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Teatro Grego Antigo

Kainof

Sr. Raposo
Usuário Premium
Não é exatamente literatura, mas hoje é mais fácil ler uma obra teatral grega do que assistir uma.

Poucas peças no chegaram intactas: 7 de Ésquilo, 7 de Sófocles, 17 de Eurípedes, 11 de Aristófanes e 1 de Menandro.

Ésquilo: Os persas, Os sete contra Tebas, As suplicantes, Prometeu acorrentado, Oréstia (Agamenon, As coéoras, As eumênides).

Sófocles: Filoctetes, Édipo em Colona, Édipo Rei, Antígona, Traquínias, Electra, Ajax.

Eurípedes: As troianas, Hécuba, Andrômaca, Helena, Ifigênia em Áulis, Ifigênia em Tauris, Electra, Orestes, Íon, Medéia, Hipólito, As suplicantes, Os heraclidas, As bacantes, Héracles furioso, As fenícias, Alceste, O ciclope.

Aristófanes: Os acarenses, Os cavaleiros, As nuvens, As vespas, A paz, As aves, Lisístrata, Tesmofórias, As rãs, A assembléia de mulheres e Pluto.

Menandro: O misantropo.

Alguém mais gosta ou já leu alguma dessas peças?
 
Electra é de Sófocles ou Eurípedes?

Eu tenho um livro aqui em casa sobre cultura grega, mas tem pouca coisa sobre as peças. :(

Eu gosto muito do teatro grego, mas li tão pouco que não dá pra comentar muita coisa :tsc:
 
"Não é exatamente literatura" foi dose. É tanto quanto qualquer peça do Shakespeare, por exemplo.

Quanto a Electra, tanto Sófocles como Eurípedes escreveram peças com esse nome.
 
Última edição:
Sem problema. =]

Eu particularmente considero melhores as tragédias gregas do que as de Shakespeare. Ainda não li tudo (mas falta pouco, tenho um "obras completas" dos três principais dramaturgos trágicos em mãos, ainda que em inglês, hehe), mas até o momento Sófocles é o melhor dos três (Aristófanes e Menandro escreveram comédias). Pode parecer clichê dizer o quanto Édipo Rei é fantástica, mas fazer o que se é verdade? No que diz respeito a conteúdo e carga emocional trágicos propriamente ditos ainda não vi nada parecido. Édipo em Colono e Antígona ficam só um pouco atrás, mas são igualmente boas, abordando o mesmo tema subjacente por outros vieses (amor filial e percepção da morte em Édipo em Colono e amor fraternal e caráter feminino singular em Antígona).

A Orestéia de Ésquilo por si só também é fantástica, em especial Agamemnon, na qual Cassandra se mostra uma das personagens mais trágicas de toda literatura grega através de suas falas entremeadas de loucura, previsão e fatalismo. A pena que se sente dela é tamanha que chega a doer.

Se eu arranjar um tempo decente volto aqui para falar mais detalhadamente dessas e de outras peças.
 
Eu particularmente considero melhores as tragédias gregas do que as de Shakespeare. Ainda não li tudo (mas falta pouco, tenho um "obras completas" dos três principais dramaturgos trágicos em mãos, ainda que em inglês, hehe)

Shakespeare é um gênio no que concerne a representação dos sentimentos humanos, não sei...:think:

É triste essa quase inacessibilidade que temos às tragédias e comédias da Grécia Antiga em nosso próprio idioma. Mas sorte que encontrei na biblioteca da faculdade uma obra em 2 volumes das peças completas do Aristófanes :uhu:. É em espanhol, mas fazer o quê...:tsc:

Sete contra Tebas é minha predileta, gosto mais q à própia Ilíada e Odisséia.

São estilos diferentes. Não sei, ainda prefiro as epopéias de Homero. Questão de gosto.
 
Essas três peças (Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona), apesar de terem sido escritas e representadas em épocas diferentes e fora de ordem, formam uma "trilogia".

Na verdade, essa é uma concepção errônea consagrada, basicamente porque o tema e personagens das três peças são em essência os mesmos e por causa da cronologia interna das narrativas. No entanto, basta lê-las para ver que elas não funcionam como "sequência" uma da outra devido a diversos elementos dissonantes, principalmente o modo como os personagens principais são retratados (Creonte é a discrepância mais gritante, mas o próprio Édipo serve como exemplo), fora o fato já mencionado de que não foram compostas como tal, muito pelo contrário, pois foram escritas e representadas em datas diferentes do que seria esperado de uma trilogia no sentido pleno da palavra: Antígona é de 441 a.C., Édipo Rei de 428 e Édipo em Colono de 401. Essas são as datas (aproximadas, claro) da primeira apresentação das peças nas Dionisias, o festival no qual havia concursos para elegar a melhor peça representada na ocasião.

Dois fatos interessantes sobre Sófocles: ele ficou em segundo lugar quando apresentou Édipo Rei; e Édipo em Colono foi teminada pelo neto de Sófocles, de mesmo nome, e encenada por este cinco anos após a morte do avô. Nota-se que Christopher Tolkien tem um precedente histórico de peso. :D
 
Na verdade, essa é uma concepção errônea consagrada

Veja que eu usei "trilogia" entre aspas :mrgreen:. Do tipo: eu disse, mas não me responsabilizo por isso...:lol:

Apesar de não serem exatamente um complemento umas às outras, o enredo é aproximado e internamente cronológico.

Gabriel disse:
No entanto, basta lê-las para ver que elas não funcionam como "sequência" uma da outra devido a diversos elementos dissonantes, principalmente o modo como os personagens principais são retratados (Creonte é a discrepância mais gritante, mas o próprio Édipo serve como exemplo)

Quais foram as discrepâncias psicológicas que tu percebeu, Gabriel?

Gabriel disse:
Dionisias, o festival no qual havia concursos para elegar a melhor peça representada na ocasião.

É interessante notar como o conceito religioso das representações teatrais vai pouco a pouco rareando. Em Ésquilo a influência é visível, por exemplo. Já em Eurípedes, o foco é muito mais as relações e comportamentos humanos. Seria isso uma "evolução" dramática como um todo, ou simples preferências autorais? :think:
 

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