Quem é Tom Bombadil?

Escrito por Fábio Bettega

tom-bombadil-goldberry-by-anneth-lagamoNa família de Tolkien Tom Bombadil era originalmente um boneco holandês pertencente a um dos filhos de Tolkien [Carpenter, Tolkien; Grotta-Rurska, Tolkien]. Tolkien mais tarde escreveu um poema sobre ele chamado “As Aventuras de Tom Bombadil”, publicado no Oxford Magazine em 1934, muito antes de começar a escrever O Senhor dos Anéis. Quando Tolkien decidiu inserir Tom na trilogia, pouco precisou ser alterado sobre ele ou seu poema exceto pela pena em seu chapéu – mudada de pavão para cisne, uma vez que não existem pavões na Terra-média [Tolkien, Letters, pp. 318-19].

Muito leitores de O Senhor dos Anéis consideram a presença de Tom no primeiro livro uma intrusão desnecessária na narrativa, que poderia ser omitida sem perda. Tolkien estava ciente de seus sentimentos, e em parte seus julgamentos era corretos. Como Tolkien escreveu em uma carta de 1954, “… muitos o acharam um ingrediente estranho e verdadeiramente discordante. De fato historicamente eu o coloquei porque já o havia inventado… e queria uma “aventura” no caminho. Mas eu o mantive, e como ele eram porque ele representa certas coisas que de outro modo ficariam de fora”. Julgando por estas observações, os leitores críticos estão corretos sobre a arbitrariedade da introdução de Tom na história; contudo, como Tolkien continua, ele deliberadamente [não-arbitrariamente] manteve Tom para preencher uma função específica, para proporcionar uma dimensão adicional.
Em uma carta escrita para os revisores originais da trilogia em 1954, Tolkien revela pouco sobre qual seria o papel ou função literária de Tom. No início da carta ele escreve que “mesmo em uma Era mitológica devem existir alguns enigmas, como sempre existem. Tom Bombadil é um [intencionalmente]” [Ibid., p. 174]. Mais tarde ele acrescentou que “Tom não é uma pessoa importante – para a narrativa. Eu suponho que ele tem alguma importância como um “comentário””. Então ele segue explicando que cada lado na Guerra do Anel está lutando por poder e controle. Tom, em contraste, embora muito poderoso, renunciou ao poder em um tipo de “voto de pobreza”, “uma visão natural pacifista”. Neste sentido, Tolkien diz, a presença de Tom revela que existem pessoas e coisas no mundo para as quais a guerra é bastante irrelevante ou ao menos desimportante, e não podem ser facilmente incomodados ou perturbados com ela [Ibid., pp. 178-79].

Ainda que Tom devesse cair se o Senhor do Escuro vencesse [“Nada seria deixado para ele no mundo de Sauron”, Ibid.], ele poderia provavelmente ser “o Último como ele fora o Primeiro” [SdA, 1].

Na tentativa de desvendar o que Tolkien tinha em mente é muito importante, acredito, distinguir entre um enigma e uma anomalia, pois o interesse de Tolkien envolve a primeira enquanto a insatisfação dos leitores trata Tom mais em termos da segunda. Uma anomalia é alguma coisa discordante, sem relação, fora de lugar. Neste sentido pode-se dizer que Tom poderia ser deixado de fora. Um enigma, por outro lado, é um mistério, um quebra-cabeça, alguma coisa que parece ser discordante,sem relação, fora de lugar, mas não é. Esta distinção torna-se essencial na discussão de Tom Bombadil quando considera-se as três ocasiões da história na qual a questão da identidade de Tom ou sua natureza são trazidas à tona, duas vezes por Frodo na casa de Tom e mais tarde no Conselho de Elrond. Se não existe resposta para a questão, então Tom é anômalo. Se existe ele é, como Tolkien afirma, enigmático.

Quanto leva-se em consideração a maneira pela qual Tolkien escreveu O Senhor dos Anéis, especialmente o cuidado que ele deu em ordenar as conexões históricas entre povos, coisas e eventos, eu pessoalmente acho inconcebível que não exista resposta na estrutura da história pra a questão de Frodo: “Quem é Tom Bombadil?”. Ainda que Tolkien não queira responder a seus leitores diretamente, parece-me certo que ele sabia muito bem. Tolkien era bastante protetor do que escreveu, incluindo seus erros. Quando ele encontrava alguma coisa má escrita em seus manuscrito, ele tendia mais a ponderar, em termos da Terra-média, como seus personagens vieram a fazer tal erro, ou que significação especial este poderia ter, do que simplesmente corrigi-lo. Dessa forma, uma palavra estrangeira má pronunciada tenderia mais a permanecer como um exemplo de dialeto regional do que ser alterada. Problemas com os nomes e as identidades dos personagens foram resolvidos de maneira similar. Existe, por exemplo, dois Glorfindel em sua história da Terra-média, um que morreu lutando contra um Balrog na Primeira Era, e outro de Valfenda que cedeu seu cavalo a Frodo na corrida para Imladris. Esta situação era, se não um problema, bastante incomum, e exigiu especial atenção de Tolkien, uma vez que em geral os nomes de Elfos eram únicos a um indivíduo em particular. De preferência, ao invés de simplesmente renomear um dos Elfos, Tolkien concluiu que eles eram a mesma pessoa e que ele tropeçara em um raro caso de reencarnação entre os Elfos. Ele então devotou algum tempo em uma examinação das implicações teológicas deste caso especial [Becker, Tolkien Scrapbook, pp. 92-93].

Dada esta visão geral da composição da trilogia, eu sugiro [1] que seria impossível para Tolkien trazer o assunto sobre a identidade e natureza de Tom por três vezes e não ter continuado a pensar sobre isso até que tivesse uma resposta, e [2] que, embora ele não quisesse contar aos leitores a resposta correta, sentindo que enigma são importantes, ele sem dúvida deixou algumas pistas para aqueles que desejassem persistir no assunto, assim como ele fez. O resto deste ensaio é uma examinação destas pistas. Embora a evidência seja circunstancial, ela é, acredito, convincente.

Começando tão do princípio quanto o livro de Issac e Zimbardo, Tolkien and His Critics, publicado em 1968, Tom Bombadil é quase universalmente considerado como um espírito da natureza. Naquele volume, Edmund Fuller declara que ele é “inclassificável exceto como algum tipo de espírito natural primário” [p. 23]. De acordo com Patricia Meyer Spacks, Tom possui poderes naturais para o bem e ele “está na mais íntima comunhão com as forças naturais; ele tem o poder da “terra como ela mesma”” [p. 131] e argumenta que “quando Tom Bombadil fala, é como se a natureza por si mesma – não-racional, interessada na vida e coisas que crescem – falasse [p. 139]. Esta visão de Tom, como um espírito da natureza não-racional, como personificação da natureza, tem sido a visão dominante desde então. Ruth S. Noel no The Mythology of Middle-earth, publicado em 1977, na talvez mais longa e elaborada discussão sobre ele, começa com a advertência que “Tom Bombadil é um personagem como Puck ou Pan, um deus da natureza em forma diminuída, metade humorístico, metade divino” [p. 127] e ela conclui com a observação de que Bombadil e Fruta d’Ouro são personificações indistinguíveis da terra intocada por humanos, baseados por um poder oculto mais potente, representando tanto o perigo da terra selvagem como seu potencial em servir o homem” [p. 130]. Anne C. Petty em One Ring to Bind Them, publicado em 1979, resume todas as afirmações acima com a declaração de que Tom é “a divindade da natureza por excelência” [p. 38].

