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125 autores escolhem os 10 melhores romances de sempre

  • Criador do tópico Silenzio
  • Data de Criação
S

Silenzio

Visitante
  • Anna Karenina by Leo Tolstoy
  • Madame Bovary by Gustave Flaubert
  • War and Peace by Leo Tolstoy
  • Lolita by Vladimir Nabokov
  • The Adventures of Huckleberry Finn by Mark Twain
  • Hamlet by William Shakespeare
  • The Great Gatsby F. Scott Fitzgerald
  • In Search of Lost Time by Marcel Proust
  • The Stories of Anton Chekhov by Anton Chekhov
  • Middlemarch by George Eliot
http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/books/article1426591.ece

Vocês concordam? O que acham do fato de que nenhum dos autores ainda vive? Será que não há literatos dignos de serem citados em listas desse tipo?

Aproveito para deixar o link do Podcast do Mainardi, que incentivou a lançar essa discussão aqui:
http://veja.abril.com.br/idade/podcasts/mainardi/audios/010307.mp3
 
Eu tenho uma pira na hora de fazer listas que é nunca repetir um autor. Eu sei que é bobagem, mas pode tirar o lugar de outro cara igualmente bom e tal. Por isso torci o nariz para o Tolstói duas vezes ali. :dente:

Mas vamos às perguntas:

Vocês concordam?

Não entendi o Grande Gatsby ali, até porque recentemente li uns contos do Fitzgerald que me pareceram mais interessantes. Middlemarch foi uma surpresa agradável.

O que acham do fato de que nenhum dos autores ainda vive?

Acho que é uma tendência natural colher mais no passado quando o assunto é 'melhor de todos os tempos'. Pode reparar, se você tivesse que preparar uma lista assim, também começaria lá atrás, e se sobrasse espaço, colocaria alguém da atualidade.

O problema é que tem tanta gente boa até ali as bordas de 1900 que fica difícil ceder espaço para os novos, hehe.

Será que não há literatos dignos de serem citados em listas desse tipo?

Sim, tem bastantes autores contemporâneos que mereciam estar aí, não acredito que seja uma fase de estagnação ou coisa assim. Como disse, essas listas acabam nos levando a buscar sempre o mais antigo (até porque tem toda aquela coisa de influência e afins).

Tópico muito bacana, Jedan. Podemos aproveitar e fazer aqui uma lista dos melhores romances Valinor, o que acha? Cada um cita os 10 romances que considera melhores e depois disso fazemos uma lista tchananam =]

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Edit. Ei, Hamlet não é romance :eek:
 
Última edição:
Eu tenho uma pira na hora de fazer listas que é nunca repetir um autor. Eu sei que é bobagem, mas pode tirar o lugar de outro cara igualmente bom e tal. Por isso torci o nariz para o Tolstói duas vezes ali.

Eu sei como é, mas eu trato cada obra individualmente na hora de listar. Quando faço uma lista de melhores livros a intenção é realmente listar quais, na minha opinião, são os melhores, e não apenas homenagear os melhores autores com o livro que mais aprecio deles.
Se acontecer de um autor aparecer mais de uma vez, é apenas competência do mesmo :mrgreen:

Não entendi o Grande Gatsby ali, até porque recentemente li uns contos do Fitzgerald que me pareceram mais interessantes. Middlemarch foi uma surpresa agradável.
Eu não li nenhum, aliás eu não li quase nada da lista :oops:

Acho que é uma tendência natural colher mais no passado quando o assunto é 'melhor de todos os tempos'. Pode reparar, se você tivesse que preparar uma lista assim, também começaria lá atrás, e se sobrasse espaço, colocaria alguém da atualidade.

O problema é que tem tanta gente boa até ali as bordas de 1900 que fica difícil ceder espaço para os novos, hehe.
:think:
Eu realmente não sei se colocaria alguém da atualidade. Mesmo porque quase não tenho lido autores contemporâneos. Meu tempo disponível para literatura é muito curto, então prefiro doá-lo a autores que possuem maiores chances de me agradar e acabo ficando nos livros mais clássicos mesmo.

Mas penso que essas listas são assim devido ao fato de que autores também levam tempo para adquirir um status maior de reconhecimento. Eu acredito que daqui a algumas décadas autores atuais serão lembrados entre os grandes. Infelizmente essa é a sina do artista, colher seus frutos postumamente, não?

