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Filhos da Esperança (Children of Men, 2006)

Deriel

Administrador
Estranho ainda não ter um tópico sobre o danado :think:

De qualquer forma Filhos da Esperança é um filme de ficção científica, situado em 2027, que mostra uma Terra devastada pela anarquia e descontrole devido ao um fato muito simples: há 18 anos não nasce nenhuma criança no mundo. O filme em si conta a história do difícil transporte de uma mulher grávida até um local a salvo. O filme é baseado no livro The Children of Men

O filme está concorrendo a três Oscar: Edição, Roteiro Adaptado e Fotografia. A melhor chance é em edição, com suas tomadas longas das grandes guerrilhas urbanas e do "campo de concentração" de imigrantes ilegais.

Show de bola :yep: Quer dizer, tirando o que já virou óbvio: má tradução do título. De primeira a gente até pensa que é Globo Produções ou novela das oito.
 
Última edição:
E tem o meu super amigo Michael Caine no elenco :joinha:

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Enfim, muito bacana o filme, especialmente no começo. Já para a metade fica toda aquela coisa louca de vamos-salvar-a-moça-prenha e cai de um sci-fi para uma aventurona tensa, mas bem, até como "aventurona tensa" é interessante. Pois é, no final das contas uma experiência válida.
 

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Eu queria ver isso no cinema mas eu acho que não vai ser possível.

Edit -- falei cedo demais, aparentemente tá passando aqui em Santos apesar de não estar mais passando em São Paulo. Acho que vou ver hoje.
 
Última edição:
Eu vi há um tempinho já. Me arrependi de não ter visto no cinema. A direrção tá foda. O filme todo é foda, aliás.
 
Nesse filme que o Pablo do Cinema em Cena comentou que tem 3 dos planos mais complexos e geniais da história do cinema.
 
O lance da perna do Davi é isso:

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Aperece quando o Clive Owen visita o primo. Ainda mais legal é o porco do Pink Floyd.

Esse filme é realmente muito bom.

Achei estranho quando vi que era baseado em um livro da P.D. James, mais conhecida por romances policiais. Li por aí que o filme é uma versão bem menos complexa da história do livro, mas não sei o quanto isso é verdade.
 

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Nesse filme que o Pablo do Cinema em Cena comentou que tem 3 dos planos mais complexos e geniais da história do cinema.

Acredito que sejam os de guerrilha. Num dos quais a câmera fica com pingos de sangue por um bom tempo pra não precisar cortar.
 
:rofl:

eu não tinha notado. fui procurar imagens e não achei, valeu Paulo.

O porco foi engraçado tb. Eu disse para o Fábio "Olha, tem um porco voando lá fora" e o Fábio olhou para a janela daqui :lol:

Gostei do "Não invadam o Iraque" também. Enfim, cheio de detalhezinhos, bem bacana. Quase vale a pena ver de novo :dente:
 
Além do Pig, tem a cena mais emocionante do filme:

And smiles as the puppets dance
In the court of the crimson king.


:D
 
Eu não sou lá um grande apreciador de filmes de guerra, mas as cenas de ação me pareceram mais realistas do que o normal, as explosões menos exageradas, os tiros "mais secos" e menos barulhentos. E isso contou a favor
 
Dei um jeito de ver (dêem um jeito também). Por acaso o filme se passa num futuro caótico com Inglaterra no topo do mundo e o filme anterior que eu vi também se passa num futuro caótico com Inglaterra no topo do mundo (com uma diferença: V de Varizes* é sofrível, e Filhos da Esperança é ótimo e top5 2006). Este aqui é sobre um cara rumando prum lugar com uma grávida que em condições pra lá de desfavoráveis vai parir a Criança Esperança por quem todo o mundo vai dar glórias. Quer dizer que em outras palavras isto se trata de um novo Natal num futuro caótico com Inglaterra no topo do mundo. Quer dizer que isto é muito interessante.

