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A Rainha (The Queen, 2006)

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Com uma magnífica atuação da atriz Helen Mirren, cuja semelhança com a soberana inglesa na telona é surpreendente, o longa-metragem de Stephen Frears reconstrói os dias posteriores à morte de Lady Di e as críticas que a família real recebeu por sua postura depois da trágica morte da "princesa do povo".

O filme apresenta uma monarca sóbria e humana, guardiã da tradição e dos valores vitorianos, que precisa se dividir entre o dever institucional, a proteção dos netos e o desafio de uma visão mais moderna do mundo.

Aplaudido ao fim da projeção para a imprensa, o filme, que havia chegado ao Lido precedido por uma grande polêmica por tocar em um tema tabu para os ingleses, na realidade é um retrato simpático, amável e impregnado de humor inglês da família real, assim como do então recém-eleito primeiro-ministro Tony Blair (interpretado por Michael Sheen).

Fonte: UOL

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Desde já este é, juntamente com A Grande Ilusão e The Departed, minha grande aposta entre os oscarizáveis. A crítica vem falando muito bem do longa, principalmente das atuaçãos de Mirren (A Rainha) e Michael Sheen (Blair), possíveis concorrentes ao Oscar, além de retratar bem o eterno conflito entre as tradições e o futuro, sem apontar culpados nem mocinhos.

Stephen Frears está devendo um bom filme desde do excelente Ligações Perigosas (apesar d eu ainda não ter visto Alta Fidelidade e Coisas Belas e Sujas). Por isso, rezo q ela tenha deixado as Sras. Henderson da vida bem no passado.

A estréia ocorre em 15 de dezembro nos EUA, chegando por aqui, e olhe lá, somente em fevereiro.
 
Re: The Queen (idem, 2006)

Ele não está devendo um bom filme desde Ligações Perigosas, teve Alta Fidelidade em 99 (ou 2000, não lembro), que vc mesmo alegou não ter visto.
 
Realmente ainda não vi Alta Fidelidade, mas duvido que se aproxime de Ligações Perigosas. Stephen Frears está devendo um filme tão denso quanto este, embora Coisas Belas e Sujas (o qual ainda não assisti) talvez se aproxime. Mas acima d tudo, o que quero é q ele tenha deixado d lado toda a água-com-açúcar q foi Sra. Henderson Apresenta. Por isso, o jeito é esperar até fevereiro.

Teve também Os Imorais, filme seguinte a Ligações Perigosas, mas ainda não consegui encontrar este, apesar d parecer ser ótimo.

Trailer!


As expectativas continuam as melhores.
 
Última edição por um moderador:
Saca "made for tv"? Poisé. Não é grandes coisas, não. A atriz que interpreta a rainha está realmente fantástica, mas o filme em si é só mais um da série "a tragédia da lady di", apenas mudando o foco pelo qual a história é contanda.
 
Mais para um terço do que um quarto (eu diria quase metade, hehe). O filme mescla reportagens, entrevistas com o que estava acontecendo no momento. Por exemplo: primeira conversa de Blair com a Rainha, alguém chama a Rainha para resolver um problema, a esposa de Blair comenta "é claro que é a Diana" e então aparecem vários momentos das coisas que ela aprontou um tanto antes de morrer, tipo ser flagrada aos beijos com o namorado num iate e coisas assim.
 
Eu achei um filme excelente, embora ele claramente se sustente principalmente na atuação da Helen Mirren e no pré-conhecimento da história da família real que você tem antes de assistir ao filme.

A maquiagem deixou a Mirren parecida com a rainha, mas a atuação de verdade não ficou obscurecida (ao contrário da Charlize Theron em Monster). A compostura assumida e as expressões sutis já são dignas de dar a ela o Oscar, mas ter conseguido humanizar a personagem e torná-la identificável que é o grande trunfo do filme. Sem muitas palavras você consegue entender os motivos que levaram a rainha a manter-se calada após a morte de diana.

