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Sinologia & História Oriental

Bem, é um tema muito interessante, mas pouco estudado em nosso país, (Brasil). Qualquer interessado pode postar aqui opiniões e dúvidas, enquanto isto eu irei simultaneamente acrescentando diversas curiosidades sobre o tema. Sejam todos bem vindos, e obrigado.

Eu pretendo ir postando regularmente todos os fatos principais da história da China, desde o Neolítico, até a queda da Dinastia Manchú, e também com relação ao Japão, desde as sociedades pré-Yaioy, até o perído Meiji. Também pretendo colocar neste espaço as biografias de personalidades muito famosas ou importantes da história oriental, como por exemplo Cao-Cao, Oda Nobunaga, Tokugawa Ieyasu, ou Pra-Chao-Sua, o Rei-Tigre, etc, e tratar de aspectos característicos de determinadas culturas, como os monges de Shaolin, os arqueiros mongóis, ou os samurais japoneses, ou ainda os Hwoarang coreanos de Silla, os exércitos de elefantes da Tailândia e Burma, etc.

O Neolítico

Desde que a humanidade começou a organizar-se em civilizações, as margens dos grandes rios, quatro berços fundamentais abrigaram as mais antigas sociedades que se tem notícia, que também foram os quatro primeiros focos de escrita independentes entre sí, a saber: na Mesopotâmia, no Egito, no Vale do Indo, e finalmente, na China. Estas são as mais antigas civilizações aceitas oficialmente. Os primeiros povos chineses deram origem a todas as sociedades orientais, sejam japoneses, coreanos, mongóis, tailandeses, etc. Acontece que no Neolítico, as tribos nômades e semi-nômades estavam constantemente se deslocando, em busca de novas terras férteis, e quando se isolavam muito tempo de sua terra nativa, adquiriam uma cultura nova e original, originando outras raças. E nas planícies férteis da China, principalmente a margem dos dois maiores rios chineses, Yang-Tsé-Kyang, e Hoang-Ho, surgiram os focos de culturas muito avançadas para a época. Estes primeiros agricultores sedentários, sempre em conflitos com os nômades criadores de rebanhos, éram da mesma raça que seus oponentes, (o proto-mongólico), só que tinham uma coisa que os diferenciava: o trabalho organizado, que gradualmente afastou os nômades para as regiões mais desérticas, e gerou os núcleos dos primeiros impérios feudais da China. Com todos estes recursos, bem como os meios de produção, as classes sociais se definiram muito, e a cultura começou a se desenvolver de uma forma muito ampla. Assim surgiu a primeira cultura chinesa na Idade da Pedra, que se divide em duas etapas, a cultura Erlitou ou Erligang, e as culturas Yang-Shao & Longshan, ambas anteriores aos Períodos Xia, ou Hsia, e Shang. (As dinastias Xia e Shang, seríam as primeiras dinastias do império chinês). Nestas culturas, parece que muitas características culturais posteriores ja estavam definidas, e o lendário período dos Três Augustos & Cinco Soberanos, ocorreu justamente nestas épocas obscuras. No entanto sabe-se que muitas tecnologias e conhecimentos avançados ja possuíam este povo, digamos, sendo ainda anterior o período dos Três Augustos & Cinco Soberanos a Idade dos Metais no restante do mundo, estes já tinham iniciado investigações sobre metalurgia, (embora bem rudimentares, é verdade), e trabalhavam a cerâmica de uma forma muito refinada, com um certo quesito de produção artesenal em massa, tendo sido descobertos sítios com grandes quantidades de vasos cerâmicos quase iguais, com pinturas de cores semelhantes, (nesta época em geral o padrão das cores dos vasos éra o vermelho e o preto). Assim, vou começar falando sobre este curioso e misterioso período...

Cerâmica do período Yangshao:(em mal estado de conservação)

neolithicjar1.gif


Os Yang-Shao:

Este povo viveu nas montanhas das regiões Norte e Oeste da China, em casas retangulares de madeira, com vários terraços de arroz, irrigados e protegidos por muralhas de argila, ou pedra. Suas decorações obedeciam a motivos geométricos, e suas armas principais éram machados e lanças de pedra, além do arco-e-flechas, naturalmente importante no período. Os primeiros chineses já éram muito versados em artes marciais, técnicas de combate com armas éram treinadas em danças da caça, aí está a mais profunda raiz do Kung-Fu. Nestas danças marciais, os guerreiros exibiam grande sincronia de movimentos e golpes, alguns sábios foram aprimorando tais técnicas, e começaram a surgir artes de combate corpo-a-corpo, inicialmente apenas com armas, e depois até desarmados.

Foto de gravura de um rei Yang-Shao:

huang_di.jpg
 
Última edição:
Apesar de achar esse um período com interesse, a falta de tempo que tenho disponível nunca me permite ler muita coisa sobre ele - sempre que estudo algo sobre história, é mais relacionado com o que diz respeito ao mundo ocidental. Enfim, pode ser que lendo este tópico consiga aprender alguma coisa.
 
