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As Crônicas de Nárnia

Re: As Cronicas de Narnia

Eu comprei, li e na época não gostei muito. Merece uma releitura minha sim, mas só Deus sabe quando. Os primeiros contos eu achei beem boring, os últimos foram melhores.


Ah...
O volume único está R$ 19,90 no Submarino. Ótima oportunidade pra quem não tem! ;)
 
Re: As Cronicas de Narnia

Eu li alguns quando criança, e "O leão, a feit..." era um dos meus livros favoritos, exatamente pela ideia mágica do guarda-roupa.

Depois que saiu o 1o filme, meu filho ganhou o volume único e eu li todos. Ainda acho muito divertido, ainda acho a idéia do guarda-roupa genial, mas me aborrece Aslan sempre aparecendo no final para resolver tudo, e aquela sensação de lição de moral no final do conto. As analogia óbivias me aborrecem também. Analogias sempre me dão a sensação que o autor está querendo me enganar.

Lewis também fez muita questão de não deixar nenhuma ponta solta, explicações arrumadinhas para tudo que era misteiroso. Acho que isso perde um pouco a magia também.

Se não tivesse "O sobrinho do mago" e "A última batalha" eu acho que o conjunto seria mais legal. Não que os livros sejam ruins, mas eles arrumam demais o universo.
 
Re: As Cronicas de Narnia

recomendo eles, e tbm o filme, mas leiam primeiro, é mais legal ^^
Ah, com certeza! Primeiro leiam os livros antes de assistir aos filmes.
"O Leão, A Feiticeira e o Guarda-roupa" é o filme mais bem adaptado de um livro que já vi! Um filme EXTREMAMENTE fiel ao livro e que conseguiu ficar tão bom quanto.

"Príncipe Caspian" já muda algumas coisas e alonga um pouco a história.

E li um pouco sobre "A Viagem do Peregrino da Alvorada" e o diretor falou que teve que fazer algumas grandes mudanças no enredo do filme, então que será ainda menos fiel que o "Principe Caspian". Mas estou louco pra ver mesmo assim.

Se não tivesse "O sobrinho do mago" e "A última batalha" eu acho que o conjunto seria mais legal. Não que os livros sejam ruins, mas eles arrumam demais o universo.
Estes dois são os que menos gosto também. Mas não pelos mesmos motivos. Gosto das explicações e de deixar tudo redondinho. O que não gostei foi dos livros mesmo, principalmente "A Última Batalh". Vou achar um tópico aqi no forum onde já dei minha opinião sobre os livros e posto aqui depois.
 
Re: As Cronicas de Narnia

São bons, embora mais leve que as obras de Tolkien (por um lado, por ser infantil,né?) ~
Os contos são uma mistura de um monte de mitologias, mas isso não tira o mérito deles, eu acho.

A última batalha é um dos contos que eu menos gosto, junto com o cavalo e seu menino, acadeira de prata e princípe Caspian. A viagem do peregrino da alvorada, o sobrinho do mago e o Leão, a feiticeira e o Guarda roupa são os melhores. (não nessa ordem)
 
Última edição:
Re: As Cronicas de Narnia

São bons, embora mais leve que as obras de Tolkien (por um lado, por ser infantil,né?) ~
Os contos são uma mistura de um monte de mitologias, mas isso não tira o mérito deles, eu acho.
"O Cavalo e seu Menino" é um dos meus favoritos! Até o nome é genial!

Na ordem de gosto:

1º - O Leão, a Feitceira e o Guarda-roupa
2º - O Cavalo e seu Menino
3º - A Viagem do Peregrino da Alvorada
4º - Príncipe Caspian
5º - O Sobrinho do Mago
6º - A Cadeira de Prata
7º - A Última Batalha
 
Re: As Cronicas de Narnia

Que droga que eu não lembro absolutamente nada para comentar! uiahiahuiahai
 
Re: As Cronicas de Narnia

A criação, apesar de sua opinião, achei interessante, pois Lewis te mostra o principio da história de forma completa, por menores. Você pode até esquecer com o tempo algumas coisas, mas lendo Tolkien você lembra de alguns trechos, principalmente dos "anéis".

Como a criação de Nárnia que é bem parecida (pelo menos para mim) com a criação de Arda. Será que são relacionadas?

