[F*U*S*A*|KåMµ§]
Who will define me?
Sempre discuto sobre a transferência entre mídias e de como muitas vezes as coisas não funcionam porque não se compreende que não basta fazer uma tradução literal da obra mas sim reinterpretá-la na nova mídia. Seria como em vez de reenvelopar uma tradução de obra literária você jogasse direto num google translator pra ele fazer uma tradução literal direta.
Um cara (Grant Voegtle) tem feito nesses últimos meses um playthrough do game The Last of Us mas focando em fazer uma montagem e um ritmo narrativo de série ao invés de um playthrough tradicional com um voiceover falando dos segredos do jogo e como passar de certas partes.
Ele está fazendo esse projeto pois ele é muito fã do jogo e quer transmitir a história deste para pessoas que não curtem games. Só que ele aprendeu que não basta fazer um playthrough reto e direto, tem que criar ritmos, climaxes, modificar a montagem das cenas para transferir de uma mídia para outra.
Não é inédito, existe no mínimo desde o início dos anos 2000 quando alguns games nesse estilo "filme jogável" apareceram. Inclusive um semi-oficial da própria Sega que lançou um Shenmue em formato de filme, pegando cutscenes do jogo. Mas, como disse, essas tentativas foram nesse estilo, o de simplesmente achar que colar as cutscenes juntas daria em uma obra suficiente. Grande erro, fica inconsistente, com ritmos muito inconstantes e sem muita lógica.
Assisti só até o terceiro episódio e não é perfeito. Apesar de ele realmente tentar fazer as partes de gameplay do jogo serem os mais fluidos possíveis, é quase impossível manter controle de NPCs e câmera de forma adequada. Contudo, ele opta por modificar pontualmente a ordem de algumas cenas de forma muito inteligente, mostrando que entende a diferença entre criar suspense num game e criar suspense em um filme. Não é perfeito, mas é narrativamente correto tendo em vista as opções de cenas que ele dispõe.
A não ser que a qualidade caia abruptamente, devo assistir até o sexto episódio ainda esta semana. O sétimo e derradeiro ainda está para sair.
Ele disse que será um game designer, só que ele também teria um futuro interessante se optasse por mídia audiovisual. Na esperança de talvez estar surgindo uma geração consciente das duas midias e que saberão fazer essa transição de uma para outra e começar a criar obras memoráveis.
Noticia:
http://www.theverge.com/2015/5/1/8523939/the-last-of-us-cinematic-playthrough-tv-style-series
Playlist youtube:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLTzt1HHioGrYy9T0S7yEwKo1z-iiMSXYg
Playthrough trailer:
Um cara (Grant Voegtle) tem feito nesses últimos meses um playthrough do game The Last of Us mas focando em fazer uma montagem e um ritmo narrativo de série ao invés de um playthrough tradicional com um voiceover falando dos segredos do jogo e como passar de certas partes.
Ele está fazendo esse projeto pois ele é muito fã do jogo e quer transmitir a história deste para pessoas que não curtem games. Só que ele aprendeu que não basta fazer um playthrough reto e direto, tem que criar ritmos, climaxes, modificar a montagem das cenas para transferir de uma mídia para outra.
Não é inédito, existe no mínimo desde o início dos anos 2000 quando alguns games nesse estilo "filme jogável" apareceram. Inclusive um semi-oficial da própria Sega que lançou um Shenmue em formato de filme, pegando cutscenes do jogo. Mas, como disse, essas tentativas foram nesse estilo, o de simplesmente achar que colar as cutscenes juntas daria em uma obra suficiente. Grande erro, fica inconsistente, com ritmos muito inconstantes e sem muita lógica.
Assisti só até o terceiro episódio e não é perfeito. Apesar de ele realmente tentar fazer as partes de gameplay do jogo serem os mais fluidos possíveis, é quase impossível manter controle de NPCs e câmera de forma adequada. Contudo, ele opta por modificar pontualmente a ordem de algumas cenas de forma muito inteligente, mostrando que entende a diferença entre criar suspense num game e criar suspense em um filme. Não é perfeito, mas é narrativamente correto tendo em vista as opções de cenas que ele dispõe.
A não ser que a qualidade caia abruptamente, devo assistir até o sexto episódio ainda esta semana. O sétimo e derradeiro ainda está para sair.
Ele disse que será um game designer, só que ele também teria um futuro interessante se optasse por mídia audiovisual. Na esperança de talvez estar surgindo uma geração consciente das duas midias e que saberão fazer essa transição de uma para outra e começar a criar obras memoráveis.
Noticia:
http://www.theverge.com/2015/5/1/8523939/the-last-of-us-cinematic-playthrough-tv-style-series
Playlist youtube:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLTzt1HHioGrYy9T0S7yEwKo1z-iiMSXYg
Playthrough trailer: