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Desempenho acadêmico x sucesso profissional

Pois é, como já disseram aí depende da área em que você está/pretende atuar.
No meu caso, que estou cursando Bacharelado em Ciências Sociais, o que conta mesmo é o desempenho acadêmico. Então, médias 7,0 são consideradas ruins. Ninguém quer "manchar" o histórico com reprovações e eu já ouvi do meu orientador que médias abaixo de 9,0 são consideradas medíocres e nem de longe é possível pleitear uma bolsa numa Universidade fora do Brasil com um 8,4 de média geral (nesse momento ele se referia a minha média geral no semestre passado). Fora que o mercado de trabalho para o meu curso é quase que completamente acadêmico, então não me resta outra escolha a não ser me ferrar mais de tempo e estudar. Pretendo ainda entrar no PIBIC, porque a produção, participação e, pricipalmente, publicação/apresentação em eventos acadêmicos de bons projetos de pesquisa contam muito também para "abrir caminhos" na Universidade em relação ao mestrado...
Ou seja: não dá pra ficar só no roteiro casa/Universidade e nada mais. Tem que produzir para poder ter oportunidades ou então vai ser mais um na fila dos desempregados ou se contentar com salário mínimo pro resto da vida.
 
Meu exemplo. Trabalho na área de TI da Vivo, mas precisamente com o Portal Vivo.
Eu aprenderia fácil em qualquer tutorial na Internet HTML, JavaScript, PHP e etc...
Mas não o fiz...aprendi na facul... 90% das aulas de sexta eram sobre isso. E eu não entrava nem na metade...mas boa parte das aulas eu tive que freqüentar para passar e aprender alguma coisinha. Assim como nas aulas de história da arte e afins.
A questão é ... vc apresentou seu histórico escolar para conseguir esse emprego?
Óbvio que vc precisa desse conhecimento para se manter, mas se vc passou em primeiro ou último não fará diferença alguma.
 
A questão é ... vc apresentou seu histórico escolar para conseguir esse emprego?
Óbvio que vc precisa desse conhecimento para se manter, mas se vc passou em primeiro ou último não fará diferença alguma.
Exatamente, não podia ter exemplicado de melhor forma.:kiss:
 
Pelo menos aqui o que me parece é que a empresa está em busca de pessoas que saibam fazer bem e que sejam safas. Ter um bom histórico escolar não é sequer levado em consideração.

Isso pra mim é a palavra mais importante do sucesso de um profissional no mercado de trabalho (funções tecnico/administrativas em grandes empresas).

Hoje eu tenho 2 estagiárias aqui na área. Uma é excelente aluna, fala 4 idiomas, é um amor de pessoa e faz tudo que eu peço com uma dedicação e qualidade invejável. A outra é alguém levou a faculdade num nivel meramente satisfatório, não tem nem a dedicação nem a qualidade da primeira, mas resolve os problemas/dá soluções antes mesmo que eu peça pra ela.

Já pedi pra contratarem a 2ª.

O problema, a meu ver, do alto desempenho escolar, não é nele por si próprio, mas a importância que os bons alunos dão a ele. Isso os deixam cegos. Não há nenhum motivo para um ótimo aluno não terminar como bom profissional, mas normalmente o bom aluno coloca o estudo acima de tudo e perde outras oportunidades por esta priorização. Normalmente eles acabam optando por fazer pesquisa ao invés de estágio. Ou pegar um semestre mais lotado de matéria e deixa o ultimo ano para estagiar. E aí, chega no ultimo ano não consegue estágio e se forma sem. Isso é tiro na cabeça para quem quer trabalhar em uma grande empresa.

Lembro bem de um amigo meu, numa entrevista, o gerente da empresa pegou o curriculo dele que tinha ótimas notas e 1 ano de pesquisa na faculdade, virou para ele e disse... "Ué, mas você só fez nascer?"

Resumindo... pra mim não é q o desempenho academico ajude ou atrapalhe. Se o vagabundo continuar sendo vagabundo pós faculdade ele vai se dar mal. Agora, o número de pessoas, que priorizam outra coisas além da faculdade que acabam se dando bem, pra mim é maior.

