Imaginem só... um dia o figura é acordado por um bando de Anões e tem que sair do seu covil porque que eles cavaram demais.
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Anão 01 - Ih... tá começando a ficar quente e fedido aqui...
Anão 02 - Nem olha pra mim...
Anão 03 - Ó só... tem uma rachadura aqui nessa parede de onde vem um pouco de calor e fumaça... eu li num desses manuscritos Élficos que quando esse tipo de coisa acontece, é porque estamos perto de uma fonte de calor muito grande... tipo vulcão...
Anão 01 - Onde já se viu vulcão nessa parte da terra??? E desde quando Elfos manjam alguma coisa de escavação??? 02, mete a picareta nessa coisa aí que já estão achando que estamos enrolando demais.
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Eis que numa das picaretadas a parede se desfaz e, com um leve desmoronamento de terra, o Balrog é acordado de seus sabe-lá-quantos-anos de sono e se depara com 3 Anões armados (estava escuro, cheio de poeira e o Balrog acabou de acordar) até os dentes vindo na direção dele. De repente ele se lembra de ter visto em algum lugar algum comentário sobre como Glaurung fora esfaqueado por aquele povo e decide que não vai querer ser espetado da mesma forma e almoça os 3 Anões, não antes porém deles conseguirem mandar um "Ai-caraio-fudeu" alto o suficiente para atrair a atenção de mais Anões.
Bem, o Balrog estava há tanto tempo dormindo que, depois de comer os 3 Anões, lembrou que não comera nada desde que Melkor foi arrastado para um julgamento e sua casa destruída. Carne de Anão não é das melhores, mas é o que tem mais perto então ele sai caçando a "comida".
Assim que saciou a sua fome ele resolveu se interar dos acontecimentos que aconteceram durante a sua soneca. Depois de ter entrado em uns 475.322 salões diferentes ele finalmente encontra a biblioteca dos Anões e, sentado no chão junto à lareira saboreando uns aperitivos ele começa a ler os registros do lugar e da terra em geral. Descobre que o pretencioso Sauron, que vivia pendurado em seu mestre, foi derrotado por um bando de Elfos e Homens e agora é o maior representante do mal e toca um terror na forma de um imenso olho incandecente em cima de uma torre... Nesse meio tempo lhe ocorre que, se Sauron, que é só um olho em cima de uma torre, toca um terror no mundo todo, então ele, um Balrog de estirpe, com muito mais fogo (e fumaça também) do que Sauron, também pode arranjar um exército para aterrorizar as redondezas. Porém, só consegue um punhado de Trolls das cavernas, um bando de Goblins e uma quantia razoável de Orcs... não é o que ele esperava, mas já dá pro começo.
Passa-se um tempo e ele começa a ficar de saco cheio de ficar ali dentro daquela montanha imensa e já nem sabia mais quantas vezes ele se perdera tentando ir de uma ponta à outra de seus domínios. Resolve então que está na hora de sair para o mundo, quem sabe ir até Mordor visitar seu companheiro de causa. Mas como sair da segurança do seu lar sabendo que fora das portas de Moria o perigo espreita em cada árvore, em cada curva de estrada abandonada?
Depois de muito pensar acaba se decidindo por uma breve passada por Isengard para assuntar com Saruman e dar uma mão para ele nas fornalhas que ele está criando para armar também seu exército. Durante essa breve estada nasce uma improvável amizade e Saruman até topa armar o exército do Balrog com as armas saídas de sua forja e de quebra ainda descobre que, em breve, um bando de pessoas vão passar perto de seus domínios sem lhe pedir permissão. Mas tem a garantia de que teria ajuda de Isengard se a coisa engrossasse para o lado dele.
Mordor, lugar bacana, portão enorme, Orc pra tudo que é lado que se pode ver e se chutar uma pedra sai mais uns 3 debaixo dela. Maravilhado com isso tudo, o Balrog chega na porta de Barad-dûr e é recebido por um dos 9 vestido em traje de gala. Ao chegar no salão principal ele vê uma enorme mesa posta com Sauron na cabeceira, os 9 mais o Boca de Sauron sentados nas laterais e seu lugar esperando na outra ponta. Muito blá blá blá, dicute-se os acontecimentos desde a prisão de Melkor e um silêncio constrangedor quando o assunto do Anel vem à tona. Tudo estava bem até o momento em que Sauron resolve fazer um sermão de como os poderes malignos têm que se unir para lutar contra os povos da Terra-média, de como a terra tem que ser dominada pelo seu exército e de como o Balrog se encaixaria perfeitamente nesse exército sendo um dos mais poderosos dos seus servos, depois do Bruxo-rei é claro, pois ele deu muito de si para chegar até onde chegou.
Isso deixou o Balrog irritado demais e, depois de se recusar a servir como o 3º em comando, mandou todos os presentes irem catar coquinhos na feira se pôs em marcha para Moria. Onde já se vira uma coisa dessas?? Sauron nem era tão bom na gerra assim... nos tempos de Melkor ele só ficava dentro de Angband ou Utumno anotando as ordens e depois retransmitindo para as tropas, nunca tinha saído a campo para enfrentar o inimigo e quando foi preciso acabou tendo os dedos decepados e acabou reduzido apenas a um enorme olho vermelho... Já ele não, ele era um Balrog, nascido para bater, matar, pilhar, destruir e sabia como descer o sarrafo com mais estilo do que Sauron. Ele sim deveria ser o supremo comandante das tropas, sem ter que responder a ninguém.
Na volta para casa, ainda inconformado com a audácia de Sauron e com uma pontinha de inveja do enorme exército dele, sem contar no deslumbre que eram as acomodações em Mordor com seu enorme portão todo negro, o Balrog passa chutando tudo o que vê pela frente, desde pedras e rochas até árvores e, ao passar por Isengard, nem se quer dá bola para o todo sorridente Saruman, que acena frenéticamente para ele do alto de sua imensa torre indestrutível, e segue caminho até Moria onde se tranca em seus aposentos e reflete sobre como dar o troco em Sauron pela audácia da proposta feita.
Porém ele não contou com um golpe muito baixo vindo de seu vizinho mais próximo, pois Saruman havia ficado horas esperando pela chegada dele e havia sido completamente ignorado, como se não fosse ninguém. E em represália a essa atitude do Balrog ele resolve que não vai mais deixar Gandalf e a Sociedade passarem por Caradhras para serem congelados e torturados por ele pessoalmente. Ao invés disso, ele resolve empurrar todo mundo para dentro de Moria e deixar que Gandalf dê uma lição naquele Balrog convencido.
É... aqui eu deveria colocar o moral da história, mas eu já escrevi tanta porcaria que eu nem sei mais se isso é necessário. Seria algo do tipo: só porque você some por muito tempo e outros não, pensam que são melhores do que você e só porque você ajuda os que são inferiores a você, pensam que você quer ser amigo deles.
Sei lá... deve ter ficado tudo muito estranho e desconexo, mas era para fazer passar o sono e, como deu trampo pra escrever tudo isso eu resolvi colocar aqui.