Leitores e mídia debatem o declínio da DC Comics

[TT1]

Bom texto do Universo HQ que coroa aquilo que já vínhamos comentando por aqui:

Autor: Marcus Ramone

É de se questionar se, pelo menos em sua história mais recente, a DC Comics esteve em tão flagrante berlinda diante de leitores e críticos especializados em quadrinhos, da forma como se encontra atualmente. E tal fato não se restringe apenas aos Estados Unidos, mas acontece também em outros países nos quais os títulos da editora são publicados.

Mas são os norte-americanos que demonstram sua insatisfação de maneira mais veemente. Um dos últimos "ataques" à DC partiu de um artigo escrito por Valerie D'Orazio no blog Occasional Superheroine. O texto repercutiu tanto que foi tema de matéria e debates em sites renomados como Newsarama e Comic Book Resources, entre outros.

Opiniões contra e a favor de seus comentários estão rendendo na internet as mais acaloradas discussões que, para o bem ou para o mal, estão fazendo da DC o assunto da vez no mercado editorial dos Estados Unidos.

Dan Didio D'Orazio, que já trabalhou como assistente na edição de títulos como Liga da Justiça e Crise de Identidade para aquela editora, enumerou diversos tópicos que explicariam o que aponta como o ocaso da DC Comics, que já vinha cometendo erros e culminou esse declínio com a maxissérie semanal Countdown.

No final das contas, tudo se converge para um único "culpado": o editor-executivo Dan Didio, que em uma recente entrevista ao Newsarama afirmou não se preocupar com o que dizem sobre ele na internet.

A articulista começa disparando que "a DC não é a Marvel", acusando a editora de copiar as características dos personagens de sua maior rival.

Crise Infinita "O segredo do sucesso da Marvel é que suas criações são, essencialmente, párias, aberrações, estranhos e desgarrados. Que tipo melhor de personagens para atrair os adolescentes?", diz D'Orazio. "Por sua vez, as sérias falhas de personalidade impostas a alguns personagens da DC no regime de Didio - como os sociopatas assassinos Maxwell Lord e Superboy; a Supergirl nada boazinha; o estuprador Dr. Luz; a antiética e cruel Dra. Leslie Thompkins e a Liga da Justiça amoral - foram sobrepostas, adicionadas artificialmente, desnecessárias".

Para a articulista, todos os últimos grandes eventos dos quadrinhos da DC foram preparados sob os motes "Eles (os super-heróis) jamais serão os mesmos e tudo que você sabe é falso". D'Orazio aproveita para tecer mais das execrações que estão se tornando comuns para a série Countdown, além de comentar que é inexplicável que a editora do Super-Homem esteja caminhando para o lançamento de uma nova e desnecessária Crise.

Nesse ponto, o crossover da Marvel Guerra Civil, que poderia ser apontado como similar à prática da DC de emendar sagas épicas imediatamente uma após a outra, é elogiado pelo fato de que levou a eventos autocontidos e restritos ao universo de seus respectivos protagonistas, como World War Hulk e Iniciativa, diferente das citadas Crises e, claro, Countdown, com muitos tie-ins e spin-offs.

Countdown "Olhando uma recente lista de lançamentos da DC, notei que a maioria dos títulos é relacionada a Countdown", escreveu D'Orazio. "Meu Deus! Isso é como se a Marvel decidisse fazer de 75% de suas HQs um spin-off de Dinastia M".

Em todos os tópicos abordados pela ex-funcionária da DC, o editor Dan Didio não escapa de acusações de incompetência. Desde a falta de projetos inovadores (os selos Minx - direcionado ao público jovem feminino - e Zuda Comics - de quadrinhos online - não seriam projetos de sua autoria) até as equivocadas seqüências de Crise nas Infinitas Terras, nenhuma realização da gestão de Didio foi poupada de desdém (o que, de certa forma, é injusto, pois há de se aceitar que a maxissérie 52 logrou sucesso de público e crítica).

Sempre voltando a Countdown, o texto afirma que o tie-in Arena, anunciado há algumas semanas, é uma tentativa desesperada de salvar as vendas da série principal.

52 Ainda de acordo com o artigo, essas e outras razões ali destrinchadas, como o atraso no lançamento de algumas edições, vêm contribuindo para a queda nas vendas dos títulos da DC, que estariam quase duas vezes menores que as da Marvel.

