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Sapinhos bebês pulam a fase de girino e já nascem quase formados

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Espécie típica do sudeste asiático é uma das únicas a fazer isso.
Filhotes nasceram em zoológico de Washington, nos Estados Unidos.

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São legaizinhos... eu adoro ver uma porrada de sapinhos subindo as ruas de Sete Lagoas em dezembro. Eu adoro pegá-los na mão. Pena que muitos deles morrem quando os carros passam. Você vê o sapinho todo amassado no chão, coitado. Também é difícil não pisar em um quando se está andando...
 
São legaizinhos... eu adoro ver uma porrada de sapinhos subindo as ruas de Sete Lagoas em dezembro. Eu adoro pegá-los na mão. Pena que muitos deles morrem quando os carros passam. Você vê o sapinho todo amassado no chão, coitado. Também é difícil não pisar em um quando se está andando...

Muita informação desnecessária :blah::blah::blah:
 
Sapinhos bebês pulam a fase de girino e já nascem quase formados
Espécie típica do sudeste asiático é uma das únicas a fazer isso.
Filhotes nasceram em zoológico de Washington, nos Estados Unidos.

Deve ser uma das únicas a fazer isso dentre as espécies do sudeste asiático, né?
Achei a notícia um pouco vaga já que nem o nome da espécie é citado.

Dentre as espécies neotropicais encontramos várias espécies adeptas do desenvolvimento direto (ou seja, não apresentam a fase larvária e os indivíduos jovens são perfeitas cópias em miniaturas do indivíduos adultos). As espécies que antes pertenciam a subfamília Eleutherodactylinae da família Leptodactylidae e que agora fazem parte da família Brachycephalidae são um bm exemplo: “Eleutherodactylus” binotatus , “Eleutherodactylus” heterodactylus , “Eleutherodactylus” nigrovittatus , “Eleutherodactylus” plicifer , Ischnocnema juipoca, Pristimantis crepitans , Pristimantis dundeei....
 
Deve ser uma das únicas a fazer isso dentre as espécies do sudeste asiático, né?
Achei a notícia um pouco vaga já que nem o nome da espécie é citado.

Dentre as espécies neotropicais encontramos várias espécies adeptas do desenvolvimento direto (ou seja, não apresentam a fase larvária e os indivíduos jovens são perfeitas cópias em miniaturas do indivíduos adultos). As espécies que antes pertenciam a subfamília Eleutherodactylinae da família Leptodactylidae e que agora fazem parte da família Brachycephalidae são um bm exemplo: “Eleutherodactylus” binotatus , “Eleutherodactylus” heterodactylus , “Eleutherodactylus” nigrovittatus , “Eleutherodactylus” plicifer , Ischnocnema juipoca, Pristimantis crepitans , Pristimantis dundeei....
Pois é, eu fiz um comentário semelhante no site do G1. No Brasil temos umas 100 espécies com desenvolvimento direto, que são as da família Brachycephalidae.
 
Pois é, eu fiz um comentário semelhante no site do G1. No Brasil temos umas 100 espécies com desenvolvimento direto, que são as da família Brachycephalidae.

Não fazia ideia de que fossem tantas assim. Bem interessante. =]

Já agora, estava pensando... O desenvolvimento genético não representa uma vantagem evolutiva? Uma espécie assim não cresce mais rapidamente (uma vez que salta a fase larvar), aumentando as chances de sobrevivência? Logo, não seria de esperar que a maior parte das espécies crescesse assim?
 
Não fazia ideia de que fossem tantas assim. Bem interessante. =]

Já agora, estava pensando... O desenvolvimento genético não representa uma vantagem evolutiva? Uma espécie assim não cresce mais rapidamente (uma vez que salta a fase larvar), aumentando as chances de sobrevivência? Logo, não seria de esperar que a maior parte das espécies crescesse assim?

Quanto ao tempo de crescimento, não há muita diferença, nos trópicos mesmo o tempo de desenvolvimento de espécies que apresentam desenvolvimento indireto é relativamente curto (questão de semanas quando em temperatura e fotoperíodo adequado).
O que acaba sendo uma vantagem evolutiva para as espécies que apresentam desenvolvimento direto é justamente esta certa "independência" de ambientes aquáticos (é só lembrarmos que as desovas e larvas de anfíbios sofrem intensa predação nestes ambientes por ninfas e adultos de Odonata, larvas de outros insetos, peixes e mesmo por outros girinos), estes sapinhos que desenvolvem-se pulando esta fase escapam de todos estes predadores tendo maior chance de alcançar a fase adulta.
Mas tudo que é vantajoso tem seu preço, as desovas destas espécies geralmente contêm menos ovos, logo poucos indivíduos são gerados por vez, ao contrário das espécies com fase larvária que chegam a apresentar desovas comunais com centenas de indivíduos. Acredito que se fizermos um balanceamento final, acabaremos por encontrar uma certa igualdade em número de sobreviventes entre os dois tipos de desenvolvimento.
 
Na época em que os nichos terrestres estavam ocupados apenas por artrópodes, ficar independente da água realmente foi uma ótima jogada da sorte.
Já nos últimos milhões de anos, talvez não seja tão vantajoso assim uma espécie de anfíbio "deixar a água". Depende de como é o ecossistema local. Se tiver pouca competição e predação na terra, além de outros fatores favoráveis (clima, etc), pode então haver uma pressão seletiva que leve alguns grupos a deixarem a fase larval aquática. Mas se a situação estiver boa na água, não há vantagem em deixá-la.

