Fúria da cidade
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Cidade japonesa vence a disputa com Istambul e Madri e vai organizar as Olimpíadas.
BUENOS AIRES - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, confirmou na tarde deste sábado o que muitos já esperavam: Tóquio foi eleita como sede dos Jogos Olímpicos de 2020. A cidade chegou como favorita ao encontro de Buenos Aires e terminou alcançando seu máximo objetivo.
Será a segunda vez na história que a capital japonesa será sede das Olimpíadas, a primeira foi em 1964.No caminho ficaram Madri, que perdeu pela terceira vez, e Istambul, que fracassou em sua quinta tentativa.
Na comparação com seus concorrentes, Tóquio se apresentou como a opção mais segura em tempos de instabilidade: não enfrenta a crise econômica de Madri, nem a onda de protestos populares de Istambul. Mas os índices recordes de radiação registrados na usina nuclear de Fukushima, nos últimos dias, não estavam nos planos do Japão, que escalou o primeiro-ministro, Shinzo Abe, para dar explicações nas apresentações das cidades neste sábado, em Buenos Aires.
Na ocasião, Abe assegurou que a situação de Fukushima "está sob controle" e "jamais terá qualquer impacto em Tóquio". A delegação japonesa estava plenamente ciente da preocupação que despertaram as últimas informações sobre Fukushima e a confirmação de índices recordes de radiação.
- Fukushima está sob controle - enfatizou o primeiro ministro.
Na sessão de perguntas à delegação japonesa, um membro do COI voltou a insistir no assunto, lembrando que "os meios de comunicação contam como está mal a situação em Fukushima". A resposta do primeiro-ministro foi um pouco mais completa:
- A água contaminada de Fukushima isolou-se numa área de 0,3 quilômetros quadrados e não há nem haverá problemas para a saúde - afirmou Abe, que pareceu ter convencido o COI.
O primeiro-ministro deixou a reunião do G-20 na Rússia mais cedo para poder chegar a Buenos Aires a tempo de participar da apresentação final.
Em 2009, a candidatura de Tóquio foi derrotada pelo Rio na luta pelos Jogos-2016. Agora, os japoneses exaltaram os benefícios de uma cidade desenvolvida, segura e dona de um dos mais eficientes sistemas de transporte do planeta. Além disso, o Comitê Olímpico do Japão (COJ) tem ressaltado a importância crescente da Ásia e o imenso potencial de seu mercado consumidor.
Apesar da estagnação das duas últimas décadas, a economia do Japão tem dado sinais de recuperação. Um dos números que o governador de Tóquio, Naoki Inose, vem repetindo é o baixo índice de desemprego japonês: 3,8%, contra os 26% da Espanha.
O apoio popular à realização dos Jogos em Tóquio, que não era grande há quatro anos, também crescera. Pesquisa oficial, divulgada em agosto, indicou que 92% da população queria ver o Japão sediando as Olimpíadas pela segunda vez. Em 1964, o país explorou o evento para mostrar ao mundo que se recuperara dos estragos causados pela Segunda Guerra Mundial.
Em junho, após sua última visita antes da votação final, a comissão de avaliação do COI elogiara a preparação de Tóquio, aplaudindo o conceito da campanha (o slogan é “Descubra o amanhã”); sua força financeira (já existe um fundo de US$ 4,5 milhões reservado, além de patrocínios estimados em US$ 930 milhões) e a promessa de realizar um evento esportivo compacto, de fácil deslocamento para público e atletas.
Decepção na Espanha
Decepcionados após a terceira derrota seguinda para Londres-2012, Rio-2016 e agora Tóquio-2020, os espanhóis defendiam as Olimpíadas no país com o lema "Madri faz sentido".
- É uma enorme decepção, não sei o que fizemos errado - declarou Alejandro Blanco, presidente do Comitê Olímpico espanhol.
A prefeita de Madri, Ana Botella, também mostrou-se muito chateada com a decisão do COI. Para os espanhóis, a organização dos Jogos Olímpicos representava uma enorme esperança, em momentos de grave crise econômica no país.
A crise econômica espanhola esteve presente nos discursos, mas não na sessão de perguntas de membros do COI.
- Não vejo os problemas econômicos como ameaça e sim como uma oportunidade, porque o esporte é um dos melhores investimentos para o futuro - disse o Príncipe Felipe de Astúrias.
Fonte
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Enfim uma ótima escolha.
E a não ser que não ocorra um terremoto épico, o Godzilla invada a cidade, ou a usina de Fukushima exploda de vez, aposto que os japoneses com a imensa competência de sempre deixarão tudo pronto perfeitamente funcional e gastando muito menos bem antes do Rio 2016.
