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A bandeirinha Ana Paula Oliveira e o mercado de trabalho para as mulheres

Ana Lovejoy

Administrador
Estou abrindo esse tópico aqui (e não no esportes) porque acho que essa questão da bandeirinha acabou tendendo para outro assunto que não o futebol quando o vice-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, teceu comentários sobre mulheres não "servirem" para esse tipo de posição no Futebol. Disse ele:

Não vejo mulher (apitando) Copa do Mundo nem decisão da Liga Européia. Mas colocaram uma mulher aqui, justamente contra o Botafogo

Não sou feminista mas não consigo ouvir esse tipo de coisa sem uma pulga atrás da orelha. Faz bastante tempo que não acompanho jogo de futebol, mas na época que acompanhava, pude ver 'n' esculhambadas de trio de arbitragem e posso dizer que a cagada nessa hora não está condicionada ao sexo.

Palhaçadas machistas à parte, saiu uma reportagem bastante interessante no G1 sobre mulheres e o trabalho, acredito que valha a pena dar uma conferida.

A suspensão da bandeirinha Ana Paula Oliveira por erro cometido na partida que tirou o Botafogo da Copa do Brasil, anunciada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira (24), reacendeu o debate sobre os desafios que a mulher enfrenta no mercado de trabalho. Isso porque Ana Paula, que anulou dois gols do Botafogo na partida de quarta-feira (23), foi alvo de declarações do vice-presidente de futebol do clube carioca, Carlos Augusto Montenegro, sobre a capacidade de mulheres exercerem papéis de destaque em um esporte dominado por homens.

“Não vejo mulher (apitando) Copa do Mundo nem decisão da Liga Européia. Mas colocaram uma mulher aqui, justamente contra o Botafogo”, afirmou Montenegro, dizendo que o erro de Ana Paula causou um prejuízo de R$ 2,5 milhões ao Botafogo.

Para especialistas, esse tipo de comportamento não é caso isolado: as críticas à entrada das mulheres em áreas como o futebol, as Forças Armadas, indústria e outras atividades baseadas no desempenho físico, ainda são muito comuns. "Você ouve muito a conversa de que a mulher custa mais que o homem, porque fica grávida, tira licença, cuida da família", diz a economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Lino Costa.


O custo 'mulher'

Na avaliação da economista do Dieese, o conceito de que o trabalho da mulher custa mais é falso. "A OIT (Organização Internacional do Trabalho) já comprovou que contratar uma mulher não é mais caro que um homem. Elas têm plena capacidade de realizar qualquer trabalho, não importa de que área seja. Não é o sexo que vai atrapalhar", diz.

Para a economista, um dos fatores que mais atrapalham a entrada da mulher em áreas tradicionalmente masculinas é o grande número de cargos de chefia ocupados por homens. "Como na maioria das vezes quem tem o mando é o homem, essas idéias equivocadas sobre o trabalho feminino acabam se espalhando pelas empresas", ressalta Patrícia.

Para o chefe de departamento de administração da Universidade de Brasília (UNB), Jorge Pinho, a declaração do dirigente do Botafogo foi infeliz. "Poderia-se citar 500 exemplos de juízes e bandeirinhas que prejudicaram times de futebol. Foi um comentário preconceituoso de alguém que perdeu algo que não queria ter perdido", ressaltou o professor. "Erro profissional não está relacionado ao sexo, mas sim à competência", afirmou.

Na avaliação do professsor Claudio Dedecca, do Instituto de Economia da Unicamp, a mulher tem que "suar a camisa" muito mais que os homens para conquistar espaço no mercado de trabalho. "Se elas não precisassem provar que são melhores em relação aos homens, teriam remuneração equivalente a deles - o que não acontece. Como elas não têm, a única forma de crescer na carreira é suar muito mais a camisa para se mostrar mais eficientes que os homens", diz.


