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Porque o povo brasileiro tem preguiça ou não gosta de ler?!?!?

Acho que vc quis dizer Inacessível, certo? =]
Hum, não entendi muito bem o que o voto tem a ver com isso. Vc quer dizer que se o brasileiro quer ter a leitura como hábito, tem que votar em candidatos que apóiem a educação e incentive a leitura? É isso? :think: Se for isso, tudo bem, certíssimo. Caso contrário, o que votar ou não em algum candidato faria com que eu tivesse mais gosto em ler?

Primeiramente, obrigada pela correção. Era exatamente isso o que eu queria dizer: inacessível.

Bem, quanto ao voto. Eu acredito que se um país quer se desenvolver tem de ser através da leitura. Ela é base para tudo. Oferece ao leitor um espírito crítico a partir das informações a respeito do que ocorre, possibilitando uma maior compreensão do mundo. Ou seja, fica mais inteligente. Assim, o seu voto (e todas as ações) tendem a serem otimizadas. O nosso país é tão bom quanto é o nosso voto. Se o Brasil ainda é país de terceiro mundo, é porque ainda não assimilou o hábito de ler, informar-se criticar e consequentemente abrir a possibilidade de ações conscientes.

Nosso mundo é escrito hoje. Época de tradição oral desapareceu devido à imprensa. Logo, é necessário uma política pública que incentive nos lugares mais inacessíveis essa propagação do hábito de ler. É necessário mostrar ao povo que um voto bom será um país bom.. e um voto ruim, um país decadente.

E hoje, raros são os políticos que mencionam educação como prioridade. A maioria visa segurança e emprego, coisas que só podem ser combatidas com educação. Segurança porque, ensinando o bandido a estudar e dando-lhe oportunidade, ele não terá mais porque roubar. Saúde porque, enquanto não tivermos médicos formados (processo que se começa no ensino básico e não por cotas), que adianta construir hospitais???

A questão, Alanië, é: o brasileiro não é um povo que não gosta de ler. É um povo que não lê. E isso, por falta de políticas governamentais que incentivem essa prática.. mas eles, os mensalões, vão querer um povo inteligente e crítico que note seus sutis desvios e que os tire do cargo? Isso que necessita ser mudado.. daí, a importância do voto. Mas aí é um ciclo vicioso: se o povo não lê, não está informado, e como saberá votar? É aí que se vê a grandeza das ONGs que andam com caminhões pelo nordeste e outras regiões levando leitura e diversão às crianças.
 
Última edição:
Na minha opinião, o problema de grande parte dos brasileiros NÃO GOSTAREM DE LER vem da infãncia.

Os pequenos, normalmente, não gostam de ler "os livros chatos" de escola, dos grandes mestres da literatura, por falta de incentivo tanto dos pais como do próprio sistema de ensino.

É uma coisa hereditária, se os pais não gostam de ler por causa que aprenderam assim na escola, vão passar para seus filhos.

O que precisa acontecer é um programa de incentivo a leitura aqui no Brasil. Pra ver se o povo começa ficar um pouco mais culto e começa a fazer mudanças que realmente mudam país pra melhor.

Abraços!:cerva:
 
Penso também que tudo começa na família, filhos de pais leitores geralmente se tornam leitores, é necessário que haja incentivo a leitura, pois são poucos que adquirem a disposição de ficar horas foleando um livro sozinhos.
Acho que essa história de ligar a leitura aos Nerds também prejudica, eu não tenho nada de Nerd e sempre estou lendo um livro, eu leio por prazer mesmo, como entretenimento.
Prefiro gastar dinheiro com um livro do que com um filme, com o SDA por exemplo eu tive horas e horas de entretenimento, se fosse substituir essas horas por alugueis de filmes eu gastaria muito mais.
Vejamos por exemplo o que dizem sobre o curso de Direito: sempre ouvimos alguém dizer que para se estudar Direito tem que gostar de ler, eu não concordo, na verdade tem que ter é muita paciência pra ficar lendo as doutrinas e tudo mais. Acredito que poucos tem prazer em literatura técnica. Com isso podemos perceber que as pessoas não tem uma idéia bem definida da leitura, acredito que devemos ler por prazer e indiretamente adquirimos novos conhecimentos, mas ler literatura técnica não tem nada a ver com gostar de ler, isso é necessidade, é sinal de responsabilidade do profissional.
Curioso como que as pessoas não tem tanta preguiça para namorar, pra assistir um filme, ouvir uma piada, ouvir músicas, conversar com os amigos etc..
Na verdade a leitura não é só uma questão de preguiça, é que muitas pessoas não descobriram como sentir prazer nesse ato solitário.
t+

