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Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Saddam

Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Deriel disse:
Vocês têm alguma noção do que é uma ditadura ou de quem foi Hitler?

Não é uma questão de escolha, é uma questão de certo/errado (no caso, do absolutamente errado).

A realidade é que tudo é relativo! Mesmo o que para nós pode parecer tão óbvio que não possa existir relatividade, o facto de a maioria discordar de Hitler não faz das atitudes dele certas ou erradas! Isso somos nós que atribuímos, ser certa ou errada uma atitude!

Enfim, mas do meu ponto de vista, o que ele fez foi MUITO errado! Ele era um bom orador e tinha qualidades, mas pqp os defeitos ultrapassavam-nas largamente!

Caiu Paganus disse:
Sem brincadeiras, se vocês querem mesmo a liberdade total e a felicidade total, só podem esperar por Cristo. Se não contentem-se com sua democracia patética e suas ridículas leis e filosofias de gabinete.

Cara, desculpa a agressividade, mas o que me deu vontade de ler quando li isso foi "se mate!" :rofl:

Tipo, nós queremos felicidade total e liberdade total, o que não quer dizer que sonhemos com ela ou tenhamos ideias loucos ou inalcancáveis! Tudo o que nós queremos é que esta "democracia patética" melhore, regenere e se transforme no que precisamos!

Mas com ideias como a tua fica difícil! =\

Cara, eu não faço a mínima do que é viver numa ditadura! Desde que nasci que vivo numa (aparente) democracia! Mas, apesar de todas as suas fraquezas e de todo o meu desapontamento com ela, que é muito, eu prefiro poder dizer: "Eu não concordo com a política actual" e poder fazer algo contra do que ter de ficar calado e sofrer as consequências!
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

A realidade é que tudo é relativo! Mesmo o que para nós pode parecer tão óbvio que não possa existir relatividade, o facto de a maioria discordar de Hitler não faz das atitudes dele certas ou erradas! Isso somos nós que atribuímos, ser certa ou errada uma atitude!

Bobagem - ele foi o responsável pelo genocídio de judeus e poloneses. Não tem nada de relativo nisso. Não tem nada de ponto de vista nisso.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Deriel disse:
Bobagem - ele foi o responsável pelo genocídio de judeus e poloneses. Não tem nada de relativo nisso. Não tem nada de ponto de vista nisso.

Eu concordo contigo na condenação! Mas é negar a realidade dizer que para muita gente o que ele fez estava certo! Está aí a relatividade! Só porque somos mais, não quer dizer que tenhamos razão!
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Não há relatividade nenhuma - genocídio não é defensável por nenhum ponto de vista, seja de judeus por Hitler, de chineses pelos Japoneses, de albaneses pelos Turcos. Não há pontos de vista: há assassinos.

Peloamordedeus... vocês acham que dizer "defendo o genocídio" é liberdade de expressão? Não é.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Um Neo-nazi tem bem incutido na sua cabeça que o genocídio é algo necessário para a purificação da raça! Eu não digo que deixa de ser assassínio!

O que quero dizer é que se para eles, isso está correcto, então é relativo! Mas enfim...
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Ele pode achar correto, mas não é correto. Não há relativação, há erro e crime.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Que belo tópico! E eu nem dava nada pra ele...

Não só ele reergueu a Alemanha, mas esse homem foi o último representante de uma gloriosa raça (raça espiritual, não étnica, pelo amor de Cristo!) de hoemns fortes, de brio, vigorosos que não se curvavam à moral dominante nem a ridículas imposições ideológicas. Eles criaram suas próprias ideologias, morais, religiões. São deuses tanto em suas realizações como pelo seu legado.

Desculpa citar dois versos do Neruda, mas é que eles me vieram à mente imediatamente após ler o teu post:

"Migalhas de pão nos bolsos furados,
Migalhas de Nietzsche nas pobres cabeças"

Porque é isso que são, migalhas. Uma leitura mal feita. Uma deturpação continuada e ainda em processo (cada vez maior) do pensamento do filósofo alemão.