Tópico muito bacana, Jedan. Podemos aproveitar e fazer aqui uma lista dos melhores romances Valinor, o que acha? Cada um cita os 10 romances que considera melhores e depois disso fazemos uma lista tchananam =]
:timido:
Ótima idéia! :joy:
O Literatura nunca teve um consenso né? Ao menos não lembro de nenhum.
 
Última edição por um moderador:
Eu sei como é, mas eu trato cada obra individualmente na hora de lista. Quando faço uma lista de melhores livros a intenção é realmente lista quais, na minha opinião, são os melhores, e não apenas homenagear os melhores autores com o livro que mais aprecio deles.
Se acontecer de um autor aparecer mais de uma vez, é apenas competência do mesmo :mrgreen:

Eu fico com peso na consciência, porque aí meus favoritos aparecem demais :eek: Pira minha hehe

Eu não li nenhum, aliás eu não li quase nada da lista :oops:

É uma lista boa, mas pelo que eu entendi lendo a reportagem é que os escritores são americanos (ou na maioria americanos). E isso é reconhecidos pelos estudiosos lá de fora, o conhecimento de literatura dos americanos é beeeeem tendencioso (para não dizer deficiente). O que agora explica o sr. Twain e o Fitzgerald na lista (nada contra ambos, só acho que mesmo os americanos têm coisa melhor do que esses).


:think:
Eu realmente não sei se colocaria alguém da atualidade. Mesmo porque quase não tenho lido autores contemporâneos. Meu tempo disponível para literatura é muito curto, então prefiro doá-lo a autores que possuem maiores chances de me agradar e acabo ficando nos livros mais clássicos mesmo.

Atuais eu colocaria Saramago (a escolher), Márquez (Cem anos...) e colocaria o Chico Buarque com o Budapeste também.


Mas penso que essas listas são assim devido ao fato de que autores também levam tempo para adquirir um status maior de reconhecimento. Eu acredito que daqui a algumas décadas autores atuais serão lembrados entre os grandes. Infelizmente essa é a sina do artista, colher seus frutos postumamente, não?

Exatamente. Veja bem, é muito fácil você citar o Flaubert como um cara foda quando ele já tem anos de estudos e elogios nas costas.


:timido:
Ótima idéia! :joy:
O Literatura nunca teve um consenso né? Ao menos não lembro de nenhum.

Uhu, consenso de literatura \o/
 
A lista é interessante, mas a Ana tem razão quanto a citar dois romances do mesmo autor. É chato, podiam ter citado outro, mas no caso desta lista acho que foi uma votação e por isso não tinha muito como resolver o problema.

Sobre a lista, gostei dos nomes, uma boa lista. Sem surpresas. Tem gente de fora que poderia entrar sem muito esforço, mas tirar quem?
 
Lista meia-boca, hein?

Middlemarch está longe de ser sequer bom, quanto mais entrar numa lista dessas; Lolita??? Certo...; Huckleberry Finn é só "bonzinho", longe de merecer estar em tal lista; sei de pelo menos mais dez melhores que Gatsby, que nem bom é, para falar a verdade; Hamlet, apesar de excelente em 5487348 sentidos, não é romance (como já dito); qualquer coisa do Chekhov merece estar entre as melhores coisas já escritas no mundo; a lista está na ordem, do "melhor para o pior"? Se estiver, Guerra e Paz deveria estar na frente de Anna Karenina e Madame Bovary; tipo, colocam Middlemarch e nenhum do Dostoiévski? Gostaria de saber sobre o efeito de que drogas esses "autores" fizeram essa lista =]

Quanto à outra pergunta, dos vivos, provavelmente só o Márquez mereceria estar numa lista dessas. Sim, eu realmente acho que o "nível" dos autores caiu drasticamente no último século. Basta comparar os dos século XIX com os do XX para se ter uma idéia: é como comparar a seleção brasileira da última Copa com a seleção de 70, basicamente - e isso só considerando o séc. XIX... para trás tem autores ainda melhores.

Acredito que já escreveram tudo o que valia a pena ser escrito, da melhor forma e com a melhor qualidade possível (leia-se "pré-Modernismo"); os autores mais recentes vivem sobre o peso literário que os precedeu e acabam caindo naquela lenga-lenga mais introspectiva (que também já foi escrita e muito mais decentemente, por carinhas tipo Shakespeare e Dostoiévski :)) que é simplesmente intragável, entupida de clichês e mais monótona que a Missa do Galo.