Tão exato quanto eu posso determinar, a base textual para a ideia de que Tom é um espírito da natureza é a discussão sobre ele no Conselho de Elrond, especificamente as seguintes afirmações: “o Poder de desafiar nosso Inimigo não está nele, a não ser que este poder estivesse na própria terra” e “… agora ele é restrito a uma pequena terra, com limites que ele próprio impôs, embora ninguém possa vê-los, esperando por uma mudanças nos dias, e ele não irá ultrapassá-las”. Eu suspeito que muitas pessoas concluíram da segunda passagem que Tom, como um espírito da natureza, tornou-se gradualmente confinado com a diminuição da Velha Floresta. A passagem, contudo, não diz isso. Seus limites não são impostos a ele pelos limites da floresta; ao contrário, ele os impôs a si mesmo. Além disso, o trecho não fala que ele não pode cruzar tais fronteiras, mas apenas que ele não o fará. A afirmação de que ele não pode não é nem mesmo realmente correta: Tom frequentemente visitava o Fazendeiro Maggot no Condado e presumivelmente tinha previamente feito outras visitas a outros “antigamente em dias dificilmente lembrados” [“Bombadil Goe Boating” e SdA, 1]. Em relação à primeiro trecho, ele não diz que Tom é ou tem o poder da terra. É ambíguo. O enunciado “Tim não possui habilidade para dirigir tão longe, a menos que a habilidade esteja em seu carro”, não implica que Tim é um carro. Da mesma forma, o fato de que Tom não tem o poder para desafiar Sauron não precisa ser porque tal poder não está na terra. Explicarei melhor no devido tempo.

É possível que a teoria do espírito da natureza tenha se mantido por tanto tempo porque ninguém pensou em uma alternativa. Considere o tratamento de Jarred Lobdell sobre Tom Bombadil no England and Always, publicado em 1981. Declarando Tom como sendo “a menos bem sucedida criação” na trilogia, ele continua:
“Sem único, ele poderia ser um espírito da natureza… mas ele não é único… ele não é o gênio da terra, uma vez que é restrito a uma parte dela… ele é aparentemente um homem, uma vez que claramente não é um Elfo ou Anão ou Ent ou Hobbit ou um das raças caídas, mas ele não é um dos Homens do Oeste. Suponho que poder-se-ia salvar as aparências fazendo dele um anjo, ou de uma ordem diferente da dos Istari, ou fazendo dele um deus, mas em ambos os casos ele estaria em conflito com a mitologia de Tolkien. [pp 62-63]”

Lokdell eventualmente conclui que Tom é uma anomalia “Ainda que eu encontre nele uma criação anômala, eu posso mudar a visão para vê-lo teologicamente – mas apenas com o desagradável sentimento de que mudando a visão é tudo que estou fazendo” [p. 63].

Enquanto possa concordar que Tom não seja um espírito da natureza, um Homem, um Elfo, um Anão ou um Hobbit, eu não vejo razão pela qual Lobdell deveria rejeitar a possibilidade dele ser um anjo ou deus – nos termos da mitologia de Tolkien, um Maia ou Vala. Nós sabemos a partir do Silmarilion que Oromë caçava na Terra-média, Ulmo tinha relacionamento com os Elfos ali, Olórin caminhava despercebido entre os Elfos antes de ser Gandalf e Melian passou um grande tempo em Beleriand com Thingol. Existe então amplas evidência para ocasionais visitas de tais seres, mesmo as razões mais frívolas e pessoais.

Além disso, Tolkien extrai algumas conexões literárias em relação a Tom que ajudam a apoiar seu status divino. Primeiro, como Noel percebeu [Mythology, p. 128], Tolkien faz referência em “Bombadil Goes Boating” a uma história do Antigo Edda sobre Odin, um dos mais importantes deuses nórdicos, através disso relacionando Tom a ele. Segundo, em “In the House of Tom Bombadil” Fruta d’Ouro responde a questão “Quem é Tom Bombadil?” com a simples afirmação “Ele é” [Sda, 1]. Em termos de fantasia medieval isto poderia significar que a existência é um predicado de Tom Bombadil e que ele é então Deus. Embora Tolkien tenha refutado esta afirmação em uma carta, escrita em 1954 [Letters, pp. 191-92], dizendo que Fruta d’Ouro, como Tom mais tarde, estava apenas provando seu ponto de vista sobre a natureza de nomear, eu continuo perseguido pela afirmação. Assim como a referência a Odin não implica que necessariamente devemos concluir que Tom é Odin, a alusão à terminologia da filosofia medieval em descrevê-lo não precisa ser interpretada como uma crise da teologia cristã. Enquanto que a refutação de Tolkien elimina as chances de Tom ser Ilúvatar, eu não vejo que ela elimina a possibilidade de que ele seja originário dos pensamentos de Ilúvatar, um Vala ou um Maia, pois eu não vejo nenhum problema teológico na existência ser um predicado de uma parte de Deus.

E finalmente, existe Tom cantando. A incapacidade de Tom separar a música de suas outras atividades, falando, andando, trabalhando, sugere que ela é bastante fundamente para seu ser de uma forma profunda que o distingue de todos os outros seres encontrados na trilogia. Os magos, por exemplo, que eram Maiar, recitam [na moderna acepção da palavra] ao invés de cantar, e nunca inconscientemente. Este contínuo cantar pode ser uma indicação do alto status de Tom. O mundo foi, apesar de tudo, trazido à existência por um grupo de cantores, os Sagrados, alguns dos quais tornaram-se Valar. Segundo, a canção básica de Tom é estruturalmente similar à “Song of the Sea” de Legolas [SdA, 3], sugerindo a possibilidade que a canção de Tom é uma corrupção da um pedaço original de música do Oeste Distante comum a ambos. Terceiro, as músicas de Tom, embora aparentemente cômicas e sem sentido, possuem poder de controlas elementos individuais e coisas na floresta. Quando foi dito que o Velho Salgueiro era a causa dos problemas dos Hobbits, Tom responde, “isto pode ser rapidamente consertado. Eu conheço a melodia para ele” [Ibid., 1], o que eu acredito que significa algo como, “não se preocupe. Eu tenho os planos para aquela coisa e posso consertá-lo agora mesmo”. Este é o tipo de conhecimento que um Vala, que cantou a Música, poderia ter, e cantando seria o modo natural de aplicá-lo.

