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Evolução da Educação - Onde podemos chegar?

Fingolfin

Feitiço de Áquila
Nesses ultimos anos muito se discute sobre modalidades de educação. Temos até cursos universitários a distância. Parecemos o mundo ideal do Instituto Universal(aquele que vai até você, lembra?).

O que eu queria discutir é: até que ponto esses métodos são válidos? Qual é o limite entre o útil e o simplesmente moderno?

Nos anos 80, a Era da Tecnologia, os controles remotos de Videocassetes tinham inúmeros botões, displays e canetas laser e outras coisas que faziam vc precisar de uma faculdade só para programar a gravação de um programa. Hoje 20 anos depois já evoluimos para o Sense and SIMPLICITY(slogan da Philips) onde pregamos equipamentos simples e de poucos botões.

A analogia é: Será que estamos indo para o mesmo caminho com a tecnologia na educação? Criamos vários mecanismos inúteis de ensinar as pessoas apenas por serem modernos ou tecnológicos?

Ao mesmo tempo me deparei com um "jogo" interessante chamado Nation States que tem até tópico na Valinor. Um jogo onde vc entra cria uma nação e todos os dias legisla nela(aprovando até 2 emendas por dia). As ações que vc toma influencia no desenvolvimento do seu país em 3 principais frentes... Direitos Civis, Direitos Políticos e Economia. Tem ainda a ONU, onde vc pode enviar e votar emendas, que serão aplicáveis a todos os países.

Isso me parece uma função útil da tecnologia e poderia/deveria ser discutida em aulas. O jogo com certeza precisa de ajustes mas acho que ferramentas do tipo poderiam ser utilizada em salas de aula. E para isso não é nem necessário a tecnologia. Podia ser um jogo estilo RPG, "mestrado" pelo professor de Geografia ou História, onde os alunos todos os dias tomam duas decisões que terão impactos pré-definidos pelo professor e em 1 aula por semana alguns assuntos de interesse global seriam discutidos e votados para todos, como na ONU.

Acho que ações como essa são muito mais benéficas do que auto-estudo online onde vc tem a mesma apostila só que animada em flash.

E vcs? O que acham? Estamos estagnados ou evoluindo na educação? Para onde deveríamos ir? Qual o benefício de uma sala de aula? Os foruns de internet substituem um grupo de discussão presencial?
 
Estou vivendo esse cenário hoje mesmo, na faculdade. Meu professor de Realidade Virtual sugeriu que todos criassem um perfil no Second Life para termos aulas "on-line". Claro, isto está no contexto da disciplina, mas não deixa de ser uma tecnologia usada para a educação.

Agora, eu acho que NADA substitui uma sala de aula. O relacionamento humano está acima de toda tecnologia que existe no mundo. Claro que hoje temos velocidades absurdas para mantermos discussões pela Internet, mas nada se compara a olhar nos olhos das pessoas e ouvi-las falar suas opiniões. Sim, sem dúvida a educação está evoluindo, mas pode evoluir em conjunto com as relações humanas.

Agora, sobre os fóruns, isso é óbvio: eles substituem uma discussão presencial. Isso porque o tempo é o fator mais importante nessa questão. Nem todos nós temos tempo para nos reunirmos para uma discussão, então nada mais prático do que acessar um site e escrever sua opinião (como agora). Porém, como disse antes, NADA substitui a relação humana, o "ouvir" a voz do outro, ver sua expressão e ter certeza do que a pessoa está falando.
 
Muito bem colocada esta questão Art Vandelay!

Infelizmente eu não consigo encontrar uma resposta definitiva, nem para mim mesma! Veja só:

Na universidade onde leciono, nós professores idealistas, sempre nos reunimos querendo implementar as aulas, melhorar o contéudo. Esbarramos com um terrível dragão: Recurso!

Todos nós, professores e alunos, sabemos que as coisas não caem do céu. Os laboratórios estão sucateados, as bibliotecas rôtas e defazadas... E aí?! O jeito é fazer o que fazemos aqui no meu município (Vitória da Conquista - BA) puxar o saco do deputado mais próximo.

Recentemente elegemos um de nossos reitores como deputado para nos ajudar. Resultado: A política venceu seu idealismo. Fomos deixados na ilha do esquecimento...!

Quando se falam dessas ferramentas virtuais, eu sou categoricamente contra: Eu penso que primeiramente a experiência física (tocar, sentir, pensar e solucionar) não podem ser compartilhadas com a máquina. E ponto final. Se quiser, queridos alunos, vão estudar...!

É... tudo seria maravilhoso para mim se terminasse assim a história...!

Durante uma viagem a municípios distantes do meu, (cidades bem pobres, pois me localizo no sertão do Brasil (acho que do mundo!)) para fazer pesquisas e projetos de extensão, encontrei vários alunos, brilhantes, super inteligentes e o "melhor": pobres!

Eles não tinham recursos como os outros habitantes desses remotos munícipios, para poderem bancar faculdade e moradia para seus filhos. Além de que muitos nem conheciam nem a capital de seu estado, Salvador, e nem tinham previsão em suas áridas vidas de quando tal dádiva iria acontecer...

Muito comovidos, nós professores visitantes, levantamos uma "vaquinha", compramos 3 computadores (por conta própria, pois a universidade não tinha recurso disponibilizado para isso) e presenteamos 3 pequenos municípios. Eles fizeram cursos à distância, os básicos lógico: Letras, Matemática e História!

Hoje são professores, conseguiram colocar uma escola de 2º Grau ali, uma das melhores de toda a região, formaram outros professores, e já estão pensando em pedir às autoridades a construção de uma pequena extensão de nossa universidade ali!

Na verdade não podemos radicalizar! Há muitos alunos que estão se beneficiando com o estudo a distância. O computador é uma ferramenta incrível, como você colocou, há vários recursos até bem criativos!

Há o outro lado...

Mas vou "utopizar", ficarei deste lado da linha do equador!
 
Usar a informática como ferramenta didática é, na minha opinião, uma forma preguiçosa de tratar o velho problema da reformulação da metodologia de ensino...


A informática pode sim cumprir esse papel, mas não acho que ela seja necessária... E na prática ela acaba subutilizada e fica aquela coisa “ó, tái o computador, já fiz a minha parte em tornar as coisas mais dinâmicas, então cala a boca e olha pra apostila na tela”.


O grande problema pra mim ainda é bons profissionais e boa vontade dos mesmos... Na prática os professores preferem manter a didática clássica/ultrapassada (e cômoda) dq tentar inovar com propostas criativas que estimulariam os alunos a participar mais ativamente das aula... Aliás esse idéia proposta pelo Fingol mostra como nem é tão difícil tornar as cosias mais interessantes sem exigir grandes reformulações e investimentos...
 
Aliás esse idéia proposta pelo Fingol mostra como nem é tão difícil tornar as cosias mais interessantes sem exigir grandes reformulações e investimentos...

Pois é Namus, qdo vi esse joguinho pensei, está aí uma verdadeira utilidade da tecnologia para a educação, aliás, mais doq isso, para a construção de um cidadão mais atuante na sociedade.

No entanto, esse é um tipo de didática, que sequer precisaria passar pelo computador. Pelo contrário, pode ser feito 100% em uma dinamica de aula, incluindo votos numa urna e decisões entregues em papel ao professor.

A discussão deveria ser de fato em uma evolução da didática e não simplesmente da tecnologia usada na didatica.
 
Eu acho que nada substitua a sala de aula. Na minha opinião, aulas à distância só servem para dar mais dinheiro para as faculdades, com o discurso de "não saia de casa para aprender", atraindo que quer, mas não tem tempo de estudar, ou tbm aqueles que acham fazendo em casa será mais fácil.

