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Espiritualidade Hobbit

Kainof

Sr. Raposo
Usuário Premium
N'O Senhor dos Anéis, não aparece nenhuma informação sobre a religiosidade de maneira geral, muito menos a hobbit.

Mas e aí, como será que os hobbits enxergam o sobrenatural?
 
Sobrenatural em que sentido? Elfos, espiritos e magia? Com bastante naturalidade acho eu... ;)

Agora falando a sério, tendo em conta que para os Hobbits qualquer ocorrência fora das fronteiras do Shire era pouco discutido, deduzo que qualquer ocorrência fora dos Reinos dos Homens fosse ainda menos.

No entanto há vestigios de alguma religiosidade no Senhor dos Anéis. A quase-oração que Faramir faz antes da refeição é um exemplo, usado como costume, mas que remonta ao aspecto religioso.

Eu pessoalmente considero a ida de Frodo para Valinor como um acto religioso. Frodo apercebe-se que a resposta à sua vida já não se encontra em nenhum lugar da Terra Média. A cura para a sua ferida (que neste caso concreto lembra o pecado original) está fora dos circulos deste mundo, e a sua ida é uma espécie de peregrinação. Isto obviamente é uma consideração FORA do plano narrativo.

No plano narrativo é muito natural que tal assunto não fosse tratado no Senhor dos Anéis, pois nenhuma das raças tinha uma religião concreta. E só os elfos e alguns dos Homens mantinham o conhecimento dos Valar. De Eru acho que só os elfos mesmo é que ouviram falar.
 
No plano narrativo é muito natural que tal assunto não fosse tratado no Senhor dos Anéis, pois nenhuma das raças tinha uma religião concreta.

O que tu chamaria de uma religião "concreta"? Parece que nem os elfos tinham organização religiosa ou corpo sacerdotal, o que aí sim indicaria maior "solidez".

Mas é complicado comparar conceitos humanos com o de raças imaginárias. Entretanto me parece quase impossível que os hobbits não sintam a necessidade de explicar misticamente fatos aparentemente sem explicação "científica": o princípio da religião.

Como a simplicidade hobbit melhor se encaixaria numa religião?
 
Por concreta quis dizer formal, com corpo organizado.

E obviamente que o que torna mais dificil falar sobre religião no Senhor dos Anéis é que este é uma obra de ficção. Não tanto por ser dificil comparar conceitos humanos com os das personagens (pois tento os homens como os hobbits são em essência tão humanos como nós, tendo portanto os mesmos conceitos), mas sim porque de facto naquela obra existe um Eru que criou o mundo, enquanto que fora do livro isso é matéria de fé...

Quanto aos Hobbits com a sua simplicidade não se encaixariam em nenhuma religião. Nunca ouviram falar de Eru ou dos Valar, portanto não os podem adorar. De Sauron sabem apenas que mete medo, também não o vão adorar. Quanto ao resto com a sua simplicidade só têm de saber que é preciso água para que as batatas no jardim de Samwise germinem, não precisam de tentar inventar um pequenino deus das batatas que beba a àgua e como recompensa oferece batatas. É nisto que se baseia a simplicidade Hobbit

Quanto àquilo a que chamaste o principio da religião, isso é um conceito discutivel, até porque para várias religiões a explicação do mundo nem sequer é tema central. Para mim o príncipio da religião é aquilo que é chamado o sentido religioso do homem, mas isso já é muita filosofia...
 
Como citou Carnildor...
Os Hobbits possuiam muita simplicidade.
Acredio, que eles como n se importavam com assuntos que ultrapasasem suas fronteiras, com assuntos dos Homens ou Elfos, não teriam uma religião concreta.

E jah q n tinham muita ligação com Elfos não saberiam nada talvez de Eru...

Apenas viviam suas vidas tranquilamente com seus fumos e suas Cervejas heheh

Mas esse modo de pensar, para min pelo menos eh dificil, jah q tenho minha religião desde pequeno, então eh complicado imaginar um povo sem qualqer tipo de religião..