Que bom, e eu ficarei feliz se assim o for conforme você falou, um de meus objetivos é tornar a história oriental mais acessível a todos os interessados, portanto, fico feliz com sua participação.
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Pessoa do periodo Yang-Shao: (note-se que as vestimentas ainda são bem rudimentares, mas o perfil da túnica já é definido)

191514.jpg


Por esta época os exércitos éram quase só infantaria, formados pelos camponeses entre os períodos de plantio e colheitas, e todas as armas e ferramentas éram de pedra, as couraças éram raras, só os mais nobres ou generais as tinham, e escravidão ainda não éra um fator econômico muito importante. As casas éram de madeira, e os palácios éram casas maiores. As roupas éram de algodão, ou linho, pois a seda ainda não havia sido descoberta. enfim, éra a plena Idade da Pedra, em seu periodo final, quase passando para a Antiguidade propiamente dita...
 
Última edição:
8-O 8-O 8-O 8-O 8-O

O que é isso?

Todos os meus desejos foram realizados!

Eu SEMPRE quis aprender alguma coisa relacionada à história oriental, mas NUNCA achei nada!

Muito obrigado!!! :abraco:

*E vê se não pára de escrever! :obiggraz: *
 
Eu que lhe agradeço, meu caro amigo, e não se preocupe, isto é a ponta do iceberg, ainda tem um oceano de conteúdos para ser postado, mas gosto muito de verificar as opiniões dos outros, portanto quando alguém quiser postar, fique a vontade. E como percebo que você aprecia animes/mangás, na certa vai se interessar mais ainda quando chegar a parte que trata da história dos samurais e do Japão feudal em geral, eu pretendo englobar um conteúdo bem vasto. Obrigado pela motivação, e continue participando do topico, quanto mais pessoas se interessarem, melhor.
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Bom, as culturas Yang-Shao e Longshan, correspondem mais ou menos a transição da última etapa da Idade da Pedra, (ou seja Neolítico), para o primeiro período da Idade dos Metais, (ou seja, início da Antiguidade Tardia). Estes dois focos, correspondem a regiões da China, que estavam divididas entre diversos reis, e cidades-estado, mais ou menos como na Grécia Antiga, só que muito antes desta pensar em existir...
(Analisemos que por enquanto, estamos tratando de uma época muito anterior as pirâmides do Egito, ou do que as cidades da Grécia. Os sumérios, considerados a civilização mais antiga do mundo, já estão se desenvolvendo na Mesopotâmia, e os drávidas na India, os egípcios estão em um processo de unificações de seu povo, e os chineses destas 4 etnias, (Yang-Shao, Long-Shan, Erlitou e Erligang), se acham em semelhante estágio).

Cultura Long-Shan:

Esta cultura surgiu no final do Neolítico, próximo as bacias do Médio e Baixo Hoang-Ho, (Rio Amarelo). Sua principal característica, são sem dúvida, os incríveis vasos cerâmicos, com traços finos e delicados, muito rebuscados para os padrões da época... Também ao contrário dos montanheses Yang-Shao, estes Long-Shan viviam em cidades protegidas por compridos muros circulares de argila, mas também cultivavam o arroz, só que nos pântanos, ao invés de terraços, e assim conseguiram um volume de produção muito maior, além de suas cidades serem amplamente povoadas, logo irão gradualmente se tornando mais poderosos que seus parentes das montanhas. Estes Long-Shan foram o auge da Idade da Pedra chinesa, quando eles decaíram, houve um breve periodo de retrocesso cultural, e queda na população. Presume-se que por guerras de conquistas, os reis Longshan foram dominando-se uns aos outros, até que começaram a surgir "imperadores"... A idéia de um império unificado na China, pode ter aí a sua semente mais remota. Outro fator fundamental dos Longshan, é o aumento da exploração das minas de jade, esta sería uma das riquezas mais estimadas do período. E do ponto de vista mitológico, é aí que começa o "dragão", ("Long"), a tornar-se importante símbolo de poder na sociedade chinesa, talvez por ser um totem tribal de algum rei que se tornou mais forte militarmente, e se impôs como suserano aos demais monarcas. E no aspecto social, enquanto que os Yang-Shao éram ainda matriarcais, os Long-shan éram patriarcais, consequentemente mais guerreiros em sua cultura, do que os outros. A guerra surgiu da caça, podemos afirmar, e então as táticas de batalha éram muito semelhantes, tanto na caça quanto nas guerras. Existe um antiquíssimo ditado chinês que se refere as "Quatro Armas Básicas do Soldado", não à como traduzí-lo literalmente, mas sería algo como "lanças, flechas, pedras e ossos voando", ou seja, ainda éram usados meios pré-históricos, com pedras arremessadas com as mãos sobre os inimigos, ao lado de outros projéteis arrojadiços, então as batalhas nesta época se caracterizavam por uma chuva de projéteis arremessados, e em seguida o corpo-a-corpo, disputado então com lanças, clavas, maças e machados. As flechas tinham ponta de osso, ou pedra. Mas um progresso interessante é a confecção de pontas e lâminas com jade ou pedra-vidro, (obsidiana, ou pederneira), isto já éra usado desde os Yang-Shao, mas os seus sucessores aperfeiçoaram mais ainda. E um fator importatíssimo que hà de se destacar também, é sobre um outro aspecto do campo de batalha, que influenciou a mentalidade marcial chinesa ao extremo: a lança, que para os chineses se transformou na "rainha das armas", e desde então é a arma mais honrosa.