*se um filme não te prende ao sofá, você o pausa e se levanta a toda hora, logo você passa muito tempo em pé, então ele te proporciona varizes, daí o nome

Um luxo a casa do carinha lá com David Saci, Guernica na sala de jantar e tal. Tem vários detalhes bacanas mesmo. Felizmente pude voltar quando perdia algum. Os anúncios publicitários do governo, o "Quietus" (horripilante), os escritos nas pixações... Apocalipse dos bons.

pingos de sangue por um bom tempo pra não precisar cortar

Genial né. As guerrilhas foram mesmo mais convincentes do que se costuma. Cuarón é o cara. A cena "No carro com Kee e Julian" (vou chamar assim pra poupá-los de spoiler) vai encabeçar minha lista no VFA. Foda do descontraente ao putaqueparilizante.

PS: Pull my finger. Hahaha. Eu sou tão puro. Demorei pra entender. Aliás, depois de O Grande Truque, Michael Caine com outra atuação notável em 2006. Maluco beleza hilário o Jaspien :lol:
 
Última edição:
Esse filme é meio estúpido e sem sentido. O roteiro não leva a premissa pra nenhum lugar interessante, e as tentativas totalmente superficiais de refletir problemas atuais são patéticas -- qual é o ponto de todo aquele drama com os imigrantes ilegais? "A imigração ilegal é um problema?" "A imigração ilegal é um problema agora, mas poderia ser pior?" Ou o que. Sinceramente, Cuarón, eu preferia que você e seus 20 roteiristas tivessem se concentrado em algo que significasse alguma coisa, ou que pelo menos fizesse sentido. Quem se importa com imigrantes ilegais se daqui a pouco não vai haver mais pessoas no mundo?

O filme até consegue criar um futuro apocalíptico perturbador, e aqueles planos ultra-longos masturbatórios* são bem impressionantes, mas a coisa não vai muito mais longe que isso. Eu não sou necessariamente contra estilo sem substância, mas aqui nós temos um roteiro que claramente acha que está dizendo algo importante, mas no fundo não passa de um Mad Max mais chique (aliás, Mad Max 2 é bem superior a esse filme). Existe um nome pra isso: pretensão.

*Ok, dois dos Três Planos Que Estão Entre Os Mais Complexos Da História Do Cinema Segundo Paulo Vidraça são a) aquele do carro na estrada e b) aquele das gotas de sangue na tela. Qual é o terceiro?
 
*Ok, dois dos Três Planos Que Estão Entre Os Mais Complexos Da História Do Cinema Segundo Paulo Vidraça são a) aquele do carro na estrada e b) aquele das gotas de sangue na tela. Qual é o terceiro?

Acredito que seja o momento do barco, agora já não lembro mais, mas acho que é isso.
 
Esse filme é meio estúpido e sem sentido (...)

Você levantou um ponto que acha "fraco" na história, e só por isso o filme é "estúpido e sem sentido"? O tema dos imigrantes ilegais é uma pequena parte da história. E nem é a mais interessante.

(...) qual é o ponto de todo aquele drama com os imigrantes ilegais? "A imigração ilegal é um problema?" "A imigração ilegal é um problema agora, mas poderia ser pior?" Ou o que.

Acho que a mensagem é "a imigração é um problema", e principalmente "as atitudes que os governos tomam frente a imigração são desastrosas".

Quem se importa com imigrantes ilegais se daqui a pouco não vai haver mais pessoas no mundo?

O livro explica isso melhor, mas é bastante óbvio no filme também. O mundo está um caos, a Inglaterra consegue mais ou menos impedir que esse caos se espalhe pelo país. Isso só acontece, dentre outros mecanismos, controlando rigidamente a imigração. Por outro lado, quem está num país em colapso que ir para a Inglaterra, onde há "conforto e segurança".

No entanto, como você observou, isso é uma tentativa idiota, que só atrasa o inevitável, mas, visto por essa ótica, "a arca" também não tem nenhum propósito. E daí? Pessoas desesperadas fazem coisas sem sentido.
 
Você levantou um ponto que acha "fraco" na história, e só por isso o filme é "estúpido e sem sentido"?

Eu não faço a mínima idéia de onde você tirou esse raciocínio.

"O roteiro não leva a premissa pra nenhum lugar interessante" = (...)?

Por favor, Paulo. :roll:

Paulo disse:
O tema dos imigrantes ilegais é uma pequena parte da história.

Tem pessoas enjauladas no filme inteiro. Eu não chamaria isso de "uma pequena parte da história".

Anyway, foi só um exemplo.

Paulo disse:
E nem é a mais interessante.

Qual seria?

