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Soluções para a 'crise'

Saiffyros

Usuário
Soluções para a ‘crise’

Muitos falam em crise no RPG. Pessoalmente não sei se realmente há uma crise, por isso se alguém tem dados mais concretos dela seria interessante avaliar. Mas só falar da crise não resolve. É preciso apontar possíveis soluções e quem melhor do que o próprio consumidor para fazê-lo?

Uma solução talvez seja: o mercado de games achou alguns modos interessantes de aumentar as vendas. Investiu em mundos conhecidos ou mundos de outras áreas atraindo assim publico de outras areas. Investiu em jogos de animes e jogos baseados em filmes. O RPG precisa fazer o mesmo. A Wizard já vem fazendo isso como disseram alguns em outros tópicos. Warcraft, miniaturas, sistema estratégico... Isso é o começo eu creio. O RPG sempre foi visto como algo duradouro. Você compra um livro e joga por anos com ele, adquirindo apenas novos suplementos. Isso sem duvida é algo problemático para o mercado. Por isso uma possível solução seja investir em cenários temporários. Saiu o livro O Código da Vinci, saiu comentários e livros na área pegando carona, saiu o filme, saiu o jogo de vídeo game multiplataforma... Por que não um RPG para aproveitar a onda? Uma revista no estilo Só Aventuras com personagens prontos e um sistema simples, mas de ação explicita e épico e uma aventura pronta que pode ser a mesma do livro. Umas dicas de como jogar e informações adicionais sobre o cenário. Imagens? Imagens do filme e dos livros ilustrados. Assim teríamos um visual ótimo, como o do Senhor dos Anéis D20 da Valinor. Claro que isso exige permissão e direitos autorais. Estou pensando em algo na linha dos livretos de 3D&T Street Fighter, Mortal Combat, Megaman... Algo passageiro, mas voltado para títulos que estão na moda ou fazendo sucesso.... Creio que o erro da Editora Trama foi abandonar esses projetos assim que 3D&T subiu ao patamar de ‘RPG de verdade’. Com esses títulos conseguiríamos públicos das mais diversas áreas e esse tipo de coisa chama a atenção. Por que não aproveitar mundos conhecidos? Deixe os mundos próprios do RPG para os RPGistas mais exigentes. Em revista, com um sistema simples usando D6, mas épico, com mapas, fichas de personagens prontos... Acho que tem tudo para fazer sucesso, mas me parece tão obvio que fico em dúvidas. Ou talvez conseguir permissão para isso não seja tão fácil.

Às vezes me vem à cabeça por que não saiu um FF7 RPG? (ou saiu?) Tíbia RPG? Ragnarock RPG? GTA RPG? OO7 RPG? Mas não em livros para RPGistas, mas em revistas para públicos de áreas diferentes. Só vai ter mercado se atrair pessoal de outras areas. Mas sem cometer o 'erro' da trama.

Um dos mais antigos jogadores do meu grupo começou a jogar por que passava pela sala de aula e viu uma DB em cima da mesa dizendo “Você vai jogar Street Fighter Zero 3 sem videogame”. Ai o cara olhou pra mim perguntou: Como? E hoje é RPGista a mais de 5 anos e meu melhor amigo.

O que acham? Comentem e postem outras soluções.
 
A crise não está no que é lançado. A crise é que muita gente não tem saco pra ler e se deslocar até a casa de alguém pra passar 5 horas em volta de uma mesa jogando algo.
 
Pessoalmente, não vejo isso como uma solução. Angus RPG era sofrível, além de absurdamente caro.

Eu acho que deveria sim existir uma relação maior entre o RPG de mesa e o virtual, já que muitos MMORPG hoje são bastante avançados em termos de possibilidades de jogo e inteligência artificial. Poderiam existir livros com os cenários desses jogos (como já existe, o Warcraft RPG, que é muito bom). Mas o RPG não deveria abandonar a sua vocação de ser original (eu sei que você não disse isso, mas poucos criadores tem capacidade de usar algo já criado, até o SdA da Decipher ficou ruim).
 
Mas acho que não é isso que vai fazer o pessoal jogar mais. Pra mim a crise pode estar ligada aos MMORPGs sim, mas no sentido de "pra que eu vou ler esses livros e atravessar a cidade se eu posso jogar em casa no computador?"

Ah, e Saiffyros, nem todo mundo usa o template escuro da Valinor... dá pra postar em cores escuras? :wink:
 
Mas acho que não é isso que vai fazer o pessoal jogar mais. Pra mim a crise pode estar ligada aos MMORPGs sim, mas no sentido de "pra que eu vou ler esses livros e atravessar a cidade se eu posso jogar em casa no computador?"