Ainda que esta interpretação da cantoria de Tom seja inconsistente com a afirmação geral de que Tom e não-racional, não é inconsistente com a caracterização de Tom feita por Tolkien em duas cartas em 1954, nas quais Tom é associado com o estudo cientificamente puro da natureza. Tolkien escrever:

“… [Tom] é então uma “alegoria”, ou um exemplar, uma incorporação particular da pura [real] ciência natural: o espírito que deseja conhecimento de outras coisas, suas histórias e naturezas, porque são “outras” e completamente indiferente com “fazer” exterminando com o conhecimento: Zoologia e Botânica, não Criação de Gado ou Agricultura.” [Letters, p. 192; ver também p. 174]

Como a exemplificação da ciência pura, Tom dificilmente pode ser não-racional. A pureza de Tom, além disso, resulta de seu desejo de se deleitar nas coisas como elas são, sem dominá-las ou controlá-las. O primeiro é o objetivo da ciência pura, os últimos a ess6encia da ciência aplicada. O conhecimento de Tom sobre a natureza permite-lhe controlar a natureza quando necessário, mas porque este controle não é seu objetivo, ele está mais ligado à ciência do que à engenharia.

Se nós tomarmos a afirmação de Tom como completamente literal que ele “estava aqui antes do rio e das árvores… da primeira gota de chuva e da primeira bolota” [Sda, 1], ele estaria dizendo que estava na Terra-média quando os Valar chegaram ou que ele chegou como um dos Valar. Ele afirma que “ele conheceu o escuro sob as estrelas quando este era sem medo – antes do Senhor do Escuro vir de Fora” refere-se ao tempo antes de Morgoth, o Senhor do Escuro original, ter se tornado um renegado – o tempo quando as estrelas “antigas” ou originais foram feitas. Uma vez que o mundo estava incompleto àquele tempo e nada vivia na terra exceto os Valar, é difícil acreditar que Tom seja qualquer coisa exceto um Vala.

Uma dica interessante de que Tom seja um Vala pode ser retirada da confusão afirmação de que Tom é “o mais antigo” mesmo que Barbárvore supostamente também seja “o mais antigo ser vivo que continua a andar sob o Sol”. No The Road to Middle-earth, publicado em 1982, T. A. Shipley, que considera Tom “único membro de uma categoria”, luta com essa “inconsistência” e conclui que se a afirmação de que Barbárvore é a mais antiga coisa viva, se verdadeira, implica que Tom não está vivo, assim como os Nazgûl não estão mortos [p. 82]. Ainda ques esta analogia provavelmente não esteja correta, é sugestiva. A palavra viva provavelmente significa minimamente que Fangorn é biótico, ou seja, um elemento pertencente ao sistema de vida da terra, a biosfera. Existe de fato duas classes de seres “vivendo” na Terra-média, que, sendo seres de fora de Eä, não fazem parte desde sistema: os Valar e seus servos, os Maiar. Seus corpos são “véus” ou “vestuários”, apar6encias, nas quais são encarnados por si mesmos [Road Goes Ever On, p. 66]. Como registrado no ensaio “Istari”, no Unfinished Tales, os Maiar que se tornaram os magos da Terra-média – e que tinham a mesma natureza dos Valar – foram convertidos em seres vivos temporariamente pelo consentimento especial de Ilúvatar: “Pois com o consentimento de Eru eles… [foram] vestidos com os corpos de Homens, reais e não dissimulados, mas sujeitos aos medos e dores e fraquezas da terra, capazes de sentir fome e sede e serem mortos…”. A necessidade desta conversão sugere que os Valar e Maiar eram de fato não-viventes, mas de uma maneira bastante diferente dos Nazgûl. Enquanto os Espectros do Anel era antigos seres viventes mantidos na existência de maneira não-natural através do poder de seus anéis em associação com o Um Anel, os Valar e Maiar eram seres de outro plano de existência [o Vazio] que, como resultado, não combinavam completamente com o mundo da Terra-média. Ao contrário de colocar Tom em uma categoria anômala única, ou associá-lo com os não-vivos, a “inconsistência” de Shipley pode simplesmente ser uma dica que Tom possui um status extraterrestre como um Vala ou Maia.

Alguém poderia, claro, querer objetar que Tom Bombadil realmente não se parecia ou agia como um Vala ou um Maia, parecendo e agindo mais como um Hobbit super-crescido. Eu sugiro, contudo, o contrário, que não existe um modo particular com o qual os Valar e Maiar deveriam parecer. Particularmente apareciam da maneira que escolhessem, vestindo seus “véus” ou “vestimentas” de maneira similar à que usamos roupas. Em “The Voice of Saruman”, por exemplo, Gimli fala a Gandalf que ele quer ver Saruman para comparar os dois magos. Em uma resposta pensada, Gandalf informa a Gimli que não existe maneira para ele fazer tão comparação ter sentido, uma vez que Saruman pode mudar sua aparência à vontade conforme preencha suas necessidades [Sda, 2]. Ao invés de diminuir a possibilidade de Tom ser um Vala, sua aparência hobbitesca realmente a aumenta, pois sugere que Tom possui a habilidade de “adaptar-se” às suas vizinhanças. Se um Vala desejasse visitar os Hobbits, ele poderia, com certeza, aparecer a eles de uma maneira de alguma forma humorística e familiar, a através disso colocando-os à vontade. Desta forma, pode ser argumentado que a aparência hobbitesca de Tom conta a favor dele ser um Vala ou Maia, não contra.

Robert Foster, no The Complete Guide [p. 496] também parece estar na pista certa quando sugere que “é possível que ele seja um Maia “que tornou-se nativo””. O problema é que não existe um Maia em O Silmarillion que se encaixa nas características gerais de Tom. É apenas quando nos viramos para os Valar que os candidatos potenciais emergem.

Devido à maioria dos Valar serem casados, determinando a possível identidade de Fruta d’Ouro pode ser uma ajuda na determinação da identidade de Tom. Existem três possíveis Valier que poderiam gostar de viver por um tempo na Velha Floresta: Nessa, Vana e Yavanna. Nessa, que ama os cervos e a dança, não se encaixa muito bem, uma vez que nenhuma dessas características é especialidade de Fruta d’Ouro. Seu marido, Tulkas, o melhor guerreiro entre os Valar, além disso, é provavelmente muito combativo para ser Tom. Vana, que se importa com flores e pássaros, também não se encaixa muito bem, uma vez que Fruta d’Ouro preocupa-se com uma grande variedade de plantas, e pássaros não têm um destaque especial. Oromë, o marido de Vana, além do mais é um caçador, especialmente de monstros. Se ele fosse Tom, poderiam não existir Espectros nas Colinas dos Túmulos. Com Yavanna, contudo, nós temos a ênfase correta, pois ela é responsável por todas as coisas viventes, com especial preferência pelas plantas. Uma vez que ela é a Rainha da Terra, é fácil imaginá-la sua rega da floresta com cuidado especial, como Fruta d’Ouro fez durante a visita dos Hobbits.

Em O Silmarillion a aparência de Yavanna é caracterizada como se segue:
“Na forma de uma mulher ela é alta, e vestida em verde; mas algumas vezes toma outras formas. Alguns a viram parada como uma árvores sob o céu, coroada com o Sol; e de todos os seus galhos pingava um orvalho dourado sobre a terra árida, e ela crescia verde com o milho; pois as raízes da árvores estavam nas águas de Ulmo, e os ventos de Manwë falavam em duas folhas.”

