DaniloStinghen
Senhor do Destino
Re: O Senhor dos Anéis, é um hino à Graça com referência contínua à Sagrada Escritura
Concordo em parte com o que você disse. Noções de Bem e Mal exisem desde que os homens começaram a se juntar em sociedades. Mas uma coisa é inegável: na obra de Tolkien, a visão de bem e mal que o autor nos dá é profundamente relacionada àquela que se observa na teologia cristã.
Cãotudo, eu acho que enxergar relações religiosas (sejam pagãs, sejam cristãs) em cada canto da obra do Professor não é nem um pouco válido. O legendário é amplo demais para ser restrito a uma interpretação tão vaga assim. Eu acredito que a obra se trate principalmente da natureza dos conflitos (internos e externos) e da existência dos mortais que habitam o mundo que foi criado para eles, e não da relação que estes mortais carregam com seus criadores. E é justamente em torno da relação dos mortais com seus criadores é que gravita qualquer religião. Assim, quaisquer referência a religiões necessitariam, na minha opinião, tratar da relação dos mortais com seus criadores. Este tipo de coisa está presente apenas em parte da obra do Professor, descrita essencialmente n'O Silmarillion.
Bom, eu discordo destes dois pontos.
Do primeiro, sobretudo.
Que eu saiba, muitas das histórias da Bíblia são muito anteriores ao cristianismo. Vários dos seus profetas e escrituras, também são sagradas para os judeus e para os islâmicos. E desde tempos ancestrais que o Bem e o Mal surgem na Bíblia. Então, como é que o Bem e o Mal podem ser um exclusivo cristão?...
Além do mais, nos inúmeros livros que li sobre Mitologia, que referem crenças bem ancestrais, a noção de Bem e do Mal há muito que surge em quase todas as Mitologias. Todas tinham os seres do Bem e os seres do Mal. Não vejo por isso como pode ser uma questão meramente cristã.
Quanto ao confundir-se paganismo com mitologia, direi que se está é a confundir ateismo com paganismo.
Porque é uma verdade aceite por todos os religiosos que as mitologias, as suas leis e os seus rituais, são coisas pagãs.
Concordo em parte com o que você disse. Noções de Bem e Mal exisem desde que os homens começaram a se juntar em sociedades. Mas uma coisa é inegável: na obra de Tolkien, a visão de bem e mal que o autor nos dá é profundamente relacionada àquela que se observa na teologia cristã.
Cãotudo, eu acho que enxergar relações religiosas (sejam pagãs, sejam cristãs) em cada canto da obra do Professor não é nem um pouco válido. O legendário é amplo demais para ser restrito a uma interpretação tão vaga assim. Eu acredito que a obra se trate principalmente da natureza dos conflitos (internos e externos) e da existência dos mortais que habitam o mundo que foi criado para eles, e não da relação que estes mortais carregam com seus criadores. E é justamente em torno da relação dos mortais com seus criadores é que gravita qualquer religião. Assim, quaisquer referência a religiões necessitariam, na minha opinião, tratar da relação dos mortais com seus criadores. Este tipo de coisa está presente apenas em parte da obra do Professor, descrita essencialmente n'O Silmarillion.