Eu acho algumas coisas muito semelhantes, não ao ponto de dizer que são "iguais", mas é impossível passar por alguns detalhes que não me façam lembrar de imediato coisas da TM.
A mitologia de Lewis é legal, ao menos para mim, por se encaixar entre sí. Ou seja, não parece ter fios soltos.
 
Re: As Cronicas de Narnia

Eu acho algumas coisas muito semelhantes, não ao ponto de dizer que são "iguais", mas é impossível passar por alguns detalhes que não me façam lembrar de imediato coisas da TM.
A mitologia de Lewis é legal, ao menos para mim, por se encaixar entre sí. Ou seja, não parece ter fios soltos.
Estranha essas considerações de vocês (Húrin e Morfindel), porque eu sempre vi a Criação de Nárnia como totalmente baseada no Gênesis, bem diferente de Tolkien.
 
Re: As Cronicas de Narnia

Li Nárnia (volume único) a pouco mais de um ano, então, nem lembro direito que história está em que livro. Lembro-me de que gostei demais quando li: um livro que agrada a todos os públicos; lembro também que o que mais gostei foi A Viagem no Peregrino da Alvorada.


A mitologia de Lewis é legal, ao menos para mim, por se encaixar entre sí. Ou seja, não parece ter fios soltos.

Essa é a impressão que dá: não ter fios soltos; talvez por Lewis ter escrito Nárnia com mais simplicidade do que Tolkien quando escreveu qualquer um de seus livros do Legendarium.
 
Re: As Cronicas de Narnia

Ainda não li, jurei para mim mesma que não leria mais além de Tolkien, até terminar a obra completa do professor. Mas eu estava justamente pensando em ler o Lewis quando terminasse Tolkien

São mais infantis sim, mas em um sentido como o de Alice no País das Maravilhas...o que significa que agradam tanto crianças como adultos. :wink:
Os livros não são grandes e são facilmente "devorados" em menos de uma semana.

Recomendadíssimo. 8)
Eu acho Alice um livro horroroso, muito surreal, parece um pesadelo.

Uma semana para ler? No meu ritmo, acho que vou levar um ano (sem hipérboles)
só recomendo para menores de 9 anos ou aos eternos fãs de contos de fada.
Oba, então é perfeito para mim

O volume único está R$ 19,90 no Submarino. Ótima oportunidade pra quem não tem! ;)
Viva!!!:joy::joy::joy::joy::joy::joy:

As analogia óbivias me aborrecem também. Analogias sempre me dão a sensação que o autor está querendo me enganar.
ÀS VEZES, este tipo de analogia vira didatismo, e aí, realmente, fica irritante

Essa é a impressão que dá: não ter fios soltos; talvez por Lewis ter escrito Nárnia com mais simplicidade do que Tolkien quando escreveu qualquer um de seus livros do Legendarium.
Fios soltos particularmente me irritam
 
Re: As Cronicas de Narnia

Eu já li o volume único. apesar das alegorias como muitos já disseram aí, o livro é muito bom,mas não se compara á criatividade das obras de Tolkien.
 
Re: As Cronicas de Narnia

Não gosto de Narnia (talvez pelo meu ateismo)

pra quem conhece ja deve ter percebido nas entre linhas o significado, a tentativa de atrair as crianças por ser um conto infantil e com certas mensagens subliminares induzir as crianças na crença em Deus

Na verdade não tem nada de mensagem subliminar, ta tudo muito claro, e isso é bem possivel ver nas próprias palavras de C.S.Lewis que disse,
“deixar-nos supôr que havia uma terra como Narnia e que o filho do deus, enquanto se transformou um homem em nosso mundo, se transformou um leão lá, e imagina então o que aconteceria.”

Vou dar alguns exemplos:

- logo no primeiro livro, Aslan (o leão) se sacrificou para salvar todos os outros (isso não lembra um ato famoso de Jesus na biblia???)
- todo mundo que é bonzinho quando morre vai morar no país de Aslan (o que na biblia é interpretado como o céu)

enfim, nessa mesma logica os contos de Narnia são a biblia transcrita em forma de historinha infantil com criaturas fofinhas, animais falando e tudo mais para atrair as crianças
 
Re: As Cronicas de Narnia

Eu gosto dos livros, mas parte das minhas críticas são exatamente esses detalhes que o Beorzenni citou.

Isso e o fato de em O Sobrinho do Mago ele explicar, por exemplo, até de onde vem o lampião de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa.

