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Mais Estranho que a Ficção (Stranger Than Fiction, 2006)

Maedhros

Whadahell?
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Harold Crick (Will Ferrell) é um cobrador de impostos da Receita Federal que surta quando a sua vida começa a ser contada por uma voz que só ele consegue ouvir. A narradora, Kay Eiffel (Emma Thompson), luta para completar o que pode ser seu melhor livro, ápice de uma carreira de romances trágicos. O filme recorre à estrutura de comédia romântica e realismo fantástico para falar sobre a arte de contar histórias, e é também a primeira comédia dita inteligente da carreira de Ferrell.

FONTE: Omelete
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CONTÉM SPOILERZINHOS:
Bom, eu assisti hoje, e fiquei impressionado com o que vi. O roteiro se apoia bem na situação inusitada e arranca belas atuações de todo o elenco (especialmente de Emma Thompson, que dá um show como a escritora decadente e amarga). Will Ferrell também está muito bom, sem muitas caretas e com algumas cenas marcantes.

Um porém é que em alguns poucos momentos, o filme se estende um pouco demais em subtramas que podiam ter sido deixadas mais de lado (como o affair de Harold com a confeiteira, bem interpretada por Maggie Gyllenhaal). O final, que remete à certa redenção por parte da autora, também tira um pouco do brilho do filme em prol de um certo tom de 'moral'. Mas isso não chega a prejudicar o todo. Pelo menos não pra mim.
 

Anexos

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Última edição:
Nossa, por que ninguém está comentando esse filme? Achei excelente! Tal como o Maedhros disse, a Emma Thompson está incrível como escritora (se a Nicole Kidman não tivesse sido tão genial em As Horas, eu até diria que poderiam ter colocado a Emma para fazer o papel de Virginia Woolf).

O roteiro está bem bacana. Como disseram em vários lugares, o roteirista segue bem a escola do Kauffman. Tudo malucão, mas deliciosamente maluco.

E concordo: o final quebra um pouco a narrativa do filme. Não é tão desastroso assim, mas é decepcionante.
 
Olha só eu tomei o final como
uma ironia das histórias sempre terem que acabar bem. Por isso não me decepcionei não. Tanto que o comentário do Dustin Hoffman foi que era uma obra-prima com ele morrendo. E depois que ele leu o final modificado, ele falou: é, tá apenas bom :lol:
 
Achei Dustin Hoffman genial nesse filme. :clap:

Quando vi no cinema eu fiquei rindo com essa cena, dele tentar convencer o cara a morrer por causa do livro. :lol: Aí depois pensei que tudo ia dar certo, que ele ia achar o livro modificado uma obra-prima também... Quando ele fala que tá "apenas bom", eu morri. :rofl:

Mas que o filme é bom, é. Divertido, e inteligente, IMO.
 
Contêm Spoilers:

O que mais me impressionou foram as narrativas que se entrecruzavam. Por horas era assumida pela narradora em primeira pessoa. Quando essa voz cala, porém, a história continua, e pode se imagiar ela onipresente. Isso é simplesmente genial. Enquanto uma ação qualquer é desenvolvida, você pode a qualquer momento puxar a voz da narradora para perceber como ela se mescla com o que está sendo exibido sem narração.

Há um nível de história, explicito apenas de certo modo que também é singular. Em nenhum momento a voz da narradora descreve a ação da personagem de Harold Crick ir atrás da escritora que prenunciou sua morte (ela mesma). Porém, quando ela escreve que "o telefone toca", isso implica que o livro que ela estava escrevendo narra também esta parte da novela: a parte em que Harold decide encontrá-la.

Imaginem a complexidade do roteiro: escrever sobre uma personagem que controla outra personagem. Quando usar que tipo de narrativa? Quando narrar de maneira onipresente, quando dar voz a escritora, quando manifestar a ação por parte de Harold Crick... E todas essas passagens são feitas de maneira curiosa, e ao mesmo tempo discreta o suficiente para congruir o todo de maneira natural.

O grande apelo se dá no final, onde a morte ou sobrevivência de Harold parece querer determinar não só a qualidade do final do filme, como toda a amarração da história. Quando o espectador percebe isso, o atrevimento do filme de querer determinar por si só a qualdiade do seu final, gera-se uma tensão que é resolvida com uma modéstia sublime: como o próprio final modificado do livro da vida de Crick, o filme não tem a pretensão de ser genial.

E por isso mesmo acaba sendo.
 
Muito bem escrito, Sujo. Apoio.

Agora, uma curiosidade: vocês perceberam as tendências homicidas que esse filme nos incita a ter? Quer dizer, quantos de nós realmente desejaram a morte do Crick? Que medo.
 
(pode conter spoilers)

Agora, uma curiosidade: vocês perceberam as tendências homicidas que esse filme nos incita a ter? Quer dizer, quantos de nós realmente desejaram a morte do Crick? Que medo.

Eu já fiquei no lado da autora, embora estivesse ciente que com a morte dele seria um livro foda (e um filme ótimo), não queria mais que ele morresse.

Inclusive acho que isso se dá principalmente pela transformação que o Harold passa, do cara chato e sem vida para um cara querendo viver, e uma peça chave dessa transformação é a Ana Pascal, por isso não concordo quando o Maedhros diz que:

Um porém é que em alguns poucos momentos, o filme se estende um pouco demais em subtramas que podiam ter sido deixadas mais de lado (como o affair de Harold com a confeiteira, bem interpretada por Maggie Gyllenhaal).

Aliás, a sensação que dá é que se não fosse a Ana, Harold não estaria tão desesperado para viver (e consequentemente ir atrás do professor e depois da autora). Ela é em partes responsável pela tal da "transformação".

Na verdade, a única personagem que eu descartaria é a da Queen Latifah, por outro lado não sei se a personagem da Emma Thompson funcionaria sem alguém com quem conversar. "Todo mundo pensa em se atirar de prédios", hehe. A Escher não faz nada demais, ela fica atuando ali quase como que a consciência da Eiffel.

Mas o meu favorito - e acho que indispensável - é o Hilbert (Dustin Hoffman). Quando ele faz a lista de perguntas para tentar descobrir personagem de qual autor o Harold é eu me matei de dar risada. Isso para não falar do....

Dr. Jules Hilbert: Hell Harold, you could just eat nothing but pancakes if you wanted.
Harold Crick: What is wrong with you? Hey, I don't want to eat nothing but pancakes, I want to live! I mean, who in their right mind in a choice between pancakes and living chooses pancakes?
Dr. Jules Hilbert: Harold, if you pause to think, you'd realize that that answer is inextricably contingent upon the type of life being led... and, of course, the quality of the pancakes.

:lol:

Mas sim, filme ótimo, tão bom que eu até esqueci que não gosto do Will Ferrell. Na verdade estou com vontade de assistir de novo =]
 

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