A questão é que você não pode fazer com que o RPG seja o MMORPG de mesa. São coisas diferentes, pra quem busca coisas diferentes. Existem diversos video games que simulam jogos de tabuleiro, mas as pessoas ainda gostam de se reunir para joga-los.

A imagem que tem que ser passada é que jogando RPG você se diverte tanto quanto um MMORPG e ainda vê seus amigos (o RPG no fundo é isso, uma desculpa pra passar uma tarde com amigos).
 
Ah, sim, definitivamente!

Mas eu acho que num mundo onde a preguiça, o conformismo e a praticidade de se ter tudo a mão via internet acaba colaborando pra essa situação...

Heloísa Helena pra presidente para por o RPG na mesa novamente! :lol:
 
A questão é que você não pode fazer com que o RPG seja o MMORPG de mesa. São coisas diferentes, pra quem busca coisas diferentes. Existem diversos video games que simulam jogos de tabuleiro, mas as pessoas ainda gostam de se reunir para joga-los.

A idéia é utlizar os cenários. Não tornar RPG um MMORPG de mesa. Basta utilizar o cenário para atrair o público. E eu não falei em livros especificamente, mas em revistas. Para atingir o grande público e quis focar mais os filmes também. O Exemplo do Codigo da Vinci por exemplo. Uma revista só sobre ele, com os personagens prontos e uma aventura para iniciantes. Assim fisgariamos alguns novatos interessados no filme, mesmo que não viessem a se tornar RPGistas...
 
Eu acho que a grande solução mesmo é o pessoal veterano descer um pouco do "altar" e chamar um grupo novato pra jogar uma sessão. Não cai pedaço, é bom pra reciclar idéias e ainda corre o risco de se formar um belo dum grupo.
 
Só acho que tem faltado variedade aos RPGs atuais. Se vc não curte D20(meu caso), perdeu uns 75% dos lançamentos, restando apenas apelar a sua boa, velha e empoeirada estante. O que não é D20 é geralmente algo que já se tinha antes e não vale apena: caso do novo WoD que sempre que vejo na prateleira penso: quando der vontade de contar um estória com vampiros, acho que ainda me satisfaço com o A Mascara. Antes apareciam coisas que te faziam dizer "Caramba, nunca imaginei um cenário assim"! Paranoia por exemplo era tão inédito que não pensei duas vezes em o levar para casa! Eu não tinha nada parecido com aquilo! O mesmo se deu com Shadowrun e Falkenstein! As idéias neles eram tão únicas que valia apena! O mal que está dando esta crise é isso: ninguém mais sente tesão em comprar a centesima lista de Prestige Class e Feets, e é só isso que os editores tem tentado lançar.
 
Duras verdades, caro Auberon.

Felizmente, a importação está mais proveitosa do que nunca, inclusive saindo mais barato em certos casos. Minhas cópias de Unknown Armies e Everway estão à caminho, e Shadowrun 4º ed. está na mira!

Aliás a facilidade de importação também está prejudicando o mercado nacional. Mas fazer o quê né?
 
Não sei, cara. Tem muita coisa boa e nova por aí. Acho que não é certo reclamar que não tem lançamento se tudo o que é lançado é desprezado movido por preconceito.
 
Acho até dificil dizer em que caso é preconceito! Em algum lugar estava se comentando que livros seriam legais sair em português e as grandes sacadas eram todas antigas. RPGs que não tinham alguma coisa só sua e que tornavam eles marcantes! Lembro alguns que vcs até comentaram:

Bue Planet (só conheço de reportagens, mas parece que o livro era de chorar de alegria), Wraith (maldita WW, maldita Devir. Quero um Wraith), In Nomine Satanis Magna Verita (depois dele vinheram milhares de copias, mas sem o mesmo carisma), Call of Cthulhu (nem adiante tentar a versão D20, a mudança de regras e de clima tornou uma subespécie de Dungeons & Dragons) e Legend of Five Ring (idem).

No mercado atual, não consigo encontrar nada que vagamente lembre este surto de variedade e criatividade que viviamos então. Para agarrar sua fatia de bolo no filão da licença aberta, as editoras tem achado bem mais viave investir num mercado já mais firmado, ou seja, mais feets e Classes de Prestigio. Tento descobrir o que quer que seja nas prateleiras fugindo a este estereótipo, mas a cada dia anda mais dificil. Antes cada jogo tinha sua marca registrada! Vampiro: o jogo dos lives, Ars Magica:o jogo em que se reveza o cargo de mestre, Falkenstei: o jogo do diário, Paranoia: o jogo da traição, etc! Mas hoje...

As editoras querem sair da crise? Insisto, voltem a criar jogos únicos e deixem o cartel D20 que já deu o que (não) tinha que dar.
 