Quando encontramos Fruta d’Ouro pela primeira vez, ela está vestida de verde: “seu vestido era verde, verde como jovem gramado, pontilhado de prata como gotas de orvalho” [Sda, 1]. Quando Tom oficialmente apresenta Fruta d’Ouro, ele diz “Aqui está minha Fruta d’Ouro toda vestida em verde-prateado…”. Quando ela diz adeus aos Hobbits, ela está novamente vestida de verde e Frodo, em resposta a seus apelos, se refere especificamente a esta cor quando ele começa falando para ela: “Minha bela dema, vestida toda em verde!”. Esta caracterização da vestimenta comum de Fruta d’Ouro suporta a hipótese dela ser Yavanna.

Para ser correto, quando nós encontramos com ela pela primeira vez, seus pés estavam rodeados por água, aparentemente dando suporte à história de ninfa da água. Esta circunstância, contudo, não é inconsistente como sua imagem árvore, a qual, como registrada, tinha seus pés ou raízes nas “águas de Ulmo”.

Enquanto a despedida continua, além disso, uma descrição análoga à da descrição da árvore é dada:
“Ali, no topo, estava ela, acenando para eles: os cabelos esvoaçavam soltos, e, conforme captavam a luz do sol, brilhavam e reluziam. Uma luz como o brilho da água sobre a grama orvalhada vinha de seus pés, enquanto dançava”.

Embora continuasse em forma humana, seus cabelos esvoaçantes parecem “os ventos de Manwë” e a reflexão do sol em seu cabelo sugere que ela estava “coroada com o Sol”. O brilho da água sobre a grama orvalhada” sugere o gotejar do orvalho dourado na terra bem como as “águas de Ulmo”. Quando os Hobbits a veem pela última vez, ela é muito como uma planta: “viram Fruta d’Ouro, agora pequena e esguia como uma flor ensolarada contra o céu: ainda estava ali olhando-os, com as mãos entendidas na direção deles”. Neste caso, ela é provavelmente mais flor do que árvore porque os Hobbits em geral gostam de flores e têm receio de árvores. A “ensolarada” imagem é notavelmente similar à aparência primária não-humana de Yavanna.

Com certeza um importante problema com esta hipóteses é a afirmação de que Fruta d’Ouro é Filha do Rio. Se a história for verdadeira, então Fruta d’Ouro não pode ser Yavanna. Contudo, existe muita coisa dita em o Senhor dos Anéis que não é literalmente verdade e muitas matérias são deixadas misteriosas e inexplicadas. Por exemplo, é acreditado por muitos que Rohan estava vendendo cavalos a Mordor. Gandalf nunca revela que é um Maia. As águias são são reveladas serem Maiar [embora sejam “Espíritos na forma de falcões e águias” que “podem ver nas profundezas do mar, e penetrar as cavernas ocultas debaixo do mundo”[Silmarillion]. Como claramente visto em “The Hunt for the Ring,” no Unfinished Tales, muitos detalhes são apresentados de forma confusa e desconexa em O Senhor dos Anéis, porque é assim que apareceram para as pessoas que escreveram o livro. Existe, enfim, dois contos dados por Tolkien sobre a origem dos Orcs, sendo que ambos não podem ser verdadeiros. Dessa forma, o fato de que certas pessoas acreditam que Fruta d’Ouro seja a Filha do Rio não tem absolutamente, literalmente, que ser verdade.

Assim como Fruta d’Ouro é bastante similar a Yavanna, Aule o Ferreiro, divide muitas características comuns com Tom e esta identificação ajuda a explicar alguns dos eventos que ocorrem na casa de Tom – especialmente seu controle sobre o Anel sem nenhum medo ou tentação. Aulë é o sub-criador de todos as substâncias da terra: minerais, gemas e metais. Durante a criação da Terra-média ele esteve envolvido em praticamente cada aspecto de sua sub-criação. Ele preparou o leito dos oceanos para receberem as águas e preparou a terra para plantas e animais. Como o Sub-Criador ele desenvolveu e ensinou todas as artes, trabalhos manuais e habilidades, De todos os valar, ele tinha o maior interesse nos Filhos de Ilúvatar. Tão impaciente estava ele para vê-los que criou os Anões. De acordo com o “Valaquenta” no Silmarillion, embora Aulë e Melkor fossem os mais parecidos de todos os valar em pensamento e poder, suas atitudes perante os produtos de seus trabalhos e o trabalho dos outros eram significativamente diferentes. Enquanto Melkor cuidadosamente guardava seus trabalhos para si mesmo e destruía o trabalho dos outros cheio de inveja, Aulë deleitava-se em fazer, não possuir, e “ele não invejava o trabalho dos outros, mas observava e dava conselhos”. Foi, de fato, a falta de possessividade de Aulë e sua aceitação em submeter seu trabalho à vontade de Ilúvatar que salvou os Anões da destruição e fez possível para eles receber o dom do livre arbítrio de Ilúvatar.

Quando considera-se as características morais especiais de Aulë, as similaridades com Tom são mais impressionantes e reveladoras. Como Aulë, Tom não é possessivo. Embora seu poder para dominar e controlar esteja sempre enfatizado – ele é o mestre – ele não interfere com outros seres exceto quando estes interferem com ele. Embora possua o poder de possuir o que desejar, ele não escolhe possuir ou ter a floresta. Como Fruta d’Ouro explica, os animais, as plantas os objetos naturais da floresta são todos permitidos perecerem a si mesmos. Esta distância da posse ou controle é a razão pela qual Tom é capaz de manusear o anel sem medo. No final das contas, todas as outras criaturas poderosas encontradas na trilogia, a menos que já tivessem caído, temem tocar o anel para que o desejo de possuí-lo não os direcionasse para o mal. Uma vez que Tom não deseja possuir ou controlar nada, o Anel não tem poder sobre ele. Nós simplesmente vemos seu interesse, curiosidade e deleite enquanto ele estuda a arte envolvida em sua confecção. De fato, Tom se aproxima do anel criticamente, quase com desdém. Enquanto todos os outros se referem ao Anel como precioso em uma forma reverente, o uso da palavra por Tom, “mostre-me o precioso anel” [SdA, 1], sugere ironia ou dúvida sobre seu valor. Uma vez que a falta de desejo de possuir ou controlar era extremamente rara entre os Valar e seres da Terra-média, nenhum outro Valar é dito exibir este traço moral, parece razoável assumir que Tom e Aulë são a mesma pessoa.

É também importante notar o tremendo poder e controle que Tom tem sobre o Anel. Ele é, em primeiro lugar, capaz de suplantar seus efeitos normais. Quando ele o põe em seu dedo, ele não se torna invisível. Quando Frodo o coloca em seu dedo, Tom continua capaz de vê-lo: ele “não é tão cego ainda” [Ibid.]. Segundo, tom é capaz de facilmente utilizar o anel de formas não pretendidas por seu criador, pois ele é capaz de fazer o Anel sumir. [É possível que mesmo Sauron fosse incapaz de fazer isso, pois o anel incorporava uma grande parte do poder próprio de Sauron, drenado dele durante sua confecção]. Tal poder sobre o anel, apresentado quase como um truque de salão, acredito, não pode ser explicado classificando-se Tom Bombadil como um espírito da natureza anômalo. A habilidade de dominar o anel sugere um Vala; a facilidade com que é dominado sugere o fundamentou criador de todas as coisas na Terra-média, Aulë o Ferreiro, de quem Sauron e Saruman eram meros servos no início antes do tempo.