yangshao.jpg


(Resquício em mal estado de cerâmica Long-Shan)

Exemplo de guerreiro das culturas Yang-Shao & Long-Shan:

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Última edição:
Parabéns pelo tópico, Lobo. Realmente é muito interessante esses assunto, obrigado por possibilitar a nós esse conhecimento:abraco: Mas eu tenho uma dúvida, e é sobre Mao Tsé-Tung. Lá vai: é verdade que Mao, na Revolução Cultural (principalmente), matou mais que a segunda guerra mundial inteirinha (eu já ouvi falar em algum lugar) Obrigado pela ajuda:abraco: :abraco:
 
De acordo com que eu li Mao matou em torno de 70 milhões, isso conta também o período em que ele era militar, onde matou muita gente também...

Lobo seria interessante constar informações sobre a civilização Harappa, até hoje só li uma matéria sobre as descobertas deste povo, gostaria de saber se há algo mais
 
Kryshnack & Elminster, eu lhes saúdo com boas vindas, mas sinto não poder ajudá-los, não sei muito sobre Harappa, (quem quiser postar algo sobre isto, fique a vontade), e nem sobre o Mao, (Mao é posterior aos meus estudos de sinologia, que abrangem até a queda da dinastia Manchú). No entanto agradeço-lhes as informações, muito interessantes.
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Agora estamos saindo da Idade da Pedra, e adentrando na Idade dos Metais, a Antiguidade própiamente dita, na China, corresponde inicialmente as culturas Er-Li-Tou, e Er-Li-Gang, que abrangem a primeira Idade do Bronze chinês. Estas culturas apresentaram progressos notáveis, além obviamente da metalurgia... Esta nova tecnologia, trouxe o desenvolvimento de lâminas mais eficazes, e de uma nova arma: a espada. Se bem que o primeiro metal a ser utilizado para lâminas no mundo todo foi o cobre, e após ele veio o bronze, (que é feito com mistura de cobre e outros componentes), não existe historicamente uma "Idade do Cobre", pois esta é englobada dentro da Idade do Bronze. As primeiras espadas, (de cobre e depois, de bronze), éram adagas, ou seja, espadas curtas, pois poderiam quebrar se fossem muito compridas, (estes metais ainda são muito fracos, só o ferro traz o aparecimento das espadas longas). A metalurgia trouxe ainda inúmeras outras invenções, e exigiu uma organização estatal e de trabalho sem precendentes até então...

Cultura Er-Li-Tou:

Esta cultura se desenvolveu largamente nas províncias de Henan e Shanxi. As ruínas da capital Erlitou, de mesmo nome, tem cerca de três quilômetros quadrados, e presume-se que tinha o monopólio na produção de vasilhas de bronze rituais. Posteriormente, esta cultura se espalhou para a província de Hubei. Muitos arqueólogos e estudiosos orientais, consideram esta cultura correspondente a mitológica dinastia Xia.

Para esclarecer melhor, facilitando a compreensão de tão complexo tema, antes de prosseguir com a descrição destas culturas, se faz necessário colocar aqui um registro listado de todas as dinastias, históricas e mitológicas, e dos Três Augustos e Cinco Imperadores, que a historiografia não pode comprovar, mas a tradição cultural chinesa considera como fatos:

Tabela cronológica das dinastias mitológicas e hitóricas da China:

Três Augustos e Cinco Soberanos (séc. ? a. C.)
Xia (séc. XXI-XVI a. C.)
Shang ou Yin (séc. XVI-XI a. C.)
Zhou do Oeste (770-221 a. C.)
Zhou do Leste (24-220 a. C.)
Qin ou Chin (221-207 a. C.)
Han do Oeste (206 a. C.- 24 d. C.)
Han do Leste (24-220)
Três Reinos (Wei, Shu, Wu) (220-280)
Jin do Oeste (265-316)
Jin do Leste (317-420)
Dinastias do Sul e do Norte (420-589)
Sui (581-618)
Tang (618-907)
Cinco Dinastias e Dez Reinos (907-979)
Song do Norte (960-1127)
Song do Sul (1127-1279)
Yuan (Mongol) (1271-1368)
Ming (1368-1644)
Qing (Manchu) (1644-1911)

Os Três Augustos & Cinco Soberanos:

Foram líderes mitológicos da antiga China, sua existência é mais lendária do que real.

Os Três Augustos:

Fu-Xi, representando o aspecto celeste
Nüwa, representando o aspecto terrestre
Shennong, representando o aspecto humano

Fuxi e Nüwa, seríam respectivamente, marido e mulher, este casal seríam os progenitores de toda a raça chinesa após o dilúvio. Fu-Xi aprimorou a caça, pesca, tería inventado um semi-calendário, instituído a hieraquia social, e burocracia, e ensinado os trigramas, ("Guas"), uma mistura de medicina interna, e misticísmo xamânico. Sua esposa, tería criado a metalurgia e administrção. E Shennong tería inventado a agricultura, e sido o primeiro a usar uma planta medicinal como remédio, originando a medicina de ervas.