Funções e salários

Apesar de a mulher estar ganhando espaço no mercado de trabalho - segundo estudo da Fundação Carlos Chagas, a participação delas na População Economicamente Ativa (PEA) subiu de 31,8%, em 1993, para 35,8%, em 2002 -, a desvantagem feminina em relação aos homens no quesito salário e respeito profissional é marcante. Segundo o levantamento, enquanto 9% dos homens empregados atuam em situação precária, entre as mulheres este percentual sobre para 34%.

Essa resistência em abrir as portas para o sexo feminino ajuda a agravar a situação de fragilidade da mulher no mercado de trabalho, segundo a Fundação Carlos Chagas. Isso se traduz na qualidade das funções que elas geralmente desempenham: segundo estudo da Fundação Seade divulgado no mês passado, 17,7% das mulheres trabalhadoras na Região Metropolitana de São Paulo atuam como empregadas domésticas

http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL41612-5599,00.html
 
Acho que o cara da UNB disse tudo:
Para o chefe de departamento de administração da Universidade de Brasília (UNB), Jorge Pinho, a declaração do dirigente do Botafogo foi infeliz. "Poderia-se citar 500 exemplos de juízes e bandeirinhas que prejudicaram times de futebol. Foi um comentário preconceituoso de alguém que perdeu algo que não queria ter perdido", ressaltou o professor. "Erro profissional não está relacionado ao sexo, mas sim à competência", afirmou.
:clap:
 
Agora era a altura em que eu mandava a piada de que o lugar da mulher e na coxinha nao? :lol:

Agora aserio...
Acho que uma mulher pode fazer o trabalho igual a qualquer homem basta ter força de vontade...
Nao se deve descreminar as pessoas pelo seu sexo...
*yams*
 
O vice do Botafogo foi uma besta com esse comentário. A Ana Paula é bem melhor que muitos outros árbritos por ai. Maaaaasss... ela ainda é um caso isolado.

Acredito que existam trabalhos que a mulher podem fazer melhor que um homem da mesma maneira que o inverso também é valido. Existem N pesquisas que comprovam que as capacidades cerebrais são diferentes, então essas capacidades podem ser melhores adaptadas (e aproveitadas) em casos diferentes.

O problema é que isso não pode ser levado as últimas consequencias. Existem sim, homens com capacidades próximas as mulheres e mulheres com capacidades próxima a dos homens. E não são poucos. É ai que entra o preconceito. Como provar que você serve bem naquela área?

Empregar alguem não é brincadeira. Nesse tipo de caso, é mais arriscado ainda.
 
Lukaz disse:
Acredito que existam trabalhos que a mulher podem fazer melhor que um homem da mesma maneira que o inverso também é valido. Existem N pesquisas que comprovam que as capacidades cerebrais são diferentes, então essas capacidades podem ser melhores adaptadas (e aproveitadas) em casos diferentes.

Não acho que seja por aí. Existem diferenças sim, mas não acredito que seja no campo da capacidade cerebral, é mais no campo de capacidade física mesmo. Não dá para botar uma mulher para carregar o mesmo peso que um homem, já que a estrutura física é diferente.

Mas uma mulher pode ser analista de sistemas, designer e o que for - porque aí entra talento e jeito para a coisa e só. Aliás, sobre o caso da Ana Paula, naquela entrevista que aparece ali nos videos da reportagem do G1, o José Roberto Wright disse que ela só errou por causa do posicionamento - coisa que poderia acontecer com um homem também.
 
O Montenegro é um babaca. Um completo babaca. Foi preconceituoso e idiota.


Hoje em dia com arbitragem tem erro demais. Seja homem ou mulher. Mas isso não anula o fato de que a Ana Paula vem errando DEMAIS desde o ano passado, e só é mantida como uma das principais bandeiras do país justamente por ser mulher e se aproveitar disso para fazer um pouco de marketing.

Houve o preconceito por ela ser mulher nesse caso, mas ela também vem se beneficiando há muito tempo de ser uma das poucas mulheres nessa posição.

Ah, sim! Ela não errou só por posicionamento. No segundo gol, ela errou gravemente na interpretação do lance.
 
