Um Antigo e Mais novo Inimigo da Terra-média – Cap. 12

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Escrito por lyvio
Cap 12: Minas Morgul, a Nova Base de Guerra – O Crepúsculo já chegara em Mordor, e Saruman estava encurralado,
procurando um jeito de ganhar tempo até que os reforços do palácio de
Rad chegassem. Apenas ele e Laracna estavam em condições de combate,
porém não eram páreos para os todos aqueles trolls e muito menos para o
Balrog.
 
 
Essa era a preocupação de Saruman, pois, mesmo com todo o seu poder e a força bruta da Laracna, aquela batalha já estava decidida antes de mesmo de começar, eles estavam em minoria e os reforços de Rad chegariam no meio do combate podendo ser tarde demais para o mago. Sem escolha o mago decidiu usar seu poder de persuasão e ganhar tempo, nesse instante a expressão de Saruman mudou completamente para uma expressão amigável, diferentemente do rosto de terror e desafio que o mago tinha poucos segundos atrás.

– Por que não me diz seu nome Balrog, afinal, é de bom tom que os inimigos se apresentem antes do combate.

– Eu não interesso nem um pouco por seus bons modos mago, porém me apresentarei e quero saber quem realmente és. Sou Giantrong capitão da quarta legião de Morgoth, E tu, quem és?

– Sou Curumo, conhecido entre os povos desta terra como Saruman, aquele que descobre todos os segredos. – e continuou – Não há mais necessidade de derramamento de sangue, por que não se alia a mim? Comigo de seu lado você terá..

– Cale-se!, Interrompeu o Balrog, nesse instante ergueu seu chicote, vendo aquilo Saruman sabia que seria atingindo e rapidamente ergueu seu cajado de onde um grande brilho muito levemente avermelhado emanou e o envolveu como uma bolha, nesse instante o balrog desceu seu açoite no intuito de atingir o mago, um grande brilho se viu do impacto e um grande estrondo se ouviu, rompendo o açoite do balrog, apenas o cabo estava na mão do demônio. Ao final da luz via-se Saruman de pé apoiando-se com muita força em seu cajado e sua expressão era de esforço.

Vendo aquilo o Balrog ficou surpreso, pois nenhuma criatura que foi atingida pelo seu chicote resistiu. Mas, mal tinha acabado o golpe de Giantrong, e um dos trolls montados nas criaturas aladas desceu como um raio no intuito de atingir o Mago, e quando estava a poucos pés de distância Laracna saltou na criatura derrubando-a junto com seu cavaleiro. Enquanto Laracna ainda lutava, outros Trolls montados desceram e os que estavam na terra partiram para cima do mago e da aranha.

– Parem!, -exclamou o Balrog-, Todos pararam, então o balrog se aproximou de Saruman e falou:

– Como resistisses?

– Está vendo Giantrong, seu poder e o meu são equiparáveis, não podemos nos enfrentar, será que agora tu percebeste que me derrotar não será tão fácil!?. Com seu poder e o meu junto Giantrong, não haveria resistência para os homens e nós nos tornaríamos os senhores destas terras, esse continente Giantrong é muito grande para ser governada por apenas um ser, pense nisso. Una-se a mim na campanha contra os homens, os quais nos odeiam e querem nosso fim.

As palavras de Saruman pareciam não afetar em nada a consciência do demônio, como ele estava acostumado a ver.

– Eu jamais lhe servirei! Seu insolente! Eu servi a Melkor, o Senhor Sinistro do Mundo! Não seria servo de um ser como você nunca! Nunca mais pretendo mais ser apenas um servo, tenho desejos e pretensões muito maiores, quero ser comandante! -respondeu o Balrog-

– Você ainda não entendeu, Demônio? Infelizmente eu não posso obrigá-lo a me servir e isso eu acabei de perceber agora, seu poder é tão grande quanto o meu, e mesmo se usasse o mais poderosos dos meus encantamentos eu não o convenceria a isso forçadamente, mas confesso que esse seria um dos meus desejos. No entanto, é quase impossível que isso ocorra, além do mas não pretendo me arriscar lutando com você, é poderoso demais e posso ter meu fim aqui, assim como você caso lute comigo, estamos em uma fina corda bamba cruzando um precipício Giantrong e qualquer deslize um de nós pode encontrar o caminho a Mandos, e por perceber seu poder eu concluí que é melhor tê-lo como aliado do que como inimigo, não por medo de você mas por imaginar o tamanho dos estragos que faremos com os homens. Tenho certeza que essa aliança acabará de vez com o governo dos homens, e principalmente, com o Rei Elessar.- Os trolls e orcs que ali estavam se agitavam com gestos de apoio ao mago.