Como a Sara falou, os professores procuram inovar na sala de aula, mas faltam recursos. E isso não faz a educação evoluir, mas decair. Quando estava no Ensino Médio, eu tinha apenas 3 professores que realmente ensinavam, o resto estava lá só pra preencher vaga. Por isso acredito que deve-se investir mais na formação dos professores, há muita coisa ruim solta por aí. E junto dessa formação de qualidade, dar mais recursos a eles para que possam melhorar cada vez mais o ensino.

Mas, infelizmente, estamos indo no caminho contrário.
 
Parece que a resposta pro título do tópico tá nesse anúncio que apareceu no fim da página:
 

Anexos

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Sinceramente, essa evolução educacional no Brasil está milhas e milhas distante do que gostaríamos realmente. Primeiramente porque, a estrutura organizacional e metodológica do ensino no Brasil, está cruelmente defasada. Seja por falta de incentivo, seja por falta de apoio financeiro. E disso sinceramente nem a elite econômica se salva.
É lindo, muito lindo, pensar que um dia teremos o mouse substituindo o giz e o monitor substituindo o quadro, mas é utópico, o ensino no Brasil vai acontecer quando os governantes, gestores, pedagogos e demais licenciados, começarem a ver a educação não como um papel curricular na vida dos jovens, mas sim como uma necessidade humana de cultura e desenvolvimento pessoal, social e também parte do papel evolutivo da sociedade. Quando começar essa reforma aí sim podemos dizer que papel, caneta, giz e quadro negro são coisas do passado.
Evidente que aqui no fórum temos uma maioria maciça de leitores (sejam tolkienianos ou não) isso faz muita diferença, podemos dizer até que somos uma minoria feliz. Infelizmente.
E a aplicabilidade de novos jogos e métodos para ensino multidisciplinar é altamente válida, mas depende muito da experiência do professor em vivenciar isso como uma realidade dentro da sala de aula, o que pode ser até pluridisciplinar. Mas como eu disse o professor tem que ser "O Cara" que manja de jogos de RPG e sabe se comunicar com a garotada senão não faz sentido e o método convencional prevalece.
 
E a aplicabilidade de novos jogos e métodos para ensino multidisciplinar é altamente válida, mas depende muito da experiência do professor em vivenciar isso como uma realidade dentro da sala de aula, o que pode ser até pluridisciplinar.

Isso eu concordo plenamente com vc, mas...

Mas como eu disse o professor tem que ser "O Cara" que manja de jogos de RPG e sabe se comunicar com a garotada senão não faz sentido e o método convencional prevalece.

Nisso não.

Não tem nada a ver como RPG, foi apenas uma analogia. De qq forma este tb foi apenas 1 exemplo de um método diferente e estimulante. Existem outros jogos.

Está comprovado que aprendemos muito mais quando tem prazer relacionado. Não é a toa que eu sei de cor o time campeão brasileiro do Vasco de 89.

Jogos e brincadeiras interativos necessitam apenas de um pouco de brainstorming e dedicação. Isso poderia facilmente ser criado em algumas reuniões em janeiro antes do início do ano letivo, com a participação de todos/vários professores.

Tudo bem que dificilmente conseguiremos um médoto legal para ensinar algo específico, mas exercitaríamos o raciocínio usando tudo isso que foi discutido.

Exemplo: Leis, propostas e artigos prós e contra uma resolução que será votada pela ONU(Sala de aula inteira) devem ser enviadas por escrito seguindo regras, como em uma aula de redação. Vai exercitar o portugues.
Isso é só um exemplo.

O problema aliás vai muito para esse lado a meu ver. Hoje, a definição de utilização de tecnologias no ensino vai muito para ensinar a mesma coisa só que na tela.

As pessoas continuam ensinando história na aula de história, geometria na aula de geometria e se esquecem que na vida, a aplicabilidade desses conhecimentos é muito mais subjetivo e genérico.

Por isso, além de aulas de conteúdos pragmáticos, deveriamos ter "aulas de vida", onde deveriamos fazer coisas cujo o conhecimento adquirido em sala de aula fosse utilizado, mas não precisa ser diretamente. O aluno não precisa calcular nenhum seno ou cosseno, mas utilizar o raciocínio lógico adquirido na matemática para chegar a algum lugar.
 
