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Forgotten Realms , incoerente ?

Armitage

Usuário
Bom, entre algumas aventuras no cenário, eu e uns amigos estavamos discutindo alguns aspectos do mesmo, comparando-o com outros cenários de fantasia medieval (um deles Banestorm ), e (por enquanto rs) chegamos a essa conclusão:

Forgotten parece que foi criado pensando-se muito nas possibilidades de aventuras, dungeon crawls, intrigas e tal, num mundo super denso e diversificado, mas acabou sendo um mundo meio sem nexo - meio incoerente.

A quantidade de referências culturais externas é absurda e parece que estas não compõe bem um "todo", não se integram muito bem, e (como ouví numa outra discussão ), parecem ter sido "pregadas ali com martelo", ao invés de parecerem o resultado de alguma evolução sócio-cultural gradativa, ou algo assim.

Não que isso o destrua (longe disso ), mas é um detalhe que pode desagradar a jogadores mais exigentes.

O que vocês acham?
 
Última edição:
Eu acho que quando se tem nas mãos um cenário tão extenso e diversificado quanto o Forgotten Realms, é impossível fazer com que tudo esteja perfeitamente encaixado. Nem no mundo real é assim.

Mas eu concordo com o TT1. Sou mais o Eridia. E em segundo, o Ptolus.
 
Well, eu gosto pra caramba de Forgotten justamente pela imensa quantidade de possibilidades, opções, diversificação e afins do cenário. Ainda prefiro Dragonlance, onde tudo é mais funcional, interligado, mas não renego Forgotten de maneira nenhuma.

Com uma boa história e um bom mestre, qualquer cenário pode se tornar maravilhoso.

E concordo com a primeira frase do Sky.
 
Forgotten é um mundo imenso e ainda tem várias camadas (3 nível de underdark). Se eles tentassem ligar demais as coisas, além do trabalho, ia virar um novo mundo das trevas onde eles dizem até quem mora em cada barracão de cada cidade e sua história de vida.
Como o Feanor disse ele oferece possibilidades infinitas de aventuras de todos os tipos, vc pode passar uma longa campanha em uma mesma região ou reino e ainda não terá conseguido ver tudo. É o meu favorito, além de tudo isso, pela liberdade que oferece aos jogadores de interagirem com o mundo e sua história.
Se bem que fora ele só joguei em Ravenloft, que também é interessante.
 
Eu tbm acho q FR não é um cenário muito integrado, mas eu não vejo isso como um defeito...

Primeiro que o cenário é geograficamente gigantesco, maior que a Europa, de modo que é esperado que existam grandes diferenças culturais...

E ainda assim eu vejo alguma integração... Você tem em FR uma influência de cada pedaço nos reinos próximos, como é na realidade. Você tem, por exemplo, ao longo de toda a costa do mar das estrelas cadentes influências de cormyr e sembia.

Eu acho que no final das contas, essa diversidade só torna o cenário mais natural e parece menos inventado (como era o Tormenta).
 
Não conheço muitos outros cenários de fantasia medieval, mas quando comparamos Forgotten com, digamos, Banestorm (que é o q conheço razoavelmente bem ), vê-se claramente uma discrepância - ambos são muito diversificados, cheios de referências à nossas culturas, mas enquanto Banestorm parece juntar tudo isso e fazer algo íntegro e coerente como um "todo", Forgotten não tem sentido como um "todo" - dentro de um mesmo continente temos culturas radicalmente diferentes ( pseudo-árabes, -orientais, -nórdicas, -latinas, -africanas, -gregas, -indígenas, etc. ) com governos totalmente diferentes ( monarquias, oligarquias, magocracias, autocracias, teocracias, militarismos, feudais, semi-feudais, tribais, nomádicas, etc. ) que muitas vezes compartilham divindades em comum ( ??? ).

As regiões, mesmo tão próximas, parecem invulneráveis ao inter-câmbio (e possivel poluição ) cultural. Historicamente, a coisa acaba polarizando em torno do que, ou é mais evoluído (e sensato ), ou é imposto pelo mais forte. Sempre foi assim, as culturas mais fortes acabam engolindo ou influenciando as menores - desde Babilônia, Grécia antiga, Roma, Sacro Império Romano, Inglaterra imperialista, e hoje com os Estados Unidos da América - os mais fortes se impõem aos mais fracos. Mas não em Forgotten.

Parece que este pegou várias culturas e sistemas políticos / religiosos de várias épocas diferentes e juntou tudo, o que resultou num cenário sócio-político-religioso-etc. inverossimel e incoerente - se pudéssemos colocar isto tudo numa simulação de computador, eu apostaria que ia ser o maior REBÚ rsrs - guerras civís, reformas políticas e religiosas, nações anexadas, impérios expansionistas, etc. e o cenário se reconfiguraria em menos de 1 ano.

Mas isso é só um detalhe, que a maioria nem liga.
 
