Fogo e ígua (A Queda de Smaug)

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Escrito por ungoliant
Ora, o povo da Cidade do Lago de Esgaroth estava em suas casas fazendo seus afazeres como todos os outros dias, era uma noite agradável e calma, alguns contemplavam as estrelas reluzentes de Varda que surgiam no céu oblíquo nos trechos pacíficos do Lago.
A Montanha Solitária estava em sua maior proporção escondia aos olhos dos homens da Cidade do Lago, seu pico era visto apenas em dias claros e abertos. Mesmo sendo um belo dia de sol, não se escondia o pavor presente na montanha.
 

Um vigia da cidade avistou da montanha lampejos, luzes ascendiam e
apagavam durante a madrugada e dúvidas surgiram entre os habitantes.
Alguns falavam que seria o Rei sob as Montanhas forjando ouro, mesmo
porque, já se passaram dias e dias desde que partiu da cidade rumo ao
norte e já deveria ter chegado à montanha. Porém, muitos não
acreditavam nisso, pensavam que Thorin Escudo de Carvalho e companhia
não conseguiriam vencer o dragão e todos os anões foram consumidos pelo
fogo de Smaug. De repente uma luz dourada resplandeceu sobre as colinas
baixas. Todos os habitantes acreditavam ser o Rei, apenas um, de voz
estrondosa sabia que era o dragão aproximando-se da cidade e foi falar
com seu Senhor.

Rapidamente ouviam-se as trombetas de alertas e o pavor tomou conta da
Cidade do Lago. Então, logo se preparam antes da aproximação de Smaug.
Vasilhas cheias de água para conter o fogo, arqueiros armados com seus
arcos e flechas e a ponte fora destruída, enquanto o dragão avançava
com rapidez. Smaug aproximou-se da cidade e milhares de flechas voavam
e choravam no céu, mas nenhuma perfurava sua carapaça, composta de
escamas e pedras muito resistente. O som emitido pelas flechas
disparadas e as trombetas fizeram com que o ódio de Smaug chegasse ao
máximo. Os arqueiros já não tinham mais esperança, exceto um, que se
destacava em meio aos outros, um homem alto de voz estrondosa e que se
chamava Bard. Ele instigava aos arqueiros a ter coragem e esperança e
então conseguiriam derrotar o dragão.

O dragão, por sua vez, cercava o lago voando em círculos e iluminando
com seu fogo as árvores. Ele desceu em terra firme em meio as flechadas
com o objetivo de atear fogo na cidade inteira. Ateou fogo em casas,
cabanas e também destruiu a Casa Grande, a cidade já estava arrasada e
o fogo crepitava com mais força sem ser impedido.
Era nesta cidade onde apenas ouviam-se melodias belas e alegria, agora
só se via desolação e desespero. Muitos homens abandonaram a luta e
pularam na água com temor ao dragão, mulheres e crianças pegaram barcos
no mercado para tentarem escapar da fúria do dragão pelo Lago. O
próprio Senhor da Cidade resolveu escapar abandonando a cidade e seus
homens em meio a luta e pegou seu barco remando para tentar salvar a
sua vida, esquecendo a cima de tudo seu povo e lutando apenas por sua
vida. Todos amaldiçoaram o nome de Thórin e companhia pela desgraça que
trouxeram, onde antes eram chamados de salvadores e reis. No entanto, a
cidade já estava vazia e logo o fogo tomaria conta do que restou.