Isso se resume em uma coisa...o Cara é um otário e só porque é dono do IBOPE acha que tem o poder de falar o que quer. Aliás justamente por ser uma pessoa desse porte deveria ser menos burro.

É claro que ele não citou as inumera vezes que o botafogo foi ajudado pelos árbitros homens....e a pior de todas em 1995 no campeonato brasileiro quando o idiota ai supracitado saiu abraçado com o juiz na comemoração do titulo do Botafogo. Titulo esse que foi uma das roubalheiras mais descaradas do futebol moderno.

Enfim, os erros delas foram normais e a mulher é capaz sim de apitar e até melhor que um homem. fisicamente já foi até provado que elas tem uma capacidade até maior.

Enfim... o cara é um bebe mimado que tá chorando porque o time dele perdeu... já dizia meu velho pai:
Se o time for competente juiz nenhum consegue fazê-lo perder.


A Culpa da desclassificação do botafogo foi do golero que engoliu um frango histórico. O goleiro é ruim e quem paga é o juiz
 
Não acho que seja por aí. Existem diferenças sim, mas não acredito que seja no campo da capacidade cerebral, é mais no campo de capacidade física mesmo. Não dá para botar uma mulher para carregar o mesmo peso que um homem, já que a estrutura física é diferente.

No quesito da capacidade física a coisa fica mais evidente, realmente, mas existem capacidades mentais que um sexo faz melhor que o outro, sim. A evolução foi aplicaca de modo diferente a ambos e isso resultou em capacidades diferentes.

É só ver um homem e uma mulher dirigindo. Mulheres tem menos senso de espaço, mas conseguem prestar atenção a muitas coisas ao mesmo tempo.
 
Sinceramente, posso estar errada, mas é o que eu acho. A idéia de escalarem mulheres na arbitragem muito precoce. A violência contra mulher, no caso verbal, no futebol vai existir até que esse preconceito patético acabe. E quando isso vai acabar? Putz.. nem tão cedo. Montenegro re-acendeu a discussão de "mulher entende de futebol?" na mídia. Ana é o alvo..

Não é 1º vez que isso acontece, nem será a última. E disparo: não gosto da idéia de mulher apitando um jogo não, sorry..

Não que eu ache que seja por falta de competência, mas acredito que a idéia de mulher num campo de futebol deve amadurecer ainda....

Ao meu ver, para essa idéia "amadurecer" deve-se colocá-la em prática, assim como foi feito. De nada adianta ficar esperando nós mulheres sermos aceitas nas "coisas só pra homem", nossas maiores conquistas nesse sentido, foram obtidas através de luta, não esperando orportunidades.
 
Sim, esse cara é um babaca machista etc. Falando sobre o mercado de trabalho para as mulheres, e talz, digo que está mudando sim, mas a maioria esmagadora dos homens da época do Montenegro, são muito conservadores e acham que mulheres servem pra serem donas de casa, enfim. Isso não acontecerá daqui a algum tempo, creio eu.
 
Eu não acredito em evolução, então não acho q exista nenhuma diferença em capacidade cerebral entre o homem e a mulher. E penso ainda q trabalhos, profissões, empregos e cargos q utilizem mais o cérebro como ferramenta principal (não necessariamente este caso específico, mas talvez também, afinal), as mulheres tem tanto sucesso quanto os homens, e vice-versa. Eu odeio esta história de machistas e feministas, e guerra dos sexos, acho ridículo... A humanidade se considera sábia, e ainda é tão primitiva, quando se chega a assuntos assim. Muitos tabus ainda permanecem inutilmente inculcados na cabeça de muita gente por aí, é lamentável...
 
Última edição:
Foi um erro grotesco o dela ao anular os gols, mas compreensivo pq mtos outros bandeirinhas fazem/fizeram e farão o mesmo. O que me irritou( nao pelo fato dela ser mulher), foi a teimosia em negar que errou.

Agora que comentário infeliz do Montenegro, bastante infeliz mesmo.
 