Abraços.
 
Nao acredito que a falta de descriçao no SdA indique a falta de uma Religão entre os povos...Provavelmente Tolkien deixou de descrever uma religiao por nao achar conveniente...Pensem no seguinte, Tolkien era um católico extremamente conservador. Entrar nas areas da religiao talvez nao o agradasse muito ja que naquela epoca isso poderia leva-lo a um conflito com a Igreja. Se hoje em dia, que a Igrja é mais liberal, ja andaram criticando obras bobas e chamando-as de hereges, imaginem o que nao fariam a Tolkien se ele descrevesse uma religiao nao catolica com habitos extremamente diferentes, o que seria dele com a Igreja. Lembrem-se tambem que Tolkien entrou em conflito com C. S. Lewis por achar que ele abordava a religiosidade em "As Cronicas de Narnia" de uma maneira muito exagerada. Logo podemos concluir qeu tratar de religiao em sua obra nao seria nada facil para Tolkien.
 
Isso mesmo e tbm por Tolkien "odiar" alegorias de todas as formas e n gostou mesmo da expressão religiosa de C.S.Lewis em As Cronicas de Narnia....

E concerteza colocar alguma religiosa mais profunda na obra seria considerada uma alegoria....e todos sabemos como isso irritava Tolkien.
 
Já que temos de ter em conta o Catolicismo de Tolkien pensemos no seguinte:

1- Como católico Tolkien acreditava que a religião tinha de ser revelada ou então não seria verdadeira (simplificando muitissimo)

2- Eru não se revelou aos hobbits, nem se deu a conhecer aos hobbits pelos Valar

Conclusão: Antes nenhuma religião para os heróis da história que uma religião falsa.

Esta pode ser uma das razões, como podem ser milhentas outras que nos venham à cabeça, sem precisar de complicar com questões de atrito Tolkien-Igreja, que nunca houve (apesar de sim haver gente na Igreja, como em todo o lado, que não goste ou não perceba a obra, isso é irrelevante para o assunto em questão)

P. S. (Ulmo, a Igreja, graças a Deus não está mais liberal do que era)

Abraços
 
Como já foi citado aqui, acho que os Hobbits não tinham religião concreta, mas acredito que elas procuravam sempre fazer o bem e viver suas vidas de uma maneira boa e farta (princepalmente à mesa) e cada um à sua maneira. Penso eu que eles até eram um pouco, digamos, "anarquistas", mas não de um jeito ditador e bruto, mas sim por um jeito natural e simples, que vem de sua própria raça; ou seja, ele não tinham religião nem política concreta, porém, cada um se auto governava, em meu pensamento.
Acho que apesar de Tolkien ter sido católico, ele não impôs nada do tipo em suas obras (pelo menos em "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis"). Se for pensar desta maneira, pode-se ver que ele adotou, de uma forma indireta algum tipo de "religião pagã" para seus livros, pois inspirou-se em uma mitologia que veio de tribos pagãs e com toda essa coisa de "sobrenatural". Não estou dizendo que os livros impõe o Paganismo, mas sim que há umas pouquíssimas diferenças, ao me ver.

Muito bom esse tópico :)
 
Desculpem se eu viajar um pouco mas ai vai...

Um trecho do Livro O don da Amizade:

"[...]Na verdade a maior parte da ficção de Tolkien esta ambientada em um mundo pagão e pré-cristão."[...]
[...]Tolkien foi um contador de histórias cristão reexaminando um passado norte-europeu imaginado - Sua Terra média.[...]
[...]Tolkien vincula Deus e a humanidade de duas formas relacionadas. Na primeira, ele, como cristão, cê a humanidade feita à imagem de Deus. Este ponto estabelece uma diferença qualitativa entre a humanidade e todas as demais coisas que existem no universo. Nossa habilidade de falar, amar e criar fantasia origina-se nessa imagem de Deus. A segunda forma em que Tolkien vincula Deus e a humanidade consiste nas semelhanças que necessariamente existem entre o universo feito por Deus e a produção humana. Ou seja, a produção deriva-se do fato de que somos imagem de Deus.[...]"