Angelo,
estou juntando material para um artigo científico de Psicopedagogia sobre a leitura e tecnologia.
Gostei de sua resposta e gostaria de saber se poderia citá-la em meu trabalho.
Aguardo,
Gley
 
Angelo,
estou juntando material para um artigo científico de Psicopedagogia sobre a leitura e tecnologia.
Gostei de sua resposta e gostaria de saber se poderia citá-la em meu trabalho.
Aguardo,
Gley

Entendo que seja questão de educação perguntar, mas o cara não entra no fórum desde 2012... Pouco provável que leia o seu pedido. Mas citação, se for dado o crédito, é livre até onde eu saiba; não requer autorização, já que foi postada publicamente.

Eu diria: vai na fé. :joinha:
 
aproveitando o bump no tópico para compartilhar o texto e pedir opinião de vocês :dente:

Por que ainda hoje, em 2015, não conseguimos criar um grande público leitor em nosso país?


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No dia 31 de março desse ano o Jornal da Globo trouxe uma matéria na qual revelava uma assustadora realidade do nosso país: sete a cada dez brasileiros não leram um único livro no ano passado. Isso mesmo, 70% da população do nosso país simplesmente não abriu um único volume que fosse para folheá-lo. Em grandes cifras, dos 202.000.000 (duzentos e dois milhões) de brasileiros (estimativa feita no começo do ano) apenas 60.600.000 (sessenta milhões e seiscentos mil) cultivaram o velho hábito da leitura. Pode parecer grande a última cifra, mas quem assim o faz ignora sumariamente as outras 141.400.00 (cento e quarenta milhões e quatrocentos mil) pessoas que simplesmente não leram, seja qual for o motivo.

Em outras áreas das artes os números também não foram lá grande coisa, ficando muito abaixo da média.

Na matéria, que pode ser vista no link, os principais motivos apontados para esses baixos números são causados devido aos altos valores dos livros e à crise econômica que assola a nação.

Mas será que é esse o fato de termos um público leitor tão baixo? Por que o brasileiro lê tão pouco?

Uma possibilidade de resposta surge, a meu ver, no próprio vídeo. Aos quarenta e cinco segundos da matéria, surge um homem sendo entrevistado. Perguntado por que não leu um único livro no ano passado, sua resposta foi “porque deixei passar”. Ele afirma que não foi por falta de interesse, mas simplesmente “deixou passar”.

Uma verdade que pode parecer grosseira, e talvez seja em um primeiro momento, pode ser a causa desse mal nacional: a preguiça, pura e simplesmente a preguiça que toma conta da nossa gente. Aqui não faço distinção de credo, raça, cor, classe social e nível de escolaridade, pois todos, dos homens pompudos de terno que se orgulham de pôr nos seus currículos os MBAs aos mais simples cidadãos, passando inclusive por muitos professores, até os de literatura, do Brasil não gostam de abrir um livro. Falta-lhes palavras para responder qual o motivo dessa livrofobia, só sabem que, sei lá, nunca gostei de ler e na minha família nunca tive ninguém que fosse leitor. Há alguns que acusam, e com boa dose de razão, professores de literatura que destruíram seu gosto com tomos chatos de grandes nomes: Machado, Guimarães, Graciliano. Mas mesmo assim, ainda com a grande quantidade de professores de literatura a cometer atrocidades, isso não explica os sete não-leitores a cada dez. Nas escolas públicas há hoje o Plano Nacional do Livro e da Leitura, o qual faz com que caixas e mais caixas cheguem às escolas com livros bonitos e prazerosos. Estes, infelizmente, continuam a amargar a solidão das próprias caixas ou a das prateleiras de uma biblioteca esquecida.