O problema de árbitros e bandeirinhas do sexo feminino no futebol é a forma como elas são avaliadas (ou pelo menos eram até o ano passado qdo eu vi a matéria sobre isso).

Considera-se que um juiz para ter uma boa atuação em um jogo deve ser capaz de correr em torno de X quilômetros por um período de tempo. Só que, assim como fazem com o sistema de cotas para as universidades, esse valor é rebaixado para X-Y qdo o árbitro avaliado é do sexo feminino.
E aí fode tudo.

Se cientificamente considera-se que pra ser um bom árbitro (estar sempre perto dos lances) tem que correr X km. Não interessa que mulher geneticamente possui uma constituição muscular menos privilegiada que o dos homens, tem que se exigir que consiga correr esses X km.

E eu acho que a Ana Paula não consiga alcançar esse valor. Pq muitas vezes ela fica mal posicionada. E isso tá intimamente relacionada com o poder de explosão que ela tem que ter pra acompanhar o ultimo defensor e se manter sempre na mesma linha que ele.



Qto ao Montenegro.
Ele é um babacão mesmo.
Tá processando a Ana Paula acusando-a de ter errado propositalmente e ser mau-carater.
Aí é outra questão. Uma acusação dessas tem que ser investigada e, caso não se achem provas, a Ana deveria devolver o processo.
 
Última edição:
Quando um bandeira do nordeste ou7 do norte do pa[ís erra, sempre se apressam a falar que um cara de lá não tem capacidade para apitar um jogo de alto nível.
principalmente os paulistas.
E ninguém fala nada.

Achei uma atitude absurda do Montenegro, questionando a capacidade de g~enero quando deveria simplesmente se ater ao fato de que a Ana Paula é uma imbecil que não sabe lhufas de futebol.
Porém, chiar quanto a isso e achar normal o preconceito qaunto a pessoas do Norte é ruim do mesmo jeito.

É como na copa do mundo, quando um árbitro do Congo, da Nigéria erra. Todo mundo diz que ele errou pq não tem capacidade pq vem de lá.
No fundo, é o mesmo preconceito.
 
Quando um bandeira do nordeste ou7 do norte do pa[ís erra, sempre se apressam a falar que um cara de lá não tem capacidade para apitar um jogo de alto nível.
principalmente os paulistas.
E ninguém fala nada.

Achei uma atitude absurda do Montenegro, questionando a capacidade de g~enero quando deveria simplesmente se ater ao fato de que a Ana Paula é uma imbecil que não sabe lhufas de futebol.
Porém, chiar quanto a isso e achar normal o preconceito qaunto a pessoas do Norte é ruim do mesmo jeito.

É como na copa do mundo, quando um árbitro do Congo, da Nigéria erra. Todo mundo diz que ele errou pq não tem capacidade pq vem de lá.
No fundo, é o mesmo preconceito.

Eu entendo seu ponto sobre isso, Tonho. Lembro que várias vezes fiquei puta por causa de jogo apitado por juiz de país que 'não tinha tradição no futebol' - é preconceito de qualquer forma (e eu duvido que ninguém tenha sentido isso em algum momento que o Brasil tenha sido lesado :obiggraz: )

De qualquer forma, estou comentando mais sobre a questão 'mulher'. Tem todo aquele negócio: mulher cresce jogando pelada com os amigos? Eu conheço poucas. Mulher gosta de fato de futebol? Eu conheço poucas que gostam. Acho que desse tipo de coisa sai o comentário.

Ou melhor: PUXA, VEJAM, ESSA MULHER CHEGOU NUM LUGAR QUE OS HOMENS DOMINAM E AGORA QUEREM DERRUBÁ-LA. (alguém já falou disso antes aqui no tópico, acho). De qualquer forma, o que estou propondo discutir aqui é justamente isso, a necessidade de nós mulheres termos que chegar num lugar que os homens dominam. Sinceridade, fora magistério, enfermagem e 'do lar', acho que o resto das áreas acabam todas se encaixando nisso.
 
