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O Princípio da Felicidade Condicional

Administração Valinor

Administrador
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<p class="MsoNormal" style="text-align: justify">
<img src="images/stories/personalidades/ives.jpg" alt="ives.jpg" style="border: 0px solid #000000; margin: 5px; float: left; width: 194px; height: 227px" title="ives.jpg" width="194" height="227" />
Este
artigo se justifica como uma homenagem a <b>Gilbert Keith Chesterton </b>(1874-1936)
no centen&aacute;rio da publica&ccedil;&atilde;o de seu livro <b>Ortodoxia</b> (1908). Nele, dedica
o ex&iacute;mio e sempre bem-humorado polemista um cap&iacute;tulo &agrave; <b>&ldquo;&Eacute;tica da Terra dos
Elfos&rdquo;</b>, no qual descreve aquilo que chamou de <b>princ&iacute;pio da felicidade
condicional</b>, no qual sempre acreditou, tanto antes, como depois, de sua
convers&atilde;o ao catolicismo. Cotejar esse princ&iacute;pio com a <b>&eacute;tica cl&aacute;ssica</b>
(de inspira&ccedil;&atilde;o <b>aristot&eacute;lica</b>) e com a <b>&eacute;tica moderna</b> (de inspira&ccedil;&atilde;o
<b>kantiana</b>) ser&aacute; o objeto deste despretensioso artigo.
</p>
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Ives Gandra Martins Filho disse:
O lema da antiga UDN (partido político brasileiro dos anos que precederam o Regime Militar de 1964-1985) pode servir de complemento ao princípio da felicidade condicional: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”.

Engraçado que logo no começo do texto eu lembrei desta frase. É impressionante como parece ser este mesmo lema o que norteia os contos de fada e este princípio da felicidade condicional.

Belo texto :clap:
 
Última edição:
Engraçado que logo no começo do texto eu lembrei desta frase. É impressionante como parece ser este mesmo lema o que norteia os contos de fada e este princípio da felicidade condicional.

E é interessante fazer um paralelo com o próprio Senhor dos Anéis, com a vigília que Minas Tirith exercia sobre Mordor para que o resto da Terra média não fosse oprimido pelas tropas de Sauron.
 
Mais um ótimo artigo do Ives. :clap:

E é interessante fazer um paralelo com o próprio Senhor dos Anéis, com a vigília que Minas Tirith exercia sobre Mordor para que o resto da Terra média não fosse oprimido pelas tropas de Sauron.

E não apenas nesse ponto, mas em diversos outros, onde percebe-se uma vigilância mais "subjetiva".

Trazendo mais uma citação do artigo:

Podemos viver felizes indefinidamente, desde que resistamos a ter mais do que nos cabe, a desempenhar um papel que não nos compete, e a desprezar as condições ideais em que nos encontramos se não temos a sandice de jogar tudo pela janela ao querer o que pensamos que nos falta, mas que, na realidade, nem falta, nem completa, porque desvia do equilíbrio e harmonia ideais para nós. Trata-se de vencer a curiosidade e não abrir a caixa de Pandora, desatando paixões e forças capazes de destruir tudo o que havíamos construído.
Acho que a relação dos diversos personagens do SdA com o Anel ilustra bem essa idéia. Resistir à tentação e à curiosidade de possuir/usar o Anel representa uma vigilância sobre os próprios instintos e sobre a razão, e torna-se condição para a felicidade.
 
Droga, perdi meu comentário original. A idéia era mais ou menos esta:

Hobbits compreendem isso muito bem. Rosinha Villa, por exemplo, não conseguia compreender por que Sam foi embora, mesmo que ele tenha dito que foi salvar o mundo. Para ela era uma perda de tempo se afastar do que o fazia (ou faria) feliz, como o seu jardim e ela própria.

Por outro lado é interessante observar como uma transgressão desse princípio da felicidade condicional (Celebrimbor tentando tornar a Terra-média mais parecida com Aman, apesar de saber que isto era impossível e indesejado por Eru Ilúvatar), acabou causando a necessidade do sacrifício da felicidade de diversos membros dos Povos Livres durante 5 milênios.
 
Um bom texto, e muito filosófico, lembrei do primeiro e segundo perido da facu, onde odiava filosofia, mas o ives soube prender minha atenção.

Parabésn Valinor e Ives.
 
O texto está impecável, perfeito (como se diz).
Relutei muito em ler pois é muito extenso e parecia ser muito denso, e minha falta de tempo nao permitia a leitura. Mas é tudo uma ilusão, pois o texto pode parecer complicado no início, mas logo começa a se suavizar.
O mundo das fadas pode ser mais "real" do que costumamos acreditar :think:

Gostei da sutileza do Ives:
“Em um conto de fadas, uma incompreensível felicidade se apóia sobre uma incompreensível condição. Abre-se uma caixa, e os demônios voam todos para fora. Esquece-se uma palavra, e as cidades desaparecem. Acende-se uma lâmpada, e o amor voa para longe. Arranca-se uma flor, e as vidas humanas perecem. Come-se uma maçã, e a esperança em Deus se esvai”. (Grifo meu)
Muito inteligente esse Ministro.
 
Creio que o pensamento individualista inserido em nosso sistema de manutenção da vida (capitalismo) fez com que o pensamento coletivo fosse desmantelado, então nossa civilização sofre hoje com uma falta total de respeito mutuo, que dá origem a barbarismos.
A priorização do indivído e seus desejos faz com que as pessoas esqueçam que vivem em coletividade e dentro dessa visão a ética e a moral são deixadas de lado para dar lugar as vontades de uma pessoa. E isso tudo me leva afirmar que não adianta ter liberdade sem saber o que fazer com ela.
 

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