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Encontrados dois planetas na mesma órbita

Conan

Cavaleiro Pendragon
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Se esta descoberta for confirmada por futuras observações mais detalhadas, ela poderá dar sustentação a uma teoria sobre a origem da nossa Lua. [Imagem: NASA/Ames/JPL-Caltech]

Algumas pesquisas são divulgadas com alarde excessivo, enquanto outras parecem pecar pela modéstia.

Uma bactéria vivendo à base de arsênio e um computador do tamanho da ponta de uma agulha são exemplos claros do primeiro caso, apenas para ficar nos mais recentes.

Mas agora parece estarmos frente a frente com o caso oposto - muito mais bem-vindo.

Objetos de interesse do Kepler

A primeira divulgação dos dados científicos do Telescópio Espacial Kepler privilegiou o anúncio de um sistema planetário com seis planetas.

Na ocasião, deu-se menos importância para o fato de que os dados revelavam nada menos do que 54 planetas na zona habitável, com potencial para abrigar formas de vida mais parecidas com a nossa.

E deve haver muitas outras preciosidades mais ao fundo do baú de descobertas impressionantes que o Kepler fez apenas em sua primeira campanha.

O exemplo mais recente chama-se KOI-730 - onde KOI é uma sigla para Kepler Object of Interest, um objeto celeste interessante flagrado pelo telescópio.

E o fato de este ser o número 730 parece ser mais uma indicação de que ainda há muitas coisas ainda a serem reveladas.

Dois planetas na mesma órbita

Mas o importante é que o KOI-730 parece ter dois planetas na mesma órbita, algo completamente inesperado.

Se esta descoberta for confirmada por futuras observações mais detalhadas, ela poderá dar sustentação a uma teoria sobre a origem da nossa Lua.

Acredita-se que os planetas se formem pela coalescência de um disco de poeira cósmica que resta ao redor de uma estrela recém-formada - veja Astrônomos podem ter detectado nascimento de planeta.

A teoria não coloca qualquer empecilho a que se formem dois planetas na mesma órbita. Isto pode ser possível graças aos chamados Pontos de Lagrange - o próprio Telescópio Kepler está em um destes.

Quando um corpo celeste orbita outro maior - como um planeta ao redor de uma estrela - há dois Pontos de Lagrange ao longo da órbita do planeta, onde um outro corpo pode orbitar a estrela de forma estável.

Esses dois pontos ficam localizados 60 graus à frente e 60 graus atrás do planeta.

Exatamente o que os dados indicam para o KOI-730, um sistema com quatro planetas, dois dos quais orbitam a estrela a cada 9,8 dias, um exatamente 60 graus à frente do outro.

Nascimento da Lua

Além do ineditismo, a descoberta pode dar sustentação à teoria que tenta explicar o nascimento da Lua.

Segundo essa teoria, a Terra teria compartilhado a órbita com outro planeta do tamanho de Marte, um hipotético planeta conhecido como Théia.

Em algum momento, por algum motivo, os dois se chocaram - e os modelos indicam que o choque deveria ter sido em baixa velocidade, o que é condizente com dois planetas compartilhando a mesma órbita.

Uma parte dos destroços desse choque planetário teria formado a Lua - veja Duas sondas gêmeas, um planeta desaparecido e a origem da Lua.

Mas será que os dois planetas do KOI-730 poderiam se chocar para formar uma exolua? É possível, afirmam os cientistas em seu artigo, mas os dados indicam que o sistema ficará estável por 2,2 milhões de anos.


Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/

Bibliografia:

Architecture and Dynamics of Kepler's Candidate Multiple Transiting Planet Systems
Jack J. Lissauer, Darin Ragozzine, Daniel C. Fabrycky, Jason H. Steffen, Eric B. Ford, Jon M. Jenkins, Avi Shporer, Matthew J. Holman, Jason F. Rowe, Elisa V. Quintana, Natalie M. Batalha, William J. Borucki, Stephen T. Bryson, Douglas A. Caldwell, Joshua A. Carter, David Ciardi, Edward W. Dunham, Jonathan J. Fortney, Thomas N. Gautier III, Steve Howell, David G. Koch, David W. Latham, Geoffrey W. Marcy, Robert C. Morehead, Dimitar Sasselov
25 Feb 2011
http://arxiv.org/abs/1102.0543
 

Anexos

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Eu ja tinha ouvido falar desta teoria pra lua, inclusive num livro do Assimov(Se não me engano Fundação e a Terra), mas realmente faltava achar um exemplo real disto para dar um maior embasamento pra esta possibilidade.
 