Eu achava o lampião mais legal sem a explicação forçada.
 
Re: As Cronicas de Narnia

Não gosto de Narnia (talvez pelo meu ateismo)

pra quem conhece ja deve ter percebido nas entre linhas o significado, a tentativa de atrair as crianças por ser um conto infantil e com certas mensagens subliminares induzir as crianças na crença em Deus

Na verdade não tem nada de mensagem subliminar, ta tudo muito claro, e isso é bem possivel ver nas próprias palavras de C.S.Lewis que disse,

Vou dar alguns exemplos:

- logo no primeiro livro, Aslan (o leão) se sacrificou para salvar todos os outros (isso não lembra um ato famoso de Jesus na biblia???)
- todo mundo que é bonzinho quando morre vai morar no país de Aslan (o que na biblia é interpretado como o céu)

enfim, nessa mesma logica os contos de Narnia são a biblia transcrita em forma de historinha infantil com criaturas fofinhas, animais falando e tudo mais para atrair as crianças
Sim, todos sabemos da catequização proporcionada pelas Crônicas de Nárnia.

Mas você está pensando pequeno ao ver o livro apenas por esse ponto de vista. A idéia não é fazer apenas acreditar em Deus e na vinda do Cristo, mas também passar os valores contidos na Bíblia, afinal, por mais ateu que alguém possa ser, não dá pra negar que os ideais de sacrifício e igualdade de Cristos são exemplos a ser seguidos em nome de uma sociedade e um modo de vida melhores. E Nárnia consegue transmitir isso.

E não há nada subliminar. Acho essa palavra praticamente inválida para descrever Nárnia. O que há é uma analogia bíblica em Nárnia.

Isso e o fato de em O Sobrinho do Mago ele explicar, por exemplo, até de onde vem o lampião de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa.
Já eu acho superinteressante saber o início de tudo, apesar de não gostar desse livro também. Mesmo assim algumas explicações, principalmente a do lampião, eu gostei bastante.
 
Re: As Cronicas de Narnia

Então... deixando a minha opinião, eu adoro as Crônicas de Nárnia, adoro os Alice (só falei do ultimo pois li o comentário da Luz do Leste). Os dois, ou melhor, os 9, estão entre os meus livros favoritos.

Quanto a influência Cristã nas Crônicas eu não acho que seja um problema, até gosto. E não é por ter uma criação católica, já que me afastei muito da religião nos ultimos anos.

Adoro o livro, a sua atmosfera mágica, mesmo que simples, "com criaturas fofinhas, animais falando" e etc. Quem nunca escutou estórias desse tipo? Se não escutou eu digo, "que pena".
Acho até que falta muito disso na criançada de hoje, nem os musicais da Disney são os mesmos. hehe

Enfim, não tenho muito o que falar agora, o Snaga já disse tudo que eu pretendia dizer e muito mais no post acima.
 
Re: As Cronicas de Narnia

Comecemos pelo propósito da obra. A Bíblia é um conjunto de livros doutrinários. Para muitos cristãos (não teólogos), ela é entendida dessa maneira: a palavra de Deus; a palavra a ser seguida. As crônicas de Nárnia são obras Literárias. E obras Literárias não são prescritivas, são sugestivas. Como estamos falando de fantasia, aí é que temos de ter, mesmo, a clareza de que se trata de sugestão. Também não podemos deixar de analisar a questão pelo lado do objetivo de leitura: um estudioso de literatura, por exemplo, não tem como negar que a Bíblia seja uma riquíssima fonte de intertextualidade. E mesmo que ele não acredite em Jesus Cristo ou em nada do que está na Bíblia, ele não pode negar que ela é, por excelência, um espaço de metáforas, paradoxos. Não pode negar a questão mítica, entre outros. Particularmente, defendo que quaisquer intertextualidades bíblicas (sejam endossando ou refutando os textos da “Sagrada Escritura”) não diminuem o valor da obra literária. As opções estéticas escolhidas pelo autor para o processo intertextual podem, sim, interferir na qualidade da obra.

