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Os professores não deveriam censurar menos os livros?

LUKASXD

Banned
É o seguinte: Quando eu estava na quarta série, os alunos se reuniam numa sala; escolhiam um livro e liam. Mas nos só liamos livros infantis mesmo, de crianças de sete para oito anos; aquelas coisas de 36 páginas. Daí eu arrisquei um livrinho de 128 páginas, e a professora havia me olhado com uma cara estranha... De quinta a sétima série os livros mais acessíveis eram da coleção Vaga Lume... Eu gostava de ler então, mas não era perdidamente apaixonado pela literatura. Só na oitava série que eu peguei a primeira peça de Shakespeare, e gostei.

No ensino médio foi diferente, descobri Agatha Christie; aí sim me apaixonei por literatura; foi um pulo mais do que rápido para Sidney Sheldon... E quando o ano ainda não terminou comecei a ler os grandes nomes.

Que vocês acham?
 
Na minha escola o professor de literatura é o Gilmar, ele num censura nada, você lê, fala e pensa o que quiser na aula dele, aliás amanhã tem duas aulas dele, vou até dormir mais cedo hoje. :mrgreen:
 
no meu colégio, os professores não passam livros muitos grandes.. por causa que o povo lá é tudo preguisosos.. eles não gostam de ler.. dai a coordenadora coloca livros pequenos! :/
 
:eek:
Você não fez nada além do normal...

Aliás, tem certeza que a professora te "censurou" por ler um livro de 128 páginas? Que livro era?

Meus professores nunca me censuravam por ler livros um pouco mais complicados (alías, até me dispensavam de ler livrinhos de 100 páginas em plena sétima série quando viam que eu estava muito bem com os meus Sidney Sheldon...).

Se você queria mesmo ler esses livros em uma idade menor, e alguém te impedia de fazer isso (o que eu ainda não consegui entender), por que não foi até uma biblioteca pública, ou algo assim?

Se essa professora te "censurou" (uma cara estranha??) por ler um livro de mais de 100 páginas, ela estava errada. Esse tipo de freio só atrapalha. Só seria válido se você quisesse ler um Iracema ou um Os cus de Judas, ou um Dostoievski com 13 anos. Aí sim seria certo adiar um pouquinho, até ter condições de entender bem o sentido do livro e não ter alguma espécie de trauma e o considerar terrível, por exemplo, ou desistir pela metade.
 
:eek:

Se você queria mesmo ler esses livros em uma idade menor, e alguém te impedia de fazer isso (o que eu ainda não consegui entender), por que não foi até uma biblioteca pública, ou algo assim?

Na época eu nem sabia da existência da Biblioteca Pública na cidade, e os livros que não eram da Vaga Lume ou outros que chamam para pré-adolescentes... estavam num canto. Não podíamos avançar para as prateleiras do segundo grau, e era lá onde estava a mina de ouro.
 
Foi ele que me fez gostar mesmo de ler

:roll:

Que puxa, então ele merecia perder o emprego por isso :joinha:

eu estava muito bem com os meus Sidney Sheldon...).

Tá, eu só quero deixar claro pq eu cismo com o Sheldon citado nesse tópico, em especial: Sidney Sheldon é no-ve-li-nha, não dá para citar o cara aqui como se vocês estivessem lendo uma pérola da literatura. Inclusive o Sheldon chegou a fazer alguns livros para adolescentes (uou). É divertido, mas não significa que precisa de muitos miolos/maturidade para ler.

Mas enfim, o tópico não é sobre isso então vamos ao que importa:

Só seria válido se você quisesse ler um Iracema ou um Os cus de Judas, ou um Dostoievski com 13 anos. Aí sim seria certo adiar um pouquinho, até ter condições de entender bem o sentido do livro e não ter alguma espécie de trauma e o considerar terrível, por exemplo, ou desistir pela metade.

Em nenhum caso é válido, porque apenas o leitor pode saber quando está preparado (ou não) para uma obra. Qualquer tipo de censura é um atraso se a pessoa manifesta o desejo de ler/conhecer uma obra (mesmo Sidney Sheldon, brincadeiras à parte :dente: ).

Eu, por exemplo, lia Voltaire, Wilde, Poe e afins na adolescência, e minhas professoras achavam bacana e isso fazia com que eu me sentisse como que "no caminho certo" e procurasse cada vez mais livros "diferentes", que fossem "desafiadores" - o que não tinha relação alguma com o número de páginas, devo frisar.

