Pixies e Clara, mas eu não preciso saber disso, eu não preciso ouvir vocês falarem mal deles. Eu não preciso. Não falem. Não precisam gostar, eu já disse, mas não atrapalhem o meu gostar”. É uma fala egoísta, eu sei. Mas Pixies é uma banda tão querida por mim, tão querida. E eu também sempre saí procurando quaisquer pegadas dos integrantes da banda. Curto Amps e Breeders, também. Mas sei lá, falar sobre Pixies, sobre a Kim e sobre o Frank, para mim, já é mais do mesmo. Eu falo sempre. :lol:

Tudo bem, gente, parei. PAREI. XD
 

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