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Sargento que trocou de sexo quer voltar ao Exército

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Está aberta a discussão sobre um dos mais polêmicos temas da atualidade e sua relação com a cultura de uma das mais antigas corporações do país: o transexualismo, considerado uma doença mental, e o Exército brasileiro. Em 1998, Fabiano Portela, natural de Juiz de Fora, então com 18 anos, decide seguir carreira militar e passa no concurso da Escola de Sargento das Armas (EsSA), em Três Corações, no Sul de Minas. Uma década depois, ele vence a moléstia, caracterizada pela divergência entre a sexualidade anatômica e a psicológica – a pessoa tem a convicção de pertencer a um gênero, mas têm genitais opostos –, e se torna a sargento Fabiane Portela, aos 28 anos, graças à cirurgia de mudança de sexo. Mas, não é mais aceita nas Forças Armadas.




Fabiane diz sentir os sintomas do transexualismo desde os 4 anos de idade, mas não teve condições de resolver a questão até 2006. “Tinha vontade de usar roupas femininas, ser delicada, mais sensitiva e intuitiva”, lembra. Ela acreditava que os sentimentos eram parte da adolescência e passariam. No entanto, o problema aumentou, gradativamente, até que foi impossível conviver com o antagonismo. “Na verdade, eu era uma mulher presa a um corpo masculino. Sofri muito para me conscientizar disso”, afirma.

O problema é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina e pela Classificação Internacional de Doenças (CID). Aos 25 anos, Fabiane passou a procurar respostas para seu transtorno. Se aproximou de travestis, homossexuais e percebeu que seu caso era mais sério. Em 2006, com ajuda de um terapeuta, se deu conta de sua condição, entrou em depressão e, por isso, foi afastada do 17º Batalhão Logístico. A cada três meses, Fabiane voltava ao quartel para renovar a licença médica até sofrer um surto psicótico e ser internada.

“Quando retornei, meus superiores não permitiram que eu assumisse meu posto de enfermeira”, recorda-se. Ela deu continuidade à terapia, porque, em princípio, tentava condicionar sua mente ao comportamento masculino. “Queria a cura mental e não a corporal. Enxergava minha transformação psíquica em homem como a solução do problema. Mas não consegui”, diz. Orientada pelo psiquiatra, Fabiane começou o tratamento com hormônios e escondia seu corpo nas idas ao quartel para continuar a receber sua remuneração.

Ela justifica a omissão pelo fato de o Sistema Único de Saúde (SUS) não arcar com a cirurgia de mudança de sexo: “Não iria suportar ver meu corpo mudar apenas com os remédios, parcialmente. Ia camuflada ao batalhão para receber o dinheiro e poder pagar minha operação”. Em 2007, Fabiane diz que foi pressionada pelo Exército a fazer um exame clínico feito pela Junta de Recurso. Caso discordasse do resultado, não teria chance de impetrar um recurso administrativo, cabendo apenas buscar na Justiça seus direitos.

Como Fabiane se recusava a fazer os exames, foi convocada a retornar ao posto em 3 de março. Ela ainda não havia feito a cirurgia e, ao chegar no quartel, teve uma crise histérica, sendo levada para o Hospital Geral de Juiz de Fora. “Lá, me deram os medicamentos Aldol e Fenergan e me fizeram passar pela Junta de Recurso e por uma avaliação. Assinei os pareceres, sem condições de discordar. Pergunto: porque assinaria documentos que atribuem a mim outros problemas, como transtorno de hábitos e impulsos, se não tenho essas doenças?”, questiona.

Ela ainda não está em condições de voltar para o Exército por causa das limitações físicas decorrentes do pós-operatório. Depois de assinar os pareceres nos quais o Exército se baseou para afastá-la, Fabiane fez um boletim de ocorrência e apresentou denúncia aos ministérios públicos Militar e Estadual. O Estado de Minas entrou em contato com o Exército e o coronel Brandão disse que não teria tempo hábil para responder às acusações. Por meio de nota oficial, a corporação informa que Fabiane está afastada por problemas psiquiátricos.

Querem ver a reportagem acesse esse link:
HTML:
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2008/04/17/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=59321/em_noticia_interna.shtml

E esse sargento é de um quartel ao lado de onde eu sirvo.:blah:
 
Última edição:
Eu vi isso na TV ontem.
Acho muito complicado isso tudo...

Tipo, num pode ter preconceito no Brasil, mas mudar de regras no meio jogo é bem difícil, né?!

Se num é a mesma pessoa mais, sei lá, faz prova de novo, entra de novo!
 
Ele vai continuar alegando que ela está afastada por motivos psiquiátricos.

Mas uma dúvida que eu tenho. É proibido entrar mulher no exército? Porque se for, eles têm justificativa pra afastá-lo(a), embora eu não concorde, já que ele(a) entrou antes da operação.
 