Se Tom é Aulë, contudo, duas outras questões precisam ser respondidas. Primeira de todas o que ele e Yavanna faziam na Velha Floresta, pra começar? Até o ponto em que Yavanna é preocupada, ela provavelmente estava apenas visitando as coisas que crescem e tendo férias com seu marido. Aulë, por outro lado, estava ali pelo propósito de estudar os Hobbits. Nós não devemos esquecer que de todos os Valar Aulë era o mais ansioso para conhecer os Filhos de Ilúvatar. Ele é também o único a fazer seres sencientes e racionais por si mesmo. Dado seu interesse por tais criaturas, não é não razoável assumir que, como Gandalf, ele achava os Hobbits fascinantes. Como as canções Hobbit sobre Tom Bombadil sugerem, além disso, ele teve bastante contato com os Hobbits na Terra dos Buques e Humanos, sem dúvida permitindo ampla oportunidade para o estudo dos Hobbits.

Segundo, se ele é Aulë, e ele é tal deus maravilhoso e gentil, porque ele não escolher ser de mais ajuda? Por outro lado, porque não estava nele o poder de lutar contra o inimigo? A resposta a esta questão é mais simples do que pode-se pensar a princípio. Quando Ulmo emerge do mar em “Of Tuor and His Coming to Gondolin” para dar instruções a Tuor, que supostamente vai entregar a mensagem aos Elfos de Gondolin, ele apressa-se com as instruções temendo que ser próprio servo Osse atirasse uma onda na praia e afogasse seu emissário. Como ele coloca no Unfinished Tales: “Vá agora… antes que o mar te devore! Pois Ossë obedece à vontade de Mandos e ele é colérico, sendo um servo do Destino”. Ainda que as ações de Ulmo fossem contrárias à vontade dos demais Valar tanto que seu próprio servo não o ajudaria [ e estava realmente preparado para agir contra ele], Ulmo, todavia, insiste que não estava realmente se opondo aos outros Valar, mas meramente fazendo sua “parte”:
“…embora nestes dias de escuridão eu pareça me opor à vontade de meus irmão, o Senhores do Oeste, esta é minha parte entre eles, que foi fixada antes da criação do mundo”

A frase chave é “que foi fixada antes da criação do mundo”. Primeiro, isto deixa claro que Ulmo não estava agindo em desafio de maneira alguma, meramente seguindo ordens, assim como seu servo estaria apenas seguindo ordens se lançasse uma onda e matasse Tuor. Segundo, se refere ao tempo da canção que criou o mundo. É esta canção, suponho, que continha as instruções conflitantes que tanto Ulmo quanto Ossë estavam seguindo, diferentes partes, elementos ou temas do todo. Se eu estou correto, o poder de Ulmo em auxiliar os Elfos é tanto limitado quanto determinado pela Música dos Ainur, uma vez que esta estabeleceu a existência da terra e determinou seus eventos principais. Enquanto Ulmo poderia ter tido livre arbítrio enquanto cantava a sua parte na canção naqueles tempos longínquos, ele estava agora atado pela canção e não podia ir além ou alterar sua parte. Se Tom é Aulë, então ele também estão atado pelo que ele cantou e embora simpático e interessado, ele apenas pode ajudar os Hobbits e os Povos Livres do Oeste de poucas formas.

Esta consideração de Tom como Aulë não é de fato inconsistente com a observação de Tolkien de que Tom renunciou ao poder em uma espécie de “voto de pobreza” e que ele exemplifica como “uma visão natural pacifista”. Ao tempo da canção da Grande Música, é verdade que Aulë, junto à maioria dos outros Sagrados, eventualmente parou de cantar, deixando Melkor cantando sozinho. Contudo, eles não pararam porque a canção atordoante e diferente de Melkor os venceu, mas sim porque eles não desejavam competir com ele e consideraram a música corrompida por seu comportamento. Isto não é derrota, uma vez que obviamente cantando juntos os outros poderiam ter superado Melkor. Particularmente é uma rejeição do conflito por ele mesmo – portanto, uma visão pacifista. É de fato o Terceiro Tema cantado por Ilúvatar, representado a parte dos Filhos de Ilúvatar, que superou a interrupção de Melkor. Com relação ao “voto de pobreza”, Aulë de fato já tinha tal voto – como exemplificado pela sua atitude perante seu trabalho e o trabalho dos outros – sua falta de orgulho excessivo, inveja e possessividade.

Em contraste, se Tom é um espírito da natureza, então nenhum voto de pobreza foi tomado, e não existe visão pacifista natural. De acordo com a tese do espírito da natureza, como Veryln Flieger coloca em Splintered Light, publicado em 1983: “Tom Bombadil, no qual o Anel não tinha efeito, é uma força natural,um tipo de espírito da terra, e então o poder sobre a vontade, que o Anel exercia, simplesmente não tinha significado sobre ele” [p. 128, note]. Como uma força natural, Tom teria o mesmo status que uma pedra caindo ou o vento ou a chuva – ele seria uma atividade cega sem direção ou sentido. Como tal ele não seria um agente noral, e não poderia tomar decisões morais. A dimensão moral seria então completamente ausente. Tom é imune à influência do anel não por causa de sua personalidade com alto moral, mas porque ele não seria capaz de ter nenhuma personalidade moral.

Se Tom é Aulë, contudo, existe uma dimensão moral, realmente, uma elevada, pois a aparição de Tom na história, embora apenas um “comentário”, serve como um afiado e claro contraste aos dois Maiar malignos, Sauron e Saruman, ambos uma vez seus servos antes de se voltarem para o mal e a escuridão. Ao contrário de seu antigo mestre, estes dois seguiram o caminho de Melkor: inveja, ciúmes, orgulho excessivo e o desejo de possuir e controlar. Como Tolkien explicou para seu revisor, o papel de Tom era mostra que existiam coisas além e não relatadas à dominação e ao controle. Na superfície, esta visão de Tom parece torná-lo afastado de todas as outras coisas e eventos na Terra-média, mas especialmente estava localizada no núcleo da moralidade como esta existia na Terra-média, como a exemplificação final da própria moral ante o poder, orgulho e posse. De fato, em termos dos traços morais que mais fascinaram Tolkien tanto como autor como acadêmico, Tom Bombadil seria o ideal de moral de Tolkien.

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Celestino Magalhães Fernandez

Fantástico!!

