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Edgar Allan Poe

Allos

Usuário
Poe com certeza é uma das maiores mentes poéticas que ja existiu, e mesmo depois de sua morte ainda se discute sobre as suas obras e sua vida. Na minha opinião ele foi o maior pela sua maneira de descrever e narrar. Na opinião de vocês o que aconteceu realmente, ele foi vitima de uma quadrilha que o envenenou, ele morreu de overdose por causa do opio ou por casua dos excessos de bebidas sei lá o qualquer outra razão que vocês achem. O que vocês acham? Agradecido Allos_Nerelin [Jefferson]
 
Eu aprecio a maneira densa como ele escreve; como ele detalha profundamente as coisas. Não posso falar mais porque só li alguns contos dele, mas gostei de todos!
Já sobre a sua morte, nada sei.
Até! :cerva:
 
Eu nem sabia que existia alguma dúvida/mistério sobre a morte dele.
Mas o que acho mais interessante é que mesmo em contos fantásticos ele não descamba para o impossível. O desconcertante da obra dele é que talvez aqueles fatos pudessem realmente ter ocorrido. E isso é o que verdadeiramente assusta.
 
assim como seus contos sua morte foi muito intrigante mas maiores informações não posso dar.
já sobre sua obra devo ressaaltar que sem duvida ele é um dos mais geniais autores que ja existiu.
relembremos 'o escaravelho de ouro' , que é um de seus maravilhosos contos.
 
Adoro! Edgar Allan Poe não só escreve contos maravilhosos, como também belíssimas poesias! Dentre as minhas preferidas: The Raven (é claaaaaro, poxa, como não amar? :grinlove:) e Serenade! Essa última é pouco conhecida, mas não deixa de ser genial!
Os meus contos preferidos: O Gato Preto e A Queda da Casa de Usher... Esses estão contidos no Histórias Extraordinários, livro básico pra quem gosta do escritor (reúne uns dos seus melhores contos, definitivamente)... Os Crimes da Rua Morgue e seus subsequentes também fazem parte da obra, todavia, não me interessei muito por eles não. Não gostei, para ser franca... Acho que o forte de Poe é a forma com que ele consegue misturar o sobrenatural e o que se pode explicar, tornando as suas histórias possíveis de serem compreendidas por ambos os ângulos... E Crimes são contos muito policiais pro meu gosto :mrgreen:!
Ah, definitivamente, Poe é meu escritor de horror preferido!
 
Acredito que a grande sacada Poe é escrever histórias fantásticas, entretanto não impossiveis. É o caso do conto do gato preto, Berenice e outros.
Não dá pra dizer que são impossíveis. No máximo improvaveis.
 
Acredito que a grande sacada Poe é escrever histórias fantásticas, entretanto não impossiveis. É o caso do conto do gato preto, Berenice e outros.
Não dá pra dizer que são impossíveis. No máximo improvaveis.
E também como ele descreve tudo. O ambiente e as ações. Em O Gato Preto e tão sombrio e assustedor o modo como ele descreve o comportamento e variações de humor do protagonista que eu senti arrepio na espinha quando li.
 
eu particularmente gosto mais das poesias dele do que dos contos...
nao sei se foi pq eu li as poesis em ingles e os contos em portugues, então tlv tenha perdido um pouco do estilo mesmo sabe
mas eu adoroo The Reaven e Anabel Lee
 
Macabro é uma vaga definição deste mestre.
Desde que li "O gato preto" nunca mais parei de admirá-lo.
Simplesmente sensacional.
 
Eu ainda acho que o grande tcham dele é como coincide a tensão máxima com o final do conto. Nos contos do Lovecraft, por exemplo, a história chega ao nível máximo de tensão e então segue até a conclusão. No Poe cada conclusão de conto é um perfeito tapa na cara (e é mais legal ainda saber que é justamente essa a intenção dele ao escrever). BTW, não lembro se cheguei a deixar minha monografia sobre o Poe aqui no Fórum, vou dar uma verificada e caso não tenha colocado edito o post aqui =D
 
O Cara era de mais...a maior mente satânica de todas...seus contos e histórias sao muito boas...inclusive a do Gato Preto,(a do gato Pluto) ótima e hilariante...mescla seu terror, suspense e é muito cômica....:lol:
 
Mas o que acho mais interessante é que mesmo em contos fantásticos ele não descamba para o impossível. O desconcertante da obra dele é que talvez aqueles fatos pudessem realmente ter ocorrido. E isso é o que verdadeiramente assusta.

Mas o fantástico é caracterizado pela questão da dúvida. Se algo é tido como impossivel deixa de ser fantástico para ser maravilhoso. Assim como se algo se torna plenamente explicável em termos racionais entramos no terreno do estranho.