Eu acho que a posição no vestibular influencia sim, mas só para aqueles 1ºs colocados, tipo os 3 1ºs.

Nossa, isso influencia ZERO!!! A discussão aqui é se as notas da facul influenciam

Depende. Se vc passou em 3o lugar no ITA, é provável. Se vc é o 1o na UFRJ pra Direito, creio que nada.

Cara, nem no ITA. Pq tipo, o fato de vc fazer ITA influencia sim, com certeza. De ser o melhor da turma, menos mas influencia. Agora, o mero fato de ter passado em 3o no vestiba? Nada.
 
Última edição:
A questão é ... vc apresentou seu histórico escolar para conseguir esse emprego?
Óbvio que vc precisa desse conhecimento para se manter, mas se vc passou em primeiro ou último não fará diferença alguma.

Se eu botar no meu CV:

Primeiro colocado em Aeronáutica e astronáutica no MIT


Vai fazer uma diferença tremenda.

O Mesmo seria na USP ou afins...
Aqui faria uma diferença enorme mesmo.
 
Não na Electrolux. Bem pelo contrário. Iam dizer que vc não tem experiência no mundo corporativo.
 
Vocês estão falando aqui de duas coisas diferentes: notas e aprendizado. A colocação em alguma coisa é definida pela nota. E a nota nem de longe avalia o aprendizado nas suas especificidades. Pra mim ao menos, seria ridículo considerar alguém mais ou menos capaz de acordo com as suas notas. Geralmente as elas só tem importância naquilo que o avaliado tem de capacidade para absorver e copiar o que lhe foi ensinado. Talvez numa profissão mais técnica ou pragmática isso tenha importância, mas numa profissão que exija maior criatividade, originalidade e inventividade, as notas não deveriam significar absolutamente nada, ou muito pouco. Mas fazer o que, nossa sociedade é baseada na valorização do mérito desigual e nosso sistema de ensino tem uma avaliação burra. O jeito é reclamar e se resignar...

A minha área acadêmica (história) e no geral todas as licenciaturas têm tido ultimamente uma grande preocupação com a inovação pedagógica e a melhoria da avaliação, para que ela seja mais condizente com o processo de aprendizado livre. O resultado é que a avaliação e a nota têm ganho um aspecto puramente formal de aprovação dos requisitos mínimos ou reprovação por excesso de vadiagem ou ínfimo desenvolvimento de determinados aspectos. A nota valorativa, com atribuição de números é mecânica demais para se avaliar alguém em seu aprendizado por ele ser extremamente subjetivo. Uma pessoa pode ser muito inteligente e etc mas ter notas muito ruins simplesmente por que não se adapta a uma certa forma de ser avaliada. Assim, a avaliação adquiriria a função de normatizar, massificar as pessoas, não a de auxiliar e dar livre curso ao desenvolvimento individual. E não essa a intenção da pedagogia atual.

Então, o desempenho acadêmico medíocre (notas baixas) só influencia em determinadas profissões que ainda mantém importãncia sobre esse critério. Notas baixas não significam desempenho ruim se o aprendizado for recompensador e útil na profissão.
 
Eu preferi me preparar durante a faculdade fazendo estágios e adquirindo experiência a campo. Não dava muita bola pras notas apesar delas não serem medíocres. Muitos colegas tiravam notas ótimas mas não preocuparam em adquirir experiência na prática. Quanto a necessidade de um histórico, no concurso público que eu fiz para conseguir o meu atual emprego nem foi pedido histórico, já a experiência ajudou muito.
 
tudo depende muito.

generalizando eu diria que existem três maneiras de ter sucesso profissional - e todos precisam de competência nos seus atributos:

1º ter ótima comunicação e desenvoltura pessoa - pessoas extremamente sociais ( não confunda com pessoas incovenientes ou chatas ) com um grande poder de persuação e boa oratória.

2º ser extremamente técnico, normalmente cdf´s que não possuem uma boa comunicação, mas são especialista no que fazem e possuem muitos conhecimentos. Tornam-se imprescindiveis no trabalho.

