Na minha visão tanto de Deus como de Eru (é quase impossível dissociar um do outro), os dois são o
summum bonum do Universo. Assim, em qualquer momento da vida de um ser, não importando a gravidade de seus erros, se ele se arepender "de coração", ou seja, de verdade
mesmo, ele poderá ser perdoado. O que acontece é que Deus/Eru, como um pai amoroso, ama em todas as circustâncias seus filhos. Não que, por amar seus filhos, ele seja conivente com alguns de seus atos errados, pois na mesma medida que é amoroso, Deus é justo.
O fato é que Eru ama Melkor, e, creio, em todo o tempo que ele viveu em Arda, Ele quis que Melkor se redimisse. Eru não é vingativo, não pensa como um homem, dizendo "ah, o Melkor se revoltou! agora ele que se exploda!".
Basicamente, na história cristã, o projeto de Salvação de Deus (as Alianças e tals) são feitas após a queda de Lúcifer, pois antes não havia necessidade delas, já que não havia pecado. Do mesmo modo, em Arda, as possíveis alianças Eru-"Ardenses" serão feitas após a queda de Melkor. Mas essas alianças, esses possíveis "projetos de Salvação", também se estendem ao Ainu que se corrompeu, porquê ele também "é filho de Deus". O mesmo vale,
eu acho, na história cristã, para Lúcifer. Em outras palavras: "antes tarde do que nunca"