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O Futuro dos Profissionais no Brasil

  • Criador do tópico Silenzio
  • Data de Criação
S

Silenzio

Visitante
O Brasil é ruim, e acredito que ficará ainda pior. Digo isso tendo em mente uma triste realidade. O problema não é o desemprego que enfrentamos, e sim a baixa qualificação dos ativos brasileiros.
E o que é pior é que não me refiro a cargos menores, e sim a cargos elevados, que necessitam de diplomas, outras línguas e tudo o mais.
É fato que o mercado da venda de trabalhalos acadêmicos (incluindo monografias) vem crescendo assustadoramente. Hoje realmente se compram diplomas, sem precisar conhecer nada do assunto. Basta responder algumas chamadas, pagar por uns trabalhos e pronto, você já está qualificado para ingressar no disputado mercado brasileiro. E mesmo assim essas pessoas não conseguem notas altas, já que o nível dos trabalhos comprados também é muito baixo. Basta acessar o Zé Moleza, baixar alguns trabalhos lá (após pagar uma anuidade) pra constatar isso.

Ou seja, teremos no futuro um Brasil formado por pessoas que passaram na média e ainda assim pagando por isso!
É o famoso caso de ser atendido por um médico que tirava nota 5 na faculdade de Medicina. As empresas terão que se contetar com seus Administradores formados em bares, que falam ingles fluente mas que mal sabem os conceitos básicos da Administração moderna.

A Accenture, uma empresa de con sultoria de gestão e outsourcing de São Paulo, abre cerca de 500 vagas por mês, com apenas 250 delas sendo preenchidas. Segundo ela, com a estabilidade econômica, as empresas no Brasil querem crescer, mas não encontram pessoas capazes de alavancarem seus negócios.

Recentemente tive a infeliz oportunidade de comprovar que pessoas que ocupam cargos elevados em multinacionais ainda cometem erros totalmente primários que mesmo eu no meu estágio faço o possível pra não cometer.

E com tudo isso, pessoas realmente capazes serão disputadas a tapas. Uma revolução na empregabilidade já está ocorrendo, e o capital intelectual será um problema cada vez maior. Pelo menos no Brasil.

E vocês? Que futuro enchergam para nosso maravilhoso país?
 
Concordo com o que você disse, mas até que ponto a formação acadêmica é necessária para o trabalho?
Você gostaria de ser atendido por um médico que tirasse nota 5 na faculdade? Contrataria um recém-formado em Administração pra assumir um posto chave da nova estratégia da sua empresa que tirasse apenas 5 nas provas?
 
E vocês? Que futuro enchergam para nosso maravilhoso país?

Olha só, não precisa ser dito mais nada. Você fez uma explanação geral do assunto, e eu não vejo mais o que acrescentar no momento, então só vou comentar o que você escreveu, Jedan.

Eu enxergo um futuro de bosta, com uns profissionais de merda me atendendo aonde quer que eu vá. Claro que vai ter gente boa no meio desse bando de compradores de diplomas, mas, como você disse, eles serão disputados a tapa. Pôrra, a gente vai se transformar na América do Norte, onde os apresentadores de TV não sabem nem metade sobre o que falam, e os diretores de empresas têm visão estreita, focando um só objetivo: vender, não vendo que há diversas outras formas de lucro. Não que aqui no Brasil nossos apresentadores ou diretores de empresas saibam alguma porcaria a mais que os norte-americanos, mas pelo menos a gente ainda tenta, pro país poder crescer e sair do 3º mundo. Mas como você disse, se as coisas continuarem assim, se o povo todo continuar preferenindo gastar uns R$ 2000,00 num pacotão bacana com monografia e diploma do que se esforçar para completar o curso com médias de notas altas, nosso mercado e o nível de conhecimento do país vai ficar saturado.