;)
 
Um trecho do Livro O don da Amizade:

"[...]Na verdade a maior parte da ficção de Tolkien esta ambientada em um mundo pagão e pré-cristão."[...]

É normal, para se passar num ambiente pós-cristão era preciso que Eru tivesse Encarnado, o que ainda não tinha acontecido (num dos volumes do HoME chega a haver um rascunho de uma profecia no qual isso iria acontecer, mas foi uma ideia abandonada por Tolkien
 
Como já foi discutido, é melhor não pensar numa religiosidade Hobbit que não chegou a ser citada.
Já o "sobrenatural", posso afirmar com certa segurança que era visto pelos Hobbits nos Elfos, um exemplo coerente é a passagem do SdA em que um Hobbit (acho que é Sam) pergunta a Galadriel se ela é mágica, e mesmo depois dela afirmar que não o é, Sam não fica totalmente convencido.
Este "sobrenatural" dos Elfos, acredito estar vinculado com lendas meio-esquecidas dos grandes feitos élficos. Que não oferencem outra explicação se não a da magia e do sobreatural.
 
A religiosidade existe, e de forma sublime. Uma religião sólida está embasada no senso comum da idéia de criação, propagada pelos eldar, aceita pelos edain, e difusa por meio de lendas a seres, como os que viriam a ser os kudukin.
Os templos são poucos comentados, mas sabe-se dos cultos em Meneltarma (Elenna-nórë), do culto a Melkor inclusive feito ali. Quanto aos eldar, eles tratavam o fato com maior proximidade, e isso pode explicar a ausência de um corpo sacerdotal. Mas como já dito eles não vivem uma atmosfera cristã, e assemellhar-se-ão muito mais a povos pagãos, e seus cultos primitivos, e alguns poucos, como Númenor e Gondor, a um sistema greco-romano.
Os elfos, como na mitologia teutônica exercem esse caráter de manter em seu dia-a-dia a religião, e não em grandes monumentos, a não ser aqueles os quais suas lembranças vivas mantém ainda mais vivos além mar, verdadeiros ícones vivos de sua fé.

Abraços.
 
Mas os Hobbits em si, tipo no Condado tinham uma religião, ou apenas crenças e lendas? Eu nunca li sobre nenhum tipo de templo, santuario ou lugar sagrado no Condado.
 
A questão de religião, não como uma instituição, não necessita de templos, mas da crença popular, atrelada a um senso comum. No Condado eles ainda retinham a religião dos Reis do Exílio, que ali governaram, antes da morte do último Rei.
E essa é a mesma dos eldar, da criação de Eru, do Poderes do Oeste, e tudo como relatado pelos calaquendi.
Uma religião própria não havia, como a dos Anões, por exemplo, sendo que os Hobbits são uma variação humana, de acordo com umas das explicações de Tolkien mencionada no livro Contos Inacabados.

Abraços.
 
Eia! Mais um tópico por mim criado e esquecido...
*Vai lá postar!:chibata: *

Conclusão: Antes nenhuma religião para os heróis da história que uma religião falsa.

Por quê? :ahn?:

Penso eu que eles até eram um pouco, digamos, "anarquistas", mas não de um jeito ditador e bruto, mas sim por um jeito natural e simples, que vem de sua própria raça; ou seja, ele não tinham religião nem política concreta, porém, cada um se auto governava, em meu pensamento.

Mas eles tinham Thain, Prefeito e Condestáveis. Não eram anarquistas.

Como já foi discutido, é melhor não pensar numa religiosidade Hobbit que não chegou a ser citada.

Por quê? Não pretendia encontrar nada nos escritos de Tolkien sobre a espiritualidade dos hobbits, já sabemos que não o há. Mas antes, de tentar imaginar como seria uma orientação de vida espiritual que refletisse o cotidiano hobbit.