Eu sei que homosexuais estão fora de cogitação para entra no exército, são os primeiros que eles cortam.
Acredito que mulher seja proibida sim. A não ser se vai trabalhar lá dentro por outro motivo.
Minha ex-chefe trabalhou cuidando de documentos lá dentro.
 
Não, não é proibido não tanto que a ESA as mulheres agora fazem pra ser de carreira, ou melhor ser promovida a 2° e 1° sargento de saúde, infelizmente elas não são de infantaria, artilharia, material bélico, etc.

Comentário besta: Eu acho que o exército brasileiro tinha que ser igual ao americano, mulher quer entrar vai ser tratada igual homem, inclusive tomar banho no mesmo banheiro:lol:!!!!!
 
Eu sei que homosexuais estão fora de cogitação para entra no exército, são os primeiros que eles cortam.
Acredito que mulher seja proibida sim. A não ser se vai trabalhar lá dentro por outro motivo.
Minha ex-chefe trabalhou cuidando de documentos lá dentro.

Não é proibido.

Não lembro desde que ano que as mulheres começaram a serem aceitas nas Forças Armadas Brasileiras - mas já faz um bom tempo. Lá fora, como nos EUA e na Rússia, as mulheres são aceitas há muito mais tempo, inclusive com registro de participações na 2ª Guerra Mundial (em campo de batalha mesmo!).

Acontece que de tempo em tempo, algumas novas barreiras vão sendo quebradas por aqui e a gama de serviços militares abertos para as mulheres vão se abrindo (em 2002, a Aeronáutica começou a aceitar mulheres para se formarem como pilotas de aviões caças, por exemplo).

Não, não é proibido não tanto que a ESA as mulheres agora fazem pra ser de carreira, ou melhor ser promovida a 2° e 1° sargento de saúde, infelizmente elas não são de infantaria, artilharia, material bélico, etc.

Creio que no Exército o papel das mulheres não se restringe somente ao campo de saúde e administrativo, hein. Embora eu nunca tenha vistou ou ouvido falar de alguma mulher trabalhando na artilharia ( do exército brasileiro).

Na Aeronáutica as mulheres podem seguir qualquer ramo, pelo que sei. Podem desde tornar-se pilotas de aviões caça até conseguir cargos mais altos que exijam nível superior (trabalhar na área de saúde, engenharia, comunicações, etc).

Comentário besta: Eu acho que o exército brasileiro tinha que ser igual ao americano, mulher quer entrar vai ser tratada igual homem, inclusive tomar banho no mesmo banheiro:lol:!!!!!

:roll:
 
Mulher no exército na 2ª Guerra acho que só na URSS mesmo. Qualquer um ia pro campo de batalha lá, praticamente.
 
Mulher no exército na 2ª Guerra acho que só na URSS mesmo. Qualquer um ia pro campo de batalha lá, praticamente.

Na verdade, não era qualquer um que ia pro campo de batalha na União Soviética. Stalin convocou os russos após "acordar" e ver que a Alemanha ia detonar o país logo logo, caso os soviéticos não fizessem algo para conter a Wehrmacht. Cerca de 2.000 mulheres russas se alistaram, somente 500 sobreviveram e muitas realizaram fatos memoráveis (Lyudmila Pavlichenko, sniper, é uma das mais famosas).

Quem realmente caiu no desespero de colocar qualquer um pra lutar foi Hitler, criando a Volksturm! Mas isso foi quase no final da guerra.

E não lembro aonde vi, mas parece que tinha mulheres a serviço da Kriegsmarine - e não no papel de enfermeiras e coisas do tipo. Preciso checar isso!

Já os EUA tiveram um destacamento/batalhão/whatever de mulheres que pilotavam aviões, o chamado WASP (Women Airforce Service Pilots), só que elas não voavam em combates.
 
Última edição:
E houve também vários casos de abuso sexual no exército, pra cima das poucas mulheres. yay =D
 
Será que é baseado nisso que a banda WASP se nomeou?

Eu acho que mesmo que fosse permitido, não daria muito ibope. Pode ser impressão minha.

Agora, eu conheço uma menina israelense que falou que lá todo mundo, inclusive mulheres, tem que ficar 1 ou 2 anos no exército, aprendendo a atirar, a lutar, a fazer primeiros socorros, etc.
Ela até me mandou umas fotos dela toda fardada:P
 
Deve ser mesmo horrível isso da pessoa se sentir "presa" em um corpo de um sexo que ela não se identifica.
Eu por causa do meu jeito mais sensível sei que pra muitas pessoas não sou considerado "macho" o suficiente (e nem quero mesmo ser, me preocupo em ser homem), mas felizmente nunca tive dúvidas quanto à minha heterossexualidade.
 
Acontece que de tempo em tempo, algumas novas barreiras vão sendo quebradas por aqui e a gama de serviços militares abertos para as mulheres vão se abrindo (em 2002, a Aeronáutica começou a aceitar mulheres para se formarem como pilotas de aviões caças, por exemplo).