Última edição:
Fico com Forgotten Realms, pela diversidade de opções, quantidade absurda de complementos voltados para a descrição de cenários, personagens e interpretações. O fato de Forgotten ser extremamente diversificado, complexo, a ponto de nem todas as pontas estarem amarradas, e algumas coisas parecerem contraditorias, apenas servem para mostrar como o cenário é bom e, principalmente, realista. Afinal, vivemos em um mundo extremamente complexo, com incontaveis possibilidades, com imensas contradições etc. A maioria dos outros cenarios de RPG medieval que eu vi pecam exatamente pela ausencia desses fatores. Claro, pode-se afirmar que cenarios como Dragonlance ou Ravenloft são mais charmosos. Podem ate ser, mas prefiro Toril mesmo.

Continuando ... o mais importante para qualquer cenario é a qualidade do conteudo (biografias, tramas, geografia etc.) e a possibilidade para os jogadores o mestres reiventarem cada um ao seu modo o mundo do jogo. Isso Forgotten Realms tem de sobra

Outra coisa ... temos que levar em consideração que Forgotten Realms, assim como a maioria dos outros cenarios medievais, é um lugar onde existe magia e onde divindades extremamente poderosas agem constantemente. Então, quando se quer avaliar o "realismo" de um cenario, deve se levar em consideração a proposta e as caracteristicas particulares de cada cenario, e não uma comparação com o mundo em que vivemos. Um mundo com essas caracteristicas, vai apresentar soluções para certos problemas de forma bem imprevisivel.

Sobre Iridia e Ptolus, eu não conheço. Eberon eu acho uma merda.
 
Última edição:
E o fato de todos terem a mesma religião se explica no fato de q em FR, os deuses são reais e muito presentes... Como não acreditar num deus que você pode ver usando seus poderes??
 
O fato de Forgotten ser extremamente diversificado, complexo, a ponto de nem todas as pontas estarem amarradas, e algumas coisas parecerem contraditorias, apenas servem para mostrar como o cenário é bom e, principalmente, realista. Afinal, vivemos em um mundo extremamente complexo, com incontaveis possibilidades, com imensas contradições etc. A maioria dos outros cenarios de RPG medieval que eu vi pecam exatamente pela ausencia desses fatores

Epa. Nosso mundo pode ser uma miscelânea, porém uma miscelânea que faz sentido. Cerca de 90% das nações do mundo são democracias representativas capitalistas(até as raras monarquias são na verdade democracias ). E esse setup sócio-político atual é baseado em causa-efeito, não surgiu do nada.

Isso por que nosso mundo é resultado de um processo gradativo de evolução sócio-cultural - algo que, nitidamente, Forgotten não levou em consideração (parece que seus autores simplesmente foram "pregando idéias com martelo).


Não vim aqui falar que o cenário é bom ou ruim (afinal, isso é algo subjetivo, que não pode ser medido ), mas sim comentar a respeito dessa característica de Forgotten que é a princípio discreta, porém se torna gritante quando o comparamos com outros cenários de fantasia medieval (como A Terra Média por ex., que possui uma lógica migratória e social perfeita; ou Banestorm, como já havia citado).


Na outra discussão, sobre o mesmo assunto, um colega chegou a uma conclusão bem sensata a meu ver:


FR é um setting escrito por dezenas, pensado em pedaços.. uma "colagem".

Não adianta querer entender FR como um todo. Ele não tem sentido como um todo. Você tem até liberdade de querer bolar "o todo" .. mas vai fazer um esforço danado e descaracterizar os pedaços.


Já pensaram dessa forma?
 
Última edição:
Armitage disse:
Epa. Nosso mundo pode ser uma miscelânea, porém uma miscelânea que faz sentido. Cerca de 90% das nações do mundo são democracias representativas capitalistas(até as raras monarquias são na verdade democracias ). E esse setup sócio-político atual é baseado em causa-efeito, não surgiu do nada.

Isso por que nosso mundo é resultado de um processo gradativo de evolução sócio-cultural - algo que, nitidamente, Forgotten não levou em consideração (parece que seus autores simplesmente foram "pregando idéias com martelo).

Sim mas nosso mundo é governado e habitado por apenas uma raça "inteligente", os humanos, é natural que seu processo de evolução social/economico/político seja bem mais homogêneo.
Em um mundo como forgottem realms, onde existem dezenas ou centenas de raças/espécies inteligentes, é perfeitamente compreensivel que seja assim, comunidades tão diferentes em um mesmo continente (por maior que ele seja).
Temos também fatores como o de existir indivíduos de extremo poder (mais do que em qualquer outro mundo que eu conheço), as vezes uma só criatura é capaz de impor a sua vontade governar todo um reino de acordo com seus principios, destoando do modo com que esperávamos ser o natural. O equilibrio de poder é muito tenso, e grandes variações no modo de vida das pessoas podem acontecer em um curto espaço de tempo por causa disso.
 
Epa. Nosso mundo pode ser uma miscelânea, porém uma miscelânea que faz sentido. Cerca de 90% das nações do mundo são democracias representativas capitalistas(até as raras monarquias são na verdade democracias ). E esse setup sócio-político atual é baseado em causa-efeito, não surgiu do nada.
Vamos lá ... em primeiro lugar, não importa o quanto Forgotten Realms seja coerente, nunca será tanto quanto no nosso mundo. Sabendo disso, eu tenho que discordar de você. As coisas em nosso mundo não fazem exatamente sentindo por si mesmas. Para cada fato importante ocorrido, existe sempre inúmeras correntes teóricas que divergem entre si. E quando nós falamos em ciências humanas, elas estão sempre se renovando e se modificando, seja na metodologia ou no próprio conteúdo delas. E não importa se hoje em dia a maior parte das nações existentes se consideram capitalistas e democráticas. Ainda assim, o capitalismo e a democracia funcionam diferenciadamente em regiões diferentes. Não estou nem levando em consideração que Forgotten Realms é um cenário de fantasia medieval.

Isso por que nosso mundo é resultado de um processo gradativo de evolução sócio-cultural - algo que, nitidamente, Forgotten não levou em consideração (parece que seus autores simplesmente foram "pregando idéias com martelo).
Discordo novamente de você. A palavra "evolução" não deve ser aplicada nas transformações que as sociedades sofreram ao longo dos anos. É preconceituosa e pressupõe uma melhoria que só pode ser entendida muito relativamente, sendo dessa forma ultrapassada no estudo das sociedades. O mundo não é essa evolução gradativa que você coloca. Essa explicação positivista da História não é mais usada, afinal, sabemos que nunca houve naturalidade ou um avanço gradual na forma que as sociedades se transformaram. Ainda mais se você levar em consideração que as sociedades do período medieval e antigo não costumavam ter uma interação tão grande como temas atuais. Muitas coisas surgiram paralelamente em regiões diferentes, se influenciando muito pouco.

Mais ou menos assim ... Se olharmos cuidadosamente as sociedades em uma escala histórica, perceberemos que as coisas a principio não parecem ter muito sentido por si mesmas. Elas fazem sentido quando você cria uma teoria que sustente uma resposta a alguma "pergunta que você faça ao passado". Em Forgottem Realms essa imensa quantidade de informações que não necessariamente interagem entre si me lembram o nosso próprio mundo. As guerras ocorridas nas Bloodlands influenciaram pouco em Waterdeep. A invasão das hordas no Unaprochable East e na vastidão influenciaram muito pouco Tethyr. E por ai vai, você pode aplicar esse modelo em outras situações de escala menor.
Apesar disso tudo que eu disse, existe uma certa evolução na história de Forgotten Realms, nada muito especifico, algo bem geral. Antigas civilizações que resultaram em culturas presentes, ou períodos em que determinadas raças dominaram Faerun, onde a perda de influencia dessas raças resultou no tipo de comportamento e preconceitos que elas mantém no presente.

Não vim aqui falar que o cenário é bom ou ruim (afinal, isso é algo subjetivo, que não pode ser medido )
Concordo com você no que diz respeito a qualidade do cenário, mas eu vejo ele coerente na medida que um cenário deve ser coerente. Muitos autores escrevendo de forma particular sobre acontecimentos do continente. Mas em nosso mundo, também são agentes diferenciados que definem o desenrolar de nossa História. Ela não é fruto de um plano coerente e consciente organizado por uma pessoa ou por um grupo de pessoas.
 
forgotten é o melhor , ele é incoerente pq mais de 20 autores escreveram mais de 80 romances e todos eles estao incluidos no cenario de campanha ...
e tem mais todo mundo sabe quem é o drizzt
 
Não gosto de Forgotten.

Aquela estória dos deuses que viraram mortais, e depois deuses de novo... Um trâmite estranho, para coincidir com a mudança de regras para deuses, do AD&D para D&D 3.0/3.5.

Acho que Forgotten possui personagens poderosos demais... demais. não há ncessidade de tantos semi-deuses andando sobre a Terra.

Não gosto daquela estória do humano Karsus, que absorveu a essênsia da deusa da magia para si, matando a divindade.

Aliás, não gosto da Trama. Nem da Trama das Sombras.

Não gosto dos deuses.

Não gosto das terras.

Só o Underdark é legal.

Chult é estereotipado.

As terras de inspiração egípcia té que são interessantes. O mesmo para as terras "arábicas".

Maztica poderia ser menos estereotipado.

Enfim, acho Forgotten overpower demais.



Prefiro Mystara! :pula:



PS: o que é "Eridia"? :dente:
 
Bah, eu acho Mystara um dos cenários mais fraquinhos...

Eridia é um segredo em breve a ser revelado...
 

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