Vandeco, eu acho o seguinte.

Toda e qualquer forma de melhorar o aprendizado é valida. Tecnológica ou nem tanto.
Sabe do que eu sentia falta quando eu era estudante? De pratica. Eu tinha muita teoria sobre coisas absurdas como formula de baskara por exemplo e não sabia em quando da minha vida iria usar um treco desses.
Ou nas minhas aulas de química. Que porra adiantaria eu saber quantos átomos de hidrogênio tem a água?

Juro por Deus que até hoje as únicas coisas que usei das coisas que aprendi da 1ª a 8ª série foi: Aulas de português, adição, subtração, divisão e multiplicação. Aulas de história e Geografia.

Pois bem, não é que me deparei com uma escola (a dos filhos de um amigo) que eles ensinam na teoria e na prática.
Eles pegam as aulas e a fazem como um profissional utilizaria. Nas aulas de química mostram a matéria como se o aluno fosse querer ser um Químico.
Enfim, ensinam o aluno onde e quando ele pode utilizar o que está aprendendo e mostram diversas profissões para os alunos.

A tecnologia pode fazer isso. Pode mostrar na prática o que o aluno ve na sala de aula. Em matemática aprendi muito calculo que só utilizaria se fosse fazer Robótica. Pois bem, vamos fazer um robô em sala de aula.

Vejo o futuro dessa forma.
 
Concordo Menegroth!

Mas aí esbarra num problema que a Sara comentou ali em cima: Recurso.
:roll:
 
Pra mim recurso é desculpa...


No exemplo que o Fingol deu, não há necessidade de nenhum “investimento”... Basta o profissional se dispor a criar uma didática mais estimulante...


Claro que para algumas idéias seria necessário algum tipo de investimento, e aí sim esbarraríamos no problema de recursos, etc... Mas no geral vc pode trazer propostas bem interessantes para aula sem exigir mais dq imaginação e criatividade... E por incrível que pareça, isso é mais escasso do que recursos financeiros...


Na minha opinião o erro está na relevância no que é aprendido... Como disse o Menê, muito do que se aprende é inútil, e a outra parte não é tão enfatizada e vc esquece... Pra mim toda matéria de matemática de segundo grau é absolutamente inútil... absurdo ensinarem isso... Química então... O certo seriam “direcionar” os alunos no segundo grau de acordo com suas áreas de preferência... Eu podia não saber oq faria no vestibular com 15 anos, mas sabia que não seria nada ligado a matemática/física/química... Eu poderia ter sido poupado desse tipo de coisa e ter enfatizado o resto...


Enfim, tem muito oq se discutir nessa área... Isso é só a ponta do iceberg...
 
Recurso, dinheiro, sempre tem algo que impede? :roll:

Não, o que falta é engenhosidade, que só se obtém com a escassez de algo, ironicamente.

Dá para ter uma puta aula com giz-e-cuspe, ou usar todos os recursos disponíveis e ainda assim fazer uma aula expositiva (professor fala, aluno copia).

Quanto à evolução, também tem o fato que muita coisa que está sendo badalada na verdade é antigo pra caramba. Eu lembro num artigo educacional que falava maravilhas sobre o método de estudar em casa por conta da falência do ensino público e privado (isso é coisa do século XV, com tutores e tudo o mais!!!)

Não que seja errado usar ferramentas que dão certo. O melhor para pregar pregos é ainda o martelo. Mas fazer estardalhaço achando que o martelo é a novidade do momento só porque usou uma nova liga mais densa de metal, que aumenta o impacto transmitido para o prego...?

Eu mesmo as vezes uso adestramento... esqueço os rótulos de que é opressor, retira a liberdade do aluno, etc., porque tem certas coisas que se esperar o aluno redescobrir a roda, ele podia já ter aprendido a fazer microchips, mas está tentando obter o fogo!

