Me parece que o tamanho da editora (falando nela como empresa) também influencia nisso e bastante. As HQs tanto citadas aqui são 90% publicadas pela italiana Panini, que atua em vários países da Europa e América do Sul. Editoras brasileiras de HQs, como a Pixel por exemplo, costumam justificar os preços um pouco maiores dizendo que não tem como praticar o mesmo valor que uma multinacional. E a Panini, há algum tempo, entrou com tudo no mercado de mangás, já com preço mais baixo do que as concorrentes 'menores'.
Numa conversa na comix, um dos funcionários me disse que a Panini poderia causar o fechamento da conrad e da JBC (pior que é possível! - embora no caso da JBC eu ficaria feliz)
Claro que fazem parte do preço todos esses fatores escritos no tópico, como tradução, gráfica, distribuição, licenciamento, tiragem... mas cada editora tem sua conta pra outro fator essencial na formação do preço:
lucro
E olha que poderia ser mais caro! Um fator que reduziu, um pouco, o valor foi a estratégia das editoras de adotarem o sistema de distribuição setorizada. O que é ruim para quem está em um Estado no fim da fila, como o RS aqui; que recebe o material com 3 ou 4 meses de diferença. Ninguém toca muito no assunto, mas no Brasil só há duas distribuidoras, a Fernando Chinaglia e a Dinap. E sem muita concorrência, o preço que as duas devem cobrar pela distribuição deve influenciar no preço final das revistas.
A Dinap comprou recentemente a Fernando Chinaglia. Estão analisando isso por se tratar praticamente de um monopólio, mas parece que a compra vai ser aceita..
Sei lá, acho que é sim facada+oportunismo das editoras. Tipo, Inuyasha, teoricamente, tá acabando... Ou seja, provavelmente quem já comprou 96 volumes irá comprar mais 5 ou 6, não sei quantas faltam.
Daí o que a JBC faz? Aumenta 2 reais o mangá! E sem nenhuma alteraçãozinha pra melhor, nem aumento de número de páginas. Foi de 4,90 para 6,90 de um mês para o outro, sem comunicado nem nada.
Até cheguei a mandar um e-mail reclamando, mas obviamente que não serve de nada...
Inuyasha parece que vai terminar no 110 no Brasil.
A JBC é de longe a mais oportunista (e porque não, mercenária) das editoras de mangás. To boicotando FMA desde que saiu o primeiro número... e fui pego por esse aumento descarado do Inuyasha.
A Conrad deu uma mancada gigantesca com o Vagabond, mantendo apenas a edição de luxo e tirando das bancas aquela de 100 páginas a 6,90 (provavelmente se continuasse em sulfite, essa subiria pra uns 8 reais levando em conta que também tinha páginas coloridas). Mas quem explica agora como Zettai Kareshi (200 páginas) sai por 9,90 e Monster a 12,90, sendo edições praticamente iguais em material?
Não só com Inu Yasha. Já fizeram isso com One Piece e Shaman King. Shaman King quando estava faltando uns 10 volumes, eles aumentaram também o preço sem avisar.
Fizeram com Chobits também, um aumento de 2 ou 3 reais apenas no último número da série. Pra mim chega a ser falta de ética uma coisa dessas...