E por que isso acontece ainda hoje em nosso país?

Não podemos culpar completamente os valores excessivos dos livros, uma vez que nas grandes, médias e pequenas cidades, por piores que sejam, há as antigas e boas bibliotecas públicas. Uma rápida pesquisa com os bibliotecários mostrará que o trabalho deles é ocioso pela falta de público.

Não podemos também culpar por completo a internet & Cia, pois eles abrem a possibilidade da leitura de livros em novos formatos nas mais variadas plataformas (computador pessoal, notebook, celular, tablet, kindle etc.). Se há uma revolução que a internet fez foi possibilitar, junto com o arquivo pdf, uma proliferação nunca antes vista na história da humanidade de acesso à informação – inclusive àquela dos livros. Se quisermos, em menos de cinco minutos, podemos ter toda obra de Shakespeare, Machado de Assis, Platão, Montaigne (a lista poderia se estender com muitos nomes). Ela, isso sim, permitiu que pessoas já dadas ao hábito da leitura tivessem acesso e experimentassem novas possibilidades de leitura.

(Estudos mostram que em vários países do mundo o número de leitores tem aumentado consideravelmente graças aos meios eletrônicos de leitura, quer sejam de primeiro mundo (Suécia, Finlândia, Japão, Austrália), quer sejam de terceiro mundo (Argentina, Uruguai, Bósnia, Etiópia, Nigéria))

Há ainda aqueles mais saudosos, dados a visões utópicas do passado que dirão: “É culpa dessa geração sem limites e viciada que não sabe fazer outra coisa além de ficar no celular. No meu tempo, quando os professores eram duros, rígidos como se deve, líamos mais – e líamos melhor.” Essa mesma pessoa ignora que a porcentagem da população leitora nos últimos cinquenta anos, desde o advento do ensino universal estendido às classes baixas que normalmente não tinham acesso à escrita, aumentou consideravelmente o número de leitores – que era ridiculamente menor que hoje na década de 1960. Ainda por cima, digo sorrateiro, posso apostar que ele mesmo, paladino do passado, está nos sete dos dez, não no grupo dos três.

Mas será mesmo a preguiça a causadora desse fenômeno? Eu afirmo que sim e explico por quê.

Ao falar de preguiça, não estou usando o sentido clássico de ócio ou vadiagem. Ao retomar ao homem do vídeo citada antes, digo que a preguiça do brasileiro nasce de um emaranhado de problemas a reforçar falsas ideias. A primeira delas é a de que ler é difícil. Isso se dá, em grande parte, por não haver um grande público leitor. No Brasil, país que no século XXI ainda luta com o dragão do analfabetismo, aqueles que dominam a linguagem escrita e a tem há pelo menos três gerações na família são muito poucos. Um dos melhores meios de se criar e instigar ao hábito da leitura é a sala da própria casa. Não tendo esse hábito no cotidiano, tem-se que importá-lo de outros meios. O caso é que antes mesmo que os mais jovens tentem fazê-lo, os mais velhos, quer por ignorância ou por resquícios de um tempo em que apenas doutores de anel liam, desencorajam seus filhos e netos da empreitada de ler um volume inteiro. “É difícil demais, você não vai conseguir.” “Tentar para quê? Vai cansar no meio e deixar o coitado rolando.” Esse problema, que é real, advém de outro, um segundo que é possivelmente o pior de todos: a falta de sentido de ler.