Os Cinco Soberanos:

Imperador Amarelo, (Huang-Di)
Zhuan-Xu
Ku
Yao
Shun

Estes seríam reis lendários e sábios de moral perfeita, o Imperador Amarelo, chamado Huang-Di, sería o ancestral de todas as tribos da etnia chinesa Han, que atualmente constitue 90% da população total da China. Haveriam também outros heróis lendários, como o Imperador do Fogo, vencido pelo Imperador Amarelo.

Shennong:

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Shennog ou Shen-Nong, que significa "Fazendeiro-Divino", ou "Espirito-Lavrador", de "shen", (espírito, alma, ou espiritual), e "nong", de (lavrador, fazendeiro), foi um herói civilizador dos primórdios, que acabou posteriormente transformado em suposta divindade. Segundo as lendas da mitologia, ele teria ficado vários anos no ventre de sua mãe, e ao nascer, seria já grande, com dentes, barba e cabelos, e seu ventre sería transparente, assim ele "enxergava" tudo o que comia ou bebia, observando os efeitos e reações que isto causava em seu estômago. Seus méritos são sobretudo relacionados a saúde e alimentação de seu povo. Ele percebeu que a água fervida éra mais saudável, e então ordenou a todas as pessoas sob seu domínio que só bebessem água fervida. Sería ele que teria descoberto o chá, por um curioso acidente. Diz a lenda que Shennong estava descansando em baixo de uma árvore, enquanto fervia água em sua chávena. Então, repentinamente, uma folha ou pequeno galho de alguma planta, caiu e foi levada pelo vento até o recepiente com água quente. Shennong percebeu que o líquido mudou de cor, e então resolveu prová-lo, e achou bom. Assim, ele começou a estudar as plantas, e seus efeitos sobre o corpo-humano... Certa vez, quase morreu de intoxicação ou envenenamento, por ter bebido chá feito com uma planta venenosa, mas conseguiu tomar um antídoto, e salvou-se. Ele adquiriu grandes conhecimentos sobre herbacêutica, surgiría assim os primeiros preceitos de medicina chinesa, pois antes disto, ainda não existia medicina, apenas rituais mágicos. Também teria "inventado" a agricultura, ensinando os chineses a lavrar, semear, e colher, inúmeros tipos de sementes. Seria então um dos primeiros estudiosos naturalistas que se conhece, senão o primeiro... Uma curiosidade é que a lenda narra que Shennong provou tantas ervas, que acabou envenenado não apenas uma vez, ou sete, mas até 70 vezes ao dia, isto historicamente só reflete a luta dos chineses para descobrir e catalogar ervas medicinais e sua eficácia no combate as doenças e preservação da saúde. (Imaginem quantas pessoas, mesmo sábias, morreram por envenenamento, fazendo-se cobaias humanas, para tentar descobrir curas para certas doenças, etc)...

Imperador Amarelo (Huang-Di):

Este é um personagem dos mais importantes para a história chinesa, e no aspecto mitológico, é o mais importante, além de ser progenitor da maioria da população chinesa (a etnia Han), ele foi o primeiro a realizar grandes conquistas militares, vencendo todos os outros quatro Soberanos, criando assim um império propiamente dito. O feudalismo nunca será completamente varrido da nação, mas deste momento em diante, o conceito de império já está no imaginário das pessoas, que querem mais segurança e boas leis, para prosperar com tranquilidade. E os monarcas também querem ter o privilégio de chegarem a unificar toda a China sob suas leis e domínio particular. Uma coisa muito importante, é que não se confunda o Huang-Di, com o Qin-Shi-Huang-Di, (ou simplesmente chamado Qin-Shi-Huang, já que os nomes chineses via de regra, devem ter tradicionalmente três palavras ou sílabas), que é muito posterior.

Gravura do Imperador Amarelo:

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Sendo um dos Cinco Imperadores, ou Cinco Soberanos, Huang-Di também realizou outras façanhas notáveis, além de ter conseguido conquistar os outros reinos chineses. Na mitologia, diz-se que desde criança, ele teria uma inteligência fora do comum, capaz de estabelecer raciocínios avançados, muito além do que sua pouca idade permitiria. Curiosamente, depois de adulto, ele também interessou-se muito pela medicina, seus conselheiros médicos viam-se constantemente questionados por ele sobre os efeitos da medicina da época. Como os escribas registraram partes das conversas entre Huang-Di e seus ministros, surgiu o Tratado do Imperador Amarelo sobre Medicina Interna Chinesa, reescrito e aperfeiçoado, desde a antiguidade, até nossos dias, uma obra interessante, cheia de conhecimentos médicos e anatômicos, embora infelizmente cheia de aspectos mágicos, etc. Na realidade, muitos acreditam que este Tratado Interno, ("Nei-Jing"), tenha sido escrito mais tarde, durante o período dos Reinos Combatentes, por um grupo de médicos, que compilou os conhecimentos medicinais da época, e de períodos anteriores.
 
Última edição:
Cultura Long-Shan:

E no aspecto social, enquanto que os Yang-Shao éram ainda matriarcais, os Long-shan éram patriarcais, consequentemente mais guerreiros em sua cultura, do que os outros.


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Duas dúvidas.
A primeira: sociedade mais matriarcal e portanto menos guerreira? Acho isso meio duvidoso, e por duas razões.A primeira, é que pelo ouço falar, as sociedades "mais matriarcais" eram simplesmente sociedades em que as mulheres tinham a participação um pouco mais ativa fora de seus lares, especialmente quando seus maridos morriam. E em nenhuma delas as sociedades deixavam de ser menos guerreiras. A segunda é: como se definiria que a sociedade Yang-Shao foi mais matriarcal? Algum vestígio?
Segunda: esse guerreiro não é o de terracota da dinastia Qing, posterior ao período que vc tá tratando aqui?

Ah, tem uma coisa:onde vc coleta seu material de estudo? Quero estudar também :yep:
 
Duas dúvidas.
A Primeira: sociedade mais matriarcal e portanto menos guerreira? Acho isso meio duvidoso, e por duas razões.A primeira, é que pelo ouço falar, as sociedades "mais matriarcais" eram simplesmente sociedades em que as mulheres tinham a participação um pouco mais ativa fora de seus lares, especialmente quando seus maridos morriam. E em nenhuma delas as sociedades deixavam de ser menos guerreiras. A segunda é: como se definiria que a sociedade Yang-Shao foi mais matriarcal? Algum vestígio?
Segunda: esse guerreiro não é o de terracota da dinastia Qing, posterior ao período que vc tá tratando aqui?

Ah, tem uma coisa:onde vc coleta seu material de estudo? Quero estudar também :yep:

Olá Ceinwyn, que bom ter sua participação aqui no tópico. Bom, vamos as respostas:

Primeira: as sociedades matriarcais não tinham nenhuma inferioridade, mas éram menos guerreiras por um sentido, a cultura e religião. Vejamos, nas sociedades matriarcais, as mulheres éram mais participativas, (ou seja, uma boa qualidade), e a religião adorava a deusa-mãe, que seria a terra, ou mãe natureza, até aí nada a ver com as guerras, certo?, mas nestas culturas, sendo mais pacíficas entre sí, as cidades não éram tão protegidas, os valores guerreiros não éram adorados, e assim as pessoas dedicavam-se muito mais a agricultura e comércio, do que a guerrear. Assim, os guerreiros tinham menos experiência de batalha, (porque nesta época não existia exército permanente, em tempo de guerra, cada pessoa éra convocada, e trazia seu própio armamento). Já nas sociedades patriarcais, que éram mais voltadas a aspectos masculinos, a guerra éra a religião, eles viviam para guerrear, muitas vezes ainda nômades ou semi-nômades, dedicavam-se muito mais ao pastoreio de rebanhos e a caça, (além da guerra), do que a agricultura, etc. Assim, suas pilhagens e incursões davam aos homens destas sociedades patriarcais, uma cultura mais guerreira, (mas não mais heróica), e uma experiência de batalha mais ampla, porque se um homem de uma sociedade matriarcal combatia 1 vez por ano, e o resto do tempo cuidava da fazenda, o homem de uma sociedade patriarcal combatia umas 5 vezes ou mais por ano, aperfeiçoava suas armas, e pastoreava os rebanhos, protegendo-o de lobos e tigres, caçando gamos, leões ou ursos, domesticando cavalos selvagens, e treinado em danças da guerra mais vezes que seu antagonista mais civilizado.
A sociedade Yang-Shao foi mais matriarcal, porque sua cultura éra totalmente voltada para a religião da terra-mãe, e rituais de fertilidade, cultivo do solo, (uma agricultura bem avançada), e as mulheres que se tornassem sacerdotisas, tinham uma condição social como oráculos de grande importância em suas aldeias e cidades.

Segunda: este guerreiro, (embora a notável semelhança), não é um dos guerreiros de terracota do exército de Qin-Shi-Huang-Di, da Dinastia Qin, mas sim um guerreiro qualquer do período Yang-Shao-Long-Shan, sua couraça é ligeiramente diferenciada, o penteado é um pouqinho diferente também, e ele não está em postura de batalha para proteger um túmulo, mas sim em postura cerimonial de reverência, para adornar um templo-palácio, ou algo assim.

Agora, sobre meu material de estudo, fica muito difícel determinar, pois eu venho fazendo uso de inúmeras fontes diversas, ao decorrer de cinco anos, que foi desde quando eu comecei a estudar seriamente a história da China e Oriente, portanto eu vou reunindo informações aqui e lá, e adaptando tudo para os arquivos da minha biblioteca, onde eu os enquadro em um contexto mais específico. Mas se você desejar, vou lhe enviar endereços de ótimos sites sobre o assunto, (porém nem todos são em língua portuguesa), e também posso lhe enviar algumas cópias de manuscritos e artigos sobre estes assuntos. Fico feliz em ser-lhe útil.
 
Última edição:
Lobo, sobre sociedades matriarcais, continuo a discordar de vc, pois pessoas que conheço e e pesquisam h. das mulheres buscaram e buscaram livros sobre sociedades matriarcais, e não encontraram informações confiáveis. O que se diz sobre qualquer deusa-mãe que eu conheço está mais pra (des)informação mística do que pra qualquer outra coisa. Não posso falar sobre os chineses, de forma alguma. Mas quando alguém que estuda isso a fundo já há alguns anos diz o que reproduzi eu aceito, ainda mais tendo o exemplo celta na minha mente, que cansaram de dizer bobagens que as recentes pesquisas desmentem veementemente. E várias pesquisadoras já me disseram que nunca existiram sociedades matriarcais.