Creio que no Exército o papel das mulheres não se restringe somente ao campo de saúde e administrativo, hein. Embora eu nunca tenha vistou ou ouvido falar de alguma mulher trabalhando na artilharia ( do exército brasileiro).

Na Aeronáutica as mulheres podem seguir qualquer ramo, pelo que sei. Podem desde tornar-se pilotas de aviões caça até conseguir cargos mais altos que exijam nível superior (trabalhar na área de saúde, engenharia, comunicações, etc).

Não tenho muita certeza, mas mulher só trabalha em área de saúde e adminstrativo no exército sim. É só ver os alunos da principal porta pro oficialato, a AMAN; não tem nenhuma cadete.

De certeza (da Aeronáutica, do tempo que fui aluno da EEAR), mulher não pode ser oficial de infantaria, ser soldado e portanto cabo e taifeiro e não entra na EPCAr.
 
E houve também vários casos de abuso sexual no exército, pra cima das poucas mulheres. yay =D

Era de se esperar. Colocam mulheres no meio de um bando de homem na seca, sem saber se iam sair vivos dalí ou não.

Será que é baseado nisso que a banda WASP se nomeou?

Talvez sim, talvez não.

WASP também significa White, Anglo-Saxon and Protestant

Agora, eu conheço uma menina israelense que falou que lá todo mundo, inclusive mulheres, tem que ficar 1 ou 2 anos no exército, aprendendo a atirar, a lutar, a fazer primeiros socorros, etc.
Ela até me mandou umas fotos dela toda fardada:P

Cada país se cerca de meios de proteção, caso haja uma guerra. Alguns acham que um exército com a grande maioria sendo homens é a melhor coisa do mundo; outros não acham isso; alguns, como Isarael, pensam que é melhor o povo ter um pouco de embasamento militar, pois isso minimiza a quantidade e necessidade de treinamento no caso de uma guerra.

Essa tática de Israel me lembra a Polônia, na época da 1ª e 2ª Guerras Mundias: quem tivesse sido chamado pra prestar serviço militar obrigatório sempre voltava para um quartel, num determinado intervalo de tempo, para refazer seus treinamentos militares.

Deve ser mesmo horrível isso da pessoa se sentir "presa" em um corpo de um sexo que ela não se identifica.
Eu por causa do meu jeito mais sensível sei que pra muitas pessoas não sou considerado "macho" o suficiente (e nem quero mesmo ser, me preocupo em ser homem), mas felizmente nunca tive dúvidas quanto à minha heterossexualidade.

Não deve ser nada fácil ser transsexual. Nada mesmo!

Pior que lidar com isso é lidar com a incompreensão alheia.

Não tenho muita certeza, mas mulher só trabalha em área de saúde e adminstrativo no exército sim. É só ver os alunos da principal porta pro oficialato, a AMAN; não tem nenhuma cadete.

De certeza (da Aeronáutica, do tempo que fui aluno da EEAR), mulher não pode ser oficial de infantaria, ser soldado e portanto cabo e taifeiro e não entra na EPCAr.

Aeronáutica: Infantaria, Tarifeiros, Cadetes do ar e Capelães só admitem homens. O resto, o que não é pouca coisa pelo que vi, admite mulheres - e o mais interessante, conforme já disse, desde 2002 as mulheres podem se tornar aviadoras.

Como o site do Exército não está carregando por aqui, não posso confirmar aonde e o que elas fazem lá.

EDIT: As mulheres do EB trabalham nos setores de Saúde, Engenharia e Administração. E é óbvio que elas também tem treinamento militar - é ridículo afirmar isso, mas enfim...
 
Última edição:
Respondendo ao tópico... Seria engraçado ver o sargento interromper uma marcha de campanha pra fazer xixi sentadinho numa moita.... KKKKKkkkkkkkk
 
HAHahaha seria mesmo!!!!!! :lol:

- "Tropa atenção, tropa alto!!!!"
- "Por que ele mandou parar??"
- "Ele de ter ido fazer xixi, viu como ele correu pra moita!!!!!"
 
Acho que pior do que ser transexual é ser homossexual. Sem preconceitos, mas em termos de aceitação. No caso do transexual, depois que ele muda de sexo todo mundo (exceto família e amigos antigos) vê a pessoa como se fosse do sexo novo dela.
Já o homossexual é uma pessoa que gosta de alguém do mesmo sexo. Não sei, imagino que o preconceito é maior.
 
Qualquer pessoa com uma atitude diferentsofre preconceito, então deve ser difícil ser transexual, homossexual, vegetariano.... Enfim.

E deixa ser sargento. Se servia quando tinha o dito cujo e com todos aqueles problemas de se sentir no corpo errado, deve servir melhor agora que está na condição desejada.
 

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