Agora falando sobre o Poe, até o final do ano passado eu só conhecia as poesias. Porém no inicio do ano eu tive de fazer um trabalho sobre literatura fantastica para a faculdade e este tinha como base contos de Poe, foi ai então que eu me apaixonei por ele de vez. Até porque além dos contos eu pesquisei a biografia dele também. O que me leva a pergunta levantada no inicio do tópico, na minha opinião, Poe morreu por causa do alcoolismo. Pode até não ter sido essa a causa direta, mas com certeza foi a que mais contribuiu para o seu fim trágico.
 
Edgar Allan Poe, em alguns contos como "A Queda da Casa de Usher", nos dá uma aula de narrativa descritiva. Parece "storyboard" de cinema. Ele nos faz mergulhar nos ambientes mais sômbrios, de uma forma espetacular!
É por causa dele, Oscar Wilde, Machado de Assis e Rubem Braga, é que estou pensando em enveredar no escrito de contos.
 
Olá, amigos! Sou novato por aqui e faço minha apresentação deixando algumas linhas acerca do Allan Poe, cuja obra inteira (não só a poética, por sinal maravilhosa) arrebanha milhões de admiradores mundo afora. Não domino o inglês e tenho preferência pelas traduções do Poe feitas pelo multi-poeta Fernando Pessoa, outra influência minha em poesia. Sim, pois também escrevo poesia e meus textos já começam - graças a Deus - a ser conhecidos pela mídia. Finalizo dizendo que ainda não consigo navegar bem no Valinor, por falta de tempo e, mais, por inexperiência com o computador, mas isso pode ser corrigido, e será. Um abraço a todos.
 
(off-topic)


(/off-topic)
^ muito boa, não?

@Poe
o cara era muito bom. n digo o melhor, mas muito bom! gosto especialmente do gato preto, mas tem uns tipo "o poço e o pendulo" q, pqp!

ainda to na espera de uma adaptação cinematografica legal da "máscara da morte rubra" (escarlate, qual tradução preferirem). se alguém conhecer alguma, favor indicar!

sobre a morte dele, acho q n dá nem pra especular. o cara tinha um estilo de vida tão sombrio que o que não faltou pra ele foi chance de morrer.
 
Última edição por um moderador:
O chocante caso de canibalismo 'profetizado' por livro de Edgar Allan Poe

17jul2013---personagens-da-historia-e-da-literatura-viram-posteres-de-propagandas-ficticias-a-agencia-de-detetive-do-escritor-edgar-allan-poe-no-poster-do-artista-daniel-davis-1374118527852_v2_450x450.jpg

Imagem: Natalia Engler/UOL


Um dos primeiros escritores americanos de contos, Edgar Allan Poe é considerado o inventor do gênero ficção policial -- e, por que não, um profeta.

Um dos primeiros escritores americanos de contos, Edgar Allan Poe é considerado o inventor do gênero ficção policial. Também foi pioneiro em tentar ganhar a vida exclusivamente por meio da escrita e, por isso, passou por sérias dificuldades financeiras.

Suas histórias versam sobre o mistério e o macabro, mas existem poucos capítulos tão arrepiantes quanto os de "A Narrativa de Arthur Gordon Pym", seu único romance completo.

Publicado em 1838, o livro traz inúmeras referências marítimas, como naufrágios, motins e navios fantasmas repletos de cadáveres. A obra também fala sobre o canibalismo — e é isso que a torna especial.

O personagem central da história de Poe é um homem que, 50 anos depois na vida real, acabaria se tornando um náufrago e — exatamente como havia sido descrito no livro — comido por seus companheiros que sobreviveram.

O romance se parece a um livro de memórias, no qual o narrador homônimo Pym descreve uma viagem perigosa. Tudo começa quando, ainda em sua época de estudante, ele se torna amigo de Augustus Barnard, filho do capitão de um navio. As histórias de Augustus sobre o alto mar criam em Pym um desejo irresistível de zarpar.

Augustus ajuda, então, Pym a esconder-se no baleeiro de seu pai, o Grampus. Depois de um motim e uma tempestade monstruosa, Augustus e Pym veem-se no comando do que sobrou da embarcação, acompanhados por apenas dois outros sobreviventes, Dirk Peters e Richard Parker.

Ainda na metade da narrativa, os sobreviventes — que passaram dias se alimentando de restos racionados de uma tartaruga e se tornam quase delirantes de sede — se veem forçados a contemplar o inimaginável: sacrificar um deles para garantir a sobrevivência dos outros.

Segundo reza a tradição do mar, eles fazem um sorteio para determinar a vítima: sobram Pym e Parker e, no final, é Parker quem perde a vida.

Fracasso do livro


Poe ansiava pelo pagamento da obra. Recém-casado com sua noiva menor de idade (que também era sua prima em primeiro grau) e desesperado, ele havia recebido a certeza de sua editora de que seus leitores preferiam obras mais longas.

