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Universitários e o mercado de trabalho

Loreley

Desecration Smile
Estudos realizados pelo instituto de pesquisa Observatório Universitário revelaram que cerca de 53% dos trabalhadores atuam numa profissão distinta daquela para a qual dedicaram preciosos anos de estudos e consideráveis investimentos financeiros.
Em odontologia, por exemplo, aproximadamente 29% dos graduados trabalham fora da área. Índices ainda mais significativos podem ser facilmente constatados nos cursos de Direito (49%), Administração (54%) e Biologia (90%).
"O trabalho não promove o cansaço quando corresponde a uma vocação". É o que defende Káthia Maria Costa Neiva, coordenadora do curso de psicologia da Universidade Ibirapuera.
A professora acredira ainda que, antes mesmo de decidir por qual carreira deve seguir, o indivíduo tem de estar ciente e seguro sobre sua própria condição enquanto ser humano e sobre as dúvidas que ainda permeiam o seu cotidiano.
O estudo revela que 75% dos adolescentes consideram a opinião dos pais na hora de decidir pela carreira. A pesquisa mostra também que 51% dos jovens entrevistados acreditam que as escolas onde cursaram o ensino médio ficaram devendo uma boa formação e capacitação para o mercado de trabalho.

Fonte: última edição da revista Ensino Superior.

A última parte é fato, realmente. Mas a universidade está aí para quê, se não for justamente para suprir essas lacunas deixadas pelo ensino médio? Pelo menos no que diz respeito à capacitação que o universitário busca.
 
Se alguém trabalha com algo distinto daquilo em que se formou, não é necessariamente por causa de lacunas de ensino. Simplesmente pode ter mudado de idéia, visto que não era bem aquilo que queria.


E da mesma for,a universidade não está aí pra suprir lacunas deixadas pelo ensino médio. É pra pessoa desenvolver novos conhecimentos e técnicas ligados ao curso específico, etc. Se a pessoa veio mal-preparada, não é culpa nem responsabilidade da universidade suprir isso.
 
Concordo Knolex!
A universidade é para aprimodar conhecimentos específicos da área a qual vc quer seguir no trabalho. Mas não necessariamente para te ensinar TUDO. A pessoa deve correr atrás também, não só ficar esperando tudo "mastigado" como no ensino médio. Senão, como essa pessoa se sairia num trabalho de verdade, onde nem sempre vem "mastigadas" as coisas? Aí que ela se ferra.
 
Pelo menos no que diz respeito à capacitação que o universitário busca.


Então, mas se vc faz faculdade de História, por exemplo, a faculdade vai ter que suprir, pelo menos em parte, as várias lacunas deixadas pelo E.M.
E eu quis dizer que isso é totalmente relacionado à capacitação, ou seja, no que o aluno espera ter a devida preparação.
 
Então, mas se vc faz faculdade de História, por exemplo, a faculdade vai ter que suprir, pelo menos em parte, as várias lacunas deixadas pelo E.M.

E que diga-se de passagem, nos somente estamos reproduzindo um sistema falho de preparação do aluno para o vestibular e nao para o mercdo de trabalho.

Tb consta-se o fato que mtos alunos ao escolherem o curso não tinham informações suficientes e se decepcionaram com tal. Mtos tb foram por pressões familiares.

Tem N motivos para q os alunos saem de suas respectivas formações para trabalhar num ramo diferente...
 
17 anos é uma muito cedo para saber com o que se quer trabalhar na vida. Tem gente que já sabe, tem vocação e uma paixão por um assunto, mas a maioria das pessoas não faz idéia.
Conversando com meu pai, ele atribui a culpa disso à Internet. Disse que no tempo dele (sempre essas histórias :lol:) com 17 anos a gurizada já sabia o que cada profissão fazia, enquanto hoje em dia com 17 anos todo mundo só fica no msn :P
 
17 anos é uma muito cedo para saber com o que se quer trabalhar na vida.

Discordo. Escolas são um grande desperdício de força produtiva, com 17 anos o sujeito tem que estar trabalhando há muito tempo, e não pensando no que vai fazer.
 