Extermínio da compaixão, moral de senhor, destruição de valores, tudo isso nada tem a ver com assassinato, imposição ou dominação. A filsosofia de Nietzsche é um "dizer sim", aceitar a natureza humana como ela é, no quem tem de pior e melhor (não confundir com de mau e de bom). Superar a si mesmo, dizer sim a si mesmo, tornar-se o centro e entronizar-se deus de si mesmo, assumindo tudo o que cabe a cada um, nada mais, nada menos. Dizer sim, antes de tudo à vida. À vida, Vida, não somente a minha. Viver livremente é a lição mais cara que podemos tirar, "o que importa não é a vida eterna, mas a eterna vivacidade".

Mas penso que existe um perigo em dizer sim ininterruptamente. Há de ter um limite ao querer-para-si eterno. Não existe bem maior, missão maior, horizonte buscado ou seja lá o que for que legitime o crime, que autorize o assassinato. A vida não é exclusivamente cristã, não é religiosa, ela sequer é metafísica. A vida é, em última instância, a única realidade plausível. A vida é natural ao ser humano, viver é natural ao ser humano, o assassinato é anti-natural, e por isso injustificável e imperdoável.

Sem brincadeiras, se vocês querem mesmo a liberdade total e a felicidade total, só podem esperar por Cristo. Se não contentem-se com sua democracia patética e suas ridículas leis e filosofias de gabinete.

Campos de concentração? E daí? A história humana sem barbárie não é história, é conto de fadas, vocês querendo ou não.

Se tu toma a barbárie como anti-racionalismo e como processo de rompimento com o processo automatizado de desenvolvimento racionalizado, de antítese a um processo civilizatório vexatório e unilateral, ok. Mas se tomar bárbarie como degradação humana e destruição de categorias imprescindíveis ao ser humano, como o direito a viver em conformidade com sua natureza, isso não é lá algo satisfatório e deveria se pensar num modo de extingui-la, correto? Se os valores são intrínsecos ao desenvolvimento histórico humano até hoje e tu concorda em extirpá-los, assim a "barbárie" também.

Não queremos a felicidade ou a liberdade totais, só queremos mais liberdade e mais felicidade. Aqui aquele bordão do Morin cai como luva, penso: "querer um mundo melhor não é querer o melhor dos mundos". Num cenário de desolação, enfrentarmos ele com dignidade e ética é um modo honesto de vivermos mais num mundo "melhor".

Cara, a tua intenção é boa. Cuspir na cara dos valores simplesmente impostos, arcaicos, acríticos e não condizentes com a condição humana é sempre estimulante. Entretanto, tua obsessão, teu aparato epistemológico e metodológico e teu ódio a uma ideologia em particular te deixa tão dogmático quanto aquilo que busca combater.

Não há relatividade nenhuma - genocídio não é defensável por nenhum ponto de vista, seja de judeus por Hitler, de chineses pelos Japoneses, de albaneses pelos Turcos. Não há pontos de vista: há assassinos.

Pontos de vista até que há. Se estão certos, é num espectro de visão deturpado. Que ponto de vista pode autorizar a morte em nome de algo? O que metafisicamente vale a vida física? Nem o maior dos ideais vale a mais ínfima vida.

Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho
...
Cláudio Humberto.

:clap:

Maldito rodízio de karmas...
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Claro que a democracia não é nunca será um sistema perfeito, Fernanda. Não é colocada ela em prática por seres humanos? Portanto nunca será perfeita.
Mas eu ainda penso que a pior das democraciaas sempre será melhor do que a melhor das ditaduras.

Mas eu concordo totalmente com isso. Até porque se ele não estivesse em um sitema democrático ele não poderia criticar nada.

E quando digo que ele tem uma boa dose de razão ao criticar alguns atos de pessoas que se dizem democratas é porque para mim a democracia merece ajustes sempre, justamente por ser algo criado e colocado em pratica por humanos. E que não só pode melhorar, como realmente melhora. Lentamente, mas melhora.

Eu concordo com Tolkien que o melhor regime seria a Anarquia, sem bombas ou bigodes. Mas estamos tão longe de saber viver nisso que, de tudo que eu já vi, ainda prefiro a democracia.

Vocês têm alguma noção do que é uma ditadura ou de quem foi Hitler?