Portanto, consigo lidar, sem problema nenhum, com o termo “filhos de Adão e Eva”, com Aslam, o Rei, sendo muito semelhante a Jesus Cristo em As Crônicas de Nárnia. Até acho bem interessante que Aslam seja um Leão, visto que “Leão da tribo de Judá” (Ap 5.5) é uma das formas pelas quais Cristo é retratado. Não acho problemático que os preceitos de Jesus Cristo sejam, de alguma maneira, insertos nessas obras. E não o acho porque Jesus Cristo (e aqui pode ser visto no sentido cristão, ou, se vocês preferirem, literariamente no sentido de herói épico) era, sobretudo, um homem que defendia o amor entre os homens, que defendia a harmonia, entre outros. Na linha de Jesus Cristo, peguemos, por exemplo, Chico Xavier. Ele era espírita, ok. Mas, ele era, sobretudo, um ser humano fantástico. Então, você não precisa ser Espírita (eu não sou) para admirá-lo, mas deixar de admirá-lo porque ele era espírita, é, na minha concepção, adotar uma visão distorcida da realidade.

As crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, para mim, ainda são referência no que tange à Fantasia. Embora as listas de “Melhores do séculos”, “Melhores piadas de boteco”, entre outras, costumem ser bastante questionadas (algo lógico, devido a subjetividade dessas escolhas), nas que figuram obras de Fantasia, As Crônicas de Nárnia (e a obra de Tolkien – claro! -, com ênfase para O Senhor dos Anéis e, em menor escala, o Hobbit) estão constantemente presentes. E As Crônicas de Nárnia têm presença cativa na minha biblioteca.
 
Boa colocação, Melian.

Não lembro dessa permeabilidade bíblica nas crônicas ter me incomodado ou mesmo de ter percebido e julgado dessa forma. Mais um ponto contando a favor da releitura; quero ver quais as minhas impressões depois disso.
 
Não lembro dessa permeabilidade bíblica nas crônicas ter me incomodado ou mesmo de ter percebido e julgado dessa forma. Mais um ponto contando a favor da releitura; quero ver quais as minhas impressões depois disso.

Releia, sim. E, talvez, até seja interessante que, dessa vez, você direcione sua leitura para estabelecer relações com a Bíblia. Quando a gente lê com um objetivo específico, fica até mais fácil perceber as referências.

Você disse não se lembrar muito das crônicas e, portanto, não conseguir (sem reler) estabelecer relações entre Aslam e Jesus Cristo/ Deus, então, vou comentar um pouco apenas sobre a que trata da criação de Nárnia: “O sobrinho do Mago”. Embora muitas pessoas prefiram as crônicas posteriores a essa, eu tenho um carinho imenso por ela, porque tudo relacionado à criação me atrai (btw, meu livro preferido de Tolkien é Silmarillion). Eu começo a estabelecer relações do tipo: a criação de Nárnia acontece ao mesmo tempo em que o texto literário é criado, etc.

Quando chegaram a Nárnia, Digory, Polly, o cavalo, o cocheiro, Jadis e tio André tiveram a impressão de estarem em um mundo vazio. Depois, começam a aparecer estrelas no céu. E uma canção, muito linda, começa a ser cantada. Inicialmente, os leitores até podem pensar que o próprio mundo está se criando. Mas, então, tem um momento em que é mencionada uma “Primeira Voz” e, logo depois, fala-se sobre “o próprio Cantor” (sim, com as iniciais “P” e “V” maiúsculas. Assim como o “C”. O Deus cristão é escrito com letra maiúscula, todos os vocábulos que se referem diretamente a Ele, também; essa parece ser mais uma semelhança entre Ele e o “”””deus”””” de Nárnia ).

Depois, Aslam aparece, com todo o seu resplendor: “Era um Leão. Enorme, peludo e luminoso, ele estava de frente para o sol que nascia. Com a boca aberta em pleno canto, ali estava ele, a menos de trezentos metros de distância”.

No decorrer da estória (eu gosto do termo usado por Guimarães Rosa!), Aslam vai tocando o chão e as árvores começam a nascer, vai cantando e as coisas vão sendo criadas, desse modo, temos a criação de Nárnia: “Nárnia, Nárnia, desperte! Ame! Pense! Fale! Que as árvores caminhem! Que os animais falem! Que as águas sejam divinas!” Essa, dentre outras referências, como o comportamento de Jadis (que remonta o comportamento da serpente), tentando fazer com que Digory coma do fruto, realmente nos remete à Bíblia. Como eu disse, no meu post anterior, Lewis cria seus textos de forma magistral. Acredito que o texto de Lewis seja a canção de criação de Nárnia. :grinlove:


 

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