EDIT: Ótimo comentário da nossa anfibióloga Katrina. :D
 
Já nos últimos milhões de anos, talvez não seja tão vantajoso assim uma espécie de anfíbio "deixar a água". Depende de como é o ecossistema local. Se tiver pouca competição e predação na terra, além de outros fatores favoráveis (clima, etc), pode então haver uma pressão seletiva que leve alguns grupos a deixarem a fase larval aquática. Mas se a situação estiver boa na água, não há vantagem em deixá-la.

Pois é, mesmo algumas espécies que ainda apresentam fase larval, mas já apresentam uma certa tendência a terrestrialidade (como espécies do gênero Leptodactylus, sofrem predação em ambientes mais secos (digo mais secos porque as larvas ainda apresentam uma certa dependência da água, para terminarem seu desenvolvimento que se inicia nos ninhos de espuma) por formigas e até mesmo já foi relatado predação de um lobo-guará sobre uma desova da Rã-pimenta (Leptodactylus labyrinthicus). Apesar disso ainda é notável o sucesso destas espécies em colonizar ambientes mais secos típicos do cerrado.
Logo, tudo resume-se a ter sucesso em explorar nichos vagos, e os anuros são de certa forma especialistas em explorar vários deles (bromélias; buracos em troncos de árvores; ninhos de espuma - sobre a água, em vegetação relativamente afastada da água, em câmaras subterrâneas; ninhos sob folhiço - espécies com desenvolvimento direto; desovas em casca de frutos - p. ex. em cascas de castanha do pará; etc...)...

Qual é o mais vantajoso: desenvolvimento direto ou indireto?

Nenhum dos dois, ambos são vantajosos em cada ambiente no qual são 'explorados'.

EDIT: é que estou escrevendo a minha monografia, que por coincidência é com girinos, o tema da discussão veio a calhar =]

EDIT [2]: Em anexo, o artigo que relata a predação sobre desovas de Leptodactylus labyrinthicus
 

Anexos

  • Artigo_2Prado et al[1]. 2005 - Trophic eggs L. labyrinthicus.pdf
    87 KB · Visualizações: 16
Última edição:
Você falou de explorar nichos vagos e lembrei de uma das espécies novas de Allbates (Colosthetus) lá de Aripuanã (que em breve vão descrever, espero). Em certo ponto do lajedo de uma das cachoeiras, as rochas possuem buracos semelhantes a "baldes", formado pela queda da água durante trocentos anos. Quando a vazão da água diminui, a área em volta fica com pouca água, mas as poças feitas na rocha ficam cheias, e também cobertas por folhiço. É aí, neste ambiente único (e por enquanto parece que só lá), que esta espécie se desenvolveu e se reproduz.
 
Como uma boa não zoóloga só digo uma coisa: não me lembrava (ou não sabia) que os anfíbios da família Brachycephalidae tinham desenvolvimento direto. :eek:

Como estes sapinhos são fofos. Nhá! XD
 
Como uma boa não zoóloga só digo uma coisa: não me lembrava (ou não sabia) que os anfíbios da família Brachycephalidae tinham desenvolvimento direto. :eek:

Como estes sapinhos são fofos. Nhá! XD
Quando você estudou zoologia, Leptodactylidae também tinha muitas espécies com desenolvimento direto. É que nos últimos anos tem ocorrido uma mudança taxonômica e sistemática imensa dentro de Anura, e tem bicho mudando de família (e de gênero) a cada instante.
 
Estava lendo os comentários sobre esta "matéria" no G1 e não resisti, olha só alguns deles...

Não vejo onde está a novidade.
Na Flórida, esses sapinhos existem aos milhões, em todo e qualquer jardim. São minúsculos, e nunca crescem. São uma espécie.
Me admira fazerem alarde por algo assim.
Eita cientistas mal informados, siô! E estão bem lá, debaixo de seus narizes!
Falta de notícias?!

Esses sapos são bonitos realmente. Desconfio que alguma alteração na água fez com que eles se desenvolvessem dessa forma assombrosa! Temos que para de destruir a natureza e entender o que a mãe terra está nos dizendo!

:think:
Até onde pode chegar a imaginação humana???
 
Bom, escusado será dizer, fiquei completamente esclarecido em relação à questão que tinha colocado acima. Katrina e Panda, valeu. :dente:

Os comentários das notícias do G1 são deprimentes mesmo.

São assim em todo o lado. Eu leio notícias científicas de sites americanos, portugueses e brasileiros e em nenhum há excepção a demonstrações de ignorância e inépcia nos comentários. Os mais irritantes são aqueles que puxam todo o assunto para comentários políticos. Estava lendo há meses um artigo sobre uma nova descoberta (o Gigantoraptor) e passados dois posts já relacionavam o assunto com a Guerra no Iraque e Bush. Um deles já dizia que os ossos fossilizados eram falsos e tinham sido implantados pelo governo americano nunca tentativa de desviar a nossa atenção daquilo que faziam no Médio Oriente. Hipótese que conseguiu uma boa dose de adeptos.
 
(...). As espécies que antes pertenciam a subfamília Eleutherodactylinae da família Leptodactylidae e que agora fazem parte da família Brachycephalidae são um bm exemplo: “Eleutherodactylus” binotatus , “Eleutherodactylus” heterodactylus , “Eleutherodactylus” nigrovittatus , “Eleutherodactylus” plicifer , Ischnocnema juipoca, Pristimantis crepitans , Pristimantis dundeei....

8-O
 
camila* disse:
Katrina Galad disse:
“Eleutherodactylus” binotatus , “Eleutherodactylus” heterodactylus , “Eleutherodactylus” nigrovittatus , “Eleutherodactylus” plicifer , Ischnocnema juipoca, Pristimantis crepitans , Pristimantis dundeei....
8-O

Pensei o mesmo, Camila! :rofl:
 

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