Não é uma questão de escolha, é uma questão de certo/errado (no caso, do absolutamente errado).

Eu vejo uma tendência de ser relativizar certos fatos ou atitudes de ideologias políticas ou religiosas que eu acho assustador.

Explodir um escola é sempre imoral e cruel. Não importa se o terrorista acredita que vai para o céu por isso, ou não.

Atacar alvos civis é crime, não importa quão poderoso seja um país, ou se o outro também já foi massacrado no passado.

Estrupar uma mulher para punir seu pai ou irmão, ou forçar meninas de 8 anos ao casamento é nojento. Não importa o lugar do mundo.

Talvez essa relativização exagerada venha como reação à época em que os valores do homem ocidental branco e rico eram os únicos que mereciam respeito. Para mim esse tipo de postura é um exagero do já desagrdável politicamente correto. É uma falta de equilíbrio.
 
Última edição:
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Eu nunca defendi aqui ou fora daqui genocídio, preconceito, matanças, ideologias burras, propagandas esquerdóides, ditaduras, imposição de sistemas de governo. Eu nem defendi Hitler, mas não sou idiota ou pelo menos não sou manipulado a ponto de crucificá-lo como pai de todo mal.

Genocídio houve e eu o condeno, como condeno minha Igreja, o sistema feudal antigo, as Cruzadas, o imperialismo norte-americano (vide Iraque, Golfo, Vietnã) e a arrogância soviética. Mas não se encontra uma mentalidade forte hoje em dia para defender oq ue Hitler fez de bom e, quando esse espírito-livre se manifesta engendra toda uma hipócrita cadeia de críticas vorazes e manifestos estapafúrdios de liberdade-igualdade-fraternidade, ideologia essencialmente burguesa.

Defendo esse 'besteirol' e pode me cumular de -karma, senhor Deriel, pois meu ideal é combater esses ideais falsos nascidos de uma valoração estúpida, de juízos mal formulados sobre o que seja o dever de um governante, sobre o que seja a verdade absoluta acerca de 'ideais'!

E falaram aqui sobre uma obsessão com o cristianismo. Isso existe mas não como é exposto, como se fosse uma prerrogativa cristã a usurpação do cuidado com as almas humanas, almas sempre protegidas pela comunidade internacional e seus seculares e infalíveis tribunais, exércitos e organismos vários que pretendem promover a paz. Besteirol! Isso é um besteirol, um babaquice que tentam nos apregoar desde os fim da Segunda Guerra.

O fundamento da Igreja de Cristo é a promoção da paz, do bem humano, do cuidado com as almas, da proteção das sociedades e instituições humanas e do próprio homem contra o desejo do Nada, a concupiscência, as iniquidades. O zelo católico pelo bem, pela paz, pela unidade não tem a ver com autoridade, com poder, tem a ver com a união dos homens sob a proteção, ensino e regência do Reino de Deus na Terra, a Igreja Católica Apostólica Romana, plenitude do Uno, Sagrado, Universal Princípio de Bem deixado por Cristo Rei aos seus súditos, servidos por Ele na morte e na glória.

Mas esclarecido esse ponto sobre o cristianismo, como a plenitude do Bem, e não como se tivessem roubado o direito de lesgislar sobre o Bem e sobre as almas, já que essa autoridade sempre tiverame sempre terão, o que mil ONUs jamais conseguirão.

E o que dizer de Hitler? Um homem como todos nós que conseguiu reeguer um país e usou do ódio de seu povo para fazê-lo e, mais ainda, deu vazão aos desejos mais profundos e malignos de um povo. Construiu um verdadeiro império e eu não tenho medo de elogiá-lo como eu afirmo que o melhor presidente desse nosso Brasil foi Getúlio Vargas, apesar da falta de liberdade, das perseguições, opressões, torturas, prisões, mortes, deportações. Eu não sou hipócrita a ponto de defender um sistema que ainda segue o 'besteirol' burguês de liberdade-igualdade-fraternidade.

Liberdade - de comércio
Igualdade - de preços
Fraternidade - entre as corporações concorrentes

O humano passou longe daqui.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Um Neo-nazi tem bem incutido na sua cabeça que o genocídio é algo necessário para a purificação da raça! Eu não digo que deixa de ser assassínio!