Outros momentos é necessário que o aluno saiba de onde surgiu a ferramenta. E em outros é necessário ele pesar a ferramenta com as mãos.

mas se tudo TUDO for por um único caminho, nunca haverá sucesso educacional. Porque para um aluno funciona o processo de descobrir o que significa, enquanto outro já sabe, e outro não quer saber como funciona a calculadora, mas como usar a calculadora, etc..

Afinal, não existe o aluno médio.
 
Não acredito que vocês, acham que recurso é desculpa de manso!

Alguém aqui faz alguma coisa sem dinheiro?

Não é desculpa, é realidade! Sem dinheiro nada funciona.

E quem quer uma boa aula de cuspe e giz depois de um dia agitado de trabalho? E outra coisa, a primeira aula de um professor é até boa, mas depois da 2ª e 3ª aula, a gente está só os farrapos...! Não é fácil...

E ainda se contássemos com alunos educados, que respeitassem nossa presença na sala de aula, mas não, se ainda não bastasse as dificuldades inerentes da profissão, muitas vezes os alunos trazem as cargas de uma vida cheia de problemas. Atrapalham, desrespeitam, ao professor e aos colegas!

Sabem o que realmente faz a diferença, e eu concordo que muitos dos meus colegas tem pecado? Envolvimento Emocional: Abaixo a todo tipo de distanciamento entre aluno e professor!

Sabe o que eu descobri, depois de 12 anos de aula? Que o que o aluno quer mesmo, é um bom professor que ria com ele, que deixe a aula leve, que o reconheça, que saiba pelo menos o seu nome, que olhe em seus olhos, que o acoselhe: - Olha, este caminho não! Este outro é melhor!

Não é cuspe e giz, nem são computadores de última geração, que os alunos querem, mas um professor realmente comprometido na formação de um ser humano, que vai ter que responder por responsabilidades por outros seres humanos um dia!

Eu sei, eu sei, muitos de nós temos falhado. Mas isso é por causa da cultura infame que invadiu o Brasil: Se não tiver curso não tem emprego!

O que acontece então: Invasão das escolas e faculdades, por alunos que não estão interessados em aprender que só querem o canudo! Alguém disse que não existe aluno médio! Não existe?!? Infelizmente tenho dizer que não existe só alunos médios, existem os inferiores mesmo!

É terrível você colocar uma prova na sala, ver aquele aluno que você sabe que não estudou, não participou da aula, faltou, colar ou pescar, e depois vir discaradamente ver a nota: - Nossa, tirei isso?!? É seu miserável, tirou, pensa que eu não sei que é tudo cola? Pensa que eu não sei que você vai ser uma pessoa relapsa aí fora, sem acrescentar nada a sociedade?

Então por favor, antes de pixarem os professores de incompetentes, se coloquem um pouco na nossa pele. Existem professores médios e inferiores também, como existe professores que dão o sangue por vocês alunos!
 
Na minha opinião o erro está na relevância no que é aprendido... Como disse o Menê, muito do que se aprende é inútil, e a outra parte não é tão enfatizada e vc esquece... Pra mim toda matéria de matemática de segundo grau é absolutamente inútil... absurdo ensinarem isso... Química então... O certo seriam “direcionar” os alunos no segundo grau de acordo com suas áreas de preferência... Eu podia não saber oq faria no vestibular com 15 anos, mas sabia que não seria nada ligado a matemática/física/química... Eu poderia ter sido poupado desse tipo de coisa e ter enfatizado o resto...

Que bom que vc tinha toda essa certeza, mas tá repleto de gente que não. E esse é um dos motivos pelo qual todo o ensino básico deve ter todas as matérias.

Sem contar que, pode até ser que vc ainda não tenha precisado utilizar algumas coisas mais "profundas" das matérias exatas (assim como eu tb não precisei de detalhes das humanas), mas daí a deixar tudo de lado é cultuar a ignorância.

O que falta apenas é prática didática dos professores para tornarem as aulas mais interessantes, de modo que todo mundo (ou ao menos a maioria) se interesse por aprender todas as matérias. Quanto a isso, eu realmente não tenho do que reclamar do meu colégio... De história a matemática, todos os professores eram bacanas.
 