No mercado atual, não consigo encontrar nada que vagamente lembre este surto de variedade e criatividade que viviamos então. Para agarrar sua fatia de bolo no filão da licença aberta, as editoras tem achado bem mais viave investir num mercado já mais firmado, ou seja, mais feets e Classes de Prestigio. Tento descobrir o que quer que seja nas prateleiras fugindo a este estereótipo, mas a cada dia anda mais dificil. Antes cada jogo tinha sua marca registrada! Vampiro: o jogo dos lives, Ars Magica:o jogo em que se reveza o cargo de mestre, Falkenstei: o jogo do diário, Paranoia: o jogo da traição, etc! Mas hoje...

Nossa! Exatamente o que eu afirmei no tópico do Ptolus, quando o comparei com Unknown Armies! (aliás Auberon, você conhece Unknown Armies? é uma espécie de Cthulhu moderno psicótico, e fortemente antropocêntrico. Show!)
 
Bue Planet (só conheço de reportagens, mas parece que o livro era de chorar de alegria),

Aff, nem me diga! Um amigo meu comprou e trocou por vinis do Helloween.:disgusti:

Wraith (maldita WW, maldita Devir. Quero um Wraith)

A história do Wraith foi a seguinte: traduziram, formataram e o escambau. Mas quando mandaram pra gráfica (de fundo de quintal, BTW), o filho do dono do lugar botou na internet. Daí vem o esquema de que tu acha o Wraith pirata em português por aí.

, In Nomine Satanis Magna Verita (depois dele vinheram milhares de copias, mas sem o mesmo carisma)

Bah, acho muito superestimado o In Nomine Satanis/Magna Veritas. Sou muito mais o Kult.

Call of Cthulhu (nem adiante tentar a versão D20, a mudança de regras e de clima tornou uma subespécie de Dungeons & Dragons) e Legend of Five Ring (idem).

O Call of Cthulhu até concordo, mas o Oriental Adventures é excelente. Ah, e o L5R foi relançado, etc.
 
Eita!

Fiquei intrigado. Explica? :mrgreen:

No Ars Mágica todos são jogadores e mestres, sendo um o mestre principal. É ele que começa a Saga (Campanha), mas em algum momento (tipo na 3ª aventura) um dos jogadores o substitui, enquanto ele pega um personagem p/ si. Este novo mestre leva a Saga por uma ou duas seções, volta então o mestre principal por um tempo (p/ ter chance de concertar qualquer merda muito séria que o outro tenha feito), passa a vez a outro e assim vai indo... Criativo, não é?!

Nossa! Exatamente o que eu afirmei no tópico do Ptolus, quando o comparei com Unknown Armies! (aliás Auberon, você conhece Unknown Armies? é uma espécie de Cthulhu moderno psicótico, e fortemente antropocêntrico. Show!)

Ah! Que!? Espera ai, eu tenho que ver isso! Só dar uma olhada num site qualquer...
Putz! Li não entendi tudo (é bem complexo mesmo) mas ter como base Umberto Eco já é coisa para impressionar. Tenho que ver isso de perto. Valeu mesmo, viu...

Aff, nem me diga! Um amigo meu comprou e trocou por vinis do Helloween.:disgusti:



A história do Wraith foi a seguinte: traduziram, formataram e o escambau. Mas quando mandaram pra gráfica (de fundo de quintal, BTW), o filho do dono do lugar botou na internet. Daí vem o esquema de que tu acha o Wraith pirata em português por aí.



Bah, acho muito superestimado o In Nomine Satanis/Magna Veritas. Sou muito mais o Kult.



O Call of Cthulhu até concordo, mas o Oriental Adventures é excelente. Ah, e o L5R foi relançado, etc.

Amaldiço-e seu amigo por mim.
Já vi essa tradução pirata de Wraith e na ocasião fiquei um bocado impressionado com a qualidade da coisa: nem parecia feito por fãns. Está explicado. Só é sinistro o prejuizo levado pela devir afinal, estes de um modo ou outro a WW tem que ser paga por seus direitos autorais. Tenho certeza de que, independente desta copia que anda por ai, não faltaria gente p/ comprar um original de Wraith (eu pegava fila se fosse preciso).
Ah, tenho que dar uma lida em Kult. Por sinal é um livro básico apenas ou dois (um para Jogadores, outro para os mestres) ????
 
Tenho certeza de que, independente desta copia que anda por ai, não faltaria gente p/ comprar um original de Wraith (eu pegava fila se fosse preciso).

Sim, e eu me sinto um privilegiado por ter uma primeira edição do Wraith na minha prateleira. :cool:

Ah, tenho que dar uma lida em Kult. Por sinal é um livro básico apenas ou dois (um para Jogadores, outro para os mestres) ????

Um só. E recomendo a primeira edição.
 

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