O fato é que falta aquela vontade no povo no Brasil de crescer na vida passando pelo caminho mais longo e difícil (faculdades, escolas etc.). A maioria acha que não precisa de um diploma para ser feliz, pois de fato a grnade maioria não precisa. Na minha própria família tem gente que subiu na vida só com o ensino médio, e outros que, mesmo fazendo curso superior estão estagnados, parados num patamar. Nem sobem nem descem. Mas aí vem a questão: porquê diabos a gente não precisa necessariamente de um diploma pra "crescer"? Porque o mercado do Brasil, a maior parte dele, não exige isso, e porque está na cabeça do povo que é mais vantajoso vender cachorro-quente na rua (porque eles viram no Globo Repórter que dá lucro) do que ficar numa facul 4, talvez 5 anos estudando, e aprendendo mais. E também porque a grande maioria não tem dinheiro pra pagar uma faculdade, e o governo atual não dá prioridade para a educação. Mas o maior problema é porque a maioria das pessoas não quer, não vê necessidade, quando há uma grande necessidade. Um país pode crescer com um povo burro (vide EUA, por exemplo), mas chega um ponto que não dá mais, ou ele "pára" na evolução econômica e social, ou continua crescendo mas com a maior parte da população não tendo serviços de qualidade porquê acha que Hércules é um personagem criado por Walt Disney para um de seus desenhos, e que a mitologia grega é uma história escrita pela Mirosoft para vender Age of Mithology.

Mais uma vez respondendo à sua pergunta, eu vejo um futuro no qual meus filhos não saibam metade do que eu sei sobre cultura geral (que é muito pouco), mas sejam julgados mais inteligentes que eu por saber onde fica todas as McDonalds de nossa cidade.
 
Bem, acho que é necessário levar em conta a tendência de desaparecimento dos ditos empregos formais. Mas como no Brasil tudo é um tanto mais devagar para acontecer, ainda temos algum tempo até que os empregos formais se tornem realmente minoria, e os informais sejam o novo padrão.

Até lá sim, eu só consigo prever um mercado de profissionais bem fraco, sem perspectivas sólidas no sentido de qualificação na prática. Como foi colocado, poucos são os que concluem o ensino superior de maneira séria e exemplar, como se supõe que seria. Mas isso não é um quadro atual, como às vezes têm-se a mania de pensar. Quantos profissionais nos atendem hoje em dia, conseguindo sua graduação de maneiras escusas? Montes. Na verdade, a maioria.

Claro que, atualmente, devido ao fator do avanço das tecnologias de informação e do acesso às mesmas, a coisa pode ficar mais agravada. Não deveria ser assim, já que tal avanço proporciona chances maiores de se criarem larápios mais dissimulados, ao mesmo tempo em que concede aos demais maiores meios de identificar tais larápios. Mas em um país onde, literalmente, o mundo é dos espertos, somente um dos lados sabe se aproveitar de tais vantagens, e é justamente o lado dos que querem vencer na vida de maneira "suja". Enquanto isso a maioria da popuação permanece passiva à tais questões.


Avaliar esse tipo de mercado de trabalho em um cenário onde o emprego informal predomine já é algo diferente, e mais complicado. Ninguém exigirá a qualificação do profissional, a não ser os próprios clientes. E caso estes não estejam preparados para avaliar o nível dos profissionais que requisitam (o que é bem provável, como eu expliquei no parágrafo anterior), então temos um quadro crítico, ainda mais no Brasil, onde para tudo se dá um jeitinho. A ressalva fica para os setores onde a concorrência torna-se bastante grande, exigindo que o profissional consiga um diferencial evidente.
 
É bem relativo esse assunto.
Ter formação acadêmica deveria ser prioridade para as pessoas. Mas a necessidade é pouca muito pq a experiência é tb de igual importancia.

Eu teria a mesma dúvida de deixar um médico me operar sendo ele nitidamente com anos de carreira (mesmo que eu descubra, de alguma maneira, que ele tirava nota 5 na facul sempre) do que nas mãos de um recém formado em medicina, jovem mas que sempre tirou nota 9.
Mesmo pq o sistema de provas é bem falho e de pouca utilidade real pra ver se vc é capaz ou não. Muitas vezes premia mais quem tem melhor memória.