Estou vivendo esse cenário hoje mesmo, na faculdade. Meu professor de Realidade Virtual sugeriu que todos criassem um perfil no Second Life para termos aulas "on-line". Claro, isto está no contexto da disciplina, mas não deixa de ser uma tecnologia usada para a educação.

Agora, eu acho que NADA substitui uma sala de aula. O relacionamento humano está acima de toda tecnologia que existe no mundo. Claro que hoje temos velocidades absurdas para mantermos discussões pela Internet, mas nada se compara a olhar nos olhos das pessoas e ouvi-las falar suas opiniões. Sim, sem dúvida a educação está evoluindo, mas pode evoluir em conjunto com as relações humanas.

Agora, sobre os fóruns, isso é óbvio: eles substituem uma discussão presencial. Isso porque o tempo é o fator mais importante nessa questão. Nem todos nós temos tempo para nos reunirmos para uma discussão, então nada mais prático do que acessar um site e escrever sua opinião (como agora). Porém, como disse antes, NADA substitui a relação humana, o "ouvir" a voz do outro, ver sua expressão e ter certeza do que a pessoa está falando.
As duas frases são complementares, mas não expressam a mesma coisa.
Dizer que nada substitui a sala de aula é dizer e aprovar a idéia de que uma pessoa ensina pras outras, que aquela está num grau superior de conhecimento das outras (ou como diz o meu professor de psicologia: "eu sou o mestre, vcs são vazios, calem a boa e aprendam comigo" - obvio que ironizando os professores que acham que só eles sabem tudo). Isso eu discordo plenamente. O ensino a distância é uma forma de dizer isso, que os professores são cada vez mais dispensáveis...


Agora dizer que nada substitui o relacionamento humano, sem dúvida alguma vc está correta! É aquilo, se aprende algo conversando com qualquer pessoa, do calouro/novato/bixo ao cara que tem 78753798437574 doutorandos pra limpar o chão da sala dele.
 
Na minha opinião o erro está na relevância no que é aprendido... Como disse o Menê, muito do que se aprende é inútil, e a outra parte não é tão enfatizada e vc esquece... Pra mim toda matéria de matemática de segundo grau é absolutamente inútil... absurdo ensinarem isso... Química então... O certo seriam “direcionar” os alunos no segundo grau de acordo com suas áreas de preferência... Eu podia não saber oq faria no vestibular com 15 anos, mas sabia que não seria nada ligado a matemática/física/química... Eu poderia ter sido poupado desse tipo de coisa e ter enfatizado o resto...

Da matemática com certeza eu discordo Namus. O objetivo da matemática no colégio não é deixar ninguém sabendo resolver uma equação do segundo grau, mas sim desenvolver o raciocínio utilizado para chegar na solução. Prova disso é que mais da metade dos engenheiros são contratados em áreas TOTALMENTE diferente da sua formação, mas a base matemática cria neles uma metodologia e forma de organizar o pensamento que é muito bom no dia a dia. Acho que aí vc está sendo simplista demais.

Mas é verdade que isso não acontece pra todas as outras matérias. Aqui no Brasil a grade de ensino é fechada. Portugues, Matemática, Quimica, Fisica, Biologia, Redação, História e Geografia. O q vcs acham então do modelo americano? Onde Ingles e Matemática são obrigatórios e TODO o resto é eletivo. Vc tem que fazer 6 matérias por ano, mas pode escolher entre Economia, Culinária, Quimica, Fisica, Desenho, Artes Plásticas e algumas outras matérias em gerais. Óbvio que dificultaria o sistema de vestibular. Lá nos EUA a seleção costuma ser por análise de currículo. Mas existe um sistema de nota sim, o GMAT, parecido com o nosso vestiba.

Agora, a pergunta é, os americanos tem uma educação elementar melhor que a nossa? Creio que não. Até mesmo no que é comum(como matemática) vejo o 2o grau deles bem menos específico.