Eu não estou minimamente interessado se o juiz/bandeirinha é nordestino, paraguaio, gaúcho, mulher ou transexual. Não me interessa desde que NÃO FODA COM MEU TIME. Ok, ele/ela/it pode ser imparcial também. Desde que NÃO FODA COM MEU TIME.

O juiz/bandeirinha pode ser uma robô, que dará na mesma. A profissão juiz/bandeirinha tem que ser absolutamente como qualquer outra. Competência acima de cor de pele, sexo (ou ausência de) e local de origem.

Claro, desde que NÃO FODA COM MEU TIME e não seja argentino.
 
Eu não estou minimamente interessado se o juiz/bandeirinha é nordestino, paraguaio, gaúcho, mulher ou transexual. Não me interessa desde que NÃO FODA COM MEU TIME. Ok, ele/ela/it pode ser imparcial também. Desde que NÃO FODA COM MEU TIME.

O juiz/bandeirinha pode ser uma robô, que dará na mesma. A profissão juiz/bandeirinha tem que ser absolutamente como qualquer outra. Competência acima de cor de pele, sexo (ou ausência de) e local de origem.

Claro, desde que NÃO FODA COM MEU TIME e não seja argentino.

:rofl: :rofl: :rofl: :rofl: :rofl: :redcard: ... :cerva:
 
José Roberto Wright disse que ela só errou por causa do posicionamento - coisa que poderia acontecer com um homem também.

:lol: O Wright comentar qualquer coisa relacionada à arbitragem ainda me assusta, depois do que ele fez contra o Atlético-MG na Libertadores no jogo contra o Flamengo.


O vice do Botafogo foi uma besta com esse comentário. A Ana Paula é bem melhor que muitos outros árbritos por ai. Maaaaasss... ela ainda é um caso isolado.

Verdade. A Sílvia Regina, outra árbitra de que me lembro agora, sumiu totalmente após uma arbitragem desastrosa. Não sei o que houve com ela.

O Montenegro é um babaca. Um completo babaca. Foi preconceituoso e idiota.

Montenegro sempre foi assim. Não lembro qual foi o jogo, que supostamente também tinham roubado o Botafogo. O cara entrou quase infartando em campo, totalmente ofegante, mal conseguindo falar, porque queria receber de volta a camisa que tinha dado "gentilmente" ao juiz, aff.

Foi um erro grotesco o dela ao anular os gols, mas compreensivo pq mtos outros bandeirinhas fazem/fizeram e farão o mesmo. O que me irritou( nao pelo fato dela ser mulher), foi a teimosia em negar que errou.

Exatamente, o 2º gol anulado foi um absurdo. O primeiro é um erro normal, 90% de todos os assistentes cometem ou cometerão algum dia, mas o 2º foi primário.

Mas em suma, concordo com o que a Ana disse. As limitações são apenas físicas. O Lukaz falou que existem pesquisas científicas que comprovam diferenças neurais. Ele está totalmente certo. Estive lendo sobre isso hoje cedo, uma matéria da revista Veja, uma edição antiga que tenho aqui, do começo do ano, se quiserem eu até transcrevo noutro post. Mas, segundo a mesma matéria, as diferenças são muito pequenas para haver uma diferenciação tamanha que chegue em cerceamento de profissões.
 
Estive lendo sobre isso hoje cedo, uma matéria da revista Veja, uma edição antiga que tenho aqui, do começo do ano, se quiserem eu até transcrevo noutro post. Mas, segundo a mesma matéria, as diferenças são muito pequenas para haver uma diferenciação tamanha que chegue em cerceamento de profissões.

Transcreve, please? Eu sei que é um pé no saco pq hj cedo eu transcrevi uma crônica do mario de andrade pro meu blog e já foi chato o suficiente, mas enfim, acho que esse tipo de dado pode ser importante. :oops:
 
Sem problemas, chefa. Como a reportagem é enorme, vou colocar apenas as partes que nos interessam de acordo com esse tópico.
Pra quem quiser procurar, essa edição é de 7 de Março de 2007.

