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Reforma da Língua Portuguesa

nana

Usuário
O que muda com a reforma da língua portuguesa
da Folha de S.Paulo

As novas regras da língua portuguesa devem começar a ser implementadas em 2008. Mudanças incluem fim do trema e devem mudar entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro. Veja abaixo quais são as mudanças.

HÍFEN

Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados

ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)

ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem

GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"


:osigh: eu ficava tao feliz em ensinar que PÁRA do verbo PARAR tem acento :roll:
 
Última edição:
Eu ficava tão feliz em escrever lingüiça, conseqüência, delinqüência... :osigh:
 
Última edição:
Ah, eu fico meio com o pé atrás em relação a essas mudanças todas. Eu acho uma grande bobagem abolirem o uso do trema, por exemplo. Não é apenas um sinal gráfico desnecessário, que está ali como enfeite, ele determina como a pronúncia de uma palavra deve ser. Experimentem falar "pingüim" como se não houvesse o trema. Vai virar um pingo pequeno. :eek:

Admito que algumas modificações, como o caso do hífen, têm lá seu sentido. Mas como um estrangeiro ou uma criança que está aprendendo o português, por exemplo, saberá que a pronúncia de "frequente" na realidade é "frecuente", e não "frekente"? Eles tiraram toda a lógica da pronúncia!

Sinceramente, eu achava que essas mudanças não seriam de fato implementadas, ao menos não pelo motivo alegado. Unificar dois idiomas (ou seriam dialetos? Bom, talvez alguém saiba melhor) é algo bastante difícil de ocorrer, principalmente quando os falantes moram em países diferentes, com costumes diferentes. Não sou capaz de avaliar a longo prazo, mas será que essas mudanças serão realmente boas?
 
Última edição:
Creio que pode dar mais dinâmica ao Português.
Mas, tenho medo de serem aceitos na gramática coisas como "internetês", etc.
Adoro a língua do meu país e tenho orgulho de falar uma das línguas mais difíceis do mundo. =]

PS: A língua portuguesa é linda. :hihihi:
 
O que você quer dizer com isso exatamente?

A língua portuguesa é muito burocrática em certos aspectos. A questão do trema(¨), por exemplo, acho que o mesmo não seja necessário, é só mais uma convenção(eu sei que tem a questão da pronúncia, mas é só usar um pouquinho de lógica para entender e pronunciar corretamente). E por aí vai...
 
Também vou estranhar a falta, mas trema abolido já é realidade em Portugal e, da mesma forma que as outras mudanças, permite aproximação de ortografias, unificação da língua e melhor acesso a ela. O assunto já vinha sido discutido aqui, então podiam quem sabe mergear os tópicos para evitar repetição.

HÍFEN

Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

Interessante, mas quando anunciaram modificações no hífen imaginei que poderiam passam a exigi-lo com prefixo "sub-" seguido de vogal. Exemplo: escreve-se "subalterno", fala-se "subialterno", logo seria bom se o correto fosse "sub-alterno". A tendência da reforma é realmente escrita facilitada indiferente à pronúncia.

2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"

Dessa eu não sabia. E faz sentido, afinal se usava a regra dos hiatos pra acentuar o que é na verdade um grupo de semivogal de um ditongo + "i"/"u" tônico. Curioso que só valerá para as paroxítonas, então "Piauí" continuaria intacto mesmo se não fosse nome próprio.
 
Se for pra reformar gostaria que a letra k fosse bem mais utilizada do que "qu" e o x no lugar do maldito "ch"

A letra h até que poderia ser praticamente eliminada ficando restrita somente aos casos de palavras que tenham os ditongos "nh" e "lh".
 
A língua portuguesa é muito burocrática em certos aspectos. A questão do trema(¨), por exemplo, acho que o mesmo não seja necessário, é só mais uma convenção(eu sei que tem a questão da pronúncia, mas é só usar um pouquinho de lógica para entender e pronunciar corretamente). E por aí vai...
Não concordo.
Se você dissesse que a língua portuguesa é burocrática porque, por exemplo, tem duas formas de particípio (regular e irregular), e dependendo do verbo (ser ou estar), você usa uma forma ou outra, que cada regra tem detrminadas exceções, e que a mesma lógica usada em alguns casos não vale para outros (como a conjugação de verbos), eu até entenderia.
Na realidade a palavra burocrática é que foi muito infeliz. Complicada ou cheia de regras talvez ficasse melhor.