Embora muitos possam entender, erroneamente ou não, que Valerie D'Orazio tenha algum despeito pela empresa na qual já trabalhou e está se valendo de um momento conturbado da editora para detratá-la, várias de suas abordagens merecem, no mínimo, o benefício da análise isenta.

Trazendo esses fatos para a realidade brasileira, vale mencionar a Panini Comics, que sem dúvida alguma irá lançar por aqui esse material que a DC ora publica nos Estados Unidos e é alvo de tantas queixas. Fica, então, a pergunta: as vendas, no Brasil, refletirão esse insucesso que está acontecendo lá fora?

Afinal, os leitores brasileiros já se encontram cientes do que vem por aí, graças não apenas às propagandas negativas que chegam com rapidez dos Estados Unidos, mas também à facilidade de leitura dos originais dessas HQs na internet.

Particularmente eu achei esses dois pontos muito relevantes no texto original:

8) Raising the "red flag" at Time Warner

Paul Levitz pulled off a quite amazing thing pre-Didio, for the last 15-20 years or so.

While Marvel underwent one traumatizing "bloodletting" and buy-out after another, DC maintained a relatively stable relationship with its corporate parent.

This stable relationship was facilitated, in large part, by the "travelling under the radar" strategy.

"Travelling under the radar" meant, essentially, no c**k-ups to attract the attention of Time Warner and piss them off.

And when the inevitable c**k-up happened, Levitz swiftly dove in and dealt with it using an iron hand.

The result was almost two decades of stability.

But now -- at least if my statistics monitor is any indication -- it seems as if DC is on Time Warner's radar.

Didio has mentioned in a recent interview that he doesn't care about what people on the Internet say.

But think of this:

You have a magazine like "Mother Jones" basically calling DC out on the carpet for their portrayal of Supergirl and dispatchment of the Stephanie Brown Robin. It is like a big advertisement for DC/Time Warner that says: "DC hates women."

This, as well as the coverage on "Identity Crisis," the "Countdown" fiasco, and -- what the hell -- the "Goodbye To Comics" fiasco, has put a gigantic red flag over DC. A cascade of c**k-ups.

How could all of this have been avoided?


9) Lack of innovation.

Yes, "Minx" is an innovation -- not a Didio project.

Yes, "Zuda" is an innovation -- not a Didio project.

What are the innovations of the Didio regime?

a) "Taking the smile out of comics" with the "innovative" "Identity Crisis"

b) Aping the successful "Crisis on Infinite Earths" of twenty-five years ago with "Infinite Crisis"

c) Aping the successful "Crisis on Infinite Earths" of twenty-five years ago with "52"

d) Aping the successful "Crisis on Infinite Earths" of twenty-five years ago with "Countdown"

e) Aping the successful "Crisis on Infinite Earths" of twenty-five years ago with "Final Crisis"

And now we have the highly-innovative "Countdown" spin-off "Arena," which, by Didio's own admission, is on the level of "fan-fiction."

Yes, "Arena" is another trashy, ultra-high-concept fanboy wet dream like "Marvel Zombies."

But Marvel didn't *need* to put out "Marvel Zombies" as a desperate measure to bring up sales. "Marvel Zombies" was a happy accident, whereas "Arena" is a lifeboat.

Then I remember projects like Allred's "Teen Titans" special and the Rob Haynes-drawn "Kid Amazo" arc that is now being serialized in "JLA Classified" using a different artist. Both nixed by Didio because they were "too weird."

The popular wisdom is that if you want innovation, try Vertigo. But I think that's DC's failing. Because Marvel has more successfully blended the innovative/"weird" with their mainstream.

You need a VP of editorial who has that range of vision, who "gets" both the mainstream and the innovative. That was Axel Alonso's gift.

Tipo, parece que a DC já era mesmo, hein? E lá vem Final Crisis (se ela nao falir primeiro)

Links: Occasional Superheroine

 

[V]

A Valerie é bem esperta. Leiam o post dela porque é uma análise excelente da (patética) situação da DC. Ela acerta na mosca várias coisas que eu já vinha falando faz tempo -- coisas que na verdade se resumem em "gimmicks de efeito de curto prazo que apostam no choque barato, destruindo conceitos que levaram anos para serem estabelecidos (e.g. LJA circa Giffen, sistematicamente trucidada nos últimos anos)".