O fato dos personagens existirem na vida real e história acompanhar um fato recente dá mais força ainda às cenas, principalmente porque a maioria delas se concentra em pequenos detalhes de suas vidas e dramas e conflitos pessoais. É inegavelmente tentador observar a rainha elizabeth dirigindo seu próprio land hover sobre um rio, por exemplo. Em geral nós já sabemos aonde tudo vai dar politicamente mas é extremamente sedutor acompanhar os pequenos acontecimentos pessoais que marcaram a trajetória.

Eu gostei especialmente como o filme poderia ter recorrido ao melodrama muitas vezes mas optou por evitá-lo. Quando por exemplo o charles dá a notícia ao príncipe williams que a mãe acabou de morrer, a câmera simplesmente vislumbra o menino pela porta entreaberta numa tomada que dura pouco mais de um segundo. O filme tem plena consciência do que é importante no seu objetivo e é particulamente correto quando ele foca sua atenção não só na rainha mas também no tony blair - dois personagens com motivações totalmente opostas.
 
Fala sério que você não achou "novelinha" ou "made for TV"? Ainda mais com todas aquelas cenas reais no meio :eek:
 
De um filme feito pra TV no sentido que eu acho que vocês estão falando, eu esperaria muito menos sutileza e mais melodrama do que tem nesse filme. E eu acho que ele teve muito cuidado com ambas as questões, em todos os sentidos – eu inclusive li que o Alexandre Desplat teve que compor a trilha em três semanas porque o Frears tinha achado a trilha do compositor anterior muito pouco sutil. Usar imagens de arquivo não configura nenhum problema a princípio, é um recurso usado muito comumente em docudramas. Eu teria problemas se a coisa toda ficasse em cima da superficialidade do negócio do acontecimentos-sob-outro-ponto-de-vista, com seus personagens rasos simulando o que fulano um e fulano dois fizeram na situação x, mas eu realmente achei que o filme se preocupa com o conteúdo dos personagens e chuta a bola no gol quando ocupa boa parte do seu tempo com situações humorísticas, de dia-a-dia, de conflitos pessoais e de observação.
 
O embate entre a rainha e a outra ex-rainha é maravilhoso. O momento em que a vontade popular vai tomando uma forma que a rainha não previa é extremamente interessante. Pena que não mostre ela se curvando quando o corpo da Diana passa, mas mesmo assim, conseguiu passar a sensação de que ela cedeu.
Dois momentos que eu destacaria:
-Quando falam sobre o funeral (que a rainha mãe diz ser o dela) e a troca de chefes de estado por celebridades. E no fim aparece Tom cruise, Spilberg e afins entrando na abadia :lol:
-Ela falando para o Blair que um dia ele entenderia o que era ser impopular e na verdade esse momento realmente chegou como ela disse (Guerra do Iraque).
Fora as coisas que o Ristow comentou, como acompanhar o dia a dia.
 
Concordo com o Ristow e o Tisf. Achei o filme excelente.


E o fato de ter bastante imagens de arquivo não significa nada, Boa Noite e Boa Sorte também tinha e pra mim foi o melhor filme do ano passado.
 
E o fato de ter bastante imagens de arquivo não significa nada, Boa Noite e Boa Sorte também tinha e pra mim foi o melhor filme do ano passado.

Em Boa Noite não era TANTO quanto em A Rainha. Não que eu ache que isso tenha tornado o filme ruim - até porque esses momentos "casaram" bem com o resto do filme, não são saltos sem conexão.

A única coisa é que, independente disso, achei insosso. A Mirren está perfeita, mas fora isso o filme não tem absolutamente nada demais - não cheira, nem fede.
 
Ah não foi insosso, vai! Eu achei que o filme explora bem o poder do mito. A rainha era aquela pessoa segura de si, que achou que as coisas fossem passar logo, mas a oponente dela era uma espécie de símbolo, uma pessoa morta que se tranformou em algo fora do controle dela, que ameçou mil anos de uma linhagem! A cena dela lendo os bilhetes fora do palácio achei bem foda.
 
Eu assisti ontem. Tipo, quem foi que teve a idéia desinteressante de fazer um filme sobre a rainha da Inglaterra, a Lady Di e o Tony Blair? E COMO DIABOS ISSO FICOU BOM?

