Eu tive o imenso prazer de assistir este filme há duas semanas e digo sem medo que é um marco do cinema. Esqueça esses peidos-de-arte do cinema nacional que só sabem falar de "cinema novo", "responsabilidade social" e "comédias globais". Estamos falando de algo visceral, intenso, vívido - terror. E não tem nada de trash.
A história é muitobem sacada, com o tempo entre o segundo filme da trilogia Zé do Caixão (Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver, de 1967) e o terceiro (A Encarnação do Demônio de 2008) sendo explicado pelo fato de Zé ter estado na cadeia. E barbarizou na cadeia, com mais de 30 mortos e um coronel da polícia com olho vazado. Saindo da cadeia, com Bruno, seu fiel assistente, ele se dirige à nova base de operações: um porão no meio de uma "Comunidade", com direito a policiais abusivos e tudo mais.
Dali ele recomeça sua busca pela mulher perfeita, que irá lhe gerar o Filho Perfeito, a continuidade do sangue. A mulher Livre, com L maiúscula. E nessa busca temos cenas clássicas instantâneas do splatter mundial e também do "torture porn" como alguns chamam filmes da vertente do Saw e afins. O cegamento por escalpelamento e o nascimento do porco são coisas que eu não lembro de ter visto em nenhum outro lugar.
Esqueça críticos como Pablo Villaça dizendo que o filme é uma cópia de Saw e outros dos chamados "torture porn" e lembre-se de que Zé do Caixão já fazia "torture porn" em 1970 com "O Ritual dos Sádicos ou O Despertar da Besta".
É o melhor filme do Zé do Caixão, visualmente falando e um clássico do splatter mundial. Todo fã deve ver, sem sombra de dúvida. Infelizmente os fãs do gênero, no Brasil, são poucos, com a maioria se influenciando por críticios que insistem em criticar o que sequer entendem
E o final, ah! Um final digno para o Zé do Caixão