Enfim, mas a questão do trema não serve como exemplo para o que você quis dizer. Não é só usar a lógica pra entender e pronunciar corretamente. Você, falante da língua portuguesa, que aprendeu desde pequeno que "freqüente" tem trema, e que por isso, era pronunciado de uma forma e não de outra, claramente não terá dificuldades. Faltou você se colocar no lugar de criancinhas de primário ou de estrangeiros que aprendem português. Qual será a lógica de (usando o mesmo exemplo) "frequente" ser pronunciado "frecuente" enquanto "quente" não se pronuncia "cuente"?
Não é questão de bom senso. Isso só se aplica a falantes habituais da língua, que já a conhecem faz tempo.

Mas voltando ao assunto inicial, que essas mudanças dariam maior dinamismo à língua portuguesa. Discordo também. Acho que criarão, isso sim, ambigüidades em muitos casos. E ter dificuldade para receber uma mensagem em uma determinada língua não é algo que eu esperaria de uma língua "dinâmica". Pegue a frase "Para ele!", por exemplo: poderá significar tanto preposição + ele quanto o verbo parar + ele. Claro que o contexto ajudará nesses casos, mas salvo o hífen, várias novas normal ali pra mim são descabidas.

E sim, falando assim eu pareço uma véia ortodoxa que odeia mudanças. :hihihi:
Pelo menos vai ficar mais fácil ensinar gramática pros meus alunos daqui a alguns anos, affe...
 
O que muda com a reforma da língua portuguesa
da Folha de S.Paulo

As novas regras da língua portuguesa devem começar a ser implementadas em 2008. Mudanças incluem fim do trema e devem mudar entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro. Veja abaixo quais são as mudanças.

GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"


:osigh: eu ficava tao feliz em ensinar que PÁRA do verbo PARAR tem acento :roll:

Como é que é? Gente, eu nunca tinha ouvido falar nisso. Nunca ouvi nas notícias ou li em jornais (certamente apareceria lá, estando essa mudança tão próxima), nunca chegou ao meu conhecimento nas aulas de português (estranhíssimo, os meus professores estão sempre bem informados). De certeza absoluta? Em que tratado ou acordo isso vem inserido? É que sinceramente, acho que está a passar ao lado aqui do nosso país... E eu até concordo com essas que falam aí.

Nota: Já não escrevemos "erva" com "h" há muito tempo. Nem sabia que alguma vez tinhamos.

Nota 2: Se "pára" do verbo parar vai deixar de ter acento, aqui (se essas mudanças forem mesmo levadas a cabo) também desaparecerá, pois também o usamos. Isso não pode ser; vocês pronunciam o imperativo de "parar" e a preposição "para" (eu vou para ali) da mesma forma, mas nós não - dizemos "pára" e "pâra", respectivamente. Assim teremos de fazer a diferenciação pelo contexto da frase, o que requer gastar mais uns milésimos de segundo de raciocínio. =P
 
10º, se não me engano rolou ou tá rolando essa discussão entre todos os países de lingua portuguesa, pra unificar tudo mesmo...
 
Sou a favor. Acho que a intenção é cada vez mais diminuir as regras e primar pelo contexto. É como vêm fazendo em concursos, nas provas de Português: cada vez menos regras e mais interpretação, que logicamente mede mais a capacidade intelectual do que mera decoreba.
No fim, o que importa é a comunicação fuir.
 
Gente, isso é sério? Que ridículo! Tirar o trema? Tirar o acento diferencial? K, W e Y pra quê? Caramba, fiquei bolado agora...
 
Foda-se, eu vou continuar escrevendo como sempre escrevi. Duvido que alguém da minha geração ou mais velho vá mudar seu modo de escrever. Isso é só pra quem tá no colegial agora e vai demorar um bom tempo até ser implantado.

Mas esse povo não tem mesmo o que fazer, né?!
 
Foda-se, eu vou continuar escrevendo como sempre escrevi. Duvido que alguém da minha geração ou mais velho vá mudar seu modo de escrever. Isso é só pra quem tá no colegial agora e vai demorar um bom tempo até ser implantado.

Mas esse povo não tem mesmo o que fazer, né?!

o problema é que se você trabalhar com escrita vai ter que adaptar. Eu sou redator e vou ter que aprender tudo isso novo aí e vai ser difícil não comenter erros. Até me acostumar...osso

Vai ser impantado ano que vem já! E então não poderemos mais escrever como escrevemos e o hoje vai virar antigamente,rs.
 

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