Quanto ao guerreiro, obrigada pelo esclarecimento.

E quanto aos sites, vc podia desponibilizar todos em um tópico pra todo mundo,nao/
 
*Ceiwyn*, por favor, me desculpe se eu pareci ofensivo ao descrever o matriarcalismo, não éra tal a minha intenção. Já sobre a existência ou não de sociedades matriarcais, é mais uma polêmica, se esta hipótese (matriarcalismo) for então derrubada, tudo bem, se não for, tudo bem igualmente, pois o estudo de história sempre se renova, e é constantemente aperfeiçoado pelo levantamento de novas hipóteses, teorias, etc. Eu não sou a pessoa mais indicada para debater a existência ou não de sociedades matriarcais ou patriarcais. Por enquanto prefiro acreditar que existiram tais sociedades, mas sem desmerecer sua opinião de forma alguma. Quanto a você discordar de mim é um direito seu, e até uma coisa boa para nosso debate, pois assim o conteúdo é enriquecido com vários pontos de vista diferentes, ao invés de apenas um. Muito obrigado por ampliar as possibilidades de minha humilde visão sobre matriarcalismo e patriarcalismo. Sobre disponibilizar links de referência, é uma ótima idéia da sua parte, certamente farei isto, mas primeiro pretendo me concentrar no topico em sí, e na organização das informações aqui dentro, sinologia é uma matéria muito vasta, exige muito do estudante que se dedica a compreender assim sobre tal assunto, eu não me considero ainda um especialista pleno, mas me esforço por fazer o melhor, e somente pesquisar em fontes confiáveis. No entanto, é iteressante notar que todos os historiadores e historiadoras chineses, consideram os Yang-Shao matriarcais, e os Long-Shan patriarcais.
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Prosseguindo com a descrição dos Imperadores mitológicos, temos também outras duas figuras importantes: são Yao & Shun, chamados "Os Dois Imperadores"... Estes antecedem ao lendário Yu, o fundador da mitológica Dinastia Xia, a primeira dinastia da China.

Imperador Yao:

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Há aproximadamente 4.000 anos atrás, este descendente do Imperador Amarelo, chamado Yao, foi aos 16 anos eleito líder de sua tribo. Ele é lembrado com respeito pela nação chinesa, por causa de sua inteligência e caridade. Ele estabeleceu a capital de seu reino na cidade de Ping-Yang, (ou Pingyang). Este Yao, segundo registros, administrava bem a nação, praticava artes marciais, comandava o exército pessoalmente contra os reinos rebeldes do Sul, o povo o considerava um filho do céu. Segundo a mitologia, ele ordenou a um de seus heróis, chamado Huo-Yi, um notável lutador, para "matar todos os animais ferozes que encontrasse, e também derrubar 9 dos 10 sóis que queimavam a Terra"... (Seja qual for o significado disto...). Assim seu reinado proporcionou um notável progresso em todas as áreas. para deter as constantes inundações que matavam milhares de pessoas, o imperador determinou ao ministro Gun para construir diques e represas, para deter as enchentes. Para manter seu poder, só nomeava funcionários de confiança e da sua própia tribo. Além disto, aconselhava os governantes tribais a manter a harmonia na convivência entre as diversas etnias. Ordenou a criação de um calendário, o primeiro da história, para determinar as épocas mais apropiadas para plantio e colheitas. Ele amava desenvolver a agricultura. Isto assegurou o fortalecimento da etnia Han sobre as demais. (atualmente a China é constituída de + ou - 56 etnias distintas). os outros líderes tribais éram seus ministros ou governadores. Reinou durante 70 anos. Então sucedeu que decidiu escolher um herdeiro digno, (talvez seus filhos não o fossem). Pediu sugestões aos governadores, e estes lhe indicaram um homem chamado Xun. Este foi escolhido por ser uma pessoa que conseguia conciliar os outros, com extrema habilidade, (inclusive os própios parentes)... Yao decidiu submeter Xun a um teste: Yao casou Xun com Ehuang e Nuying, (ambas as duas filhas de Yao). Por meio delas, Yao sabia sempre da conduta pessoal de Xun, enquanto este habitava com as duas esposas na margen do rio Wei. Assim Yao se certificou que Xun éra sempre generoso, e agia com justiça, designou-o seu sucessor, mas primeiro fez ele subir de cargo gradualmente, ora como ministro de educação, ora como ministro de saúde, agricultura, cultura, etc. Assim, Yao fez uma reforma geral no país, utilizando as boas idéias de Xu, enquanto este criava experiência para sentar-se no trono imperial, e governar todo o império. Yao então designou Xun como encarregado de receber nos "Quatro Portões" do palácio, aos emissários estrangeiros, embaixadores, e personalidades importantes. Tendo-se saido bem nisto também, Yao finalmente determinou o último teste para Xun: ir morar sozinho na selva, cheia de perigos, doenças e feras, para ser testado pela natureza, se tivesse muita fibra, sobreviveria... Xun morou na selva uns três anos, e Yao mandou buscá-lo de volta, para fazer dele o novo imperador.