Paulo disse:
Acho que a mensagem é "a imigração é um problema", e principalmente "as atitudes que os governos tomam frente a imigração são desastrosas".

Uau. Profundo, hein.

Paulo disse:
O livro explica isso melhor, mas é bastante óbvio no filme também. O mundo está um caos, a Inglaterra consegue mais ou menos impedir que esse caos se espalhe pelo país. Isso só acontece, dentre outros mecanismos, controlando rigidamente a imigração. Por outro lado, quem está num país em colapso que ir para a Inglaterra, onde há "conforto e segurança".

No entanto, como você observou, isso é uma tentativa idiota, que só atrasa o inevitável, mas, visto por essa ótica, "a arca" também não tem nenhum propósito. E daí? Pessoas desesperadas fazem coisas sem sentido.

O problema é a ênfase, como se o filme estivesse fazendo algum comentário sobre o tema, quando na verdade ele só está jogando a coisa superficialmente na mistura (já que aparentemente isso é suficiente pra conseguir uma indicação ao Oscar de roteiro adaptado).
 
Quem se importa com imigrantes ilegais se daqui a pouco não vai haver mais pessoas no mundo?

Controle. As pessoas tentando manter os últimos resquícios de uma vida organizada como eles a conheciam, sem se deixar consumir pelo caos e desordem totais provocadas pela total nihilismo provocado pela esterilidade da espécie.
 
Eu não faço a mínima idéia de onde você tirou esse raciocínio.

"O roteiro não leva a premissa pra nenhum lugar interessante" = (...)?

Por favor, Paulo. :roll:

Você pode desenvolver mais isso.

Eu acho que a premissa é bem desenvolvida de diversas maneiras:
a) com o tema dos imigrantes ilegais. Ou seja, o quanto torna-se necessário e desejável (isso é mais importante no caso) um Estado forte, ainda que bastante repressor.
b) como os países com condições de manter sua população em segurança se fecham para o mundo exterior.
c) ainda que o estado ofereça conforto e segurança, algumas pessoas preferem viver de forma marginal a este (vide os bandos armados na estrada).
d) acho que o filme trata, sobretudo, do que acontece quando não há mais esperança. Quando a pessoa mais jovem morre e não nasce ninguém a 25 anos ninguém mais tem esperança em relação a nada.

Eu poderia citar vários tópicos interessantes que o filme aborda. Talvez eles não sejam interessantes para você.

Essa análise também poderia sem empreendida sobre o os personagens. Ainda que a maioria não tenha muito tempo em tela, vários tem um significado intrínseco e servem de gatilho para algumas reflexões.

Tem pessoas enjauladas no filme inteiro. Eu não chamaria isso de "uma pequena parte da história".

Anyway, foi só um exemplo.

Certamente não é a parte mais importante.


A premissa inicial é ótima. Mas isso é bastante óbvio. Pra mim, e isso é bastante pessoal, o papel do estado na vida daquelas pessoas é o mais interessante.

Diversas cenas me impressionaram, mas a minha preferida é quando o Faron visita o primo e entra numa Londres totalmente diferente. Tem outro mundo dentro dos portões protegidos por guardas. E esse mundo não é acessível pra grande maioria da população, mesmo para os ingleses.

A idéia de que as crianças pararam de nascer e ninguém tem a menor idéia do porque também é boa. Dá margem à muita coisa.

Eu também gostei bastante de como o filme mostra o capacidade de adaptação dos personagens. E faz isso sem cair em uma homogeneidade simples: Alguns lucram com o estado do mundo, outros se matam, a maioria segue vivendo.

Uau. Profundo, hein.

Eu acho que é uma reflexão bastante importante.

O problema é a ênfase, como se o filme estivesse fazendo algum comentário sobre o tema, quando na verdade ele só está jogando a coisa superficialmente na mistura (já que aparentemente isso é suficiente pra conseguir uma indicação ao Oscar de roteiro adaptado).

Eu não achei superficial não. Não é óbvio, mas está lá, como você disse, ao longo de todo o filme.

Eu concordo que o filme aborda muitas temáticas, talvez mais do que deveria, mas não acho que estas fiquem "jogadas", só não são tão desenvolvidas quanto poderiam ser. Mas acho que a opção frente a isso foi boa: eles jogam parte do desenvolvimento de questões marginais a linha central do filme para a audiência.
 

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