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Você é a favor da redução da maioridade penal no Brasil?

Você é a favor da redução da maioridade penal em nosso país?

  • Sim

    Votos: 29 48,3%
  • Não

    Votos: 31 51,7%

  • Total de votantes
    60
Vai resolver ou vai agravar ainda mais a situação? O sistema carcerário comporta mais 32 mil presos? Vamos pensando...
acho que não resolve. O que resolveria seria o que o país deveria dar em sua essência, como educação e oportunidade para todos para reduzir a parcela que rouba/mata.
Ademais concordo com o discurso embora um pouco esquerdista e preconceituoso que no fim das contas quem realmente vai preso é quem é marginalizado, não somente pela cor ou opção sexual, mas principalmente pela falta de $.
Enfim, pra mim no fim das contas, prefiro que prendam o infrator pra que ele não cometa o crime novamente do que os deixem livre pra ferrar com a vida de quem trabalha. Pq hj infelizmente o certo é a exceção.
 
acho que não resolve. O que resolveria seria o que o país deveria dar em sua essência, como educação e oportunidade para todos para reduzir a parcela que rouba/mata.

Gostei dessa parte. Penso que é por aí mesmo. Poderia até se rever alguns pontos do ECA, mas com esse congresso aí -não levo muita fé que isso vai melhorar alguma coisa. Tem um amigo advogado que lida com o problema me disse : " O ECA tem mais direitos do que deveres para o menores infratores" falou por alto sem entrar em detalhes. Misturar esses menores num sistema carcerário podre é ter consequências desastrosas futuramente.

“A posição contrária se funda em dois pilares: o primeiro é o de que há uma inconstitucionalidade em uma proposta que pretenda fazer essa redução. O segundo é que a redução da maioridade não atingirá o objetivo pretendido, que é o de reduzir a criminalidade no país”, disse o presidente da comissão de estudos criminais da OAB, Pedro Paulo Medeiros.

O pessoal aqui até comentou a respeito da inconstitucionalidade ( discutível). Penso que o STF decidirá sobre o tema.
 
Excelente artigo de Luiz Flávio Gomes, vale a pena ler.

Menoridade penal: por que não ousamos pensar?

Ousar pensar, Sapere aude, dizia Kant! Imagine uma empresa, em estado pré-falencial, com capacidade de produção baixíssima, que só está conseguindo atender 8% da demanda. A empresa não está com problema de demanda, sim, de oferta (do seu produto). Se crescer a demanda, é evidente que a aumentará a ineficiência da empresa (que já funciona precariamente). O que fazer para salvar essa empresa? Claro que, nesse caso, devemos incrementar a oferta.

Em lugar de estimular a oferta (de segurança), a redução da maioridade penal (de 18 para 16 anos) vai aumentar a demanda por mais direito penal. A estrutura (falida) do Estado (policial, judicial e carcerária), que não conta com capacidade para atender a demanda atual (apenas 8% dos homicídios são investigados no Brasil), vai se estrangular mais ainda e gerará mais ineficiência da resposta penal (com a consequente descrença no funcionamento da Justiça). Onde falta a certeza do castigo é uma tolice esperar que o incremento da demanda resolva o problema da insegurança pública.

Não é a maioridade que deve ser mudada, sim, o ECA (para prever tempo de internação mais longo em caso de assassinatos: menores assassinos devem ficar mais tempo recolhidos; é uma questão de proporcionalidade). No mais, o que vem dando certo no mundo todo não é a edição de novas leis penais (no Brasil estamos fazendo isso desde 1940 e agora já estamos com 29 assassinatos para 100 mil pessoas), sim (1º) a prevenção primária (que significa melhorar as condições socioeconômicas da população): nos países escandinavos há 1 assassinato para cada 100 mil pessoas (são países altamente civilizados de capitalismo distributivo: excelente escolaridade, alta renda per capita e baixa desigualdade, com forte índice de certeza do castigo); (2º) a prevenção secundária nos EUA (obstáculos ao crime: mais policiais, saneamento das polícias – exclusão dos corruptos, bons salários e boas condições para se trabalhar -, policiamento massivo nas “nas zonas quentes”, blitz generalizada e contínua, alto índice de certeza do castigo etc.) – dessa forma a criminalidade baixo 50% nos últimos 20 anos.