Reportagem de capa, inclusive. A Veja adora dar títulos bombásticos:
ENFIM A CIÊNCIA ENTENDEU A MULHER: Uma revolução muda (quase) tudo na forma como a medicina trata o corpo feminino.

(...)“Nos últimos 20 anos, a ciência derrubou a tese clássica que homens e mulheres são iguais. Homens e mulheres pensam, agem e sentem de modo completamente distinto. Eles e elas enxergam, fazem a digestão, sentem cheiros, respiram e transpiram de forma diferente. O coração deles bate de um jeito e o delas outro. O pulmão, o sistema imunológico, a audição, o paladar, a pele... Enfim, as dessemelhanças entre os sexos vêm surpreendendo mesmo os pesquisadores da medicina de gênero.” (...)

A matéria, que enfoca mais o sentido físico e menos o neural, divide as principais diferenças em “Na Saúde”, “Na Doença” e “É uma Questão de Natureza”, tudo isso com exemplos isolados. “Na saúde pode trazer uma luz ao caso da Ana Paula de Oliveira, “Na Doença” nada nos ajuda, e “É uma Questão de Natureza” é, ao menos, interessante.

Na Saúde:
Cérebro: O cérebro dos homens é, em média, 15% maior e mais pesado. Mas, no cérebro das mulheres, as conexões entre os neurônios são mais numerosas. A comunicação entre as duas porções cerebrais é feita por uma estrutura chamada corpo caloso. Nas mulheres, essa ponte é maior, o que faz com que elas utilizem as duas metades do cérebro, para uma mesma função, com mais eficiência.

Visão: As células da retina responsáveis pela identificação das cores são controladas pelo cromossomo X. Além de dois cromossomos X, as mulheres ainda contam com o estrógeno, que facilita o processamento de informações pelas células da retina. Por isso, elas têm mais facilidade para diferenciar cores. Nos homens, a visão central e de longa distância é mais aguçada do que entre s mulheres. A visão periférica das mulheres, no entanto, é melhor.

Sistema Imunológico: Como os hormônios femininos, principalmente o estrógeno, estimulam a atividade do sistema imunológico, as células de defesa das mulheres são mais eficientes que a dos homens.

É Uma Questão de Natureza :
Por que as mulheres são mais choronas? Porque elas produzem o hormônio prolactina, responsável pela produção de leite, em quantidades mais elevadas do que os homens, mesmo quando não estão amamentando. Como essa substância ativa os centros nervosos dos vínculos afetivos, elas tendem a demonstrar mais os seus sentimentos, inclusive o choro.

Por que elas conseguem perceber manifestações sutis de sentimentos e os homens só notam que algo está diferente no outro mediante demonstrações claras de estado de espírito? Porque os homens costumam usar mais o lado esquerdo do cérebro, associado, entre outras funções, ao raciocínio lógico. As mulheres, por sua vez, para detectar sentimentos alheios, utilizam tanto a porção cerebral esquerda, quanto a direita, relacionada as emoções.

Por que as mulheres preferem pedir informações a estranhos a consultar um guia de ruas e os homens decifram um mapa com mais facilidade? Porque no sexo masculino a parte posterior do hemisfério direito do cérebro, sede das habilidades espaciais, é mais desenvolvida. Por isso eles têm mais facilidade para interpretar mapas. A testosterona também ajuda a aguçar a noção espacial.

(...) “As diferenças são provenientes de características fisiológicas, algumas ainda não sendo totalmente explicadas. Mas, segundo estudos, se forem tratadas, no campo neurológico, como características peculiares, e não como ‘diferenças’, não seria problema. Segundo Mauro Muszkat, neurologista, “apesar de peculiaridades neurológicas, não há qualquer interferência nas possibilidades e/ou capacidades de ambos os sexos para a prática de atividades que exijam tal coisa.”(...)”.
 
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