A Arte da Composição

Escrito por Fábio Bettega
 
Introdução

Muitas pessoas, quando atingem uma certa idade, começam a se interessar pela música. Consequentemente, começam a se interessar também por algum instrumento musical afim de executar suas músicas prediletas ou quem sabe um dia poder se comparar a seus ídolos.

Mas a verdade é que, no meio do aprendizado, a maioria dos músicos acaba se interessando apenas por tocar músicas já existentes, enquanto poucos pensam em compor suas próprias músicas.

Dentre as pessoas que sentem a necessidade de compor algo, podemos reparar em dois tipos: Os que já têm uma tendência natural a criar coisas e os que precisam de alguma influência externa para tal.

As pessoas que têm essa tendência natural, conseguem perceber música em qualquer tipo de coisa, como por exemplo, uma torneira gotejando, um carro acelerando o barulho do mar, o vento nas folhas, ou seja, também são influenciadas por manifestações externas, porém têm maior facilidade de percepção para esses detalhes.

Os demais, necessitam de um certo estudo para trazerem seu subconsciente a tona e passarem a perceber melhor essas coisas. E é para essas pessoas que tentarei explicar de uma forma mais teórica, uma série de dicas baseadas no método de composição de compositores como Mozart e algumas experiências próprias.

A partir disso, podemos tomar como influência no método de composição, desde emoções próprias, como interpretar aventuras fantasiosas, como é o caso dos músicos influenciados pelas obras de Tolkien.

Parte I – Estágios

Analisando a música e o músico mais a fundo, percebemos que existem alguns estágios durante o aprendizado musical, que vão desde o ponto perceptível ao próprio músico até o ponto em que é preciso que o próprio não perceba e passe a expor apenas para as pessoas que o acompanham.

I Estágio – Incompetência Inconsciente

É nesse estágio que a pessoa se interessa por algum instrumento. Ao ouvir suas músicas favoritas, não se contenta em participar apenas como ouvinte e passa a se imaginar no lugar do músico.

Então, o futuro músico procura uma escola ou um amigo capaz de lhe tornar a estrela do espetáculo pensando ser uma tarefa simples por ainda não saber que de certa forma é "Incompetente".

II Estágio – Incompetência Consciente

Feliz com sua nova meta, o futuro músico parte para o aprendizado básico do instrumento e como nem tudo são flores, percebe que era mais difícil do que pensava. Nesse ponto, é a hora que a pessoa reflete e pensa "Eu realmente sirvo pra isso?". Diante dessa questão, muitos desistem e os que decidem prosseguir mesmo cientes das dificuldades, têm consciência da sua incompetência.

III Estágio – Competência Consciente

Após semanas, meses, anos de estudos, o indivíduo passa a perceber sua melhora e começa finalmente a atingir a sua meta. Começa a tocar as suas músicas preferidas, tem uma boa noção do instrumento, conhecem outros músicos, trocam informações e em alguns casos, chegam a discutir sobre sua superioridade com o companheiro. (Visite qualquer canal de bate papo relacionado a músicos e verá que eu tenho razão ).

Esse é sem dúvida, o estágio em que se permanece por mais tempo, devido a inúmeros fatores. O Principal deles, satisfação! Pois agora, a pessoa se considera "Músico", sabe de suas habilidades como tal, muitas vezes forma uma banda, começa a fazer shows, é admirado pelos outros, ou seja, está consciente de sua competência.

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