BUENOS AIRES - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, confirmou na tarde deste sábado o que muitos já esperavam: Tóquio foi eleita como sede dos Jogos Olímpicos de 2020. A cidade chegou como favorita ao encontro de Buenos Aires e terminou alcançando seu máximo objetivo.
Será a segunda vez na história que a capital japonesa será sede das Olimpíadas, a primeira foi em 1964.No caminho ficaram Madri, que perdeu pela terceira vez, e Istambul, que fracassou em sua quinta tentativa.
Na comparação com seus concorrentes, Tóquio se apresentou como a opção mais segura em tempos de instabilidade: não enfrenta a crise econômica de Madri, nem a onda de protestos populares de Istambul. Mas os índices recordes de radiação registrados na usina nuclear de Fukushima, nos últimos dias, não estavam nos planos do Japão, que escalou o primeiro-ministro, Shinzo Abe, para dar explicações nas apresentações das cidades neste sábado, em Buenos Aires.
Na ocasião, Abe assegurou que a situação de Fukushima "está sob controle" e "jamais terá qualquer impacto em Tóquio". A delegação japonesa estava plenamente ciente da preocupação que despertaram as últimas informações sobre Fukushima e a confirmação de índices recordes de radiação.
- Fukushima está sob controle - enfatizou o primeiro ministro.
Na sessão de perguntas à delegação japonesa, um membro do COI voltou a insistir no assunto, lembrando que "os meios de comunicação contam como está mal a situação em Fukushima". A resposta do primeiro-ministro foi um pouco mais completa:
- A água contaminada de Fukushima isolou-se numa área de 0,3 quilômetros quadrados e não há nem haverá problemas para a saúde - afirmou Abe, que pareceu ter convencido o COI.
O primeiro-ministro deixou a reunião do G-20 na Rússia mais cedo para poder chegar a Buenos Aires a tempo de participar da apresentação final.
Em 2009, a candidatura de Tóquio foi derrotada pelo Rio na luta pelos Jogos-2016. Agora, os japoneses exaltaram os benefícios de uma cidade desenvolvida, segura e dona de um dos mais eficientes sistemas de transporte do planeta. Além disso, o Comitê Olímpico do Japão (COJ) tem ressaltado a importância crescente da Ásia e o imenso potencial de seu mercado consumidor.
Apesar da estagnação das duas últimas décadas, a economia do Japão tem dado sinais de recuperação. Um dos números que o governador de Tóquio, Naoki Inose, vem repetindo é o baixo índice de desemprego japonês: 3,8%, contra os 26% da Espanha.
O apoio popular à realização dos Jogos em Tóquio, que não era grande há quatro anos, também crescera. Pesquisa oficial, divulgada em agosto, indicou que 92% da população queria ver o Japão sediando as Olimpíadas pela segunda vez. Em 1964, o país explorou o evento para mostrar ao mundo que se recuperara dos estragos causados pela Segunda Guerra Mundial.
Em junho, após sua última visita antes da votação final, a comissão de avaliação do COI elogiara a preparação de Tóquio, aplaudindo o conceito da campanha (o slogan é “Descubra o amanhã”); sua força financeira (já existe um fundo de US$ 4,5 milhões reservado, além de patrocínios estimados em US$ 930 milhões) e a promessa de realizar um evento esportivo compacto, de fácil deslocamento para público e atletas.
Decepção na Espanha
Decepcionados após a terceira derrota seguinda para Londres-2012, Rio-2016 e agora Tóquio-2020, os espanhóis defendiam as Olimpíadas no país com o lema "Madri faz sentido".
- É uma enorme decepção, não sei o que fizemos errado - declarou Alejandro Blanco, presidente do Comitê Olímpico espanhol.
A prefeita de Madri, Ana Botella, também mostrou-se muito chateada com a decisão do COI. Para os espanhóis, a organização dos Jogos Olímpicos representava uma enorme esperança, em momentos de grave crise econômica no país.
A crise econômica espanhola esteve presente nos discursos, mas não na sessão de perguntas de membros do COI.
- Não vejo os problemas econômicos como ameaça e sim como uma oportunidade, porque o esporte é um dos melhores investimentos para o futuro - disse o Príncipe Felipe de Astúrias.
Fonte
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Enfim uma ótima escolha.
E a não ser que não ocorra um terremoto épico, o Godzilla invada a cidade, ou a usina de Fukushima exploda de vez, aposto que os japoneses com a imensa competência de sempre deixarão tudo pronto perfeitamente funcional e gastando muito menos bem antes do Rio 2016.