O balrog olhou ao seu redor e percebeu que os seus soldados estavam diferentes, pareciam que o estavam o abandonando.

– Então é assim mago, que pretende me vencer? Agora eu percebo o quão venenosa é a tua voz, manipulas meus soldados como queres, pois a mim ela não tem efeito!, O que pretende?, Colocá-los contra mim?

– Ainda não é essa minha intenção, mas basta um discurso meu e suas tropas se voltarão contra você, Balrog!, É isso que você quer? Perecer aqui, morto por seus próprios soldados? Esse não é meu desejo Giantrong, mas se não tiver outra escolha farei isso sem hesitar. Entenda Demônio, eu estou oferecendo-lhe poder e riqueza em troca apenas de sua força e poder em batalhas ao meu lado e você ainda pensa em recusar? Isso pode ser resolvido apenas com um gesto seu, vamos aceite!

O Balrog então parou e ficou a pensar, Laracna já se aproximava de Saruman, tinha acabado de matar a criatura alada, alguns arranhões, puxando a sua pata direita dianteira e com um dos seus olhos ferido ela se aproximava lentamente.

– Vejo que aquela maldita criatura alada lhe feriu bastante Laracna, e acariciou a aranha, vá se afaste um pouco e descanse. Você está precisando.

A aranha se afastou um pouco e se recolheu próxima às muralhas. Passos de cavalos já eram ouvidos por Saruman, então o mago virou-se para trás e viu que os Reforços de Rad enviados por Furlo tinham chegado, virou-se mais uma vez para o Balrog.

– Veja Giantrong parece que reforços meus estão chegando. Ou são ilusões? – E sorriu.

Giantrong saiu do silêncio e de seus pensamentos e falou:

– Então era isso?, Todo esse tempo estava me enganando com essas propostas falsas para ganhar tempo e agora que seus reforços chegaram acabará comigo? Sabia que não podia confiar em você mago! –Levantou-se e mais uma vez explodiu em chamas. O ódio o acometeu e agora ele estava disposto a lutar.

– Ganhar tempo foi apenas uma garantia, o resto nada foi em vão, a minha proposta foi e é verdadeira, ainda está de pé só depende de você, lembre-se de tudo que falei Giantrong e me responda!

O Balrog se acalmou e falou:

– Serei seu aliado!, Porém com algumas condições

– E quais são elas? –indagou Saruman-

– Quero metade das terras que conquistarmos e quero o comando de metade das tropas!

Saruman pensou por alguns minutos e disse:

-Condições aceitas. Você não vai se arrepender Balrog, pode ter certeza.

Sarumam então se virou e disse.

– Pois bem, agora não temos aqui inimigos e sim aliados, recolham suas armas homens de Rad, e vamos para o trabalho, precisamos reconstruir tudo o que foi destruído nessa batalha, afinal, aqui será nossa base e ela deve ser reforçada. –disse Saruman.

– Pedras e mão de obra temos de sobra aqui, e madeira aos arredores. -disse o Balrog.

– Vão buscar madeira, mas com muita cautela, homens de Gondor devem ser evitados, e se não tiver jeito os matem, não podemos nos arriscar, devemos nos reestruturar enquanto os Goblins nos ajudam mesmo que sem aliança alguma. Devemos ser rápidos – disse o mago

– Giantrong, peço que me leve para o interior das minas, precisamos de um espaço para traçar nossos planos.

-Sigam-me -disse o demônio.

Saruman então se virou e Gritou:

– Ben, Davicar, tragam o Boca de Saurom e alguns soldados, precisamos agir.

