Costa reprova conversores sem interatividade
Quarta-feira, 05 de dezembro de 2007 - 09h44
SÃO PAULO - O ministro das Comunicações criticou a venda de set-top boxes sem o aplicativo de interatividade.
Chamado de Ginga, o aplicativo de código aberto para TV digital foi desenvolvido por pequisadores brasileiros e permite a interatividade do usuário com a TV digital, como por exemplo enviar informações para as emissoras, respondendo enquetes ou selecionando programação entre outras possibilidades.
Em discurso em Brasília, o ministro Hélio Costa disse que considera ilegal a venda de set-top boxes sem o
Ginga embutido. Segundo Costa, as regras do Fórum de TV Digital determina que o Ginga acompanhe os conversores que saem de fábrica.
Segundo Costa, fabricantes estão se aproveitando da estréia da TV digital para lucrar duas vezes com a venda de conversores. “Você não pode fazer um conversor sem o Ginga e, depois, fazer outro com o software só para vender o mesmo produto de novo”, afirmou o ministro.
Segundo Costa, o aplicativo open source pode ser baixado por qualquer fabricante na internet e adequado ao seu modelo de conversor. Os fabricantes que já vendem conversores sem o set-top box contestam a afirmação de Costa e dizem que, entre outras características, precisam saber qual canal de retorno as emissoras usarão para receber dados dos telespectadores. O retorno pode ser feito por linha telefônica ou cabo, por exemplo.
Desde o início das vendas de conversores, o ministro tem demonstrado irritação com os fabricantes do aparelho. A principal crítica está no fato dos aparelhos custarem, na opinião do ministro, caro demais. Os preços atualmente variam de R$ 500 a R$ 1,2 mil.
Costa já aconselhou os consumidores a aguardar um pouco antes de comprar o conversor. O ministro chegou a ironizar os fabricantes dizendo que produziam conversores com “parafusos de ouro” ou “capacidade de comunicar-se com extraterrestres” para poder justificar um preço tão alto. Na opinião do ministro, em pouco tempo os aparelhos custarão em torno de R$ 200.
Ministro anda bravo com os
fabricantes de conversores
Felipe Zmoginski, do Plantão INFO