Pandatur
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E-mail de um pesquisador do Rio, que recebi nesta semana, comentando uma barbaridade política, na qual o prefeito carioca sancionou uma lei extinguindo uma importante unidade de conservação.
De: Jorge Antônio Lourenço Pontes <pontesjal@hotmail.com>
(...) Foi sancionada a Lei Municipal 4.899/08 e publicada no Diário Oficial da Cidade do Rio de Janeiro no dia 18/08/08, após ser sancionado pelo Prefeito César Maia, que extingue o Parque Ecológico do Mendanha (atual Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha - renomeado devido ao SNUC), para transformá-lo em uma Área Especial de Interesse Social. Esta categoria se destina a dar títulos de propriedades e para implantar programas sociais, tais como: conjuntos habitacionais, favela bairro, etc.
Esta Unidade de Conservação era a mais bem preservada do município e uma das raras com a situação fundiária resolvida. Ela é coberta com a Floresta Ombrófila Densa mais bem conservada da Cidade do Rio de Janeiro e de toda a Região Metropolitana do Estado do RJ. E por incrível que pareça só agora está sendo estudada, inclusive com a descoberta de uma nova espécie de anfíbio (ainda em descrição).
A área precisaria de reassentamentos (ou redelimitação) e até de ampliação, para proteger o restante da floresta que está fora do parque e para excluir uma área rural (veja foto).
Toda a Secretaria de Meio Ambiente foi tomada de surpresa, pois uma consulta havia sido realizada e todos foram contra o projeto, totalmente sem propósito. Mas ao apagar das luzes de um mandato, o VEREADOR JORGE FELIPPE (gravem este nome!!!) submeteu um projeto que vai na corrente contrária da conscientizaçã o ambiental mundial. Pior é que a Câmara de Vereadores aprovou e o Prefeito sancionou.
E agora como fica a preservação da área???? E o dinheiro público investido até então???? E as pesquisas em andamento??? ??
Peço à todos que enviem mensagens de repudio para a câmara, para o prefeito e para o indigníssimo vereador (jorge.felippe@camara.rj.gov.br).
Mas também divulguem, pois não podemos ficar de braços cruzados e entregar uma área pública que tem vocação para a preservação, ecoturismo e fins científicos, que foi solicitada por iniciativa popular ficar sem uma proteção mais restritiva, como um Parque Natural.
Jorge Antônio Lourenço Pontes, Biólogo M.Sc.
Doutorando
Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução
IBRAG / UERJ
Laboratório de Ecologia de Vertebrados
Departamento de Ecologia
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Rua São Francisco Xavier, 524. Maracanã.
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Tel. (21) 2587-7328 e (21) 9998-2525. pontesjal@hotmail. com
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