Eu fiquei foi a pensar na trombada! Pô, deve ser uma coisa bem violenta!
 
Eu tambei fiquei meio bolado com esta parte da materia... Com é possivel um impacto sem aniquilar os dois planetas... Oo

Deve ser um movimento bem sutil e preciso...
 
Para quem estiver interessado na teoria de como isso pode acontecer, [ame=http://en.wikipedia.org/wiki/Lagrange_point]artigo da Wiki[/ame]
 
O interessante quando se faz contas sobre o movimento da Lua é ver que o seu movimento não se constitui de uma translação ao redor do sol somado a uma translação ao redor da terra. Fazendo uma figura encaracolada tipo fio de telefone esticado.
Ele é todo aberto.
Parece ser realmente que ele é um corpo que orbita o sol e por coincidencia está perto da Terra.

Só não sei se a confirmação desses planetas daria um passo grande pra qualquer uma das teorias. Apenas diria que uma delas teria uma reprodução em outro sistema.
 
Achei isso bem interessante, até porquê acreditava que planetas com grandes massas se repeliam, e que por isso não poderiam transitar a mesma órbita, como no caso Júpitere e Saturno, que "vez ou outra" ameçam colidir.

Legal isso dos dois planetas na mesma órbita, nunca imaginei isso, mas não há realmente nenhum empecilho para isso.

Desculpem a minha ignorância, mas alguém poderia me explicar melhor o porquê disso? Queria saber os detalhes...
 
Que coisa, eu também jamais imaginaria que um planeta pudesse estar na mesma orbita que outro, mas se estão na mesma orbita um ao lado do outro, ambos girarão em torno da estrela de seu sistema na mesma velocidade e em consequencia disso eu achava que jamais poderiam se colidir. O tamanho do planta interfere no seu movimento ao redor de sua estrela? se for menor é mais rápido etc, ou nada haver?
 
Que coisa, eu também jamais imaginaria que um planeta pudesse estar na mesma orbita que outro, mas se estão na mesma orbita um ao lado do outro, ambos girarão em torno da estrela de seu sistema na mesma velocidade e em consequencia disso eu achava que jamais poderiam se colidir. O tamanho do planta interfere no seu movimento ao redor de sua estrela? se for menor é mais rápido etc, ou nada haver?

A velocidade é proporcional à distância, quanto mais próximo mais rápido, tem a ver com a velocidade de escape, se ele tiver uma pequena velocidade, ele vai em direção a estrela, se a velocidade for grande demais ele "foge" da estrela. a formula é essa:
4c8b16c649684e501b9f330a443b143d.png


G é a constante gravitacional (
eb36eefb89a1363f5baf320cc83e6c0c.png
), M é a massa da estrela em quilos (ou de um corpo qualquer) e r é a distância entre o centro da estrela e o do planeta (em metros).
 
O problema é que essa formula leva em conta que a interação do planeta com a estrela é grande suficiente para serem grosseiramente ignoradas a interação planeta-planeta.
Se os planetas estivessem próximos o suficiente, haveriam disturbios grandes nesse sistema.
A Terra mesmo sendo relativamente pequena e a lua sendo um satelite pequeno, a orbita da lua ao redor do sol já deixa de ser uma quase elipse.
 
O problema é que essa formula leva em conta que a interação do planeta com a estrela é grande suficiente para serem grosseiramente ignoradas a interação planeta-planeta.
Se os planetas estivessem próximos o suficiente, haveriam disturbios grandes nesse sistema.
A Terra mesmo sendo relativamente pequena e a lua sendo um satelite pequeno, a orbita da lua ao redor do sol já deixa de ser uma quase elipse.

É claro, se fossem considerar todas as massas importantes, o cálculo não seria feito nem por um supercomputador.
 
Se os planetas estivessem próximos o suficiente, haveriam disturbios grandes nesse sistema.

não sei se estou fugindo do q vc comentou mas:

"pois é, se vc pensar por exemplo na influencia q a lua tem nas mares e outras coisas, imagina uma interação planeta-planeta!

deve ser BEM intensa"
 

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