Discordo. Escolas são um grande desperdício de força produtiva, com 17 anos o sujeito tem que estar trabalhando há muito tempo, e não pensando no que vai fazer.
Concordo com a 2º parte, Fallen. Sim, é verdade que com 17 anos já dá pra pessoa correr atrás de seu próprio dinheiro e de alguma experiência pelo menos, tentando como Office Boy, auxiliar administrativo, monitor de escola, enfim, pra começar a amadurecer. Mas a escola faz também um papel importante pra depois que a pessoa já está amadurecida como profissional buscar alguma coisa na área que mais gosta. Aí ela já não vai se assustar, por exemplo, com as entrevistas, pq ela já tem uma vivência profissional.
 
Com 14 anos a gurizada ia pra guerra. Com 14 anos a gurizada já pode trabalhar, tem condições de ganhar um dinheirinho, concordo. Mas é diferente de "saber com o que quer trabalhar na vida".

Pessoal, lembrem-se que as pessoas entram na escola com 6 anos!! que visão de escola é essa que vocês estão formando? Certamente de uma escola técnica, não de uma escola normal.

Uma escola normal dá a criatura uma base do conhecimento que a humanidade alcançou até hoje. Uma pequena, muito pequena base. Se quisermos que esse conhecimento cresça, deve ser valorizada.
Escolas técnicas formam profissionais prontos para o mercado do trabalho, não é necessário por ninguém para trabalhar, talvez tenha sido essa a escola que o cara aí de dois posts atrás se referiu. Espero pelo menos.
 
talvez tenha sido essa a escola que o cara aí de dois posts atrás se referiu. Espero pelo menos.

Claro que não, eu me referia à instituições de ensino, em geral. Elas não são necessárias, o que se precisa é de mão-de-obra em massa, à disposição do Estado. Ironicamente, só fui entender isso na escola.
 
Isso de ter que começar a trabalhar cedo é bobeira. Comecei a trabalhar com 21 e não me arrependo disso. E sinceramente nao fez a menor falta ter começado só agora. Claro, se é realmente necessário a pessoa trabalhar mais nova por motivos econômicos, dai já é outra coisa.

Maturidade não se conquista necessariamente no trabalho. Eu sempre fui elogiado nas empresas que trabalhei pela forma como me comporto profissionalmente mesmo não tem histórico.
 
Última edição por um moderador:
Claro que não, eu me referia à instituições de ensino, em geral. Elas não são necessárias, o que se precisa é de mão-de-obra em massa, à disposição do Estado. Ironicamente, só fui entender isso na escola.
Mas e a especialização dessa mão de obra? Tu tá querendo um monte de gente só com o Ensino Fundamental, ou nem isso, pra fazer o quê na vida? Só se for pra mexer cimento e cantar a mulherada que passa em frente ao campo de obra.
 
Aviso a todos: ignorem o Fallen
O único objetivo dele aqui é fazer polêmica. Ele dira todas as cavalgaduras possíveis para tal.
 
Última edição por um moderador:
Só se for pra mexer cimento e cantar a mulherada que passa em frente ao campo de obra.

Nesse post transparece uma triste realidade: vivemos numa sociedade de consumo, ócio e alienação, na qual o trabalho e os trabalhadores são desvalorizados.
Ficou bem claro seu repúdio à "gentalha analfabeta que fica cantando a mulherada em frente ao campo de obra". Herança escravista.


tá querendo um monte de gente só com o Ensino Fundamental, ou nem isso

Eu fico com o "nem isso".
 
Nesse post transparece uma triste realidade: vivemos numa sociedade de consumo, ócio e alienação, na qual o trabalho e os trabalhadores são desvalorizados.
Ficou bem claro seu repúdio à "gentalha analfabeta que fica cantando a mulherada em frente ao campo de obra". Herança escravista.

Não diria escravista, mas sempre foi assim. Sempre.

O que se vê hoje no Brasil é a falta de mão de obra especializada isso sim.

Em vez de ter somente uma escola que transmita o conhecimento adquirido, esta deveria ensinar desde o inicio que a criança seja uma colaboradora. Que adentre no sistema. Pra isso precisaria ensinar além dos conhecimentos, como botar em prática o aprendizado. Até hoje eu não faço a minima ideia pq estudei anos a fio quimica, fisica, matematica e nem o pedreiro da minha esquina, mas ele sabe aplicar as leis básicas, msmo sem nenhum estudo sobre isso!
 