Imperador Xun (Hsun):

Xun cuidava muito do desenvolvimento da agricultura. Atento a isto, e sempre procurando descobrir novos sábios, cientistas e filósofos, para torná-los ministros, ele acabou por direcionar estes conhecimentos a agricultura, com a abertura de canais de irrigação maiores e muitos poços de água potável. Reforçou ainda mais os diques, pois mesmo represados os rios, as enchentes sempre causavam alguns estragos. Seu reinado foi uma época de grandes avanços tecnológicos, e até econômicos, pois ele garantiu pela manutenção agrícola e apoio aos sábios, a uma grande variedade de descobertas: novos alimentos, e maior variedade de roupas. Assim o povo ficou contente. Quando estava em idade avançada, ele determinou que o ministro Yu, que combatia as enchentes, fosse seu sucessor. Xu teria vivido 110 anos de idade. Os chineses de todas as idades admiram a Yao e Xun, devido ao amor a sabedoria, e cuidados com a justiça, que ambos demonstraram.

Imperador Yu, o Grande:

Este é um personagem crucial na história e mitologia chinesa, por ter sido o responsável por "dominar as águas", e por ter criado a primeira dinastia da China: a dinastia mitológica Xia. Este notável engenheiro hidráulico, teve conceitos verdadeiramente inovadores para com a questão das enchentes, ao invés de construir diques e represas, ele ordenou a construção de canais e valas, abriu canais gigantescos sobre as montanhas, "aplainou os caminhos altos e baixos", aumentando a irrigação para a agricultura, e sendo o primeiro imperador a solucionar de vez a questão das enchentes. Além disto, diz a lenda que em seu reinado, grandes anvegações foram feitas, tendo enviado navios a atual Ampérica do Norte, onde teria criado colônias de mineração de cobre, para a produção de bronze. Foi o primeiro, mas também o maior dos imperadores Xia.
Bom, este Yu-Yu, ou Da-Yu, teria aperfeiçoado a metalurgia dp bronze a um nível muito maior. Criou a agrimensura, inovando a legislação agrária e o plantio. Foi o primeiro dos imperadores a ser cognominado "O Grande", além da engenharia hidráulica, ele também amava a arquitetura. Conquistou "nove impérios", estabeleceu um recenseamento sobre pessoas e produção, e ainda enviou uma frota de navios a terras distantes, (que seríam os atuais EUA), seus navios alcançaram a América do Norte. Isto estaría comprovado em um "mapa-mundi", ecsrito por ele mesmo, o primeiro tratado geográfico que se tem notícia, o Shan-Hai-Ching. è mais um dos imperadores mitológicos e notável benfeitor. Também criou uma arte marcial, exclusiva da corte, denominada "Os Nove Passos de Yu", de nove formas circulares.
 
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Gravura antiga de Yu, fundador da dinastia Xia:

Da_yu.jpg


Mapa da China na Dinastia Xia:

xiamap.gif


Bem se nota que o território éra ainda minúsculo se comparado com o atual, mais ainda se comparado com o território chinês no auge da expansão do império, durante a dinastia Qing.
 
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*Alagos sentado no chão com as pernas cruzadas-Boquiaberto com os Posts de Lobo Nobre*

Deus... Vim parar correto! *Sorri*
Iesten, Hîr Lobo Nobre, prossiga...
Meus estudos sobre a Cultura e História Orientais não abrangem tais raízes...
Mas quando chegar à Lenda da Imperatriz Taki do Século XI e seus Pés-de-Lótus, poderei contribuir com o Tópico! *Ri*
Por hora, apenas aprenderei o que puder contigo, Senhor... *Segura os joelhos junto ao corpo-Atento aos ensinamentos de Lobo Nobre*
 
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*Lobo Nobre ergue-se, faz uma reverência, e senta-se no chão, na tradicional postura de lótus, meditando alguns segundos*

Sejas bem vindo, honorável e sábio Alagos, com certeza chegaste ao lugar certo, para partilhar de vossa sabedoria conosco sobre Oriente antigo e medieval. Vou prosseguir sim, mas antes gostaria muito de saber a respeito da Imperatriz Taki, parece-me tal uma história muitíssimo interessante, se puder compartilhar tais dados, ficarei grato. Sería ela talvez uma outra imperatriz lendária do Japão, talvez do período Yamato, assim como a imperatriz Himiko? Ou não? Fiquei sobremodo curioso... As histórias do Sol Nascente (Japão), e as do Império do Meio (China), e as do Reino de Diamante (Coréia), bem como tudo que se refíra ao Oriente em geral, sempre me interessa muito mesmo.