I'm reminded of that skit Eddie Murphy did about Bill Cosby, where Bill calls Eddie up and tells him what is "wrong" with his act. Bill's sole interpretation of Eddie's work consists of "filth florin filth" -- that the secret of Eddie's appeal is that all he does is say dirty words. Marvel's secret to success was not that they had violence, or grit, or adult situations, or "filth florin flith." Marvel's secret to success is that their characters are, essentially, underdogs. Well-written underdogs, freaks, weirdos and outcasts. What better type of character to appeal to teenagers? Further, Marvel superheroes are not just flawed to be flawed, but have their flawedness organically built into their backstories and characterizations.

By contrast, the serious personality flaws imposed on some DC characters in Didio's regime -- such as sociopath/killer Max Lord, sociopath/killer Superboy, "bad girl" Supergirl, rapist Dr. Light, cruelly unethical Leslie Thompkins, and amoral JLA -- have been superimposed, artifically added, uneccessary. They are "filth florin filth," what DC thought Marvel did to attract readers.

Exatamente.

E outra, ela responsabiliza o Didio por...

"Taking the smile out of comics" with the "innovative" "Identity Crisis"

...mas eu vou levar isso um pouco além e culpar o Meltzer e o Johns também, porque basicamente tudo que é relevante na DC desde Identity Crisis tem sido extremamente deprê. Digo, jesus, a Marvel tem melodrama pra cacete, mas eles nunca esqueceram que humor existe. Quando algum humor aparece nesses títulos mainstream da DC ele é geralmente bem precioso -- aliás, esse foi o terceiro termo que me fez sentir como se a Valerie tivesse lido a minha mente (o primeiro foi "gimmick", o segundo "short-term").

Até 52 foi bem deprimente (principalmente na subtrama do Black Adam), apesar de ser a mais divertida dessas últimas macacadas da DC; o que me lembra: alguém está dando cambalhotas pra trás pela boa vontade do Morrison em continuar participando dessas merdas -- se eu fosse ele eu ficaria só com All-Star Superman* mesmo (que não entra na cronologia "oficial", e portanto conta com liberdade criativa basicamente total) e faria coisas interessantes em outros selos paralelamente. Eu não sei como funciona o contrato dele, mas mesmo que ele for exclusivo da DC ele ainda pode fazer coisas pra Vertigo, certo? Enfim, o fato é que deram dinheiro o suficiente pra ele escrever Final Crisis. Ou então ele é apaixonado demais pelos personagens da DC e quer salva-los de alguma forma. Ou então as duas coisas.

*Ainda um dos melhores títulos sendo publicados atualmente, e eu estou falando tipo top 3 no mínimo.

P.S.: Eu parei de ler Countdown faz tempo, então não posso dizer o tamanho da bosta no momento, mas até onde li tava bem patético e bocejante, e pra falar a verdade eu não tava nem entendendo.

P.P.S.: Eu acabei de lembrar que o Morrison está escrevendo Batman também. Não sei a quantas anda isso.

 

[Elring]

E só agora os americanos se tocaram da decaída da DC? Só acompanho por alto, porque meu amigo ainda compra as revsitas, mas eu parei lá na presepada da morte do Superman. O maior engodo da história. Se falir, já vai tarde.

 

[mago do tempo]

axo q o maior problema da dc é o facto d os herois serem colocados a um patamar d deuses,o mundo da dc é perfeito demais...ñ ha racismo,guerras,preconceito ect...
todo mundo se identifica + com a marvel pq eles fazem-nos lembrar a nossa propria sociedade....racismo mutante= a preconceito racial etc
na marvel existe tristeza,dor,perda,rancor e claro tb alguns bons momentos + essa tb é a vida q nos mesmos vivemos dai o sucesso da marvel

 

[V]

Ano que vem a briga vai ser boa: FINAL CRISIS x SECRET INVASION. DC x Marvel. Morrison x Bendis (!).

Eu tenho quase certeza que Final Crisis vai vender mais, o que significa que a DC pode dar a volta por cima em breve. Aguardemos.

 

[Ecthelion]

O que não quer dizer que vai ser melhor. Ou mesmo que vai prestar...