– O Boca de Saurom, ainda não parece estar em condições Davicar –Disse Ben.

– Pelo contrario pequenino, o lorde Bocalimar já está de pé, veja você mesmo.

Bem então se virou na direção do olhar de Davicar e viu Boca de Saurom de pé, e alguns soldados tentando o ajudar, mas ele recusou-se falando:

-Me larguem seus vermes, não preciso de vocês para andar estou bem. -e empurrou os soldados.

Boca de Saurom dizia estar bem, mas estava ainda manco e parecia sentir muita dor. Davicar então se aproximou e falou:

– Senhor, é bom vê-lo firme novamente!

– Poderia estar melhor se não fosse aquela maldita aranha! Olhando para laracna que estava seguindo o mago manca, ele falou:

– Veja o estado dela davicar -e sorriu- foi bastante ferida por aquela criatura alada.

– Realmente, foi uma luta dura para Laracna, mas ela venceu, ali jaz a criatura e apontou para ela.

– Quem deveria estar ali era a aranha e não a criatura!- esbravejou Boca de Saurom.

– Vamos agilizem isso, Saruman quer nossa presença na reunião – disse Ben.

– Cale-se pequenino, não és nada, portanto não perturbe o lorde Bocalimar – esbravejou Davicar.

-Pequeno insolente -disse boca de Saurom.

Eles então seguiram, a frente vinha o balrog seguido por Saruman e Laracna, Ben vinha logo em seguida e atrás dele Bocalimar, Davicar e alguns soldados. Depois de alguns metros andando, eles se depararam com uma escadaria a qual levava-os para uma porta ao alto. A porta era de madeira com reforços de ferro em forma de cruz, ao lado da porta existiam duas estatuas, uma do lado direito e outra do lado esquerdo. Estatuas essas que tinham uma energia misteriosa que mesmo com a porta aberta, criaturas não desejadas não passavam, eram impedidas por uma energia invisível. O Balrog então abriu a porta gigante e entrou seguido pelos demais, ao entrarem se depararam com um salão enorme com uma mesa gigante cheia de cadeiras e algumas pilastras de ambos os lados, as quais se revezavam em ter ou não tochas de iluminação. O teto era negro como uma noite sem estrelas e não se via alem da escuridão a altura e ao fundo a frente deles três tronos, um maior que ficava no centro e um pouco mais alto que os demais e dois menores de ambos os lados; inúmeras portas se viam por todos os lados. Giantrong então se dirigiu à direita e entrou na terceira porta do trono, à entrada. Ao entrar via-se outro salão, porém bem menor que o principal e muitas outras portas, a frente de uma parede lisa onde o mapa da terra média estava desenhado. Era gigantesco, e ocupava quase que a parede inteira. Ao centro, uma mesa menor com outro mapa da terra média, porém em menor proporção e com peças simbolizando soldados forjados de pedra e aço.

– Então aqui é a sala de estratégia de guerra? Muito interessante – disse Ben-

– É o que parece Ben. E aqui é onde traçaremos nossos planos para pôr fim aos planos do Rei Elessar, e assim, seremos os novos reis da terra média! -disse saruman. Nesse instante, seus olhos brilharam.

– E o que você tem em mente ó poderoso mago? – disse Boca de Saurom em tom de deboche.

– Vejo que a surra que levou da Laracna ainda não foram suficientes para você Boca de Saurom. Será que não entende que o comando é meu e você não pode fazer nada quanto a isso? Você sabe que não pode comigo e minha paciência com você está se esgotando. Portanto cale-se e me poupe de sua ironia.

– Não podemos entrar em guerra contra os homens, será o nosso fim –disse Ben.

– Lutar agora não está em meus planos pequenino, não temos poder para isso, nosso exército ainda é pequeno, e depois dessa ultima batalha ficaram ainda mais debilitados. Meu plano é outro, não o uso da força, mas sim o uso da inteligência e você será o protagonista dele.

– Eu!? Mas como, não vejo como posso agir.

– Você não vê, mas eu vejo – disse Sarumam.

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