Outro empreendimento de sucesso foi o que apostou na prevenção via escolarização massiva em período integral + alto índice de certeza do castigo (Coreia do Sul, Cingapura, Japão, Canadá, Alemanha etc. contam com menos de 2 assassinatos para cada 100 mil pessoas); não se pode deixar de mencionar também a prevenção moral e ética (ética que ensina o respeito ao outro ser humano – é o caso dos países que seguem doutrinas filosóficas, como a de Confúcio, no Oriente; eles seguem o princípio ético da ahimsa, que significa não ferir, não maltratar, não ofender, não matar – salvo em situações de extrema necessidade). Nesses países os homicídios não chegam a 2 por 100 mil.

O mundo todo está encontrando saídas racionais para os seus problemas. Por que teimamos no Brasil em seguir na contramão da história? Sem educação de qualidade para todos (em período integral, o que significa recolher todos os menores do país nas escolas, proibindo-os nas ruas, se desacompanhados) + programas preventivos bem executados + alto índice de certeza do castigo (eficiência da polícia e da Justiça) nunca sairemos do atoleiro da violência. Medidas ilusórias e paliativas aumentarão a criminalidade (porque incrementam a demanda em lugar de resolver o problema da oferta de segurança).

http://professorlfg.jusbrasil.com.b...4_1075&utm_medium=email&utm_source=newsletter

Vocês vão me desculpar pelo que eu vou dizer, mas opinião é achar que a punição deveria ser maior; que os jovens deveriam sofrer as mesmas penas que adultos; que o Estado protege o menor; que "bandido bom é bandido morto", qualquer coisa assim. Mas, por tudo que os grandes penalistas têm escrito (sem divergências, pelo que já li até agora), defender a medida na expectativa de que isso diminuirá a criminalidade ou melhorará nosso sistema penal é falta de estudo especializado.
 
Última edição:
Rejeitado na Câmara.
Fui convencido que de fato não é o caminho mais eficiente.


Mas fiquei pensando em num futuro termos que rever então a Maria da Penha ou ao menos questionar a eficiência.
 
Rejeitado por pouco, cinco votos que faltaram para ser aprovada a PEC/crimes hediondos/menores. Ainda falta votar a redução maioridade para qualquer tipo de crime praticado por menores. Em se tratando de Eduardo Cunha é bom esperar pra ver o que acontece.
 
é tão engraçado esses deputados dizendo que se não tem prisões para jogar esses "bandidos vagabundos estupradores criminosos" tem que construir mais...
é assim que se faz um país de primeiro mundo né?construindo presídios...
Rejeitado na Câmara.
Fui convencido que de fato não é o caminho mais eficiente.


Mas fiquei pensando em num futuro termos que rever então a Maria da Penha ou ao menos questionar a eficiência.
mas a maria da penha não é para proteger a mulher (ou o homem)?
a maioridade penal é apenas o povo babando por sangue.Não protege ninguém não ajuda ninguém não faz nada de bom para a sociedade.
 
mas a maria da penha não é para proteger a mulher (ou o homem)?
a maioridade penal é apenas o povo babando por sangue.Não protege ninguém não ajuda ninguém não faz nada de bom para a sociedade.
Na prática é endurecimento de punição, mais tempo de cadeia, etc.
Como me convenci que de fato não é a forma mais eficiente de se erradicar o problema, é apenas realmente mais bloodbaths, comecei a me perguntar sobre essas outras situações.
 
Paulo Pimenta: "Se a Câmara fosse o Brasileirão, o Eduardo Cunha seria o Fluminense. Nunca aceita perder, quando perde, vai pro tapetão"

MITOU.

E ainda li um adendo: "No brasileirão do Legislativo, nós somos a Portuguesa."
 
Paulo Pimenta: "Se a Câmara fosse o Brasileirão, o Eduardo Cunha seria o Fluminense. Nunca aceita perder, quando perde, vai pro tapetão"

MITOU.

