Sim, Esgaroth, até porque vc usou uma expressão bem ampla ("manipuladores de magia"). Olha o que Tolkien diz:
"Não usei a “magia” de maneira consistente e, de fato, a rainha Élfica Galadriel é obrigada a advertir os Hobbits sobre o uso confuso da parte deles da palavra tanto para os artifícios e operações do Inimigo quanto para aqueles dos Elfos. Eu não o fiz, pois não há uma palavra para o último caso (uma vez que todas as histórias humanas sofreram da mesma confusão). Mas os Elfos estão lá (em minhas histórias) para demonstrar a diferença. A “magia” deles é Arte, livre de muitas das suas limitações humanas: com menos esforço, mais rápida, mais completa (produto e visão em correspondência sem imperfeições). E seu objeto é Arte, não Poder; subcriação, não dominação e reforma tirânica da Criação."
E, noutra Carta:
"Os Elfos e Gandalf usam sua magia (com parcimônia): uma magia que produz resultados reais (como fogo em feixe úmido) para propósitos benéficos específicos. Seus efeitos goéticos são inteiramente artísticos e não-destinados ao engodo: nunca ludibriam os Elfos (mas podem ludibriar ou confundir Homens que não tenham consciência disso), uma vez que a diferença para eles é tão clara quanto a diferença para nós entre ficção, pintura e escultura e a “vida”."
Mas a questão não é simples... Vejamos o que o mestre diz, mais adiante (vamos notar que O Professor põe a palavra "mágica" entre aspas - ele a coloca, não eu):
"A 'cura' de Aragorn poderia ser considerada como 'mágica', ou pelo menos uma mistura de magia com farmácia e processos 'hipnóticos'. Mas ela é (em teoria) relatada por hobbits que possuem pouquíssimas noções de filosofia e ciência, enquanto A. não é um “Homem” puro mas, em um grau distante, um dos 'filhos de Lúthien'"
Espero ter ajudado.
Abração.