Não foram poucas as vezes que ouvi, vi e li o seguinte argumento contra a leitura, em especial de literatura: Tudo bem, eu vou ler esse livro, mas o que faço com ele depois? Em que vou usar essa história? Se fosse ao menos um livro de ciências, quem sabe… O autor dessa frase não está interessado naquilo que a literatura, mais do que qualquer outra arte ou tipo de texto, pode proporcionar-lhe: a arte de viver outra vida sem sair da sua. Ler Guerra e Paz, de Tolstói, mais do que conhecer a Rússia durante as invasões napoleônicas, é viver e conhecer a vida de Natasha, do Conde Pedro, do Príncipe André e de todo sem fim de personagens que desfilam no romance. Italo Calvino aponta em Seis propostas para o novo milênio que a função última da literatura é essa, proporcionar vivências que no geral não teríamos por essa ou aquela circunstância. Esse utilitarismo boboca, de cunho insipiente e imediatista não nota, ou nega para si, que não vivemos apenas os próximos cinco minutos, a próxima semana ou mês. Estes que argumentam “que farei com esse livro?” não compreendem que o acúmulo de experiências lidas pode agregar ao seu cotidiano e à sua profissão em vários níveis: na forma como lidamos com nossos colegas, em como resolvemos os problemas que surgem no nosso trabalho, em como integrar um grupo de empregados para determinado fim, na forma como podemos criar algo novo graças a um detalhe bobo que lemos.

Esse último problema citado leva à preguiça pela possibilidade. De fato, poucos no nosso país no decorrer da História tiveram um meio em que livros circulavam diariamente. O conhecimento, aliado à supervalorização do livro como objeto até meados do século XX, criou uma áurea falsa de que a leitura 1) tem de ter um fim e 2) apenas alguns poucos capazes podem fazê-la. Além disso, a ideia de prazer, de gozo (Roland Barthes, em O prazer do texto, fala que não há como ter leitura sem o gozo da leitura) não está atrelada ao fato de abrir um livro e acompanhar suas linhas. Podemos culpas ao péssimo ensino, contudo seria apontar um único ladrão do bando. Provavelmente ainda sofremos as consequências da nossa colonização e do ensino reduzido a um grupo seleto de aristocratas e pessoas de posse. Aliada a uma visão excessivamente iluminista, pode ter criado uma preguiça, senão um novo, na nossa população para com o fato de pegar um tomo e folheá-lo.

(E a literatura não é a única a sofrer o peso dessa mania utilitarista-imediatista. As artes, em geral, sempre foram e parecem estar fadadas a se tornarem “ocupações de desocupados que não tem nada mais com que se preocupar.”)

Poderia discorrer outras tantas mazelas que reforçam o fato, mas seria apenas se repetir. Enquanto não mostrarmos aos 70% de não-leitores as maravilhas que para além da preguiça criada pelos fatos supracitados (e por outros tantos que se podem imaginar), seremos vistos como uma nação que cultua a educação e exige um ensino de qualidade, mas que sempre se manterá distante de um dos melhores e mais divertidos objetos dessa revolução: o livro.

daqui > http://homoliteratus.com/por-que-o-brasileiro-le-tao-pouco/
 
ótimo texto @Ana Lovejoy
é aquela tecla que eu sempre bato: a maioria das pessoas que tem o hábito da leitura adquiriu de casa, teve exemplo e gente que incentivou, sem isso é bem difícil pegar o hábito mesmo...
 
Sei bem como é isso, minha afilhada de nove anos tem grande dificuldade em leitura na escola e, com a exceção de meu irmão e eu, ninguém mais lê livros por prazer. Preferem ficar lá, na frente da TV assistindo novela. Aí, quando a guria tem tema, xingam ela por ficar acompanhando a novela junto com a mãe e a avó. Pode isso, Arnaldo?
 
Sei bem como é isso, minha afilhada de nove anos tem grande dificuldade em leitura na escola e, com a exceção de meu irmão e eu, ninguém mais lê livros por prazer. Preferem ficar lá, na frente da TV assistindo novela. Aí, quando a guria tem tema, xingam ela por ficar acompanhando a novela junto com a mãe e a avó. Pode isso, Arnaldo?
complicado mesmo isso, eu acho que o incentivo tem que vir de casa e desde muito cedo, ainda bem que lá em casa, a única que não lê é a minha vózinha e isso pq ela já tem 83 anos e tem dificuldade pra enxergar, pq antes ela adorava ler uns missais e orações...
as crianças já aprendem desde pequenas a manusear os livros, Liza tem dezenas de livros e ganha um monte todo ano, ela sabe que, se falar pra mim que não tem mais nada pra ler eu já já cato uma promoção ou algo no sebo, além de ter vários livros meus que ofereço pra ela e muitas vezes comprar pra mim pensando no que ela vai poder ler também, por tudo isso, ela é uma das alunas mais elogiadas pelos professores, faz redação bacanuda quando eles pedem, tá fazendo os primeiros rascunhos de um livro que ela sonha em escrever, e ainda é solicitada sempre que a professora pede pros alunos lerem algo em voz alta dentro da sala
eu fico super orgulhosa dela #mãecoruja
Rafinha vai fazer 3 anos, mas ela já adora um livro, às vezes ela pega e fica horas folhando e inventando histórias pra ela mesma ou quando cansa vem lá e fala "mãe, leia! leia esse livro pra mim!" (gente, é coisa mais fofa deste mundo quando ela faz isso)
imagem.JPG

Ah. O Elring é gaúcho. Talvez isso explique. Aqui a gente tem tema de casa pra fazer. :yep:
aqui é tarefa! pergunto pra Liza todo dia "já fez a tarefa?" "não tem tarefa?"
 
vish, fui ler os posts aqui e acho que minha frase de apresentação do texto ficou estranha, dá a entender que eu sou a autora do artigo. só para deixar claro, não sou, heim. quando pedi opinião era mais no sentido de se concordam ou não com o autor.
 
vish, fui ler os posts aqui e acho que minha frase de apresentação do texto ficou estranha, dá a entender que eu sou a autora do artigo. só para deixar claro, não sou, heim. quando pedi opinião era mais no sentido de se concordam ou não com o autor.

Ué, tá tranquilo, o texto está assinado bem no comecinho!
 
vish, fui ler os posts aqui e acho que minha frase de apresentação do texto ficou estranha, dá a entender que eu sou a autora do artigo. só para deixar claro, não sou, heim. quando pedi opinião era mais no sentido de se concordam ou não com o autor.

Então, não acho que é por preguiça que a maioria das pessoas não lê.
Ainda que seja essa preguiça diferenciada que o autor coloca, de ter que achar uma utilidade imediata pro livro.

"E a literatura não é a única a sofrer o peso dessa mania utilitarista-imediatista. As artes, em geral, sempre foram e parecem estar fadadas a se tornarem “ocupações de desocupados que não tem nada mais com que se preocupar.”"

Música também é arte, cinema e TV também são artes e não têm essa imagem de "coisa de desocupado".
Assim, quando não existia internet e mp3 e as pessoas compravam discos (ou faziam cópias pirata em fitas k7, sim, eu sou desse tempo :gotinha: ) ninguém perguntava "mas o que vou fazer com esse disco/fita/cd depois de ouvir?".
Do mesmo modo, quando alguém diz: "passei o fim de semana assistindo filmes na internet", ou mesmo um mero "fui ao cinema" nunca ouvi alguém comentar que ele ou ela faz isso porque "é um(a) folgado(a) que não tem mais o que fazer".

Acho que a leitura (e aqui incluo outros tipos de arte como música clássica, ópera, teatro e artes plásticas) ainda é vista como algo de elite.
Mais ainda, leitura é vista por muitas pessoas como atividade de pessoa bitolada e antissocial (e já aviso que aqui entro numas de mostrar o que vi e vejo, sendo leitora habitual, ao longo da vida) pois num mundo em que parece que tudo tem que ser socializado, feito em grupo ou no mínimo em dupla, o hábito da leitura (solitário por definição, mesmo que você participe de um Clube Leitura ou coisa do tipo) é visto com desconfiança, mesmo por pais e professores de que: "Essa criança vai virar uma esquisitona". :tsc:
 
pois num mundo em que parece que tudo tem que ser socializado, feito em grupo ou no mínimo em dupla, o hábito da leitura (solitário por definição, mesmo que você participe de um Clube Leitura ou coisa do tipo) é visto com desconfiança

Acho que hoje em dia, mais e mais pessoas procuram isolamento. Seja por livros, computadores, vídeo-games, etc... A vida moderna é sem sombra de dúvida mais reclusa e individualista.

Ter um hábito é uma coisa, ser viciado é outra; e nenhum vício é bom, até mesmo o da leitura.
 

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