Pra mim faltou o time de 96. Foda-se que ele só teve um semestre, foi o mais fantástico que eu vi do Palmeiras e no Brasil na década de 90.
Veloso
Junior e Cafú
Cleber e Sandro
Amaral (MITO) e Flavio Conceição
DJALMINHA
RIVALDO
LUIZÃO
MULLER
Luxa.
Pra não falar que eu que sou clubista, um texto sobre aquela perfeição em campo:
Meteoro? Sonho de verão? Não, o Palmeiras 1996: melhor time que vi do mais novo clube centenário
Imagine um time capaz de ser envolvente trocando passes como o Barcelona de Guardiola, mas quando acelerava conseguia ser vertical e demolidor como o Real Madrid de Ancelotti, o Bayern de Jupp Heynckes ou o melhor Dortmund de Jurgen Klopp. Guardando todas as proporções e diferenças de dinâmica e intensidade. Há 18 anos, jogando em nossos campos.
Era o Palmeiras do primeiro semestre de 1996. Campeão paulista com 27 vitórias, dois empates e apenas uma derrota. 102 gols marcados - média superior a três por partida - e 19 sofridos. Goleou times fracos no Estadual, mas também enfiou 6 a 1 em amistoso na pré-temporada no Borussia Dortmund, que seria campeão europeu e intercontinental no ano seguinte. Sim, perdeu a partida mais importante daquele período - a final da Copa do Brasil em casa para o Cruzeiro. Lamenta até hoje o desfalque de Muller, que retornou ao São Paulo antes da decisão.
Mas não é pelos resultados que o time comandado por Vanderlei Luxemburgo é o melhor do Alviverde Imponente agora centenário que este que escreve viu jogar ao vivo (desde 1981). Os campeões estaduais e brasileiros em 1993/1994, também com Luxemburgo, são históricos porque tiveram conquistas mais relevantes. Mesmo o time de Felipão que venceu Copa do Brasil 1998 e Libertadores 1999 é mais marcante. Sem contar as Academias e os times que duelavam e tomavam títulos do Santos de Pelé nos anos 1960.
O que marcou, porém, foi o encanto. Na combinação de beleza, plasticidade com fúria e volúpia ofensiva. Mesmo descontando a fragilidade dos adversários, inclusive os grandes. Porque outros esquadrões da História talvez não fizessem algo parecido contra juvenis ou amadores.
A construção do jogo com volume impressionante iniciava com passes certos e simples dos zagueiros Sandro e Cléber ou dos volantes Amaral e Flávio Conceição. Chegavam ao lado do campo com Cafu ou Júnior e ganhavam velocidade. A bola sempre passava por Djalminha, o articulador com liberdade total de movimentação.
No último terço de campo, Rivaldo se juntava à dupla de ataque, também criando e finalizando. Muito. Muller, o pivô que em um toque ou até mesmo numa finta desmontava a marcação e abria espaços. Na jogada mais forte, Rivaldo abria para Junior e ia para a área. O lateral tabelava com Muller ou Djalminha, chegava no fundo e centrava. Muitas vezes para o próprio camisa onze que iniciara a jogada.
Ou Luizão, que perdia muitos gols. Ainda assim, foi o artilheiro do time no Paulista com 22. À época, em tom de brincadeira se dizia que se Romário, em grande fase no Flamengo, fosse o centroavante o ataque teria chegado aos 200. Rivaldo fez 18, Muller e Djalminha, 15. Quarteto ofensivo no 4-2-2-2 básico da época que marcou nada menos que 70 gols. Porque estavam sempre na área adversária numa avalanche.
É óbvio que nos clássicos a disputa era mais parelha, pela rivalidade e o desafio de enfrentar o melhor time. Massacre apenas nos 6 a 0 sobre o Santos na Vila Belmiro. Mas nenhuma derrota. O único revés foi contra o Guarani (1 a 0).
Mas a imagem marcante era Luxemburgo à beira do campo aos berros mandando o time continuar atacando. Com as mãos, exigia que seguissem ocupando o campo adversário. E este Palmeiras adiantava e pressionava a marcação. Roubava bolas perto da área do rival. Era recorrente a frase do treinador: "A maior prova de respeito ao adversário que pode existir é continuar atacando e fazendo gols".
Em alguns momentos Djalminha, o mais artístico da equipe, exagerava em uma ou outra firula. Mas não afetava a verticalidade de um time avassalador. "Foi mágico", lembrou o camisa dez daquele time no "Bola da Vez" em abril deste ano
Meteoro ou sonho de verão que não deixou legado de títulos para um clube vencedor, o maior campeão do século passado que tenta retomar a trilha de protagonismo no futebol brasileiro. Mas quem viu não esquece daquele Palmeiras.
http://espn.uol.com.br/post/435293_...s-1996-melhor-time-que-vi-do-clube-centenario
Não ganhou nada além de um paulista. Foi desmanchado em seis meses. Dos 11 titulares, só Junior, Veloso e Cleber ficaram para os títulos com Felipão, com um estilo totalmente diferente. Mas foi o time mais espetacular que vi no Brasil, enquanto durou.
Mas, seguindo o ranking:
Thorando:
Palmeiras (96)
Palmeiras (93-94)
Palmeiras (99)
SPFC (91-93)
Vasco (98-00)
Corinthians (98-00)
Grêmio (95)
Cruzeiro (97)
Falando sério:
SPFC (91-93)
Palmeiras (93-94)
Vasco (98-00)
Corinthians (98-00)
Palmeiras (99)
Grêmio (95)
Cruzeiro (97)
Menção honrosa à Lusa de Dener e principalmente ao Guarani de Luizão, Amoroso e Djalminha