Eu adoro esses lances de ficar achando comparações com os filmes
Eu tava tentando pegar uns trechos pela net... com relação ao Príncipe, você pode tentar se ater à algumas coisas relevantes como as do capítulo XV ao XIV, onde "vê-se a necessidade de uma certa versatilidade que deve adotar o governante em relação ao seu modo de ser e de pensar a fim de que se adapte às circunstâncias momentâneas-"qualidades", em certas ocasiões, como afirma o autor, mostram-se não tão eficazes quanto "defeitos", que , nesse caso, tornam-se próprias virtudes; da temeridade dele perante a população à afeição, como medida de precaução à revolta popular, devendo o soberano apenas evitar o ódio; da utilização da força sobeposta à lei quanto disso dependeram condições mais favorárveis ao seu desempenho; e da sua boa imagem em face aos cidadãos e Estados estrangeiros, de modo a evitar possíveis conspirações." Se você viu o filme, sabe que o poder centrado no Don era algo que precisava sempre ser legitimado de certa forma. A partir do momento que isso é questionado, começam a haver as desavenças. O questionamento poderia surgir de uma possível inflexibilidade (no caso, poderia ser a relutância dos Corleone em entrar no ramo do tráfico de drogas, por exemplo). Mas sempre tente perceber as nuances com relação ao poder que a máfia tinha, que eu acho que é esse o caminho, pelo menos pra começar.
Com relação à Arte da Guerra, o Sun Tzu lembrava sobre a conquista de uma vitória através da vontade de agir e de conseguir conquistar os objetivos. Para atingir uma meta, é necessário agir em conjunto, conhecer o ambiente de ação, o obstáculo a ser vencido e, é claro, conhecer seus próprios pontos fortes e pontos fracos. Eu puxaria esse lado pelo papel do Michael no filme. Como no livro diz que se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de uma batalha, o Michael surge como uma alternativa até então descabida, que acaba por surpreender os opositores do pai dele. Isso acaba sendo parte da derrota auferida pelos Corleone àqueles que queriam derrubá-los. O Michael portanto, agora sabe que faz parte de todo esse esquema e torna-se o novo "Chefão". A cena final do filme meio que resume ironicamente a frase do livro do Sun Tzu: "o objetivo da guerra é a paz".