 

[V]

O que não quer dizer que vai ser melhor. Ou mesmo que vai prestar...

Vai prestar.

 

[Ecthelion]

 

[Regente]

Ano que vem a briga vai ser boa: FINAL CRISIS x SECRET INVASION. DC x Marvel. Morrison x Bendis (!).

Eu tenho quase certeza que Final Crisis vai vender mais, o que significa que a DC pode dar a volta por cima em breve. Aguardemos.

Final Crisis 1 bateu Giant-Size Astonishing X-Men 1, lançada no mesmo dia. Mas a primeira edição do evento de 2008 da DC não conseguiu o primeiro lugar nas HQs mais pedidas em maio nos EUA, segundo relatório da distribuidora Diamond Comics. Pior: o primeiro lugar ficou para o segundo número do evento 2008 da Marvel: Secret Invasion.

E 40 mil exemplares atrás, segundo a estimativa do site ICV2, um número considerável para o mercado atual (a série do Demolidor, por exemplo, teve 40 mil cópias pedidas). Com o investimento de talento e publicidade em Final Crisis, ela merecia um fim melhor. Será que os leitores estão cansados de crises DC?

Omelete.

 

[TT1]

O Dan Didio tá na beirada... se ele espirrar é demissão na certa.

 

[Regente]

Pelo visto, ainda não.

Omelete:

A temporada de convenções de quadrinhos continua nos EUA, e no último fim-de-semana foi a vez da Wizard World Chicago. A DC esteve presente com quase todos seus editores e vários criadores de peso.

Dan DiDio, editor-executivo do Universo DC, foi direto ao ponto: Mantém o cargo e continuará nele por tempo imprevisto. Seu contrato com a DC foi recentemente renovado, apesar das várias críticas dos fãs e das especulações de que seria defenestrado.

 

[Mr. J]

Pelo visto, ainda não.

Omelete:

E que venha a Crise infinita final nas 52 terras

 

[Elring]

Olha, chega a dar nos nervos quando leio esses retornos do além-que-que-nunca-morrem de heróis. PQP, outro Flash? E logo o Barry Allen? Porque não criam logo uma tropa de Flashs? Aquaman, nem vi que ele tinha sumido. E nem tava fazendo falta.

Não entendo, não conseguem encaixar a Chloe na cronologia dos quadrinhos? E desde quando a DC prima pela linha de tempo? É muita incompetência pra minha cabeça.

 

[Regente]

Não tem jeito: Final Crisis, o evento do ano da DC, não consegue bater a Marvel. Não é só Secret Invasion, o evento do ano da concorrência:. Final Crisis fica atrás até de Ultimate Origins, primeira edição da minissérie que vai revelar a origem secreta do Universo Ultimate.

Situação periclitante para a editora do Superman, que só consegue encaixar mais Justice League of America no Top 10 em junho nos EUA. Trinity, a nova série semanal, com o triunvirato peso pesado da casa, Superman, Batman e Mulher-Maravilha, debuta lá na posição 21. E, olhando para o futuro próximo, não há nenhum lançamento de peso para mexer nestes números...

Enquanto isso, a Marvel é só sorrisos. Qualquer série ligada a Secret Invasion sai ganhando nas vendas. Outras séries "da hora", como o Wolverine de Mark Millar, Ultimates 3, Hulk e Avengers/Invaders, garantem o domínio do Top 10. E mais: a Marvel alcançou 41,74% do mercado, em arrecadação, contra 29,45% da DC. Em unidades vendidas, a distância é maior: respectivamente 48,39% contra 29,56%.

Coitada da DC

 

[ZÉ C. JAMES]

A DC certamente ainda não foi totalmente pro brejo, por causa da Warner...

 

[André A.]

eu não tinha ciência do artigo, e o achei interessantíssimo.
devo dizer que, embora seja fã assíduo da DC, que o que fora dito, tendo em mente os arcos da editora mencionados, não é mentira. não guardo rancores ou reclamações, todavia.
mas eu não vou acreditar em alguém que mantenha essa opinião atualmente. tanto os títulos da DC Universe quanto o selo Vertigo estão, no Brasil, em um nível elevadíssimo de qualidade.
não me atrevo a comparar a DC com a Marvel, já digo de antemão.