O que quero dizer é que se para eles, isso está correcto, então é relativo! Mas enfim...


Tugo ,além de ter nojo desses caras eu chego a dar risada dessa burrice que é o neo-nazismo nos dias de hoje. Esses tempos passou na TV uma série de reportagens sobre o que esses retardados andam aprontando aqui no RS. Olhando pros caras tu ve com certeza que vários são nitidamente mestiços. Estão combatendo por um conceito completamente ultrapassado ou apenas dando vazão a energia de seus corpos exageradamente bombados.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

dando vazão a energia de seus corpos exageradamente bombados.

hahaha, esse é o ponto, não há ideal que justifique o que fazem e nem ideal eles têm. Devem decorar trechos do Mein Kampf, se é que o fazem. Uma questão de hormônios e de falta de Deus no coração. Isso que se chama neonazismo que só se presta à violência sem apresentar nada de novo ou de vigoroso para um governo bom. Mas ainda que fosse assim, eu não os apoiaria, já que Hitler é de uma época diferente da nossa, de modo que sua culpa é menor.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Desculpa citar dois versos do Neruda, mas é que eles me vieram à mente imediatamente após ler o teu post:

"Migalhas de pão nos bolsos furados,
Migalhas de Nietzsche nas pobres cabeças"

Porque é isso que são, migalhas. Uma leitura mal feita. Uma deturpação continuada e ainda em processo (cada vez maior) do pensamento do filósofo alemão.

Extermínio da compaixão, moral de senhor, destruição de valores, tudo isso nada tem a ver com assassinato, imposição ou dominação. A filsosofia de Nietzsche é um "dizer sim", aceitar a natureza humana como ela é, no quem tem de pior e melhor (não confundir com de mau e de bom). Superar a si mesmo, dizer sim a si mesmo, tornar-se o centro e entronizar-se deus de si mesmo, assumindo tudo o que cabe a cada um, nada mais, nada menos. Dizer sim, antes de tudo à vida. À vida, Vida, não somente a minha. Viver livremente é a lição mais cara que podemos tirar, "o que importa não é a vida eterna, mas a eterna vivacidade".

E quanto a esse tipo de coisa?

Eu acho que esse lado mais autoritário e cruel de Nietzsche existe e é um lado característico do filósofo, apesar de pensadores modernos tentar ignorar ou enxengar a dupla forte X fraco como uma dupla de caráter apenas intelectual e espiritual, e não social. O post do Caio é um post nietzschiano, mas é apenas a parte tosca nietzschiana.

E é exatamente o que o nazismo fez: aumentou as brechas que a filosofia nietzschiana tinha a seu favor. E há sim inúmeras brechas - Nietzsche não foi uma espécie de vítima histórica, por mais da conhecida história da sua irmã e, claro, das esperadas deturpações da propaganda nazista, muito de sua filosofia converge ao nazismo. Há divergências, claro (como na questão do nacionalismo e do anti-semitismo) mas as convergências são inumeras e qualquer associação com o nazismo não foi a toa. Nietzsche, entre outras coisas, fazia parte do caldo da cultura alemã que alimentaria o nazismo: o povo alemão (de forma bastante genérica, claro) não foi uma arma para Hitler, mas o contrário.

Talvez seja interessante mover a discussão para aquele tópico...

"Não há provavelmente raças puras, mas somente raças depuradas e estas são extremamente raras. O que há de mais difundido são as raças mistas, nas quais, ao lado dos defeitos de harmonia nas formas corporais(por exemplo, quando os olhos e a boca não combinam) se encontra necessariamente forçosamente defeitos de harmonia nos hábitos e nos juízos de valor (Livingstone ouviu uma vez dizer: "Deus criou os brancos e os negros, mas o diabo criou os mestiços"). As raças mistas produzem sempre, ao mesmo tempo que culturas nistas, moralidades mistas: são geralmente mais maldosas, mais cruéis, mais instáveis. A pureza é o resultado final de inumeráveis assimilações, absorções e eliminações, e o progresso em direção a pureza se manifesta no fato que a força presente numa raça se restringe, cada vez mais, a algumas funções escolhidas, enquanto antes tinha de realizar, com muita frequência, muitas coisas contraditórias: semelhante restrição terá sempre aparências de empobrecimento e não se deve julgá-la senão com prudência e moderação. Mas finalmente, quando o processo de purificação obteve êxito, todas as forças que outrora se perdiam na luta entre as qualidades sem harmonia se encontram agora a disposição do conjunto do organismo: é por isso que as raças depuradas se tornaram sempre mais fortes e mais belas. - os gregos nos oferecem o modelo de uma raça e de uma cultura assim depuradas: devemos esperar que a criação de uma raça e de uma cultura européias puras tenha igualmente êxito um dia." (Aurora, aforismo 272)