Smaug não se importou em ver as pessoas fugindo, pois em sua mente já
havia planejado atear fogo também nas florestas das margens e secaria
todos os campos ou ainda iria caçá-los ou os deixariam morrer da fome.
Entretanto, um pequeno conjunto de arqueiros permaneceu na cidade e o
seu capitão era Bard, descendente de Girion, senhor de Valle. Bard, sua
esposa e seus filhos haviam escapado do desastre de Valle descendo as
ruínas do rio Corrente há muito tempo atrás. Bard atirava em seu arco
até que lhe restou apenas uma flecha e o fogo já o rodeavam e seus
companheiros havia o abandonado. Nesse instante ele levou um susto,
pois um tordo muito velho chegou perto de seu ouvido e Bard compreendia
o que o tordo falava, pois se tratava de um tordo da raça que ocupava
Valle antigamente. A ave havia falado a Bard para mirar sua última
flecha no vazio do lado esquerdo do peito do dragão quando ele voar
sobre você. O tordo também contou sobre os acontecimentos na montanha e
sobre os anões, enquanto Bard já estava preparando-se e mirando no
ponto onde o tordo havia mencionado. Agora o dragão voava mais baixo do
que antes. A flecha que Bard estava preparando era uma flecha negra que
ganhou de seu pai, e que outrora ele também ganhou e bem neste momento
soltou a flecha que acertou no local exato, porém a flecha perfurou o
dragão e sumiu sem deixar vestígios. Smaug soltou um ruído de
ensurdecer a todos e decaiu bem sobre a cidade, massas de vapor subiram
do lago aos céus cessando o fogo. Este foi a queda do dragão Smaug e da
Cidade do Lago.
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As massas de ar dispersaram-se para a Floresta das Trevas e muitos
barcos apareceram com o que restou do povo da Cidade, lamentando a
queda da cidade e suas perdas. Alguns bens ficaram intactos como gados,
árvores e a maioria dos barcos. Mas, o povo estava furioso com o seu
Senhor por ter abandonado a cidade, e seu povo do jeito como fez. Todos
os habitantes elogiavam e mencionavam o nome de Bard como: Rei Bard, o
Abatedor de dragões. Repentinamente, surge um homem alto de cabelos
negros molhados e este falou: “Bard não esta perdido, sou Bard
descendente de Girion, o matador de dragões”. E mencionou ainda que não
era rei da Cidade do Lago, mas sim de Valle e que partiria para seu
verdadeiro reino, já que agora ele esta livre de todo o mal do dragão.
O povo continuava agitado e foi no momento em que o Senhor da cidade
pronunciou , declarando a importância de Bard e ainda acrescentou que a
culpa da tragédia foi dos anões, insinuando que eles tiraram Smaug de
sua desolação e pelas varias viúvas e órfãos que permaneceram. Retirou
então a culpa que lhe cabia, quando deixou a cidade enquanto havia
homens lutando por ela. Essas palavras do senhor penetraram e
inflamaram nas pessoas uma raiva imensa por Thorin e companhia que nem
deu mais atenção a idéia de um novo rei. Contudo, Bard recordou da
lenda do tesouro de Smaug e de Valle reconstruída.

Todas as pessoas uniram-se para ajudar nos acampamentos e nos doentes e
feridos, mas foi impossível abrigar a todos e muitos durante essa época
adoeceram, pela falta de comida e o frio que fazia nas noites. Nessa
época Bard tornou-se líder com a função de proteger a todos, servindo
ao Senhor.

O inverno aproximava-se e com sua vinda muita gente morreria se não
chegasse ajuda depressa. O Senhor Elfico da floresta veio em auxílio,
pois escutou com atenção os mensageiros de Bard destinados ao palácio
do Rei. O Rei mandou sua marcha de elfos que ia a direção da montanha
recuar e ir até a Cidade do Lago. Apenas cinco dias depois da morte
Smaug os elfos chegaram na cidade e foram muito bem recebidos por
todos. O Senhor propôs qualquer coisa em troca da ajuda do rei elfico e
resolveram então, que o Senhor e alguns artesãos e muitos elfos
habilidosos ajudariam na reconstrução da cidade, mas em outro local
mais ao norte e com construções mais belas que a anterior. Durante
eras, os ossos do dragão ficaram expostos e muito bem visíveis num dia
claro nas ruínas da cidade do Lago.

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