 

[nemorendil]

mas eu não vou acreditar em alguém que mantenha essa opinião atualmente. tanto os títulos da DC Universe quanto o selo Vertigo estão, no Brasil, em um nível elevadíssimo de qualidade.

É impressionante como 2 ou 3 anos fazem uma diferença enorme xD
Depois da data de criação do tópico, a DC teve sagas elogiadíssimas, e a Marvel...
Decadência da Marvel? Nem de longe. Essa história de fases das editoras, hora uma está muito melhor que a outra, já se arrasta a uns 50 anos

 

[Fúria da cidade]

Mas que em outros tempos as coisas eram bem melhores e bem mais glamorosas tanto pra DC Comics quanto pra Marvel, isso não dá pra negar!

 

[Deriel]

Eu sinceramente não acho que o problema seja a Marvel ou DC, mas sim os heróis. Eles não envelhecem, não morrem (quando morrem voltam), não parecem reais. Não possuem uma história com começo meio e fim como tudo no mundo.

Imaginem só se o Sandman estivesse sendo publicado até hoje, forçando cada vez mais a barra nos roteiros.

 

[nemorendil]

Mas que em outros tempos as coisas eram bem melhores e bem mais glamorosas tanto pra DC Comics quanto pra Marvel, isso não dá pra negar!

Cara, não acho. É sempre complicado falar das coisas sem a perspectiva de época, aparentemente os ditos clássicos parecem bem melhores Mas creio, novamente, que são tudo fases, especialmente no que tange a qualidade das obras.
Na década passada realmente tivemos um afloramento de histórias "melhores", em grande parte devido a criação do selo Vertigo. Obviamente tudo em decorrência do que ocorreu nos anos 80 (com o Monstro do Pântano, Hellblazer, Sandman, Watchmen...). Em termos de super-heróis, foi provavelmente a grande fase dos x-men (em termos de popularidade, principalmente). Ou seja... tivemos um renascimento da mídia depois da crise no início dos anos 80.
Eu, particularmente, vejo uma situação semelhante, atualmente. A Marvel começou a década em alta. Muito em função, creio, do das produções cinematográficas baseadas em suas marcas (o marco é visivelmente o 1o Homem-Aranha), a editora deu uma bela renovada. Guerra Civil, a linha Ultimate e principalmente, Astonishing X-Men... tiveram lançamentos, realmente, muito bons. Em contra-partida, a DC conseguiu se encontrar com os lanternas, após um belo hiato criativo. Para mim, é a melhor fase, da história, do esquadrão esmeralda. Ou seja, novamente vimos uma editora se renovar, perante a crise (com o perdão do trocadalho) enquanto outra não acompanhou as mudanças impostas pelo mercado (e normalmente quando isso ocorre, começam a matar gente para aquecer as vendas... é incrível como é sempre a mesma coisa ). Em um geral, em termos financeiros, é bom lembrar que as duas editoras vivem, provavelmente, o melhor momento de sua história. Inclusive devido a ligação com dois dos maiores estúdios de Hollywood: Disney e Warner.

Eu sinceramente não acho que o problema seja a Marvel ou DC, mas sim os heróis. Eles não envelhecem, não morrem (quando morrem voltam), não parecem reais. Não possuem uma história com começo meio e fim como tudo no mundo.

Imaginem só se o Sandman estivesse sendo publicado até hoje, forçando cada vez mais a barra nos roteiros.

Imagine se Sandman fosse publicado até hoje, e os roteiros fossem bons!

Mas são casos diferentes. Escuto a mesma crítica, comparando com os mangás, e acho simplesmente absurdo. Nesse caso, é lógico que mangás possuem arcos fechados, mantendo um nível semelhante durante toda sua publicação (na maioria dos casos): são escritos, e pertencem, de fato, a um cara só. Nos EUA não: são marcas pertencentes a editoras.

Em relação as graphic novels, ou até as HQ's "fechadas", como Sandman, a explicação é bem parecida: são projetos autorais. Não teria sentido continuar Sandman sem o Gaiman. Em contra partida, X-men só virou X-men depois da saída do Stan Lee e do Kirby.
Não vejo problemas com isso, nem desgaste das marcas. A prova disso é Batman, 70 anos após sua criação, fazer US$1bi nos cinemas. Acho que sim, existem altos e baixos, devido a roteiristas e desenhistas melhores, ou piores, que assumem os títulos.