Willian Ferreira

Vcs sabem quem é o autor dessa gravura que ilustra o post!?

julio

paulo coelho

Muito interessante! Devemos sempre lembrar que essa é uma percepção dos Hobbits, e unicamente a deles, de como se depararam com fenômenos até então desconhecidos de seu universo, ao contraste que o Silmarillion representa a visão de menstréis élficos da época, por isso é incomum que percebessem a presença de um dos Senhores do Oeste e os nomeassem de forma devida. Essa visão se reforça ao levarmos em conta que Frodo Bolseiro era de um dos mais eruditos dentre eles e o mesmo passou por momentos constrangedores em sua visão ao desconhecer o brinde de Faramir a Valinor durante a ceia.
Outro ponto é que Tom apesar de ter um vasto conhecimento, conhecia as terras ao seu redor com ajuda de seu amigo o Velho Magote, ou seja é concebível que eles esteja apenas de passagem pela Floresta Velha.
E ainda reforçando, temos o curioso diálogo entre Gandalf e os hobbits antes de se despedirem definitivamente no caminho para O Condado, onde Gandalf (que é o único aparentemente capaz de entender a natureza verdadeira de Tom) diz que “ele está criando limo e Bombadil é uma pedra rolante” e “pouco vai se interessar pelas aventuras deles, com exceção do contato com os ents”. O que será que Gandalf quis dizer com essas afirmações? Em relação aos ents parece de fácil resposta se considerarmos vossa ideia sobre seu interesse por todos os seres criados. Mas a segunda é bem interessante, me parece soar como se Gandalf quisesse passar na casa de um velho conhecido (velho nos termos de um Ainu) para contar as novas com alguém de sua laia, mas que o poder e sabedoria estão além de sua compreensão pra se importar com os assuntos dos Filhos de Ilúvatar, assim como o diálogo entre duas pessoas onde uma passou um dia inteiro num trabalho estressante e está afim apenas de desabafar mesmo que o ouvinte não esteja interessado. Ou arriscando ir além, conversar assuntos muito além da compreensão de reles mortais.
E por último, faz todo sentido Tolkien não deixar um Vala fora de sua mais longa história, percebendo agora que eles pouco tem atuação nessa história fora o envio dos Istari, talvez um espírito de grande poder possa estar envolvido mais diretamente do que pequenos hobbits ou até raças mais “avançadas” possam perceber.

bombadil

Tom, velho Tom, sempre com tópico ativo aqui na Valinor!

O Tom é um cara legal.

O Tom é um criador de limo.

O Tom tem a Fruta D'Ouro (gata!)

O Tom não é interesseiro (não deseja poder) mas é interessado (quer saber tudo o que puder sobre o mundo além de suas fronteiras) e interessante (poxa, quem nunca discutiu Tom Bombadil que atire a primeira pedra).

Bomba é poderoso nas canções de poder (talvez apenas dentro de seu território).

Bomba foi o primeiro e seria o último caso Sauron dominasse Arda.

Frodo teve sonhos na casa de Tom que na verdade eram visões do que acontecia naquele momento mundo afora.

Gandalf foi ter com Bomba antes de voltar a Aman.

O Tom É.

Tom foi um boneco de um dos filhos de Tolkien, mas isso não responde quem ele é enquanto personagem dos livros.

Isso é o que me lembro do Tom e isso me basta.

O resto é especulação.

Abraços,

bombs.

aventador

Thank you so much

[QUOTE="Eruonel, post: 2731586, member: 85748"]Acho que assim como Ungoliant, Tom Bombadil não deve ser uma criação de Eru. Como mencionado em um tópico daqui, a antítese de Eru não era Melkor, e sim o Vazio Primordial. Enquanto todas as criações diretas de Eru tem extensões de seus poderes criativos (inclusive Melkor que representa o caos, sendo ele o criador dos ambientes extremos da terra, criando na canção calor intenso e frio extremo, mas ainda assim atendendo aos propósitos de Eru, como ele mesmo demonstrou com o surgimento do floco de neve que era uma mistura da criação de Ulmo e Melkor) Ungoliant era o oposto da força criativa, sendo uma força destruidora que devorava a luz e sempre sentia um vazio dentro de si. Também há as Criaturas Sem Nome que moram debaixo da terra, as quais Gandalf, o Branco não soube classificar, e que também tem caráter destruidor/anti-criativo devorando as raízes da terra. Todas essas criaturas são extremamente antigas e ainda assim não é conhecida a sua procedência, nem mesmo pelos Valar. Acredito então que essas criaturas: 1. Vieram do Vazio Primordial, sendo criadas por ele e sendo uma extensão de seu poder destruidor ou 2. São criações mais antigas que os Ainur, criadas por Eru, um esboço de uma possibilidade de criação que foi abandonada.

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đồng tâm

Tom Bombadil também é extremamente antigo podendo estar aqui desde que Eä foi criada, e ninguém parece saber de onde ele vem. Isso me fa pensar que ele também não é uma criação de Eru ou antecede os Ainur. Ninguém sabe dar uma classificação para ele nem para a Ungoliant, eles são apenas espíritos poderosos encarnados de alguma forma. O problema é que o Tom não tem uma habilidade destruidora, mas sim conservadora e territorial o que faz ele provavelmente não ser um ser com o poder sub-destruidor do Vazio, mas ele provavelmente é mais antigo que tudo que há em Eä, e mais poderoso que Sauron (o que o torna mais poderoso que os Maiar também), pois se o Gandalf que era um Maiar assim como Sauron não conseguia resistir a tentação do Anel, pra alguém poder resistir tinha que ser mais poderoso que o Sauron (ou talvez apenas mais puro que o Sam, não tendo nenhuma forma de malícia ou ambição no coração).

Há quem diga que o Tom Bombadil seria o próprio Eru disfarçado, e outros ainda dizem que seria uma alegoria ao próprio Tolkien estando dentro de sua obra e ao mesmo tempo a parte dela sendo um estranho de outro mundo, mais poderoso que todos nela por ser seu criador, porém não atuando diretamente na história porquanto dentro dela, senão para cumprir seus desígnios discretamente, tal como Eru, permanecendo-se a parte e ao mesmo tempo em tudo.[/QUOTE]

Acho que assim como Ungoliant, Tom Bombadil não deve ser uma criação de Eru. Como mencionado em um tópico daqui, a antítese de Eru não era Melkor, e sim o Vazio Primordial. Enquanto todas as criações diretas de Eru tem extensões de seus poderes criativos (inclusive Melkor que representa o caos, sendo ele o criador dos ambientes extremos da terra, criando na canção calor intenso e frio extremo, mas ainda assim atendendo aos propósitos de Eru, como ele mesmo demonstrou com o surgimento do floco de neve que era uma mistura da criação de Ulmo e Melkor) Ungoliant era o oposto da força criativa, sendo uma força destruidora que devorava a luz e sempre sentia um vazio dentro de si. Também há as Criaturas Sem Nome que moram debaixo da terra, as quais Gandalf, o Branco não soube classificar, e que também tem caráter destruidor/anti-criativo devorando as raízes da terra. Todas essas criaturas são extremamente antigas e ainda assim não é conhecida a sua procedência, nem mesmo pelos Valar. Acredito então que essas criaturas: 1. Vieram do Vazio Primordial, sendo criadas por ele e sendo uma extensão de seu poder destruidor ou 2. São criações mais antigas que os Ainur, criadas por Eru, um esboço de uma possibilidade de criação que foi abandonada.

Tom Bombadil também é extremamente antigo podendo estar aqui desde que Eä foi criada, e ninguém parece saber de onde ele vem. Isso me fa pensar que ele também não é uma criação de Eru ou antecede os Ainur. Ninguém sabe dar uma classificação para ele nem para a Ungoliant, eles são apenas espíritos poderosos encarnados de alguma forma. O problema é que o Tom não tem uma habilidade destruidora, mas sim conservadora e territorial o que faz ele provavelmente não ser um ser com o poder sub-destruidor do Vazio, mas ele provavelmente é mais antigo que tudo que há em Eä, e mais poderoso que Sauron (o que o torna mais poderoso que os Maiar também), pois se o Gandalf que era um Maiar assim como Sauron não conseguia resistir a tentação do Anel, pra alguém poder resistir tinha que ser mais poderoso que o Sauron (ou talvez apenas mais puro que o Sam, não tendo nenhuma forma de malícia ou ambição no coração).