Não acho que por ele não ter tido essa formação indique necessariamente que será pior do que outro no futuro.
Terá menos chances de ser bom. Mas não impossibilita nada.
 
Última edição:
Eu enxergo um futuro de bosta, com uns profissionais de merda me atendendo aonde quer que eu vá. Claro que vai ter gente boa no meio desse bando de compradores de diplomas, mas, como você disse, eles serão disputados a tapa. Pôrra, a gente vai se transformar na América do Norte, onde os apresentadores de TV não sabem nem metade sobre o que falam, e os diretores de empresas têm visão estreita, focando um só objetivo: vender, não vendo que há diversas outras formas de lucro. Não que aqui no Brasil nossos apresentadores ou diretores de empresas saibam alguma porcaria a mais que os norte-americanos, mas pelo menos a gente ainda tenta, pro país poder crescer e sair do 3º mundo. Mas como você disse, se as coisas continuarem assim, se o povo todo continuar preferenindo gastar uns R$ 2000,00 num pacotão bacana com monografia e diploma do que se esforçar para completar o curso com médias de notas altas, nosso mercado e o nível de conhecimento do país vai ficar saturado.
Opa opa, pera lá. Os EUA podem ter todos os seus defeitos, mas neste ponto são imbatíveis. As diversas formas de lucro por exemplo foi identificada por eles. E lá o pessoal sabe realmente o que é Administrar. Basta pegar um depoimento de um formado em Harvard e comparar com os formados daqui pra ver o abismo que é a diferença (recomendo a todos a leitura deste artigo, de Stephen Kanitz, que trata exatamente deste assunto).
Algumas diferenças gritantes:
Americanos leêm, brasileiros não
Americanos sabem falar em público, brasileiros não
Americanos sabem debater, brasileiros não

Na minha própria família tem gente que subiu na vida só com o ensino médio, e outros que, mesmo fazendo curso superior estão estagnados, parados num patamar. Nem sobem nem descem. Mas aí vem a questão: porquê diabos a gente não precisa necessariamente de um diploma pra "crescer"? Porque o mercado do Brasil, a maior parte dele, não exige isso, e porque está na cabeça do povo que é mais vantajoso vender cachorro-quente na rua (porque eles viram no Globo Repórter que dá lucro) do que ficar numa facul 4, talvez 5 anos estudando, e aprendendo mais.
Não sei a que tipo de mercado você se refere, mas aquele no qual estão as principais empresas privadas, se você não tiver um QI absurdo, ou 30 anos de experiência no assunto, sem um diploma você não chega a lugar algum.
Se você se refere apenas ao informar, sim, esse é um problema. Mas a questão que quis levanta não é referente ao Brasil se tornar um país de vendedores de cachorro quente, dvds piratas, formulários para requisição de CPF e etc, e sim à estagnação por qual passamos porque as grandes empresas privadas não conseguem profissionais que precisam.

Bem, acho que é necessário levar em conta a tendência de desaparecimento dos ditos empregos formais. Mas como no Brasil tudo é um tanto mais devagar para acontecer, ainda temos algum tempo até que os empregos formais se tornem realmente minoria, e os informais sejam o novo padrão.
Desaparecimento do emprego formal? Desculpa mas isso não vai acontecer. Aliás, onde você leu isso? Nos EUA é assim? Você acha que o Brasil vai se tornar um novo Paraguai? Quem vai movimentar as empresas?

Acho que vocês não entenderam bem onde eu quero chegar. Falar que os pobres trabalhadores do nível de chão de fábrica ou que trabalem ham informalmente não tem qualificação é chover no molhado. O que eu quero dizer é o caos poderá ser bem maior, porque nem mesmo cargos elevados, que necessitam de qualificação, estão conseguindo pessoas capazes.