Uma dúvida, Fallen. Se vc é tão a favor disso que vc fala, pq vc hoje à tarde estava aqui, postando no fórum de internet, e não virando uma laje?


Pq não estava contribuindo pro Estado?
 
Uma dúvida, Fallen. Se vc é tão a favor disso que vc fala, pq vc hoje à tarde estava aqui, postando no fórum de internet, e não virando uma laje?


Pq não estava contribuindo pro Estado?

1 - Férias.
2 - Eu não estaria contribuindo para o Estado e o bem-estar coletivo (que muito prezo), estaria sendo explorado pela iniciativa privada, servindo a seus nefastos fins.

O que se vê hoje no Brasil é a falta de mão de obra especializada isso sim.
Especialistas são dispensáveis.


Em vez de ter somente uma escola que transmita o conhecimento adquirido, esta deveria ensinar desde o inicio que a criança seja uma colaboradora. Que adentre no sistema. Pra isso precisaria ensinar além dos conhecimentos, como botar em prática o aprendizado. Até hoje eu não faço a minima ideia pq estudei anos a fio quimica, fisica, matematica e nem o pedreiro da minha esquina, mas ele sabe aplicar as leis básicas, msmo sem nenhum estudo sobre isso!
De acordo!
 
Última edição por um moderador:
Nesse post transparece uma triste realidade: vivemos numa sociedade de consumo, ócio e alienação, na qual o trabalho e os trabalhadores são desvalorizados.
Ficou bem claro seu repúdio à "gentalha analfabeta que fica cantando a mulherada em frente ao campo de obra". Herança escravista.
Meu repúdio não é em relação aos pedreiros, ou "construtores do povo", caso você exija um termo mais polido de minha parte, mas sim à falta de condições que eles tiveram para estudar, o que os fez seguir outros caminhos na vida. Pergunte a um pedreiro, ou "construtor do povo", se ele está ali por escolha própria. Te garanto que a maioria vai dizer que só trabalha nesse ramo porquê senão morreria de fome. Ninguém gosta de trabalhar de sol a sol para ganhar 150 ou 200 reais por mês, se consumindo em trabalho em um construção qualquer. Não é um trabalho ruim. Na verdade, (quase) todo o trabalho engrandece as pessoas e é digno. O único problema é que onde estaríamos se todos fossem pedreiros, ou "construtores do povo"? Em uma sociedade onde as pessoas dão mais valor ao "trabalho braçal" que ao intelectual, como você sugere, há estagnação, não só de idéias mas também de desenvolvimento. E além do mais, sem educação estaríamos, de certa forma, involuindo.
 
Ninguém gosta de trabalhar de sol a sol para ganhar 150 ou 200 reais por mês, se consumindo em trabalho em um construção qualquer. Não é um trabalho ruim.
Eles não precisam ganhar 150 ou 200 reais por mês.

Na verdade, (quase) todo o trabalho engrandece as pessoas e é digno.
Assim rogam as cartilhas da burguesia, justamente a classe que não trabalha. Em verdade, eu vos digo, o trabalho não engrandece ninguém. Todos tendem ao ócio e o preferem; é, portanto, tarefa do Estado dispor de toda a mão-de-obra da maneira que o aprouver, coordenando as forças produtivas.

O único problema é que onde estaríamos se todos fossem pedreiros, ou "construtores do povo"? Em uma sociedade onde as pessoas dão mais valor ao "trabalho braçal" que ao intelectual, como você sugere, há estagnação, não só de idéias mas também de desenvolvimento. E além do mais, sem educação estaríamos, de certa forma, involuindo.

Recorro a Platão. A propriedade privada é danosa, assim como a organização em famílias. Na República coexistem 3 grupos: um responsável pro toda sorte de trabalho, outro pela segurança, e um terceiro, a classe dos filósofos, dirigentes do Estado. Cada qual tem um período de aprendizado condizente com sua função social.

Um modelo similar foi implatando na União Soviética entre 1920-1953. Ele atingiu a perfeição.
 

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