Pra mim isso é impossível. É o mesmo que pensar que um dia um tubarão com fome não vá comer algo. Eles foram feitos para a guerra. Somente para isso.
Finge que a coisa é mais complicada, e que há uma possibilidade dos orcs, dentro de suas possibilidades, quebrarem a dominação de Sauron sobre eles
Obviamente, na minha humilde opinião, os orcs bons não seriam muitos, mas teriam uma força de vontade brutal, pois eles conseguiram se libertar de Sauron.
A sociedade deles não seria élfica nem humana, que é como vocês tem pintado (bibliotecas, castelos grandiosos e bonitos, cheirar florzinhas, ler pros filhos...), e muito provavelmente nem contariam com a simpatia destes povos. Seria muito mais parecida com os anões (que simpatizaria menos ainda com eles), só que mais selvagem, bruta e pragmática, sem essas frescuras de cultura. Provavelmente eles viveriam em cavernas isoladas, caçando para sobreviver e talvez plantando alguma coisa, mas com certeza saqueando vilarejos inimigos próximos, só que com muito menos freqüência e crueldade. Seria mais por necessidade do que prazer.
Por serem poucos em números, eles não se envolveriam em combates frontais, mas seriam mestres em táticas de guerrilha e sabotagem. Na Guerra do Anel, eles poderiam ter entrado em contato com os Capitães do Oeste através de mensageiros humanos (provavelmente mercenários orientais, muito bem pagos para encarar tremenda bucha), e oferecido ajuda, em troca de, após a guerra, terem um cantinho só seu, de preferência uma caverna, onde não incomodariam ninguém nem seriam incomodados. Eles trabalhariam como espiões e sabotadores (orcs numa terra infestada de orcs, quem iria notar um a mais?), da forma mais discreta o possível, pois ainda seria um trabalho de alto risco.
Depois da guerra, eles teriam cumprido com sua palavra e se tocado para algum lugar bem longe, talvez uma montanha mais isolada da cordilheira que separa Mordor do resto, e lá, quem sabe, tiveram a chance de procriar e criar uma cultura só sua.
Uma viagem total e completa, mas eu gosto da idéia da redenção do que é irredimível