3º ter uma boa indicação, o famoso QI ou "tem as costas quentes ".


sim , existem exceções.
 
Olha, esse caso 2 é discutível.

Tivemos um cara aqui, do ITA, um cranio. Mas foi falado para ele claramente que não o promoveriam a supervisor como ele gostaria pois ele era um especialista técnico e não um gestor. E por isso ele acabou saindo. Técnico é bom, mas as vezes é limitado, ainda que o limite seja alto. Computação pode ser uma excessão aqui.

qdo a gente coloca profissões como História(caso do Kainof), Biologia, Química e etc, cuja produção é muito influenciado pela pesquisa academica, bem como o resultado do que está se fazendo, aí é OBVIO que o desempenho academico é super importante.

Por isso eu fiz questão de limitar a discussão nas atividades técnico/administrativas de grandes empresas como Planejamento, Logística, Vendas, Marketing, Produção, Comunicação Empresarial, Administração, RH entre outras funções encontradas em grandes empresas. Logo, o foco seria +ou- Administradores, Economistas, Engenheiros em geral, Advogados, Contadores, Psicologos, entre outros.

Mesmo no caso de profissionais liberais como Médicos, Dentistas, Fisioterapeutas, Nutricionistas, Advogados e Psicólogos a nota tb vale muito pouco, ou alguém sabe sequer qual faculdade o Ivo Pitanguy fez?
 
Olha, esse caso 2 é discutível.

Tivemos um cara aqui, do ITA, um cranio. Mas foi falado para ele claramente que não o promoveriam a supervisor como ele gostaria pois ele era um especialista técnico e não um gestor. E por isso ele acabou saindo. Técnico é bom, mas as vezes é limitado, ainda que o limite seja alto. Computação pode ser uma excessão aqui.

concordo totalmente.

por isso disse que existem excecoes
 
ou Alguém Sabe Sequer Qual Faculdade O Ivo Pitanguy Fez?

Ufmg.



Mas quem disse que objetivo do desempenho acadêmico é o "sucesso profissional"*?

*sucesso este muito relativo, eu por exemplo nada achei de extraordinário em alguns exemplos de pressuposto sucesso profissional mencionados no tópico, que prefiro não especificar.

O fato é que Academia e Mercado não se dão bem. Melhor que continue assim, um fica com o dinheiro, o outro com com conhecimento e prestígio.
 
Última edição por um moderador:
Cara, hj deu uma chamada no Fantástico de uma matéria (tem um cara lá q fala sobre carreira) onde dizia algo como "ter as melhores notas não quer dizer que vc será o estagiário efetivado". Mas eu não assisti a matéria e eu sei que esse cara fala muita besteira. Só exemplificando que a gente não tá tirando essa idéia do nada, ela é efetivamente discutida por especialistas.
 
Talvez na área de Administração notas não valham nada mesmo, mas só nela. Vocês olharam para o próprio umbigo e resolveram extrapolar as informações (informações de cunho pessoal, porque ninguém se deu ao trabalho de apresentar uma estatística sequer) para o resto do mundo.

Mas se o que conta (frizo, novamente, na área de vocês ) são boa comunicação e indicações, por que optaram por um curso superior?
Façam só estágio, já que o veneram tanto.
 
Última edição por um moderador:
Vc devia ler o tópico inteiro antes de falar asneira.

Na verdade, eu li (embora não tenha a menor obrigação de fazê-lo), infelizmente.

Mas devolvo: é melhor você parar de falar asneira e voltar para seu estágio (estudar você não precisa, e não deve ter lá muita aptidão para isso), se não não será efetivado. :lol:
 
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A imagem não poderia ser mais conveniente!

Já pensou se o iletrado e pragmático Sancho Panza, com todo o seu senso do real, saísse caminhando das páginas de Cervantes (ou do quadro de Picasso) direto para as ruas comtemporâneas?
Certamente ele seria o maioral do mundo corporativo. Quiçá o sócio do Roberto Justus. :lol:

Dom Quixote estaria demitido. :lol:
 

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