E ainda li um adendo: "No brasileirão do Legislativo, nós somos a Portuguesa."
O cara é petista, defendendo menor infrator. Normal atacar o Fluzão! :mrgreen:

E se essa for a defesa, então essa galera vai perder e cair do cavalo. :rofl:
 
Cada vez que vejo essas votações, a impressão que passa é que o tema redução da maioridade penal tá ficando num plano menor e se tornou mais uma questão totalmente pessoal de ser a favor ou contra o Cunha.
 
O cara é petista, defendendo menor infrator. Normal atacar o Fluzão! :mrgreen:

E se essa for a defesa, então essa galera vai perder e cair do cavalo. :rofl:

E foi só atacar o Fluzão que o cara perdeu, a câmara aprovou o texto! :lol:

Câmara aprova em 1º turno nova proposta para reduzir maioridade
Aprovação ocorreu um dia após PEC semelhante ser derrubada na Casa.
Idade penal reduz para 16 anos em homicídio, lesão grave e crime hediondo.


http://g1.globo.com/politica/notici...a-aprova-novo-texto-que-reduz-maioridade.html
 
E foi só atacar o Fluzão que o cara perdeu, a câmara aprovou o texto! :lol:

Câmara aprova em 1º turno nova proposta para reduzir maioridade
Aprovação ocorreu um dia após PEC semelhante ser derrubada na Casa.
Idade penal reduz para 16 anos em homicídio, lesão grave e crime hediondo.


http://g1.globo.com/politica/notici...a-aprova-novo-texto-que-reduz-maioridade.html
E do mesmo jeito do Flu, foi no tapetão :lol:

Agora falando sério: diminuir para 16 anos a maioridade para casos de crimes hediondos (assassinato, estupro, abuso infantil e etc) eu nme acho tão o fim do mundo como muita gente ta falando. Não apoio, mas não acho uma medida tão drástica quanto reduzir para todo e qualquer crime.

Não acho que vai resolver nada essa medida, e com o tempo vão perceber isso, mas na minha opinião é muito mais grave as manobras que o Eduardo Cunha anda fazendo no congresso do que a lei em si.
 
E do mesmo jeito do Flu, foi no tapetão :lol:

Agora falando sério: diminuir para 16 anos a maioridade para casos de crimes hediondos (assassinato, estupro, abuso infantil e etc) eu nme acho tão o fim do mundo como muita gente ta falando. Não apoio, mas não acho uma medida tão drástica quanto reduzir para todo e qualquer crime.

Não acho que vai resolver nada essa medida, e com o tempo vão perceber isso, mas na minha opinião é muito mais grave as manobras que o Eduardo Cunha anda fazendo no congresso do que a lei em si.
Manobras não. Manobras dá a entender que ele fez algo ilegal. Foi tudo legal.

E da mesma forma com o Flu, que não tem culpa se Lusa e Fla resolveram jogar com jogadores ilegais. A lei foi cumprida.
 
Manobras não. Manobras dá a entender que ele fez algo ilegal. Foi tudo legal.

E da mesma forma com o Flu, que não tem culpa se Lusa e Fla resolveram jogar com jogadores ilegais. A lei foi cumprida.
Manobra não dá a entender ilegalidade não. Dá a entender que ele usou de uma questão legal para realizar algo que, por bom senso, deveria ter sido deixado para ser avaliado depois. É absurdo votar algo na quarta e depois votar a mesma coisa um dia depois.

Aliás, tenho lá minhas duvidas se é plenamente legal fazer isso. Mas vou deixar para os mais instruídos nisso argumentarem.
 
Manobra não dá a entender ilegalidade não. Dá a entender que ele usou de uma questão legal para realizar algo que, por bom senso, deveria ter sido deixado para ser avaliado depois. É absurdo votar algo na quarta e depois votar a mesma coisa um dia depois.

Aliás, tenho lá minhas duvidas se é plenamente legal fazer isso. Mas vou deixar para os mais instruídos nisso argumentarem.
Que eu saiba não foi a mesma coisa. Por isso que foi aprovada.
 
Que eu saiba não foi a mesma coisa. Por isso que foi aprovada.

Pois é,

O que o Cunha faz (gostem dele ou não) é agilizar os temas para serem apreciados e votados, atitude que convenhamos deveria fazer sempre parte da rotina da câmara, pois o que é muito comum lá é fazerem vistas grossas pra muitos temas e empurrarem as coisas com a barriga.

Com a diferença é claro que ele agiliza os temas que ele considera mais relevantes, aí tem-se a impressão que o cara está manobrando a seu favor, só que por mais que pareça isso, não vejo como ilegal a inserção de uma outra votação no dia seguinte pois se trata de um instrumento onde todos vão decidir votando e não algo decidido na canetada dele.
 
Explicando a manobra de Cunha na redução da maioridade

Da Liderança do PSOL na Câmara dos Deputados

Explicando o Golpe:

Ontem, 30 de junho, o plenário da Câmara dos Deputados votou o texto que saiu da Comissão Especial sobre a maioridade penal. Esse texto foi votado e derrotado por uma diferença de 5 votos.

O caminho natural após essa derrota seria votar o texto original da PEC, muito mais radical, que reduz a maioridade penal em todos os casos, e que certamente não seria aprovado pelos deputados.

Diante dessa derrota anunciada, Cunha articulou a apresentação de um texto alternativo – uma emenda aglutinativa – muito semelhante ao derrotado ontem, mas que exclui dos crimes que resultariam em redução da maioridade de 18 para 16 anos o tráfico de drogas. Com esse texto, Cunha conseguiria reverter a derrota.

É justamente aí que se encontra o golpe.

Regimentalmente essa emenda aglutinativa somente poderia ser votada após a votação do texto principal, desde que ele fosse aprovado. Para que a emenda fosse votada antes do texto principal, deveria ter sido feito, antes da votação de ontem, um destaque de preferência para sua votação. Esse destaque, no entanto, não foi feito.

Rasgando o regimento, o Presidente da Câmara dos Deputados vai colocar o texto alternativo para ser votado antes do texto principal mesmo sem esse destaque.

Assim, em termos técnicos, são duas as afrontas ao regimento cometidas por Cunha:

Primeira: Colocar a emenda aglutinativa para se votar na frente do texto original da PEC (conferindo preferência à emenda aglutinativa).

Não há mais possibilidade de apresentar destaque de preferência, pois já passou do momento regimental de fazê-lo. Para driblar essa impossibilidade de apresentar destaque o presidente vai admitir que um requerimento de preferência possa ser apresentado.

Porém, não pode prosperar um requerimento de preferência para que uma PEC ou uma emenda aglutinativa seja votada antes da proposição sob a qual recai a preferência. O requerimento de preferência se presta para ordenar as proposições no âmbito da ordem do dia. Já o destaque de preferência se presta para conferir, dentro de uma mesma proposição, preferência para votação de um texto sob o qual não recaía originalmente a preferência, em detrimento do texto que detinha a preferência.

Segunda: aceitar e colocar em votação uma emenda aglutinativa que não possui destaque de suporte. Isso porque apenas emendas que sejam destacadas podem ser aglutinadas. Destaque é o meio pelo qual um texto é pinçado do texto para que seja votado separadamente. No caso, o presidente vai acatar uma emenda aglutinativa cujo texto não foi pinçado dos textos, ou seja, não poderiam ser sequer colocados em votação.

Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/explicando-a-manobra-de-cunha-na-reducao-da-maioridade

 
Não acho que vai resolver nada essa medida, e com o tempo vão perceber isso, mas na minha opinião é muito mais grave as manobras que o Eduardo Cunha anda fazendo no congresso do que a lei em si.

Minha maior preocupação também é essa, as manobras para aprovar o que ele/Cunha bem entende passando por cima do regimento do congresso (vide financiamento privado campanhas usou a mesma manobra) e CF/88 conforme tenho lido por aí. Se ele faz isso ficará a vontade pra revogar ou criar leis a bel prazer.

Li no face:

Constituição da República:
“Art. 60, § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.”

"Em tempo [2]: Se você é a favor da redução da maioridade penal, mas tem o mínimo de respeito pela Constituição, lamente-se pelo que ocorreu nesta noite. Se você está feliz porque passaram por cima da Lei maior para te darem sua chupeta, não venha mais reclamar por ética nem por legalidade, porque não é com isso que você se importa."
 

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