No entanto, a resposta inicial a seu romance não foi favorável. Alguns críticos se opuseram às passagens de extrema violência, outros às imprecisões náuticas. O próprio Poe finalmente ecoou os críticos, chamando sua obra de "um livro muito bobo".
Mas, nas décadas que se seguiram, a opinião pública começou a mudar. Júlio Verne, convencionalmente considerado o pai da ficção científica, gostou tanto que publicou uma sequência em 1897, intitulada "Mistério Antártico".

Diz-se também que o livro de Poe inspirou "Moby Dick" e também autores de Henry James a Arthur Conan Doyle. Baudelaire traduziu a obra e o grande escritor argentino de contos Jorge Luis Borges declarou que é simplesmente a maior obra de Poe. E Yann Martel batizou de Richard Parker o tigre de "A Vida de Pi".

Paralelo macabro

Isso passou aparentemente despercebido até que um descendente em carne e osso de um homem chamado Richard Parker o trouxe à luz.

Nigel Parker escreveu sobre as notáveis semelhanças entre o trabalho de Poe e o destino de um antepassado seu, morto pelos companheiros após ter sobrevivido a um naufrágio ocorrido após o lançamento do livro.

Nigel contou como seu antepassado foi um dos quatro sobreviventes do naufrágio do barco Mignonette, que comeram uma tartaruga antes de recorrer ao canibalismo - sendo Parker a vítima.

Tudo isso foi relatado em uma carta ao autor e fã de parapsicologia Arthur Koestler, que havia pedido ao público que enviasse histórias de "coincidências impressionantes". Koestler ficou tão deslumbrado com o paralelo que publicou a carta no jornal The Sunday Times em 1974.

Racionalmente, sabemos que foi apenas uma coincidência assustadora, mas que, ainda assim, captura a imaginação de uma maneira particular.

Há uma nostalgia humana por um tempo em que os contadores de histórias também eram "oráculos". Além disso, Poe teve outro momento "profético". Por exemplo, seu conto de 1840, "O Homem de Negócios", apresenta um narrador que sobreviveu a um traumatismo craniano na infância e leva uma vida obsessiva interrompida por explosões de violência.

Oito anos depois, o funcionário ferroviário Phineas Gage virou notícia ao aparecer com um grande pedaço de ferro enfiado em seu crânio. Ele sobreviveu, mas sua personalidade mudou radicalmente, dando aos médicos o primeiro vislumbre do papel que o lobo frontal desempenha na cognição social.

O diagnóstico da síndrome do lobo frontal era muito semelhante ao imaginário de Poe. Da mesma forma, seu trabalho final, "Eureka", um delirante poema de não ficção dedicado a Alexander von Humboldt, conseguiu antecipar várias teorias e descobertas científicas do século XX, incluindo o Big Bang.

Profecias

Em termos de antecipar o que aconteceria nas próximas décadas, Poe predisse a moderna história de terror, desvendando castelos e masmorras da ficção gótica e deixando seus terrores psicológicos percorrerem o mundo de seus leitores.

É por uma boa razão que Stephen King chama seus colegas de gênero de " filhos de Poe", creditando ao autor a escrita do primeiro conto de terror com um sociopata, "O Coração Revelador". Poe também avançou no gênero emergente da ficção científica, "enviando" um homem à Lua mais de 30 anos antes de Júlio Verne, e mais de meio século antes de HG Wells.

Em 1926, quando o pioneiro excêntrico Hugo Gernsback tentou definir ficção científica — ou "cientificação", como ele a apelidou —, citou apenas três escritores: Verne, Wells e Poe. E, é claro, Poe inventou a história de detetive, uma conquista que deu grande fomento à literatura e à televisão.

Em última análise, é a natureza de sua celebridade que parece tão preditiva do mundo em que vivemos hoje. Por ter ficado órfão aos três anos de idade e levado uma existência adulta abreviada e desoladora de pobreza, vício e relativa obscuridade, Poe alcançou fama pós-morte.

O escritor se tornou uma marca enorme. Afinal, que outro autor tem um time de futebol da NFL — o Baltimore Ravens — em homenagem a seu trabalho? Suas obras não apenas continuam a inspirar séries de TV no horário nobre e romances best sellers, mas muitas delas apresentam o próprio autor como personagem. Isso sem falar na série de produtos em sua homenagem, como canecas ou camisetas.

"Previsão é assunto de profetas, clarividentes e futurólogos. Não é da conta de romancistas. O negócio de um romancista é mentir", escreveu Ursula K. Le Guin. Poe era certamente um narrador talentoso de mentiras na vida e na literatura, mas, como mostra a terrível sina de Richard Parker, ele também tinha um quê de profeta, clarividente e futurólogo.
 

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