Sorte dos que nasceram antes e puderam escrever o que interessava em "primeira mão" com competência. =]
 
Última edição:
Cara, acho o Gatsby um grande livro. Um dos melhores que já li. O texto do Fitzgerald é fantástico. Estaria na minha lista.
 
É uma lista boa, mas pelo que eu entendi lendo a reportagem é que os escritores são americanos (ou na maioria americanos). E isso é reconhecidos pelos estudiosos lá de fora, o conhecimento de literatura dos americanos é beeeeem tendencioso (para não dizer deficiente). O que agora explica o sr. Twain e o Fitzgerald na lista (nada contra ambos, só acho que mesmo os americanos têm coisa melhor do que esses).

Mas isso é comum. Basta ver aquela última lista britânica, na qual constam na maior parte autores britânicos (como Tolkien, etc).

Atuais eu colocaria Saramago (a escolher), Márquez (Cem anos...) e colocaria o Chico Buarque com o Budapeste também.
Você é a primeira pessoa que eu considero ter uma opinião relevante sobre litratura que fala bem de Budapeste. É bom mesmo então?

Ana, você chegou a ouvir o link do Mainardi?
 
Nem é só com Middlemarch, e sim basicamente com toda aquela patota de escritoras inglesas do séc. XIX. A única que eu realmente acho boa e gosto é a Emily Brontë, já que Wuthering Heights é disparada a melhor obra dessa safra e o Heathcliff é um dos melhores personagens românticos (= do gênero romance, não por ele ser "amoroso", só para deixar claro aos desavisados :g:) de todos os tempos - na verdade, ele é simplesmente a epítome romântica, o herói byroniano por excelência, independente de ser o baita fdp que ele é. :lol:

Só que as irmãs da Emily, e principalmente Jane Austen (:puke:), são praticamente intragáveis. Questão de monotonia narrativa e estilística, que é onde a Eliot também se encaixa com o Middlemarch. Acho que é justamente por isso que a Emily se destaca tanto no meio delas, pois Wuthering Heights é completamente diferente de qualquer outra coisa da época, principalmente de autoria dessas outras escritoras: o que faz com que a Emily seja realmente um fenômeno a ser estudado, pois eu simplesmente ainda não sei como explicar que um livro como WH possa ter saído da cabeça de uma guria que teve exatamente o mesmo ambiente de criação que as suas irmãs. :think: Ela no mínimo devia ter um parafuso a menos... ou a mais. :g:

OK, [modo babação de ovo off]. :razz:
 
Nem é só com Middlemarch, e sim basicamente com toda aquela patota de escritoras inglesas do séc. XIX. A única que eu realmente acho boa e gosto é a Emily Brontë, já que Wuthering Heights é disparada a melhor obra dessa safra e o Heathcliff é um dos melhores personagens românticos (= do gênero romance, não por ele ser "amoroso", só para deixar claro aos desavisados :g:) de todos os tempos - na verdade, ele é simplesmente a epítome romântica, o herói byroniano por excelência, independente de ser o baita fdp que ele é. :lol:

Só que as irmãs da Emily, e principalmente Jane Austen (:puke:), são praticamente intragáveis. Questão de monotonia narrativa e estilística, que é onde a Eliot também se encaixa com o Middlemarch. Acho que é justamente por isso que a Emily se destaca tanto no meio delas, pois Wuthering Heights é completamente diferente de qualquer outra coisa da época, principalmente de autoria dessas outras escritoras: o que faz com que a Emily seja realmente um fenômeno a ser estudado, pois eu simplesmente ainda não sei como explicar que um livro como WH possa ter saído da cabeça de uma guria que teve exatamente o mesmo ambiente de criação que as suas irmãs. :think: Ela no mínimo devia ter um parafuso a menos... ou a mais. :g:

OK, [modo babação de ovo off]. :razz:

Ok, a narrativa de Middlemarch é monótona, sim. Mas o cuidado que a Eliot tem com o desenvolvimento das personagens é único - ainda mais porque é uma penca de personagens, todas interligadas e todas igualmente bem desenvolvidas. Isso não é típico, ainda mais para essa época, onde os "tipos" pipocavam.