A vida é, em última instância, a única realidade plausível. A vida é natural ao ser humano, viver é natural ao ser humano, o assassinato é anti-natural, e por isso injustificável e imperdoável.

A vida é natural e a morte é natural. Alias, não consigo em imaginar algo não-natural: na medida em que só há natureza, só há vida, tudo que ocorre está dentro da vida e da natureza, é natural, não há um fator além da natureza que vem inserir-se e provocar algo não-natural. Voltando a Nietzsche, ele mesmo discute em A Genealogia da Moral como a moral dos fracos, algo negador da vida, pôde vir a existir, e depois conclui que é uma forma estranha e precária de afirmar a vida.

E quanto ao relativismo, concordo com o Torugo. Não é questão de apoiar ou amenizar atrocidades, mas de perceber que tanto idéias nazistas quanto idéias anti-nazistas provém do próprio indivíduo nazista e anti-nazista, de seus processos mentais, e não há algo além desses processos que determine o certo ou errado, ou que valide este ou aquele processo mental. Eu acho que o genocídio é uma besteira, não porque é absolutamente certo, e sim simplesmente porque é o que eu acho, é minha perspectiva. O certo/errado muda, é só ver que na História, por exemplo, o escravismo foi tido como natural por muito tempo. Todos na Antiguidade, com exceção de uns poucos, eram absolutamente imorais? Não creio - o que mudou foi o conceito de moralidade. Cabe a cada um lutar por seu conceito. Nem é questão de democracia ou direito, mas é algo natural: todos tem seus conceitos e lutam por eles. A própria democracia, ou os direitos humanos, provém de conceitos que conseguiram se estabelecer (ou mesmo que foram úteis para outros interesses) - quando esses conceitos mudarem ou forem inúteis, não serão mais cumpridos realmente.
 
Última edição:
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Haran Alkarin disse:
E quanto ao relativismo, concordo com o Torugo. Não é questão de apoiar ou amenizar atrocidades, mas de perceber que tanto idéias nazistas quanto idéias anti-nazistas provém do próprio indivíduo nazista e anti-nazista, de seus processos mentais, e não há algo além desses processos que determine o certo ou errado, ou que valide este ou aquele processo mental. Eu acho que o genocídio é uma besteira, não porque é absolutamente certo, e sim simplesmente porque é o que eu acho, é minha perspectiva. O certo/errado muda, é só ver que na História, por exemplo, o escravismo foi tido como natural por muito tempo. Todos na Antiguidade, com exceção de uns poucos, eram absolutamente imorais? Não creio - o que mudou foi o conceito de moralidade. Cabe a cada um lutar por seu conceito. Nem é questão de democracia ou direito, mas é algo natural: todos tem seus conceitos e lutam por eles. A própria democracia, ou os direitos humanos, provém de conceitos que conseguiram se estabelecer (ou mesmo que foram úteis para outros interesses) - quando esses conceitos mudarem ou forem inúteis, não serão mais cumpridos realmente.

Meldels! Finalmente alguém que parece que me compreendeu! :lol:
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Titio Hitla parece ter alguns simpatizantes aqui.
Cuidado com os ditadores "geniais", pessoal.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Reverendo disse:
Titio Hitla parece ter alguns simpatizantes aqui.
Cuidado com os ditadores "geniais", pessoal.

Espero que não tenham percebido isso da minha parte! Hitler, na minha opinião, foi uma das pessoas mais sem escrúpulos que existiram! Sou contra qualquer tipo de segregação e preconceito e sou contra a maioria das suas acções e contra todas as que ele fez em relação a campos tão conhecidos como o extermínio dos Judeus!