Há quem diga que o Tom Bombadil seria o próprio Eru disfarçado, e outros ainda dizem que seria uma alegoria ao próprio Tolkien estando dentro de sua obra e ao mesmo tempo a parte dela sendo um estranho de outro mundo, mais poderoso que todos nela por ser seu criador, porém não atuando diretamente na história porquanto dentro dela, senão para cumprir seus desígnios discretamente, tal como Eru, permanecendo-se a parte e ao mesmo tempo em tudo.

Miguel O Castanho

Não desisti desse tópico! andei lendo sobre o grotesco nesse link : http://satorilivraria.com/Arte-e-Estetica/GROTESCO-OS-LIMITES-DE-UMA-ESTETICA-DO-IMPOSSIVEL-II.

Acho que Tom se encaixa muito bem nessa definição. Ele é um elemento estranho o que significa que o enunciado sobre o que ele é, nas palavras dos Eldar, apenas o adjetivam não o concebem como substância. Então ele existe não existindo; ele é um modo de pensar. Agora a partir daqui as possibilidades se subdividem em miríades:

– Um modo de pensar dos Valar em que em determinado momento dois deles sentem uma paixão proibida que é manifesta na floresta velha? Talvez sem querer dois Valar criaram Tom e Fruta douro no inicio dos tempos, antes da primeira chuva cair.

-Um modo de pensar dos Hobbits e sua falta de afinidade à um Valar definido, tal como Aule é para os Noldor, Ulmo com os Teleri, e Manwe é com aqueles outros quendi que eu não me lembrar. Os valar começam a andar com a aparência parecida com a visão que eles tiveram dos quandis, ou seja eles copiaram a aparência dos Eldar depois de ve-los na canção de Eru. Então sendo Tom um Valar sem função definida, ou com a função de dar valor a tradição, valorizar os elementos culturais de determinada população, sendo assim os hobbits são a imagem e semelhança à essencia de Bombadil e Tom é parecido em atitudes e vestimentas aos pequenos.

Interessante mesmo foi minha abruta mudança de entendimento. Começei tentando enquadrar o Tom Bombadil como uma criação de Erú mas agora estou convencido que ele é uma 4 dimensão contida na extensão de Arda pois talvez ele não tenha como se enquadrar na lógica de EA e Erú. O que me leva a crer que ele foi atraído para a dimensão de Erú por algum dos pensamentos que eu especulei.

Neoghoster Akira

Respondendo com relação a função do personagem, pelo que se lê dele em obra solo off-Ea (Adventures of Tom) há indícios de que Tolkien o tenha trabalhado para caber melhor  em cada obra de forma independente (SdA versus Adventures). E o efeito final seria que o leitor terminaria por ficar livre da limitação de o considerar definitivamente ligado às citações de outras aparições dele funcionando tipo como o coringa do baralho, podendo valer o que ficar combinado de antemão, servindo para divertir as crianças mais que para explicar, e seria como um show de fantoches Disney com participação de um boneco de Superman.

Segundo Gandalf, para SdA, o Tom é um "moss-gatherer" *juntador de musgo, enquadrando-se no que poderíamos chamar de keeper ou watcher especialmente se diz que tem que cuidar de (vigiar) Fruta D'ouro e sua casa.

No caso do prisma puramente cross-over imaginativo, ele se comporta também como um visitante alienígena de outro universo fazendo participação especial.

Já do ponto de vista literário ele é visto como resíduo de uma época com mais magia quando Tolkien imaginava gigantes de pedra para Bilbo e outras coisas mais em seu mundo.

Mas não se angustie demais em entender todos os elementos do mundo de Tolkien, o Tom é um personagem que Tolkien inseriu pensando no próprio íntimo, visando mais produzir bate-papo divertido do que respostas. Na época dele não havia no mundo a atual pressão para que tudo tivesse resposta científica o tempo inteiro (o mundo é mais que tudo isso). As obras eram mais equilibradas e um autor valorizava que a hora de ter explicação podia ser tão importante quanto a hora de não se ter explicação. O Tom aparece então como uma forma do autor de rir de si mesmo, com a roupa estranha berrante, falando língua estranha com rimas em seu próprio mundo anacrônico, como se ele dissesse, "ei garotada, as vezes eu sou a piada e quando eu sou a piada eu também dou risada". É uma visão inocente da vida que é meio rara de se ver nos dias de hoje, o que é uma pena.

Miguel O Castanho

A minha dúvida é se o Tolkien quis que Tom fosse iserido nos dogmas das obras dele sobre EA ou se ele simplesmente fez do personagem uma metáfora social sem envolvimento com as leis criacionista que ele estabeleceu.

Já li em outros fóruns e me informei que ele inseriu Tom quase que por acaso; que este era um boneco tipo action figure que um dos filhos dele amava; será que  depois disso ele pensou em "arredondar" a personagem es fazer uma correlação com a história da criação e Erú, ou ele somente se referiu a Bombadil como um elemento estranho a todas as leis do criacionismo de sua obra literária?

Sem ter a resposta para essas dúvidas eu não tenho hipótese favorita, e na verdade não sei se existe alguém a quem o Tolkien confidenciou ou deu pistas sobre o Bombadil.

Não sou muito entendedor e nem muito inteligente porem o modo como escrevo é o modo como eu penso, sou meio desorganizado mas tenho uma imaginação criativa. Por isso acabo me perdendo.

Neoghoster Akira

Sem problemas, ter preferência por uma hipótese está dentro do esperado. A coexistência de múltiplas explicações para Tom não é a toa. Tolkien introduziu um personagem que destoa do resto como um "corpo estranho" que fosse capaz de abrir uma porta para imaginação e suscitasse um ponto de parada e alívio na narrativa (os hobbits fazem uma parada de descanso que seja também um elemento de distração para o leitor). No que pese poderem haver limites dados pelo autor é notável que o conselho o tenha deixado de classificar nomeando simplesmente de estranho.

Segundo o Silmarillion, à época de Frodo havia muitos lugares aonde a magia ainda corria livre em recantos e santuários protegidos e a terra de Tom se enquadra bem nesse contexto. Terras de santuários costumam ter guardiões como é o caso de Tom. Mas como Tolkien quis deixar a porta aberta há sempre a oscilação entre incidental e proposital. É natural.

Miguel O Castanho

Sim vou comprar um novo SdA, ja que o meu livro mais antigo foi roubado de mim por um "querido" amigo. Vou ler este trecho porém acho que nesse conselho somente Olórin e Glorfindel andaram em Aman e Valinor e talvez puderam ter contato com Aule.

É também verdade que se um Ainur andasse pela terra média no periodo das primeiras eras eles seriam reconhecidos em toda a sua magnificência por qualquer ser, já que eles possuíam a luz de Valinor e ainda tinham uma estatura de um colosso.