Obviamente tive que reler uma penca de livros porque o conhecimento de mundo que eu tinha na época não era o suficiente para compreender algumas sutilezas das obras, mas foi uma experiência válida, de qualquer modo, até porque os poucos fui absorvendo mais conhecimento, ao ponto de certas obras ditas "complicadas" serem simplesmente um deleite para mim .

Enfim, Lucas, se você não estiver puto comigo pela piada e comentários sobre senhor Sheldon, devo dizer que certo foi você, que leu sempre o que te chamava a atenção e o que era um prazer, buscando por isso e não só esperando que a professora indicasse um livro (sem nem saber o motivo pelo qual ela escolheu o título). =]
 
Aqui os livros paradidáticos indicados normalmente são os livros do PAS, que na maior parte são pequenos, mas são muitos. Ano passado foram 6, sendo que o mais grosso era o Feliz Ano Velho, que tinha umas 200 e poucas páginas. Esse ano agora em compensação, temos 8, sendo alguns razoavelmente grossos, como Germinal de Émile Zola, e tal. O foda é que ano passado o CESPE fez todo mundo comprar o livro Meu Tio Matou Um Cara e Outras Histórias, que por sinal é uma bosta, e não pôs um item na prova...
Foram alguns dos 24 reais mais mal gastos daqui de casa...
 
nunca soube o que literatura significava pela escola...
sinceramente
os professores so passavam livros bestas de literatura nacional totalmente sem sal =| (moreninha, luciola e derivados)
mas acho que isso varia muito de professor p professor e da qualidade de ensino de cada escola
 
nunca soube o que literatura significava pela escola...
sinceramente
os professores so passavam livros bestas de literatura nacional totalmente sem sal =| (moreninha, luciola e derivados)
mas acho que isso varia muito de professor p professor e da qualidade de ensino de cada escola

Não acho que A Moreninha seja um livro insosso. Eu li e gostei muito, mas também, foi aquela versão cheia de palavras cultas :mrgreen:

Por falar nisso, na minha antiga escola todos os livros, sem exceção eram ruins, menos o livro acima citado. Mas na minha nova escola parece que não são tão ruins assim, já chegou a lista e pro 3º bimestre tem Dom Quixote!!!:joy: Vou aprender mais sobre o ancestral do Shazan :lol:
 
a versao que li foi 1 de capa rosa
nao tinha nem 100 paginas c me lembro bem
mas achei 1 livro assim como posso dizer, muito cliche
como tantos outros da literatura brasileira

agora o que me chateia sao uns professores que tentam mostrar
a literatura brasileira, forçando os alunos a lerem apenas obras daqui
e nao todas mas a maioria sao cliches ou possuem estorias "xoxas"

ao menos aqui onde moro (manaus)
ngn tem contato com literatura estrangeira
que na minha opniao faz 1 grande diferença
convenhamos
nao tem como comparar 1 dracula de bram stoker com 1 lira dos 20 anos

(comparacao qualquer, os livros nao tem nada haver eu sei =P) :mrgreen:
 
Tá. Se você quer ver algum escritor brasileiro bom, começe pelo melhor: Machado de Assis. Talvez ainda não possa compreender alguns de seus livros, mas a partir do momento que compreender, vais perceber que é uma leitura obrigatória, principalmente para si mesmo, a.k.a. clássico.
 
Da 1ª a 4ª série nenhuma professora pediu para sala ler um livro, não que eu me recorde, a única coisa que eu lembro que elas davam bastante eram textos pequenos e poesias do Mario Quintana e cia. Livros mesmo, eu lia por conta própria e elas nunca falaram nada, até ficavam orgulhosas pelo meu gosto pela leitura.
De 5ª a 8ª o que os professores pediam eram os da série vagalume e no ensino médio foi a época de Graciliano Ramos, Jorge Amado, Nelson Rodrigues, etc., etc.
Enfim, nunca tive nenhum professor que tenha censurado os livros que eu gostava de ler.
 
Pelo que entendi a professora te censurava por ler estes livros na aula dela; como leitura que ela exigia que tivessem. Claro, não é correto.
Mas, se esses livros são interessantes, porque não lê-los fora "expediente classe" e ler o que ela recomendasse. Você domina o que vai ler.
Eu entendo a situação da professora... todos sabemos qual é a situação do Brasil no quesito leitura. Os brasileiros não lêem e ponto. Tenho por exemplo uma turma de 2ª série do E.M., em que apenas 3 alunos têm o hábito da leitura. Mas esse ano entrou uma professora ótima que vai exigir, deles, muita leitura. Mas, como ela disse, vai ter que começar impondo que lêem apenas contos; assim eles podem criar o hábito.