Mas que ele era bom orador, era... Estadista, não sei, nem sei direito o que é um estadista e não tenho conhecimentos para o avaliar!
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Não TorUgo. Não de você, e nem necessariamente desse tópico. Mas estive revendo discuções antigas e volta e meia alguém deixa transparecer uma certa fascinação pelo Adolf.
Quanto aos dons de oratória, ele não era bom, não... ele era ótimo! Felizmente para os aliados, como chefe militar, ele era uma besta ao cubo. Uma besta cercada por generais extremamente capacitados.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

E quanto a esse tipo de coisa?

Eu acho que esse lado mais autoritário e cruel de Nietzsche existe e é um lado característico do filósofo, apesar de pensadores modernos tentar ignorar ou enxengar a dupla forte X fraco como uma dupla de caráter apenas intelectual e espiritual, e não social. O post do Caio é um post nietzschiano, mas é apenas a parte tosca nietzschiana.

E quanto ao relativismo, concordo com o Torugo. Não é questão de apoiar ou amenizar atrocidades, mas de perceber que tanto idéias nazistas quanto idéias anti-nazistas provém do próprio indivíduo nazista e anti-nazista, de seus processos mentais, e não há algo além desses processos que determine o certo ou errado, ou que valide este ou aquele processo mental. Eu acho que o genocídio é uma besteira, não porque é absolutamente certo, e sim simplesmente porque é o que eu acho, é minha perspectiva. O certo/errado muda, é só ver que na História, por exemplo, o escravismo foi tido como natural por muito tempo. Todos na Antiguidade, com exceção de uns poucos, eram absolutamente imorais? Não creio - o que mudou foi o conceito de moralidade. Cabe a cada um lutar por seu conceito. Nem é questão de democracia ou direito, mas é algo natural: todos tem seus conceitos e lutam por eles. A própria democracia, ou os direitos humanos, provém de conceitos que conseguiram se estabelecer (ou mesmo que foram úteis para outros interesses) - quando esses conceitos mudarem ou forem inúteis, não serão mais cumpridos realmente.

Mas é claro que apresentei o nietzschianismo deturpado, estamos falando do nazismo! Agora, concordo com você e com o Torugo sobre a instabilidade do conceito de 'Bem' dependendo do contexto social, político, religioso etc. Eu só queria salientar que entre os admiradores do tio Hitla, não me incluo, talvez só admirador de certas habilidades suas. Seus feitos? Políticos, sim.

Minha guerra é contra a idéia manipulada que temos de certos personagens históricos enquanto santos ('Che' Guevara) ou demônios (Hitler). Isso não passa de maniqueísmo barato, ideologia pobre.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Mas é claro que apresentei o nietzschianismo deturpado, estamos falando do nazismo!

E qual o objetivo de fazer isso? O mais aceitável seria apresentar uma filosofia não-deturpada para falar do nazismo. E ainda, ainda mais aceitável era não falar do nazismo, não da forma positiva e utópica que você tratou no seu post.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Mas é claro que apresentei o nietzschianismo deturpado, estamos falando do nazismo! Agora, concordo com você e com o Torugo sobre a instabilidade do conceito de 'Bem' dependendo do contexto social, político, religioso etc. Eu só queria salientar que entre os admiradores do tio Hitla, não me incluo, talvez só admirador de certas habilidades suas. Seus feitos? Políticos, sim.

Minha guerra é contra a idéia manipulada que temos de certos personagens históricos enquanto santos ('Che' Guevara) ou demônios (Hitler). Isso não passa de maniqueísmo barato, ideologia pobre.

Point of View. Não é maniqueísmo barato, de facto. Também achei o uso da palavra Maniqueísmo muito infeliz, se me permite. Dualismo caberia melhor aqui, uma vez que o maniqueísmo é contrário a matéria e tudo o mais. Dualismo, apesar de ser igualmente uma doutrina religiosa, mostra o bem e o mal como equivalentes em poder. Creio que este seja o caso dos ídolos supracitados.