É bem relativo esse assunto.
Ter formação acadêmica deveria ser prioridade para as pessoas. Mas a necessidade é pouca muito pq a experiência é tb de igual importancia.

Eu teria a mesma dúvida de deixar um médico me operar sendo ele nitidamente com anos de carreira (mesmo que eu descubra, de alguma maneira, que ele tirava nota 5 na facul sempre) do que nas mãos de um recém formado em medicina, jovem mas que sempre tirou nota 9.
Mesmo pq o sistema de provas é bem falho e de pouca utilidade real pra ver se vc é capaz ou não. Muitas vezes premia mais quem tem melhor memória.

Não acho que por ele não ter tido essa formação indique necessariamente que será pior do que outro no futuro.
Terá menos chances de ser bom. Mas não impossibilita nada.
Meu amigo, experiência leva tempo. As empresas não tem mais tempo pra esperar que o office-boy fique 40 anos na empresa até que entenda seu funcionamento de cabo a rabo e se torne CEO.
Esse modelo baseado apenas na experiência já era. Claro que apenas livros não fará de ninguém nem mesmo um Gerente, mas é um base que economiza muitos anos de observações. É preciso unir a teoria e prática, e não só prática, e mal executada, como acontece agora.
As Administração Moderna possui milhares de técnicas. Você acha que as empresas vão contratar qualquer um sem conhecimento para que ele vá testando uma por uma pra ver os prós e os contra de cada? Aliás, ele precisará bolar suas próprias técnicas administrativas, já que não terá contato com tais livros.

Eu concordo que o sistema de notas é bem falho. Mas uma pessoa que busque entender realmente sua profissão vai fazer o mínimo de esforço pra não ficar na média.

Aproveitando o encejo, vou dar minha opinião sobre o ensino e professores também. Já estamos tendo um reflexo da pobreza de conhecimento com os nossos professores. A minha faculdade, PUC-Campinas, tem alguns ótimos professores no meu curso, mas infelizmente a maioria desses doutores dão aulas de matérias humanas (Filosofia, Antropologia, Sociologia). São caras que realmente dominam suas matérias, que sabem realmente responder seus questionamentos e que dão aulas de verdade. Já o pessoal de Marketing, Economia, Contabilidade, e etc dão dó. Eu já não consigo dar nenhum crédito a eles. Não acredito nem nos dados colocados na lousa, a não ser que venham acompanhados de fontes.
É tanta besteira que eles falam. Dados falsos (que constatei após checar), informações falsas e até mesmo boatos de internet que viram temas de aula (meu professor de ética usou a história do mapas americanos que contêm a Amazônia anexada aos EUA para demonstrar a falta de ética deles).

A maior parte dos nossos professores possuem um conhecimento extremamente superficial sobre suas matérias. Meu professor de marketing (que apenas finge que dá aula) exigiu que semestre passado comprassemos seu livrinho de marketing. Custava R$ 28,00, com 100 e poucas sobre o que é Marketing. Tamanho pequeno ainda. Ao invés de comprar o livro, preferi pegar na biblioteca da faculdade o manual do Kotler, com suas 700 páginas, num tamanho grande e com a certeza de que estava lendo o que havia de melhor. Não li tudo, mas o que li foi suficiente pra aprender um pouco mais, e não ficar na explicação do que são os 4 Pês (Produto, Preço, Praça, Promoção) até mesmo depois de a matéria ter mudado.
 
Opa opa, pera lá. Os EUA podem ter todos os seus defeitos, mas neste ponto são imbatíveis. As diversas formas de lucro por exemplo foi identificada por eles. E lá o pessoal sabe realmente o que é Administrar. Basta pegar um depoimento de um formado em Harvard e comparar com os formados daqui pra ver o abismo que é a diferença (recomendo a todos a leitura deste artigo, de Stephen Kanitz, que trata exatamente deste assunto).
Algumas diferenças gritantes:
Americanos leêm, brasileiros não
Americanos sabem falar em público, brasileiros não
Americanos sabem debater, brasileiros não

É bastante relativo, Jedan. Nem todos lá nem aqui são assim. É uma minoria. Como eu disse no outro post, não digo que todo os EUA são burros, e nem que todo o Brasil o é. De fato a média de leitura dos americanos é maior que a nossa, mas isso advém de X fatores: eles têm renda maior que a nossa, e portanto não precisam ficar se queimando em Copacabana vendendo côco, etc. Mas porquê isso? Porquê eles estudaram, e as escolas são boas, e o país oferece essa oportunidade a eles, por estar no topo.
O povo sabe administrar porquê saiu de Harvard, Yale, Dartmouth... são universidades realmente boas. Mas há casos e casos. O próprio Bush fez Yale, mas... :roll: Whatever. Aqui no Brasil, se você pegar um recém-formado em adm. na USP, que não necessariamente precisa ter tirado sempre 9, como já disseram, ele será um bom administrador para o que o país anda exigindo (que são poucas exigências, mas estão crescendo). Se ele quiser mais, daí é fazer mestrado/doutorado etc. Mas o maior problema é que, como diz o artigo que você recomendou, nossas escolas não nos "ensinam a pensar".
 
O Brasil é ruim, e acredito que ficará ainda pior. Digo isso tendo em mente uma triste realidade. O problema não é o desemprego que enfrentamos, e sim a baixa qualificação dos ativos brasileiros. E o que é pior é que não me refiro a cargos menores, e sim a cargos elevados, que necessitam de diplomas, outras línguas e tudo o mais.
É fato que o mercado da venda de trabalhalos acadêmicos (incluindo monografias) vem crescendo assustadoramente.

Muito verdade isso. Há sim desemprego, na classe mais baixa e menos qualificada, mas há, muitas vagas para mão de obra qualificada, embora nem de perto na mesma qtde que há desemprego lá embaixo. Eu trabalhei por alguns meses como Head Hunter e sei o sufoco que é achar alguns profissionais nem tanto qualificados assim não. Conseguir um bom Engenheiro de Segurança do Trabalho recém formado ou um Mecanico tb recém formado que fala ingles 100% fluente... Vejam que não são exigencias tão difíceis assim não.


Hoje realmente se compram diplomas, sem precisar conhecer nada do assunto. Basta responder algumas chamadas, pagar por uns trabalhos e pronto, você já está qualificado para ingressar no disputado mercado brasileiro. E mesmo assim essas pessoas não conseguem notas altas, já que o nível dos trabalhos comprados também é muito baixo. Basta acessar o Zé Moleza, baixar alguns trabalhos lá (após pagar uma anuidade) pra constatar isso.

Hoje se diz que um diploma universitário não basta. Mas é claro que não basta. Hoje qualquer butequim de esquina te dá um diploma. E qdo te pedem uma segunda lingua é impressionante o número de pessoas q dizem q falam fluentemente mas na entrevista ficam "nervosos" e não sai uma palavra. Vc pede pro cara escrever alguma coisa e ele te pede um dicionário ingles portugues(Sério! Isso já me aconteceu algumas vezes!).

Se vc tiver um diploma de uma universidade que valha algo, com uma lingua vc terá uma oportunidade. Depois vc pode até não se dar bem por perfil e tal pq não adianta, as empresas querem lucro e elas já definiram o tipo de perfil ideal pra q eles façam isso de acordo com a politica de emprego. Se o cara for hiper tímido, ou muito agressivo e nervoso ele vai ter problema em qq lugar a não ser q seja um gênio.

Ou seja, teremos no futuro um Brasil formado por pessoas que passaram na média e ainda assim pagando por isso!
É o famoso caso de ser atendido por um médico que tirava nota 5 na faculdade de Medicina. As empresas terão que se contetar com seus Administradores formados em bares, que falam ingles fluente mas que mal sabem os conceitos básicos da Administração moderna.

Aqui eu discordo de vc. Passar na média não quer dizer nada e eu até entendo o pagando por isso mas ainda temos ótimas universidades particulares embora seja a total minoria. Se vc vai pra uma área meramente técnica, o cara q passa com 10 faz a diferença sim, mas se vc vai pra uma área de gestão sua nota na faculdade não vale bosta nenhuma. Eu percebi isso há muito tempo. Sempre caguei pra faculdade, passava com 5 qdo passava, as vezes colando. Fiz uma boa faculdade e sabia q ninguém ia pedir meu boletim. Só q eu foquei nas minhas características voltadas pro mercado de trabalho e hoje não posso reclamar da minha posição não, e tenho ótimos feedbacks por lá. Com todo o respeito, mas sou bom pra caralho no q eu faço.

A PUC-Rio é universidade de ponta, rivalizando e as vezes superando as federais (basta ver q todos os presidentes do Banco Central do FHC vieram da PUC-Rio, Armínio Fraga, Gustavo Franco etc) e por isso quase todos meus amigos estão empregados e bem. Mas é fácil ver quem se deu melhor, foram aqueles que levaram a universidade com intuito de passar mas focaram seus esforços para melhorar seu perfil profissional. Só tem um desempregado de toda minha turma minha galera, é um maluco que durante 3 anos ganhou diploma de excelencia academica e ganhou bolsa de mestrado. Os q tinham bolsa por nota tb tão bem, trabalhando em bancos, mas ganhando menos que eu e o resto dos vagabundos da turma.

Como eu disse, é perfil. Na engenharia vc pode serguir carreira técnica ou gestora. Se vc optar pela gestora, a faculdade influencia pouco, no máximo engenharia de métodos pra vc estudar Pareto, 5S e outros métodos de análise de problemas.

A Accenture, uma empresa de con sultoria de gestão e outsourcing de São Paulo, abre cerca de 500 vagas por mês, com apenas 250 delas sendo preenchidas. Segundo ela, com a estabilidade econômica, as empresas no Brasil querem crescer, mas não encontram pessoas capazes de alavancarem seus negócios.

A Accenture tem um método de contratação um tanto diferente tb. Eles, como consultores, prezam por imagem e pela imagem dos seus contratados. Normalmente querem pessoas de classe média e alta, que sempre estudaram em bons colégios, filhos de pai com condição financeira e q fizeram universidade top. Metade da PUC-Rio tá lá. Isso pq eles querem aqueles caras com cara de playboyzinho. Nada contra não, eu no trabalho pareço um tb pq sei q isso conta no mercado. Só quis dizer q enquanto vc pode ser um bicho grilo trabalhando numa Schlumberger(grande empresa no ramo de petroleo) vc não pode ser um na Accenture.

Recentemente tive a infeliz oportunidade de comprovar que pessoas que ocupam cargos elevados em multinacionais ainda cometem erros totalmente primários que mesmo eu no meu estágio faço o possível pra não cometer.E com tudo isso, pessoas realmente capazes serão disputadas a tapas. Uma revolução na empregabilidade já está ocorrendo, e o capital intelectual será um problema cada vez maior. Pelo menos no Brasil.

Oq faz um executivo de sucesso é sua capacidade de tomar decisões acertadas com pouca informação. Os erros primários do dia a dia acontecem e não são importantes. Não pra eles. São pra nós que ainda somos castas e mostramos nosso trabalho é no dia a dia.

E vocês? Que futuro enchergam para nosso maravilhoso país?

Não é um futuro tão ruim não. Vai ser +ou- como hoje pq as pessoas q fizerem uma faculdade ruim até crescem um pouco, mas é pouco mas talvez seja o suficiente para dar aos seus filhos melhor educação dando chance a eles.

Concordo com o que você disse, mas até que ponto a formação acadêmica é necessária para o trabalho?

Formação academica é um pre-requisito, não um fim. É tipo, ter mais de 18 anos pra poder dirigir, mas só isso não te faz um motorista, muito menos um bom. Ter formação é necessário mas tb é necessário muito mais. E o muito mais não é pós-graduação ou linguas não.

Antigamente o perfil do gerente era o cara q mais sabia dentro do seu grupo. Isso é tido como a dos Baby Boomers até X (pós 2a guerra até 79). Hoje o gerente é aquele que tem melhor capacidade de lidar com pessoas e que sabe procurar onde aprender. O fodão vira especialista. É mais fácil ensinar conteudo doq desenvolver competencias.

Você gostaria de ser atendido por um médico que tirasse nota 5 na faculdade? Contrataria um recém-formado em Administração pra assumir um posto chave da nova estratégia da sua empresa que tirasse apenas 5 nas provas?

Médico sim. Administrador? não faz a menor diferença.
 
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Desaparecimento do emprego formal? Desculpa mas isso não vai acontecer. Aliás, onde você leu isso? Nos EUA é assim? Você acha que o Brasil vai se tornar um novo Paraguai? Quem vai movimentar as empresas?


Max Gehringer disserta bem sobre esse assunto.
Mas vai acontecer no Brasil sim. Esse tipo de tendência já é verificável em países desenvolvidos, mas vai demorar um pouco ainda para chegar aqui.

As empresas tentam se livrar de encargos tributários quanto aos salários (ainda mais por aqui, onde a empresa paga um absurdo em impostos em relação ao salário pago). Então elas começam a teceirizar o que podem e contratar prestadores de serviços autônomos.
O trabalho a ser realizado continua lá, mas ele passa a ser contratado por custo variável, e não mais fixo.

Está certo que é um pouco exagerado afirmar que o emprego formal vai desaparecer por completo, mas ele tende a ser superado em quantidade pelos autônomos. As pessoas continuarão a ter emprego, mas aos poucos vai deixar de ser aquela coisa com horários fixos e hierarquizada totalmente.

Sem mencionar que as empresas tornam-se cada vez mais enxutas, à medida que a tecnologia continua substituíndo pessoas.
 
Feanor, sei lá. O Brasil tem uma politica de proteção trabalhista muito grande. Aqui, como o cara é fudido de todas as formas, o governo compensa com protecionismo trabalhista e isso já virou cultural. Olha como Getúlio é até hoje venerado por tal ato.

Férias de 30 dias, FGTS, INSS, Vale Refeição, Vale Alimentação, Vale Transporte, multa de 40% do FGTS para demissão entre outras coisa, isso é muito protecionismo.

O cara que tá há 25 anos na empresa vira quase um passivo devido ao enorme valor da sua multa de FGTS.

Acontece q para mudar isso não adianta mudar governo, tem q mudar cultura. No Brasil o povo teme desemprego demais para abrir mão de tais direitos. O pensamento é limitado. O argumento de q com menos tributação haverá mais emprego é verdadeiro mas não é absoluto. É preciso de um equilibrio, q talvez não seja o atual, mas tb talvez não seja a terceirização completa.
 
É por essas e outras que eu disse que para esse tipo de coisa vingar no Brasil, vai demorar ainda.

A evolução nessa área, assim como em qualquer outra, se dá de maneira bastante desigual entre os países. Ainda há um grande abismo entre o desenvolvimento dos mercados de trabalho de países desenvolvidos, sub-desenvolvidos e miseráveis.
 
Amieiro disse:
Já o pessoal de Marketing, Economia, Contabilidade, e etc dão dó. Eu já não consigo dar nenhum crédito a eles.

Tem aula com quem de Economia lá?


O futuro do Brasil pode não parecer muito bom, principalmente com algumas coisas que a gente vê por aí. O pessoal pagando pra trabalho e monografia enquanto a gente dá duro pra passar tentando fazer tudo certo. Pessoas de um cargo mais alto sabendo menos que você, etc. Mas ainda acho que tem alguma esperança porque não acho que são a maioria das pessoas que saem dos seus cursos que são as que não têm noção do que está fazendo. Na minha classe mesmo tem caras muito bons em economia que eu tenho certeza que se tiverem um pouco de força de vontade vão ser as pessoas disputadas a tapas pelo mercado.
Li o texto no link que você passou Jedan, e achei muito bom. Sempre penso nisso quando tenho aulas e mais aulas sobre os pensadores econômicos. Também acho que o tipo de ensino que temos é falho. E já falei isso uma vez numa roda de amigos na facul e alguns tiraram da minha cara. As pessoas deveriam ter uma mente um pouco mais aberta eu acho.
Apesar de as vezes eu ficar puto com o Brasil e as coisas imbecis que acontecem por aqui, acho que mesmo com todos os problemas não vejo um futuro tão negro pela frente. Talvez essa nova geração de profissionais venha com mais preparo e força de vontade pra mudar tudo isso. Mas estamos longe do ideal.
 
Tudo isso é muito relativo e vem da própria "cultura" brasileira da malandragem. Com o incentivo que houve para a criação de faculdades particulares nos últimos anos, algumas sem muito controle de qualidade (uma visita da comissão do MEC na autorização do curso, outra no reconhecimento e algumas de tempos em tempos para renová-lo) fez com que essa cultura de monografias compradas se proliferasse. E ainda me pergunto por que não aumentam as vagas nas universidades públicas com o que seria gasto no ProUni (existe estudo mostrando que o investimento em aumento de vagas nas federais seria bem menor que o que seria transformado em bolsas do ProUni, não me lembro se o vi na página do ANDES).

Qualquer professor sabe quando o aluno realmente fez o trabalho. Uma cultura que as universidades públicas e algumas particulares possuem é cada aluno ter um orientador específico que acompanha seu trabalho. Nas faculdades particulares, é muito comum um unico professor ministrar a disciplina "Projeto Orientado" e ser o orientador de 40 alunos de uma só vez: receita para o caos. As defesas são apenas simbólicas (e pensar que a minha foi suada :eek:).

Nota não mede capacidade do aluno em qualquer área. Nem do professor. Tenho birra com o pessoal da área pedagógica que quer limitar tudo a um número qualquer: "se 50% dos alunos não tiraram nota a culpa é do professor". Culpa do professor é escolher a profissão, afinal, a nota não mede a capacidade dele ensinar, nem do aluno mostrar o que aprendeu: não se sabe se o aluno se preparou para a avaliação, se ele estava se sentindo bem, se dormiu bem na noite anterior, se não está usando algum medicamento, se participou das aulas, etc., etc. Por isso não avalio aluno pelo que o seu histórico mostra, mas pela capacidade que ele demonstra.

Ter graduação hoje é um pré-requisito. Há uns dois meses atrás escutei uma amiga dizendo que até pouco tempo ela, apenas com o ensino médio, podia se dizer "formada". Hoje, se não tiver graduação, o indivíduo não é considerado formado. Mas não é o suficiente para qualificar como bom ou mal profissional. Conheço estudantes que eram terríveis na sala de aula, no sentido de serem realmente relapsos. Mas em algumas disciplinas específicas ou em algum projeto que se envolvam, mostram-se muito competentes e motivados.

Respondendo ao tema do tópico, eu acredito que o futuro não é tão ruim assim. A sociedade é quem seleciona os bons profissionais. O joio, ao longo do tempo, torna-se notório demais e é deixado em segundo plano. Um exemplo? Meu irmão caçula tem 2cm de desvio na perna direita e lesões na "bacia" e na coluna graças ao "serviço" de um ortopedista. Hoje, raramente alguém aceita os serviços dele, a não ser que ele esteja de plantão e não exista alternativa. Na minha cidade natal todos conhecem a fama dele e o repudiam. Que diferença faz o currículo dele, se era bom ou ruim? Ninguém pede o histórico durante uma consulta. Infelizmente, existem os que pagam o preço para que o nível do profissional venha a público, é apenas isso que eu lamento.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
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