Aí vem a segunda pergunta: isso é relevante? Pq o país deles funciona. Será q essa coisa de "Greatest Country in the World" vem pq eles tiveram essa educação ou foi outra coisa que os levou a pensar assim e depois inserir isso quase q de forma hipnotizante em toda população?

Não sei se os EUA é um bom exemplo ou não de sistema de ensino pq há outros problemas endêmicos q se misturam com a educação. Mas o fato é que lá, onde há muito mais aulas práticas, onde há total liberdade para se escolher oq quer fazer, há também um grande desinteresse dos alunos pela escola. E aí?

O que EU acho que falta na educação, e aí falta nos EUA tb, são aulas voltadas para formação de um cidadão. Não aula de ecologia que ensina fazer papel reciclado ou aula de Moral e Cívica não. Aulas para se discutir Progresso x Meio Ambiente; qtas crianças conhecem bem a expressão Desenvolvimento Sustentável?. Aulas pra se discutir Política, aula pra se discutir a própria educação. Ou seja, aulas para formar formadores de opiniões. Aula que não tem prova mas tem nota sim, subjetiva e pelo grau de envolvimento dos alunos e por trabalhos feito por eles. Aulas cuja a sala fique sentada num grande círculo. Onde pessoas podem ser agrupadas por tendencia politica(de um lado os conservadores, de outro os progressistas, de outro os ecologistas, etc).

A cada dia que se passa as pessoas tem menos opinião. Aliás, elas tem muita opinião sim, sempre idiota e igual a do Jornal Nacional. Hoje, é muito fácil manipular as massas.
 
Última edição:
O que EU acho que falta na educação, e aí falta nos EUA tb, são aulas voltadas para formação de um cidadão. Não aula de ecologia que ensina fazer papel reciclado ou aula de Moral e Cívica não. Aulas para se discutir Progresso x Meio Ambiente; qtas crianças conhecem bem a expressão Desenvolvimento Sustentável?. Aulas pra se discutir Política, aula pra se discutir a própria educação. Ou seja, aulas para formar formadores de opiniões. Aula que não tem prova mas tem nota sim, subjetiva e pelo grau de envolvimento dos alunos e por trabalhos feito por eles. Aulas cuja a sala fique sentada num grande círculo. Onde pessoas podem ser agrupadas por tendencia politica(de um lado os conservadores, de outro os progressistas, de outro os ecologistas, etc).

A cada dia que se passa as pessoas tem menos opinião. Aliás, elas tem muita opinião sim, sempre idiota e igual a do Jornal Nacional. Hoje, é muito fácil manipular as massas.

:clap:

Disse tudo!
 
Concordo plenamente com a Sara, não adianta nada ter computadores e recursos de úlitma geração, se o professor não é comprometido com os seus alunos.
O papel do professor na sociedade é fundamental, pois ele serve de exemplo para os seus alunos, portanto sua conduta, o seu relacionamento com as pessoas e sua visão de mundo é muito importante. Ele deve assumir uma postura de orientador da aprendizagem, deve ser alguém que mostra caminhos a seguir que levarão o aluno a ser um indivíduo livre para buscar o seu conhecimento, pensar, questionar, argumentar e participar de sua comunidade, visando o coletivo. Na educação a distância, não existe essa relação aluno x professor, essa troca de experiências, você fica restrito a uma tela de computador.
 
O papel do aluno eu diria que é mais fundamental até. Hoje em dia acredita-se que o professor deve ser um showman para conquistar o aluno enquanto este último não tem nenhum compromisso, nenhuma responsabilidade. E fica cobrando e cobrando. Alega desinteresse, desestímulo, professor ruim e não sei mais o que, quando, no final das contas, tinha que parar de reclamar, sentar a bunda na cadeira e estudar - independente do professor ser um showman ou tímido.

E os pais apoiam esses monstrinhos de hoje em dia. Blé. Bunda na carteira e estuda, folgado. Não responsabilize o professor pela falta de educação do seu filho, por exemplo.
 

Valinor 2023

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