Eu adorei! Nossa, Lovejoy, sou obrigado a discordar muito de você, porque não achei nada de insosso no filme. Achei surpreendente como o filme foi tratado, como o Ristow já disse, com sutileza e profundidade - uma coisa não muito comum, heim.

(Spoilers a seguir, talvez)

Sem contar com a abordagem, né. O cotidiano que o Ristow e o Tisf citaram e tudo mais. Os príncipes caçando, a rainha andando de carro, Tony Blair tomando café da manhã com a família. Sensacional, eu achei. A forma com que a história é narrada também foi muito inteligente, os recursos narrativos - como as imagens reais e o Transcendental (disfarçado de cervo) - foram muito bem utilizados.

Fiquei TÃO sem ar vendo as montanhas e montanhas de flores nas grades do palácio, as pessoas lá fora reunidas, toda aquela comoção em massa... Eu tinha 9 anos de idade quando a Lady Di morreu, e obviamente não tinha noção da dimensão desse acontecimento. O filme me esclareceu e me comoveu, arrancando até uma ou duas lágrimas.

Ah, muito bom. Fiquei feliz, foi uma surpresa gostosa (eu fui assistir por acaso, mal sabia do que se tratava o filme - "olha, o Tony Blair", eu murmurei, quando começou).
 
Última edição por um moderador:
Gostei, mas esperava acha-lo melhor vendo as notas do pessoal aqui do fórum.

A primeira metade dele eu achei excelente, não há o que reclamar muito. A coisa começou a deslancha na segunda parte...

A falta de sutileza foi o principal aspecto, os problemas que envolviam a rainha parecem se tornar um jogo de bom contra o mau. De um lado o acessor de Blair e sua mulher, do outro o príncipe Philip, etc. Enquanto a rainha fica com o papel do impasse e o Tony Blair parece ser o único sensato a ponto de manter-se capaz de entender tanto um lado quanto o outro, mas nem nisso eu acho que funcionou muito bem. Veja bem, essas caracteriscas dos personagens são muito bem apresentada no início do filme, mas aparentemente no final do filme o Frears foi perdendo o feeling e a minha sensação sob os personagens foi se tornando extrema e desagradável.

Alguém notou que o príncipe Charles desaparece? Ele estava tendo um papel fundamental junto ao primeiro-ministro de manter os ânimos em ordem e não fazia o menor sentido ele ser esquecido pelo filme, será que o Peter Morgan (roteirista) esqueceu da existência dele?

Fora aquela história do cervo, realmente alguém achou aquilo essencial a história? Até porque para mim a rainha claramente resolveu agir com relação à morte da Lady Di porque se viu pressionada pelo povo, em especial. E essa passagem do cervo, aparentemente só serviu para dar um tom melodramático inútil para o personagem da rainha.

Por outro lado achei que o material documental funcionou perfeitamente bem, e foi a alma do filme em termos de emoção, em diversos momentos eu me vi com os olhos marejados de lágrimas. Em especial gostaria de falar na sequência da morte da Lady Diana que devido à uma excelente montagem criaram um clima bem tenso.

Por fim, a Helen Miren deve realmente ganhar o Oscar, sua atuação está formidável. Mas alguém notou o jeito deslexado dela andar? Um amigo meu falou que ela andava deste modo somente quando estava nos aposentos, mas sei lá né? Uma pessoa que foi criada durante sua vida toda com a etiquete de uma familia real não andaria assim em lugar nenhum. De qualquer maneira isso é só uma observação mesmo.


De qualquer maneira alguém pode me indicar alguns filmes bons do Frears, acredito que tenha visto somente o Alta Fidelidade, que assisti há muito tempo atrás e nem acho grande coisa.
 
Última edição:
De qualquer maneira alguém pode me indicar alguns filmes bons do Frears, acredito que tenha visto somente o Alta Fidelidade, que assisti há muito tempo atrás e nem acho grande coisa.

Dele, fora Alta Fidelidade, óbvio, gosto desses dois: Sra. Henderson Apresenta é excelente (embora tenha passado meio batido nos comentários aqui no Fórum). Ligações Perigosas é uma adaptação muito, mas muito bem feita de um livro bacana.
 

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