Uma religião própria não havia, como a dos Anões, por exemplo, sendo que os Hobbits são uma variação humana, de acordo com umas das explicações de Tolkien mencionada no livro Contos Inacabados.

Por conseguinte, a religião hobbit seria uma variação da humana também, é isso? Hum...:think:
 
Andei lendo alguns dos posts anteriores. Refleti sobre alguns e resolvi não cita-los em separado. Segue somente a minha opinião:

Todos os povos de posso me recordar apresentam algum tipo de manifestação reliogiosa ou acreditam em algo sobrenatural, como um ou mais deuses. A figura de um "deus" existe porque os seres racionais (humanos e na TM hobbits e elfos) necessitam dele. As sociedades necessitam de algo "superior" para chorar suas tragédias e agradecer seus sucessos.

Pensando assim, e aliando isso tudo ao mundo hobbit (conforme já dito, simples e despreocupado com o que acontecia fora dos limites do Condado), posso inferir (e aqui vai apenas o que posso imaginar deles) que algumas coisas eram creditadas aos elfos, mas haveria algum tipo de deus, ou força da natureza em que acreditavam. Provavelmente não era Eru. Não até que Frodo partiu para Valinor com as últimas barcas. Depois dele, quem sabe, muitas histórias não teriam sido contadas sobre o hobbit que escreveu com o tio um livro e depois de muitas privações lutou ao lado de um Rei dos homens, de um maia e de um elfo (entre outros) contra Sauron, discipulo (?) de Melkor... e por aí vai a história...
Não sei se eu fui clara. Mas neste final quero dizer que os hobbits podem ter entrado com contato com a verdadeira religião da TM (pelo menos aquela que nos é contada no Silmarillion) ou parte dela. Os nomes podem terem sido mudados, até mesmo Eru poderia ser chamado por outro nome entre os hobbits.

Sem querer causar polêmica, mas agora que eu tava pensando sobre tudo isso, será que Eru não era um tanto omisso quanto aos hobbits? Ou seria só falta de textos do professor?
 
Bem, entendo perfeitamente a questão que levantou.
Porém, o Condado, ab initio, as terras nas quais os Hobbits habitaram, eram regidas pelas lideranças humanas de Arnor. Sendo assim, a religião herdada dos Fiéis estaria presente, e Eru teria em algum momento sido lembrado. Obviamente com o distanciamento dos Hobbits com relação ao mundo exterior isso pode ter se tornado mermente uma fábula infantil, e a referência aos próprios atos praticados pelos Hobbits tenham tomado lugar de alguma crença que possa ter vindo a existir. De certa forma, na Terceira Era, os Hobbits tratavam como mitológicas as prensenças de elfos, ou demais seres, como Trolls e Dragões. Mesmo ainda de origem humana, é notável a mudança que o Condado sofre ao manter-se isolado, o que implica, talvez, na consolidação dessa sua idéia Peonia. =]

Abraços.
 
Sem querer causar polêmica, mas agora que eu tava pensando sobre tudo isso, será que Eru não era um tanto omisso quanto aos hobbits? Ou seria só falta de textos do professor?

Omisso por quê?

Porém, o Condado, ab initio, as terras nas quais os Hobbits habitaram, eram regidas pelas lideranças humanas de Arnor. Sendo assim, a religião herdada dos Fiéis estaria presente, e Eru teria em algum momento sido lembrado.

Essas "heranças" vieram somar as crenças pré-contato com humanos. Devemos levar em consideração esse fato também.

Aracáno Elessar disse:
Obviamente com o distanciamento dos Hobbits com relação ao mundo exterior isso pode ter se tornado mermente uma fábula infantil, e a referência aos próprios atos praticados pelos Hobbits tenham tomado lugar de alguma crença que possa ter vindo a existir. De certa forma, na Terceira Era, os Hobbits tratavam como mitológicas as prensenças de elfos, ou demais seres, como Trolls e Dragões.

Mitológica no sentido de uma crença já abandonada. Então haveria uma "crença nova"? Um novo modo de encarar o sobrenatural, com ceticismo talvez?
 

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