Hitler, outro ponto, não era um homem genial como você falou. Hitler era um fracassado. Coisas de artistas reprimidos, cheios de mania, egocêntricos. Ele perdeu a Europa sozinho, e apesar de afirmar que ganhou a Europa sozinho também, não o foi. A Blitzkrieg não foi mentalizada por ele, logo, ele não ganhou a Europa sozinho.

Os ideais de Liberade, Igualdade e Fraternidade também não são idiotas como você disse. A queda da Bastilha ressucitou a democracia. Ressucitou o povo e a liberdade de expressão, apesar dos jacobinos terem errado posteriormente. Tu envolveu tudo com economia. Deu pra ver que sua sequência de posts ficou um POUCO contraditória, uma vez que aparentemente odeia o capitalismo de livre mercado, odeia a democracia e adora o governo alemão de Hitler. Vale lembrar que Hitler defendeu o capitalismo de livre mercado antes da crise de 29, basta ler Joachim Fest. A Alemanha, também, mesmo pós-crise, tinha um belo sistema de livre mercado, uma vez que o governo alemão pouco interferia; estava muito mais pra Adam Smith do que pra John Maynard Keynes

Aqui eu me quoto.

Ondon Rincewind disse:
De acordo com todos que têm esse mesmo ponto de vista, de que tudo depende do ponto de vista (trocadilho tosco).

Hitler, por exemplo, foi um herói do ponto de vista econômico, e a maior parte dos alemães apoiava Hitler, apesar da maior parte da população alemã não ser nazista nos anos pré-crise de 29.

A crise dos anos 30 estimulou o crescimento do ideal nazista, aliado ao fato do imenso "reinado" de Hindenburg. A Alemanha foi injuriada no Tratado de Versalhes, e os 14 pontos de Wilson foram sumariamente rejeitados pelas orgulhosas França e Inglaterra. Prefiro acreditar que a Segunda Guerra e a Primeira são uma só, só que com uma longa paz, uma vez que a Segunda só foi causada pela Primeira.

A Quebra de Wall Street fortaleceu o pensamento nacionalista alemão porque a economia já estava arrasada pelo Tratado de Versalhes (a inflação alemã era IMENSA; um dólar valia cerca de 10.000.000 , ou 3.000.000, dependendo do historiador, de marcos.). Hitler foi O CARA pros alemães, pois tornou sua nação em uma potência em 6 anos (Tomou o poder em 33, a Alemanha era a Segunda Potência em 39, início da Segunda Guerra). Além disso, Hitler era visto com bons olhos por lordes ingleses e europeus, do modo de vista geral, pois o fanatismo dos jovens nazistas, segundo eles, era utilíssimo contra a ameaça vermelha, ou seja, o comunismo.

Os Austríacos desejavam a unificação com a Alemanha, vide Hitler, austríaco de nascença. Os Sudetos, da Sudenteland (região ao norte da Rep. Tcheca) também desejavam, uma vez que eram reprimidos pelos tchecos. Hitler foi herói para muitos, então, até mesmo para os que mais tarde o abominaram e juraram ódio eterno.

Hitler foi um monstro. Horrível. A atrocidade que ele fez e foi conivente é sem tamanhos. Mas lembremos de uma coisa: houye o Genocídio Armênio. Isso só prova que o ponto de vista muda tudo, afinal, ninguém hoje, exceto armênios ou com origens armênias, citam os turcos como assassinos. Se citam, são poucos.

Se tudo ficou meio confuso, perdão.
 
Re: Patrão da Fórmula 1 elogia Hitler e Sadam

Acho que os posts estão muito grandes :mrgreen:
Faz-me lembrar uma piada portuguesa do comediante Raul Solnado:

Uma vez foi ver um filme que em português se chamava "Fui com a Maria à praia mais os primos dela e levámos comida para lá lancharmos depois de tomarmos banho na praia" (este era o título do filme em português)

O título original do filme, em inglês era apenas "Hello John" :lol:
:rofl:

Ou seja: Hitler, Sadam, Castro, Mussolini, Salazar, Pinochet, Stalin, e todos os outros ditadores são apenas "Hello John" (crápulas) :mrgreen:
O resto, somos nós a inventarmos teorias.
 

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