E a Ana falou certo: Certo é vc que procura os livros que gosta de ler.
 
Última edição:
todos sabemos qual é a situação do Brasil no quesito leitura. Os brasileiros não lêem e ponto.

só uma observaçãosinha: não é mentira o que vc falou, mas é parcial. melhor dizer que, no mundo ocidental (não sei como é lá no oriente :dente:), o adolescente não tem o costume de ler. pessoalmente eu acho que é uma mistura de má orientação por parte de professores com mais uma birra adolescente de 'fazer o que quero e não o que me dizem que é bom'.

mais tarde, uma parcela bem maior das pessoas começa a ler, seja aqui ou no exterior
 
Tá, eu só quero deixar claro pq eu cismo com o Sheldon citado nesse tópico, em especial: Sidney Sheldon é no-ve-li-nha, não dá para citar o cara aqui como se vocês estivessem lendo uma pérola da literatura. Inclusive o Sheldon chegou a fazer alguns livros para adolescentes (uou). É divertido, mas não significa que precisa de muitos miolos/maturidade para ler.

Sim, isso dá pra perceber. Mas eu tinha 13 anos na época, ler livros que tinham passagens como as que tem nos Sidney Sheldon era uma espécie de vitória. (Muitos de meus colegas diziam : "Puxa!" - e outros dizem até hoje...)É praticamente o mesmo caso do Sano, por exemplo.

Em nenhum caso é válido, porque apenas o leitor pode saber quando está preparado (ou não) para uma obra. Qualquer tipo de censura é um atraso se a pessoa manifesta o desejo de ler/conhecer uma obra (mesmo Sidney Sheldon, brincadeiras à parte :dente: ).

Eu, por exemplo, lia Voltaire, Wilde, Poe e afins na adolescência, e minhas professoras achavam bacana e isso fazia com que eu me sentisse como que "no caminho certo" e procurasse cada vez mais livros "diferentes", que fossem "desafiadores" - o que não tinha relação alguma com o número de páginas, devo frisar.

Obviamente tive que reler uma penca de livros porque o conhecimento de mundo que eu tinha na época não era o suficiente para compreender algumas sutilezas das obras, mas foi uma experiência válida, de qualquer modo, até porque os poucos fui absorvendo mais conhecimento, ao ponto de certas obras ditas "complicadas" serem simplesmente um deleite para mim .

Eu teria adorado se tivessem me impedido de [tentar] ler Os cus de Judas. Hoje eu seria uma pessoa um pouco mais feliz. E olha que eu realmente quis ler. :yep:

Você pode me achar ridículo, mas eu sempre achei que reler livros porque tinha que fazer isso uma espécie de perda de tempo. São tantos livros pra se ler nesse mundo... Claro, eu tenho 16 anos. Faz pouco tempo que decidi sair da faixa Sidney Sheldon - Paulo Coelho - Dan Brown - Julio Verne e acordar pro mundo, como se diz. Mas acho que fiz isso em tempo. Se eu tivesse começado a ler Harry Potter com 16 anos, não teria gostado. E os Cus de Judas, bem... ainda não sei se estou pronto pra tentar ler de novo. Cada livro tem uma faixa etária que agrada mais, por isso eu tentei ler os infantis na minha infância, infanto-juvenis a pouco tempo atrás, e só agora estou lendo livros mais sérios, como Simone de Beauvoir.

Enfim, se alguém acha que consegue ler livros mais "desafiadores", como você mesma disse, vá em frente. Mas não deixe os livros mais leves para trás, porque depois você não vai conseguir gostar deles como talvez tivesse gostado se os lesse antes. Bem, essa é só a minha opInião. :D
 
Acho eu que, quanto a censurar, eles não têm nenhum direito... vc escolhe o que ler ou não...
Agora assim... há aqueles livros necessários, os famosos clássicos literários, que é obrigação do professor indicar...
Eu particularmente amei quando passaram esses livros para minha pessoa ler... :mrgreen: Sempre amei!!!!!!!!
 
Ah... mas o problema quando a gente deixa "leitura livre" é o seguinte: o aluno vai ler somente aquele que gosta, mas a professora precisará ler 30 a 40 livros para avaliar se o aluno tem boa interpretação de texto, etc.. :dente:

Mas também pode ser apenas que ela estivesse preocupada. Tipo, pega um enorme e pára no meio, ou enfrenta hostilidade do resto dos colegas.

De qualquer jeito, o Sheldon morreu hehehe...
 

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