Se formos pegar a Austen que você citou, por exemplo, ao recortar uma protagonista de uma história e colar em outra dá na mesma (sim, eu também não acho a Austen grandes coisas). Mas em Middlemarch não é assim. Na realidade, das obras britânicas desse período, eu acho que Middlemarch se destaca até mesmo sobre os clássicos do Dickens, que o povo adora (eu acho divertido, mas está longe de ser uma coisa OMG, QUE INOVADOR).
 
Não adianta nada ter personagens bem desenvolvidas se a história em que estão inseridas é fraca. É simplesmente desperdício de criatividade. De que adianta a criação de personagens excepcionais pelo simples ato da criação em si? A proposta de um romance, com personagens boas ou ruins, é contar uma história. Uma história pode não ser monótona mesmo com personagens menos desenvolvidas (vide exemplos recentes como HP, que tem personagens rasas feito pires, mas a história ainda assim entretém, ou exemplos um pouco mais antigos, como as Crônicas de Narnia, e isso só para ficar na literatura infantil); mas o contrário é insuportável e geralmente resulta só numa coisa: abandono do livro em decorrência do sono. Por isso acho que nem tem como comparar Dickens com Eliot, pois Dickens criava personagens vivas (independente da caricatura de alguns) - só para citar dois dos melhores exemplos: Fagin e David Copperfield - e histórias interessantes e cativantes, muito longe do que a Eliot era capaz.

A diferença entre Dickens e Eliot poderia ser (nerdicamente) resumida assim: ele era um ótimo contador de histórias, um "mestre", um "narrador", enquanto que a Eliot, se vivesse hoje, seria apenas uma ótima criadora de NPCs para aventuras genéricas de RPG. :g:
 
Última edição:
Sinceramente, acho que falta "O Tempo e o Vento" do Érico Verissimo. Não acredito ter lido nenhum outro livro que consiga fazer um romance tão bem entrelaçado com a história do mundo, do Brasil e especialmente do Rio Grande do Sul.
 
Não adianta nada ter personagens bem desenvolvidas se a história em que estão inseridas é fraca. É simplesmente desperdício de criatividade. De que adianta a criação de personagens excepcionais pelo simples ato da criação em si? A proposta de um romance, com personagens boas ou ruins, é contar uma história. Uma história pode não ser monótona mesmo com personagens menos desenvolvidas (vide exemplos recentes como HP, que tem personagens rasas feito pires, mas a história ainda assim entretém, ou exemplos um pouco mais antigos, como as Crônicas de Narnia, e isso só para ficar na literatura infantil); mas o contrário é insuportável e geralmente resulta só numa coisa: abandono do livro em decorrência do sono. Por isso acho que nem tem como comparar Dickens com Eliot, pois Dickens criava personagens vivas (independente da caricatura de alguns) - só para citar dois dos melhores exemplos: Fagin e David Copperfield - e histórias interessantes e cativantes, muito longe do que a Eliot era capaz.

A diferença entre Dickens e Eliot poderia ser (nerdicamente) resumida assim: ele era um ótimo contador de histórias, um "mestre", um "narrador", enquanto que a Eliot, se vivesse hoje, seria apenas uma ótima criadora de NPCs para aventuras genéricas de RPG. :g:

Eu entendo sua colocação, mas para mim o desenvolvimento que ela faz já basta para colocar a Eliot na frente de muitos escritores da época (que eram meros contadores de história, como você falou, e não "escritores"). Eu não preciso de personagens fazendo grandes peripécias para achar uma história interessante, mas acho que isso aí já cai no gosto.

Sinceramente, acho que falta "O Tempo e o Vento" do Érico Verissimo. Não acredito ter lido nenhum outro livro que consiga fazer um romance tão bem entrelaçado com a história do mundo, do Brasil e especialmente do Rio Grande do Sul.

O Tempo e o Vento como trilogia é irregular, O Continente é um dos melhores livros que já li, O Arquipélago chega quase lá, mas O Retrato é inferior aos outros dois. Isso para não falar que o tom entre O Continente e O Arquipélago é completamente diferente, nem parecem fazer parte da mesma trilogia :dente:
 
Não tem Machado? Ah, esquece, esse adjetivo 'melhores' é simplesmente muito vago pra se definir quais os critérios deles.
 
Última edição:
Foi uma lista feita por escritores americanos, Drizzet. Se até um crítico literário como o Harold Bloom teve pouco acesso às obras do Machado, que dirá um cidadão "comum".
 

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