*Lobo Nobre aguarda enquanto prepara seu chá sobre uma fogueira no chão*
 
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Muito boms e intressantissimos este pos lobo nobre parabéns pra vc, apareceu uma duvida interessante, poderia haver uma hipotese dos chinesse que chegaram ao EUA alguns ficarem por lá migrando e chegar ao brasil e aqui eles evoluiram se tornando a civilização indigena, pois há muita semelhança entre eles e a cor deles o corpo se adaptou por causa do calor se tiver algo sobre isso por favor me informe.
Resumindo:

Os Chinese poderiam ter dado início a civilização indigena, incluindo os Maias, Astecas e Incas? que são muito semelhantes a eles também e isso pois os detalhes são inegaveis, os detalhes da face e dos olhos puxados de todas essas 5 raças.(Chinese, Maias, astecas, Incas e Indigenas).
 
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Eu particularmente acredito que os chineses deram origem a vários povos indígenas, como você afirmou, em especial os incas... Analisemos que já foi comprovado que um dos capitães do almirante Zheng-He chegou ao Brasil na Idade Média, durante a dinastia Ming, e houve inúmeros outros casos assim. Mas não podemos ignorar que vários outros povos avançados também chegaram por aqui antes dos europeus, por exemplo os fenícios tinham uma base no Maranhão. Eu sempre considerei as semelhanças entre maias, astecas, toltecas, chimú, olmecas, incas, e outros, com a civilização chinesa e egípcia mais que mera conhecidência. Na minha opinião, acho que os remanescentes das colônias de mineração dos Xia nos EUA, se misturaram aos nativos autóctones, talvez malaios, ou proto-mongólicos, como você disse... É uma cousa muito natural esta miscigenação, ainda mais sendo eles tão semelhantes. E veja que os proto-mongólicos, (ancestrais dos chineses, japoneses, coreanos, egípcios em parte, e indígenas em parte, além de muitos outros povos), éram divididos desde o início em muitas tribos que se espalharam, e se modificaram parcialmente devido a climas e ambientes. A minha única dúvida séria nisto, seria até onde está a similaridade entre proto-mongóis e dravidianos, como os da India e Malásia, ou os Tupis no Brasil. É algo que me é muito intrigante...
 
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Analisemos que já foi comprovado que um dos capitães do almirante Zheng-He chegou ao Brasil na Idade Média, durante a dinastia Ming, e houve inúmeros outros casos assim.

Devagar aí. Comprovado?

Até onde eu sei isso é só especulação, bem rasa. Você tem alguma referência séria sobre o assunto?
 
Notícia da Agência Estado, dia 22/01:

"Um proeminente advogado e colecionador chinês, revelou, na segunda feira passada, um velho mapa que ele e alguns apoiadores dizem, poderá derrubar uma das crenças centrais da civilização ocidental: a de que os europeus foram os primeiros a circunavegar o mundo e a descobrir a América. O mapa chinês foi traçado em 1763, mas Liu Gang, sócio de um conhecido escritório de advocacia em Pequim e historiador amador, diz que se trata da reprodução de um mapa de 1418. Apresenta o mundo como um globo, com todos os principais continentes representados com uma exatidão que os mapas europeus só teriam século e meio mais tarde (...)"

Notícia da BBC Brasil.com:

"Uma frota de navios chineses teria chegado a América setenta anos antes da descoberta de Colombo, em 1492 (...) Quando os espanhóis chegaram, eles encontraram muitos chineses, além de restos de um barco a vela típico chinês (...)"

Notícia da MUNDOGEO:

"O mapa foi comprado em 2001 por Liu Gang, um eminente advogado colecionador de mapas e pinturas. Temeroso que se trata-se de uma falsificação, mostrou sua aquisição a cinco colecionadores experientes, que concordaram que as marcas deixadas no papel de bambu, e a perda de pigmentação, testemunhavam a antiguidade (...) Cinco especialistas em cartografia antiga assinalam, no entanto que o mapa, que parte da hipótese de que o mundo é redondo, limita-se a reunir informação que estava disponível separadamente em mapas náuticos anteriores e acreditam que é autêntico"
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Também (como suplemento as matérias de conceituadas agências de notícias), recomendo-lhe a leitura do ótimo livro fundamentado em descobertas arqueológicas: "1421- O ano em que a China descobriu o mundo", do pesquisador Gavin Menzies, um ex-marinheiro britânico. Publicado pela Bertrand Brasil, em 2006. Para escrever o livro, ele se baseou em pesquisas que fez ao percorrer mais de 120 países do mundo, e mais de 900 museus e bibliotecas, e usou inúmeros mapas antigos.

Tais referências lhe parecem sérias o suficiente?
 
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Notícia da Agência Estado, dia 22/01:

"Um proeminente advogado e colecionador chinês, revelou, na segunda feira passada, um velho mapa que ele e alguns apoiadores dizem, poderá derrubar uma das crenças centrais da civilização ocidental: a de que os europeus foram os primeiros a circunnavegar o mundo e a descobrir a América. O mapa chinês foi traçado em 1763, mas Liu Gang, sócio de um conhecido escritório de advocacia em Pequim e historiador amador, diz que se trata da reprodução de um mapa de 1418. Apresenta o mundo como um globo, com todos os principais continentes representados com uma exatidão que os mapas europeus só teriam século e meio mais tarde (...)"

:lol:

Eu perguntei sobre referências sérias.

Achei que não fosse isso, mas você está se baseando naquele livro "1421". O problema é que esse livro está mais para um "O Código Da Vinci" do que uma pesquisa historiográfica séria.
 

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