Eu estou conjecturando que na época dos senhor dos anéis a magia contida em arda era menor que nas outras éras passadas portanto um Valar não sustentaria uma vinda até a terra média em toda a sua magnificência, porem eu acho que realmente os Valares não gostariam de sair mais de Valinor depois da ultima guerra contra o Morgoth. Mas eu acho que em determinado momento o Tolkien tentou aparar algumas arestas da inconsistência da origem do Tom e de como este personagem demonstrou tamanho poder ao não sentir atração e vício pela malicia do anel. Eu fiquei muito impressionado com tamanho poder e acho que só um ser mais poderoso que o próprio Sauron poderia demonstrar tamanho poder.

Talvez o J.R.R. quis mesmo que Tom não tivesse uma identidade anterior por ele explicada mas pra mim este personagem é um Valar, talvez de menor poder que os demais mas ainda sim com o poder de cantar para alterar e agir sobre o firmamento assim como os seus irmãos.

Neoghoster Akira

Oi Miguel,

Se estiver procurando, em especial é útil a referência do capítulo do conselho de Elrond para se entender a visão dos povos a respeito do quê é Tom Bombadil.

No texto, durante a reunião, são enviados representantes de todos os filhos de Eru (de Elfos, homens e anões) e dos Ainur (Gandalf) que dão a entender entre si que ele era um ser estranho, possuidor de diversos nomes entre as raças. No que por "estranho" seria no sentido de "criatura estranha", distinta do que se fala dos Ainur e que não desejava deixar as fronteiras de suas terras ao modo que Aulë fazia.

Da forma como é descrito aparece como uma entidade extremamente territorial ligada a um tipo específico de espaço e divide a criação dos Valar por meio de um tipo de comunhão com a natureza que invade sua região recebendo influência de controle da matéria do mundo como um privilégio, talvez de forma parecida a que as almas dos homens conseguiam usar os corpos físicos feitos com a matéria dos Valar sem atravessá-los. Uma espécie de pequeno poder subcriativo limitado aquele local.

Nessa matéria o trecho sobre o conselho (do mesmo modo que a comitiva) possui uma legitimidade excepcional dentro da obra, funcionando como um braço do Círculo da Lei nas terras mortais (Galadriel reconhece que a decisão de Frodo traçaria também seu destino).

Miguel O Castanho

Depois de ler a segunda vez o silmarillion percebi algumas similaridades de Tom Bombadil e Fruta D'oro com Aule e Yavanna. Vejam as coincidências que eu vou listar: Tom Bombadil tem a estatura de um Edain comum, não um tipo o dos Numenorianos nem como o Tuor porém sua aparência  é como a de um Anão, mas as roupas não são de Anões, são de um tecido tipo élfico; quem criou os anões a sua semelhança foi Aule, e no Silmarillion em uma determinada era os Valares andavam em Aman feito os Eldares em Aparência, logo a roupa parecida com a Elfica de Tom pode ser uma referência a essa época. Então o rosto feito a criação de Aule também é um rosto Anão.

Fruta D'oro e Tom Bombadil formam um par, e a maioria dos Valares também formam um par, porém os Maiares não; também a Fruta dóro lembra uma dama da floresta tal como a Yavanna e está em vestes como a de um valar antigo, ou como eu imagino que seja, uma outra referência é fruta dóro a Laurelin arvore dourada.

E pra mim a maior prova de Todas é naquele trecho de SDA que Tom pega o anel com uma mão fitando-lhe bem de perto e depois falando que aquele artefato (como se fosse um "simplório anel') nada o afeta, e sabemos que mesmo Gandalf o mais sábio dos Maiar teme profundamente o anel logo quero lembrar que os únicos Valares que teria um amplo conhecimento sobre qualquer tipo de invenção cultural são Aule e Melkor, pois a estes Erú deu o dom de ser criativo, de criar invenções que fossem transformações de elementos da natureza e Melkor não pode ser.  Os outros valares, alem de não ter a compreensão sobre artefatos ou utensílios, pois estes são elementos de Aule e Melkor, também não conseguem conceber a maldade e a malícia nos seus corações, pois se bem me lembro tem um trecho que Manwe deixa Melkor perambular livremente com maus intentos pois ele não conseguia chegar até os pensamentos suprimidos de inveja do seu irmão. E por último está no silmarillion uma passagem em que Yavanna diante de uma visão em que ela se angustia ao saber que os Eldar para criar seu lugar de morada iriam alterar as criações que a ela foi dada nas canções pelo Iluvatar, então surge um desejo dela sempre visitar as florestas ou de criar espíritos que cuidassem e no livro Manwe fala pra ela sobre os ent´s , não sobre Bombadil.

Em outras palavras, A Floresta velha era o sítio de Aule e Yavanna na época do SdA pois Yavanna sempre teve um profundo pesar com as florestas da terra média que ela deixou pra traz e era uma forma de sempre estar vigilante e fustigar uma possível guerra contra Sauron caso Frodo e companhia não fossem bem sucedidos. Eles se disfarçavam feito filhos de illuvatar pois a terra média já tinha desvanecido de toda a magia contida das primeiras eras.

Galadriel Driel

[QUOTE="Beleg Strongbow, post: 2706120, member: 83068"]Com certeza Tom Bombadil é um dos mais intrigantes personagens de toda a História, já que temos apenas suposições a seu respeito, eu prefiro seguir com a minha própria, que Tom seria um Maiar. Como sabemos esses espíritos vieram para Ëa junto com os Valar para serem seus auxiliares, mas alguns Maiar optaram por fazer seu próprio caminho, sem se importar com as decisões dos Poderes, temos o exemplo de Ungoliant, que apesar de ter se aliado a Melkor, não era governada por ele e sim pela sua fome devastadora. Como o texto acima diz, Tom é um espírito da natureza, com isso viveu desfrutando dela sem se posicionar em Guerra alguma e ao que acredito ser a opinião de Tom, só destruiria aquilo que ele mais ama. Bom, isso é o que a minha imaginação falou, o bom dos Livros é que muitas vezes podemos tirar nossas próprias conclusões quando os autores nos dão essa oportunidade.[/QUOTE]

Boa resposta!!

Beleg Strongbow

Com certeza Tom Bombadil é um dos mais intrigantes personagens de toda a História, já que temos apenas suposições a seu respeito, eu prefiro seguir com a minha própria, que Tom seria um Maiar. Como sabemos esses espíritos vieram para Ëa junto com os Valar para serem seus auxiliares, mas alguns Maiar optaram por fazer seu próprio caminho, sem se importar com as decisões dos Poderes, temos o exemplo de Ungoliant, que apesar de ter se aliado a Melkor, não era governada por ele e sim pela sua fome devastadora. Como o texto acima diz, Tom é um espírito da natureza, com isso viveu desfrutando dela sem se posicionar em Guerra alguma e ao que acredito ser a opinião de Tom, só destruiria aquilo que ele mais ama. Bom, isso é o que a minha imaginação falou, o bom dos Livros é que muitas vezes podemos tirar nossas próprias conclusões quando os autores nos dão essa oportunidade.

LuizWsp

[USER=19968][/USER]

Esse deve ser o artigo que o [USER=5719]@Fëanor[/USER] indicou (ou foi o [USER=54549][/USER]?)

Josimar

Tese muito bem fundamentada. Seus argumentos foram Convincentes.

Flávio Kopp

Sensacional!! Excelente tese.

Gleice

Muito bom. xD

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